Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, aqui é o Gabriel mais uma vez, espero que gostem do capítulo.

Boa leitura!



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Daniel narrando

Dormi muito bem, não sonhei com nada mas senti meu corpo tão leve e descansado depois que os malditos raios de sol invadiram a janela do meu quarto. Após dar uma bocejada longa, levanto da cama e vou para o banheiro, escovo os dentes e tomo um banho normal. Depois, saio do quarto e percebo que Maria Joaquina ainda não acordou, então decido ir para a cozinha e esperá-la ali, então vou até o armarinho e acho uma caixa de cereal infantil. INFANTIL? Fala sério, quantos anos a escola acha que a gente tem? Ah, deixa pra lá, estou com tanta fome que comeria até terra. Então abro a caixa, pego uma tigela, despejo um pouco do cereal e começo a comer, mas cereal puro é tão ruim, será que não tem algo pra combinar com ele? Vou até a geladeira e abro a porta, quando vejo uma pequena caixa de leite que estava cheia, bastava abrir a tampa e pronto. Rapidamente eu pego o leite e quando ia fechando a porta, vejo Maria Joaquina me encarando com aqueles olhos.

–Ai que susto menina!- eu disse, pondo a mão no peito.

–Desculpe, eu não aguentei.- ela começou a rir e eu me sentei.

–E aí? Dormiu bem?- perguntei.

–Muito. E você?

–Também. Como nunca dormi antes.

–Que bom.

Depois que acabamos o café da manhã, se é que aquilo poderia ser classificado na categoria "café", nos arrumamos para a primeira atividade que teríamos hoje.

Coloquei uma camisa cinza de botões, uma calça meio surrada e um Chuck Taylor preto, meu favorito. Depois me sentei no sofá e ela apareceu dois minutos depois e, tenho que admitir, estava linda: uma camisa verde abacate com um colete verde-muco, uma saia laranja e sandálias brancas, de tiras, contornando-lhe as pernas benfeitas. Por um instante quase deixei minha boca ficar no formato de um "O", mas como um guerreiro que sou, não deixei.

–Vamos?- ela perguntou sorrindo.

–Vamos.- respondi também sorrindo e abri a porta pra ela.

Estávamos no meio do mato esperando a diretora e o professor chegar, mas minha curiosidade foi maior quando vi que a professora Suzana e o Professor Renê estavam no lugar deles.

–Ih, vai rolar muitas travessuras aqui.- sussurrei para Mário, lembrando-lhe das inúmeras vezes que Paulo e a turma aprontava com ela por ser uma megera digamos assim.

Ele confirmou com a cabeça enquanto todos perguntavam aos dois porquê eles estavam ali e o Professor Renê disse calmamente o motivo disso:

– Bom dia alunos. Gostaria de avisar que hoje a aula foi cancelada porque o professor acabou ficando com uma alergia a uma planta. Então deem uma volta por aí, conheçam novos lugares, façam algo, mas, voltem antes de escurecer! - ele falou e saiu. Como ele se preocupa com nosso bem estar, realmente ele era O CARA.

Os alunos enlouqueceram e correram floresta a fora. E eu, como sou muito civilizado, apenas peguei Maria Joaquina pelo braço e chamei meus amigos para darmos uma volta juntos entrando na floresta, cada um com sua dupla, óbvio.

No começo, parecia uma floresta comum, com árvores e plantas enormes, mas depois de um tempo andando, percebi algo, algo que era como...Ai eu sei lá! Só sei que depois do rio tem uma floresta e tem algo lá! Eu sei que tem! Mas não posso ir agora porque o maldito bracelete pode apitar e nós seremos punidos gravemente. Aí a culpa vai ser minha e meus amigos vão deixar de falar comigo por isso, então, é melhor tomar cuidado. Sem outra alternativa, decidi que íamos voltar para nossas cabanas.

–O que será aquilo?- perguntou Mário.

–Não sei, mas tô com um medo danado desse bracelete maldito disparar o alarme, é melhor deixarmos isso pra depois.- eu disse. Céus, o que deu em mim hoje pra estar chamando qualquer coisa de maldito? Não estou me reconhecendo, é melhor parar.

Mas uma coisa acabou me deixando um pouco nervoso quando senti algo mexer na mata, não era um galho que nós pisamos, não eram folhas soprando com o vento, então parei bruscamente e fiz um sinal para que todos fizessem silêncio, peguei um galho médio, mas grosso para me defender do que fosse torcendo pra que fosse um animal pequeno, até que me aproximo lentamente em direção ao local de onde o barulho veio, olho bem dentro da mata e consigo avistar um par de olhos meio amarelados com pupilas pretas me encarando ferozmente. Essa não! Se corre o bicho pega, se ficar o bicho come, então o que fazer agora?

Mário narrando

Hoje o dia está um pouco estranho, primeiro vem essa história mal contada da diretora Olívia e do professor Celso faltarem á aula, mas acho que isso tudo tem que ter alguma explicação, mas vou descobrir isso mais tarde. Hoje só quero aproveitar que não vamos ter aula pra passear um pouco com a Marcelina, essa é uma boa oportunidade que eu não posso deixar passar né?

Depois, no meio do mato, enquanto eu, Daniel, Maria Joaquina e Marcelina estamos passeando pela floresta para conhecê-la melhor, acabo encontrando uma coisa meio esquisita, parecia que as pessoas estavam escondendo algo bem grande por alguns galhos e coisas do tipo, a curiosidade era tão grande dentro de mim que eu quis tanto ir lá ver o que tinha, mas aquele bracelete não deixava a gente ir a mais de 40 metros de nossas cabanas. Que azar.

Quando estávamos voltando para a cabana, Daniel parou bruscamente e meu nariz quase bateu no seu ombro.

–O que foi?- perguntou Maria Joaquina, mas ele fez um sinal pra ficarmos em silêncio. Nós obedecemos, mas meu coração começou a bater mais forte quando vi que Daniel estava encarando algo dentro da mata. Será que era algum bicho feroz? Não, não pode ser.

–Se afastem.- ele disse dando passos pra trás e logo depois o bicho apareceu. Era uma onça. O felino grande crava ás patas no chão e fica em nossa frente. Ele vai a qualquer momento pular em cima de nós. Será que esse é mesmo o nosso fim?

–O que faremos?- perguntou Marcelina, ela estava querendo chorar, mas procurava se conter para não atrair a atenção do bicho.

–Tenho uma ideia. Mário e eu corremos, vocês duas subam nessa árvore.- disse Daniel.

–Subir na árvore pra quê?- perguntou Maria Joaquina.

–Confie em mim. Só essa vez, por favor. ele pediu e Maria Joaquina assentiu.

–No três. Um, dois, três!- então nós dois saímos em disparada em direções opostas enquanto as meninas subiram na árvore, quando estava à uns dez metros de distância da onça, me escondi atrás de uma árvore e vi que a mesma ficou muito tempo tentando subir na árvore e devorar as meninas, elas porém, tremiam de medo mas não saíram de lá por nada.

Depois de algum tempo observando aquela cena, pude sentir uma mão em meu ombro, dei um salto pra trás quando isso aconteceu.

–Calma, sou eu.- era Daniel, respirei aliviado, mas ele tinha razão, não podia chamar a atenção da onça.

–Como você chegou até aqui?

–Tem um atalho ali perto. Anda vem, eu tenho um plano pra me livrar da onça, mas preciso da sua ajuda.

Ele pegou o cipó de uma árvore próxima a nós que estava no campo de visão da onça teimosa e insistente e pediu que eu cortasse com as mãos uma parte dele, quando cortei, ele pegou a ponta que se soltou e amarrou, fazendo um laço no cipó, entendi o plano dele na hora.

–Ei dona onça! Estamos aqui!- ele disse, acenando pra ela.

A onça rosnou, furiosa e veio correndo em nossa direção porque corremos até a árvore que eu estava escondido e paramos, mas antes que ela pudesse nos alcançar, por sorte ela meteu a pata esquerda no cipó e ficou de cabeça pra baixo logo depois. Nós dois caímos na risada.

Depois de um tempo, conseguimos parar de rir, já com a barriga doendo e fomos até as meninas, que desceram sozinhas da árvore, mas estavam assustadas.

–Ai Mário, obrigada! Obrigada!- Marcelina repetia no meu ouvido. Pude perceber que ela estava tremendo de medo e foi aí que meu sorriso inteiro se desmanchou, para elas, a coisa foi mesmo séria.

Ficamos ali, naquelas posições pelo que pareceram minutos, a onça ainda rosnava de raiva longe de nós, e eu com medo de que ela conseguisse se soltar e viesse atrás da gente novamente, fiz Marcelina andar de volta para a cabana, o que não foi fácil porque suas pernas tremiam muito, dificultando meu trabalho.

Depois que chegamos em minha cabana, que ficava um pouco à frente da cabana de Daniel, nos despedimos e eu levei Marcelina pra cima, nós subimos as escadas e ela foi tomar um banho. Mas se eu disser que eu tive que escolher a roupa pra ela, colocar em cima da pia do banheiro, depois colocar ela dentro do box e fechar a porta porque ela estava em estado de choque, você acredita? Se sim, ótimo. Se não, é verdade, depois de chorar muito, entrou em estado de choque, aquilo foi um susto muito grande pra ela, mas sei que ela vai ficar bem, uma boa ducha vai fazer ela melhorar. Depois que fechei a porta do banheiro, pude ouvir o chuveiro sendo ligado, Marcelina saiu do estado de choque e voltou ao normal. Graças à Deus, parece que o pior passou, agora é só esperar pra ver o que acontece.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, até o próximo.



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