Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 64
Capítulo 64


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, é o Gabriel que está postando esse capítulo.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/588894/chapter/64

Acordei em algo macio, sem dúvida eu estava em uma cama, mas meus olhos pesados do jeito que estavam não me deixavam reconhecer o lugar, fechei-os de novo e em seguida, abri. Depois daí, consegui reconhecer o lugar, era meu quarto. Quando abri por completo, pude ver que o Daniel estava ao lado da cama, sentado em uma cadeira, a cabeça baixa, os dedos cruzados em cima das pernas como se estivesse rezando para eu ficar boa.

–Daniel?- murmurei e ele rapidamente levantou a cabeça de sobressalto e com os olhos arregalados.

–Maria Joaquina, que bom que acordou.- ele disse, me abraçando.

–O que aconteceu?- perguntei.

–Você caiu do skate e bateu a cabeça no chão.

–Ah, então é por isso que está doendo tanto. No que eu bati pra cair?

–Na Marcelina. Vocês duas se perderam naquela enorme pista e acabaram batendo uma na outra, só que ao contrário de você, ela apenas teve uns arranhões.

–Por quanto tempo eu apaguei?

–Uns seis dias.

–O QUÊÊ???- fiquei exaltada e ele riu.

–Brincadeira, hehehe. Você ficou desmaiada por umas quatro horas no máximo.- ele disse ainda rindo.

–Ah, não teve graça.- fiz bico.

–Tá bom, desculpa, mas eu não pude evitar. Bom, vou chamar a Marcelina aqui, ela se sentiu culpada pelo que aconteceu e tá louca pra te ver.

Ele saiu do quarto e logo depois entrou Marcelina.

–Amiga, que bom que você acordou!- ela disse me abraçando, depois que ela me soltou, percebi que seus olhos ainda estavam vermelhos e o rosto um pouco inchado.

–Amiga, você estava chorando?- perguntei, assustada.

–Estava sim amiga, me sinto culpada pelo que aconteceu.

–Mas você não teve culpa, foi um acidente.

–Mas se eu não tivesse deixado o Mário me deixar andar sozinha, você não estaria aqui agora.

–Já disse amiga, foi um acidente. Vem cá.

Mesmo sentindo muita dor na cabeça, consegui abraçá-la, o mais estranho é que eu que deveria estar chorando, sendo consolada por ela, mas quem estava sendo consolada era ela.

Logo depois de um tempo, Mário e Daniel entraram no quarto também.

–Meninos, por quê me trouxeram pra cá ao invés de me levarem para o hospital?- perguntei.

–É que assim que estávamos a caminho do hospital, encontramos seu pai e ele te trouxe pra cá.- respondeu Daniel.

Eu apenas assenti com a cabeça.

Depois disso, ficamos nós quatro ali, conversando por um tempo, até que minha mãe me trouxe meu jantar em uma bandeja.

–Aqui está filha.

–Obrigada mãe.

Comecei a comer, de vez em quando eu engasgava com as piadas que Mário contava pra tentar animar nós quatro.

–Deixa que eu levo pra cozinha.- disse Daniel, mas eu não quis deixar.

–Ah obrigada amor, mas eu estou bem, posso usar as pernas.- brinquei.

–Tá bom, então eu te acompanho.

No começo, pensei que eles estavam me tratando com bastante cuidado e mostrando preocupação pra mostrar que se importam comigo, mas a partir daquele momento, comecei a achar que eu estava pior do que parecia e eles queriam me esconder, mas o que será? Deixei o prato na cozinha e levei Daniel até a porta, pois ele e Mário tinham que ir embora pois já eram dez e meia da noite.

–Boa noite meu amor.- eu disse.

–Boa noite e melhoras tá?- disse ele.

–Obrigada.

Dei um beijo nele, abracei Mário e eles foram embora enquanto Marcelina foi comigo até o quarto, pois ela dormiria lá de novo. Mas aquela noite foi bem difícil, pois com a faixa que haviam colocado em minha cabeça encostando no travesseiro, ficava difícil relaxar, mas mesmo assim, depois de um tempo, consegui pegar no sono.

Daniel narrando

Estávamos eu e Mário voltando pra casa quando do nada, começamos a ouvir barulhos de tiro e sirenes de polícia. Nosso motorista parou o carro e saiu, enquanto eu e Mário ficamos dentro do carro.

–O que está acontecendo?- perguntou Mário.

–Não sei, parece que tá tendo tiroteio aqui perto.

–Meu Deus, e agora?

–Não sei, mas vamos ter fé cara. Nada vai acontecer com a gente, calma.

Tentei acalmar Mário, que estava praticamente com o coração saltado de tão desesperado que estava, até que meu celular tocou, rapidamente peguei e atendi sem olhar no visor.

–Alô?

–Oi Daniel.- disse a voz do outro lado da linha, era minha mãe.

–Oi mãe.

–Escuta, eu não sei onde você está, mas por favor, fique por aí mesmo, está tendo um tiroteio muito grande aqui porque parece que houve um assalto, agora a polícia tá trocando tiros com os bandidos. Então por favor, você sabe que é perigoso ainda mais com um carro como do nosso motorista, então fique onde está.- ela suplicou.

–Tá bom mãe, pode deixar que eu e Mário acabamos de voltar da casa da Maria Joaquina, mas vamos voltar e contar à ela o que está acontecendo e quem sabe a mãe dela deixa a gente dormir lá.

–Tá filho, faça isso. Beijos.

–Beijo mãe.

–É irmão, vamos dormir lá de novo?

–Sim, mas vamos esperar nosso motorista voltar.

Demorou cerca de dez minutos para ele voltar, assim que entrou no carro, já fui logo dizendo:

–Ei motorista, pode voltar àquela casa que o senhor nos buscou, a gente vai ficar por lá mesmo.

–Pode deixar.

Então ele fez um retorno que tinha por lá. Sorte que ele não precisou passar pelo local, que estava interditado, e deu meia-volta. Quando saímos do carro, ele engatou a marcha e foi embora. Toquei a campainha da casa da Maria Joaquina e demorou uns minutos até a porta abrir.

–Meninos, o que fazem aqui?- era Dona Clara.

–É que lá na rua da nossa casa está tendo um tiroteio por todos os lados e a minha mãe pediu, ou melhor, suplicou pra que nós voltássemos pra cá e dormíssemos aqui para não corrermos risco.- expliquei.

–Ela tem toda razão, entrem.

Entramos e logo ela nos conduziu para a cozinha.

–Sorte que eu havia cozinhado um pouco mais do que o necessário, então sobrou um pouco de comida pra vocês.

–É, que sorte.- Mário disse, dando um sorriso.

Depois que jantamos, subimos para o quarto das meninas e logo vimos que Dona Clara tinha feito duas camas no chão do mesmo enquanto jantávamos, pra que nós dois dormíssemos.

–Obrigado.- eu disse.

–Que nada meninos. Boa noite.- ela disse e foi dormir.

Então, ela apagou a luz do quarto e nós dois nos deitamos para dormir, sorte que o dia seguinte era um sábado, por isso, não teríamos nenhum problema em acordar no dia seguinte, mas o que eu mais ficava pensando era na reação das meninas assim que elas nos visse ali, dormindo, sendo que elas não sabíamos que nós voltamos, pra elas nós estávamos em casa, mas na verdade, estávamos ali de novo. Como será que elas vão reagir?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até o próximo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Inseparável" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.