Daniel narrando

Hoje não tem como o dia ficar melhor, fui para a escola junto com meu irmão Mário e quando chegou a hora do recreio fui direto treinar para o amistoso de futebol na escola, durante o treino, só podia ouvir com muito prazer o grito das meninas:

"Daniel, Daniel, Daniel..."

Não há nada mais prazeroso pra um jogador ouvir os torcedores gritarem o seu nome. Aqueles gritos me motivavam cada vez mais pra continuar jogando bem. Como resultado, ganhamos de quatro a zero do time adversário, eu marquei dois gols e o Mário dois também. Quando acabou o treino, enquanto eu me hidratava, o treinador, que era nosso professor de Educação Física, veio até nós dois:

–Meus parabéns garotos, vocês jogaram muito. Simplesmente arrasaram.- disse ele.

Obrigado mesmo senhor.- Mário disse.

–Valeu, olha Mário, o que me motivou a jogar tão bem e marcar dois gols foram as líderes de torcida ali ó. Elas gritando nosso nome só me deixou com mais vontade de arrasar no jogo.- eu disse.

–Nem me fale. Isso eu também digo pra você.- disse ele. - Olha aquela ali, muito linda.

–Nem me fale. Aquela lá então. A Nina é muito linda. Pulando e dançando então, fica muito mais bonita.

–O que foi?

–Nada, é que eu estava pensando se deveria tentar algo com ela.

–Acho que devia. É bom arriscar.

Depois disso, fomos para o chuveiro pra tirar o suor do corpo. Quando saímos do banheiro, o sinal já havia tocado. O resto do dia foi muito bacana, Mário e eu voltamos juntos pra casa e almoçamos lasanha, nosso prato favorito. Mais tarde, descansamos e fizemos nossos deveres de casa na mesa da cozinha.

–Você está copiando as minhas respostas?- perguntei ao ver o pescoço dele inclinado pro meu caderno.

–Claro que não. Só estou comparando as suas respostas com as minhas.- ele retrucou.

–É bom mesmo.

Depois que acabamos, fomos tentar ver televisão, mas acontece que não encontramos nada de interessante pra fazer. Não tinha nenhum filme bom pra assistir.

–E agora? O que podemos fazer pra acabar com esse tédio? perguntei.

–Ah, vamos dar uma volta por aí. De skate ou bicicleta.- disse Mário.

–Boa ideia, vamos lá.

Então peguei meu skate e Mário pegou o dele, depois disso, fomos em direção à pracinha do bairro, onde tinha um gramado muito bonito onde as pessoas costumavam se divertir e do outro lado um pouco mais distante, tinha a pista de skate da praça. Depois de meia-hora fazendo manobras iradas naquela pista, nós dois decidimos parar pra descansar.

–Ufa. Que calor.- eu disse.

–É verdade, ainda bem que a gente ainda não tomamos banho, senão íamos ter que tomar de novo.

–Que tal um sorvete agora pra refrescar?- sugeri.

–Boa ideia.- disse Mário.

Então fomos até a parte da praça onde tinha o gramado e encontramos um sorveteiro, a fila estava grande, mas valeria à pena, quando chegou a nossa vez, eu pedi um de morango e o Mário de chocolate.

–Ei Daniel. Aquelas meninas ali, sentadas no banco não são as meninas novas da escola?

–É verdade. Aquela que eu acertei uma bolada sem querer.

–Até que elas são bem bonitas né?

–Verdade. Acha que a gente pode conseguir fazer as duas ficarem com nós dois?

–Claro. Só temos que pensar num jeito de conseguirmos nos aproximar dela.

–Ah, mas isso é fácil. É só irmos até lá e conversarmos com ela.

–É, mas hoje não. Parece que hoje é um passeio envolvendo elas e as novas amigas. Vamos tentar a partir de amanhã falou?- sugeri.

–Tá bom. Amanhã.

Então terminamos nosso sorvete e fomos pra casa, decidimos que estava bom de skate naquele dia.

No dia seguinte, a mesma coisa, levantei bem cedo e começamos a caminha pra escola juntos. Durante o recreio, não pudemos treinar para o jogo porque o nosso professor estava doente. Havia pegado uma gripe na tarde do dia anterior. Quando chegamos no pátio e tentamos encontrar as meninas, não conseguimos encontrá-las, só conseguimos quando voltamos pra sala, onde elas conversavam animadamente.

Poucos minutos depois, a professora entrou na sala e iniciou a aula.

–Bem turma, hoje começaremos a pegar mais pesado nas matérias, por isso, vou passar o primeiro trabalho em dupla do ano.- disse a professora.

Todos os alunos começaram a comemorar e vibrar, como sempre fazem, nunca vi alguém ficar sem vibrar quando escuta isso.

–Ei ei ei, vamos parar com essa baderna porque quem vai escolher as duplas sou eu.- a sala toda se calou quando ela disse isso.- Bem, Davi, você faz com Valéria. Carmen, você faz com Jaime. Margarida, você faz com o Jorge. Clementina faz com o Abelardo. Cirilo faz com Laura. Marcelina faz com Mário e Maria Joaquina com Daniel.

Epa. Agora sim. Essa é a oportunidade que eu e Mário temos para nos aproximar das meninas, enquanto ela passava tudo no quadro, pisquei pra ele e ele piscou de volta. Então chegamos perto delas arrastando nossas carteiras pra perto delas e eu tomei a iniciativa.

–Oi.- eu disse sorrindo.

–Oi. ela disse sorrindo de volta.

–Prazer. Eu sou Daniel.- estendi a mão e ela apertou.

–Maria Joaquina.

–Bonito nome, então, como vamos fazer o trabalho?

–Sem problema, tenho tudo planejado aqui.

E então começamos a conversar sobre nós enquanto fazíamos o trabalho, como será que Mário está se saindo?

Mário narrando

Eu não perguntei à Marcelina porquê ela estava tão nervosa pra que ela não se sentisse pressionada, mas de qualquer maneira eu vou descobrir mais tarde o motivo de tanto nervosismo. Agora a gente não se conhece, mas quando eu conhecê-la melhor, vou perguntar, mas meu foco principal não é isso. Eu preciso achar uma forma de fazê-la ficar apaixonada por mim, nem tanto, só um pouco, mas preciso fazer isso pra que eu possa ficar com ela, não penso em namorar com ela não. Ela é realmente MUITO bonita, mas não vou namorar com ela porque eu e Daniel somos apenas pegadores, pois as mulheres quando são ficantes são mais fáceis de lidar, namorando seriamente elas passam dos limites. Mas não tem problema, eu nunca tive dificuldades de conseguir ficar com garotas. Então vai ser assim com ela também, mas tomara que ela não se apegue demais à mim pra que quando eu dispensá-la ela sofra, pois ela não merece isso.