Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 102
Capítulo 102


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, Gabriel está de volta com mais um capítulo.

Boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/588894/chapter/102

Maria Joaquina narrando

Após um tempo ali, sentados, apreciando a linda vista do mar e do céu estrelado à noite, quando de repente Daniel se levantou e me estendeu a mão.

–Vem.- ele disse, descalçando os chinelos.

Peguei sua mão, também tirei minhas sandálias e caminhamos pela areia da praia até um pouco mais perto da água, deixando ela tocar em nossos pés.

–Que delícia.- falei, sorrindo e respirando o ar puro da praia.

–É tão bom sentir isso.- ele disse, também sorrindo.

–Isso o quê?

–Essa paz. Eu nem me lembrava mais de como era essa sensação.

–Impressionante como essas coisas limpam a alma né?

–É o poder da natureza. Tão grande e impressionante.

Não soube o que responder e ficamos apenas ouvindo o silêncio e sua música noturna, sem sentirmos necessidade de falar mais nada naquele momento. A paz era realmente maravilhosa e eu comecei a me sentir sonolenta, mal me sentei na areia quando vi nossos amigos vindo para perto de nós, no mesmo local onde estávamos. Eles perceberam o que estávamos fazendo e quiseram fazer o mesmo, não ligo pra isso, precisávamos mesmo dessa paz. Todos nós precisávamos.

–Sabe gente, acho que só à noite que a praia tem essa calmaria toda. Porque além de um calor bem forte e uma barulheira de gente, à noite o vento é fraquinho e o barulho do mar não é tão alto. - falou Marcelina- Além de que não tem som de vozes por aqui.

–Tem razão, é isso que me levou até aqui. Eu nunca tinha vindo numa praia à noite e queria saber justamente se havia alguma diferença na praia além da água quente, da areia fria e do silêncio das vozes.- disse Mário, olhando fixamente para o horizonte e sorrindo.

–E acho que vocês acertaram.- disse Alícia.

–Acho que a gente podia aproveitar esses dias que ainda temos aqui para fazermos isso todas as noites, só para relaxar.- sugeriu Paulo.

–Eu acho uma boa ideia, isso é tão confortável.- Alícia concordou e depois deitou-se na areia, colocou as mãos atrás da cabeça e fechou os olhos, sentindo a paz da praia consumi-la. Logo em seguida, todos foram fazendo o mesmo, mas Daniel me impediu e me pediu:

–Vem comigo, tem um último lugar que quero te levar.- sussurrou ele, para que os outros não escutassem com o barulho da água. Mesmo estranhando, assenti. Ele me levou até um lugar onde tinha uma espécie de balsa presa com troncos grossos ao chão, que era usada para embarque e desembarque de barcos e por pessoas que iam até ali para pescar. Quando chegamos lá, ele ficou calado, de mãos dadas comigo, mas achei que uma noite bonita daquelas não podia ficar apenas em observar tudo, tinha que ter algo melhor né?

–Você sabe nadar?- perguntei.

–Sim, por quê? Não me diga que você vai fazer o que eu tô pensando?- ele começou a se desesperar.

–Qual o problema amor? Não acha injusto termos vindo até aqui pra não entrarmos na água?

–Mas não trouxemos roupa de banho.

–Vamos entrar assim mesmo, entrar só por um tempinho não vai fazer mal nenhum.

–Não dá pra deixar para amanhã? A gente traz nossas roupas de banho e entramos.

–Mas amanhã pode acontecer alguma coisa que nos impeça de vir. Muita coisa.

A expressão no rosto dele se suavizou, mas ele continuou calado e sério.

–Vamos lá, ninguém vai pegar a gente aqui, essas balsas só serão usadas mais tarde.- falei enquanto tirava meus sapatos e meu casaco, logo em seguida, mergulhei. Aquela água quentinha fez eu me sentir realizada, sei lá, parecia que estava limpando minha alma por dentro. Minha vontade era de ficar ali, mas me lembrei que precisava de ar e emergi. Mas logo assim que coloco minha cabeça pra fora da água, vejo que Daniel não está mais na beira da balsa. Aonde será que ele foi?

–Daniel, cadê você?- chamei, mas nada dele, me deixando na dúvida se ele pulou depois de mim ou se ele voltou pra areia e me deixou lá sozinha. Se ele fez isso, eu juro que...

–BU!!- ouvi uma voz atrás de mim, me assustando.

Assim que me recuperei do susto, vi Daniel com seus cabelos molhados caídos na testa, deixando ele mais gato do que já era e me fazendo entrar em transe.

Daniel narrando

Cara, como a Maria Joaquina conseguiu agir daquela maneira? Eu esperava que ela fosse querer somente sentar na beira da balsa e colocar os pés na água, pra relaxar como ela estava fazendo ali, mas não, ela preferiu entrar na água com roupa, corpo e tudo. O que será que deu nela? Será que a lua ou a magia da noite fez ela mudar de comportamento? Ah, não sei, só sei que ela tem razão, o melhor mesmo é aproveitar essa noite que estamos tendo, ainda mais porque não se sabe o dia de amanhã. Pode ser que amanhã chova e não dê pra vir pra cá, não é? Então, tirei minha camisa, deixei meus chinelos na beira da balsa e mergulhei, ao ver o corpo de Maria Joaquina na água, percebi que ela subiu a cabeça pra pegar ar, então decidi dar um susto nela como lição. Fui indo devagar atrás dela, devagarinho, devagarinho, até que cheguei bem próximo de seu pescoço e gritei:

–BU!!- ela se assustou e se debateu na água, por pouco ela não se engasga.

–Ai Daniel, que susto!- ela reclamou.

–Foi só uma brincadeira, desculpe.

–Brincadeira? Quase me engasgo com a água.

–Tá bom, não faço mais. O que acha de voltarmos logo pro quarto? Daqui a pouco fica tarde.

–Tá bem, vamos.

Saímos da água e nos vestimos apressadamente, calcei meus chinelos e ela suas sandálias. Voltamos então correndo para a areia para secarmos o corpo. Não adiantou muito, mas deu pra amenizar um pouquinho, pra variar, meu cabelo tava ensopado e o dela também, mas nada que uma ducha resolvesse.

–Aonde vocês estavam?- perguntou Mário.

–Naquela balsa ali.- apontei para a balsa.

–E pelo visto, foi um grande mergulho, estão ensopados.- brincou Paulo.

–Na próxima vez nós traremos roupas de banho e vamos todos nadar ali naquela balsa, ok?- pediu Maria Joaquina.

–Ok, vamos subir agora?- perguntou Mário.

–Vamos sim.- todos dissemos e voltamos a caminhar em direção ao hotel. Eu estava bem cansado daquela noite agitada, mas pode ter certeza que ela ficará pra sempre marcada na minha memória.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso, até o próximo!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Inseparável" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.