Acordei por volta das seis horas da manhã e percebi que Oliver estava ao meu lado, dormindo.

Ele parecia tão calmo que não quis acordá-lo.

Levantei-me silenciosamente, me vesti e preparei o café. As lembranças de algumas horas atrás me tornavam incapaz de conter o sorriso que insistia em surgir em meus lábios.

Estava tão distraída, que nem notei sua aproximação. Pelo menos, não até sentir seus braços fortes envolverem meu corpo em um abraço caloroso.

– Bom-dia... - Falei, me virando para ele e beijando-o carinhosamente.

– Bom-dia... - Respondeu, assim que separamos nossos lábios. - Acho que estamos atrasados...

– Atrasados? - Olhei para ele, confusa. Até que finalmente me lembrei que era terça-feira. - Oh meu Deus!

"Corri" para o meu quarto, peguei meus materiais e em seguida saí, acompanhada por Oliver. Seguimos em direção à nossa universidade.

Ao chegarmos lá, tivemos que nos apressar, indo cada um para sua determinada faculdade. Eu estava cursando ciência da computação e engenharia da computação. Já Oliver, por influência de Walter e sua mãe Moira, cursava administração. Afinal, algum dia ele será o CEO da QC.

Durante um dos intervalos, tive tempo de ver Barry e Caitlin, que rapidamente notaram minha felicidade "além do normal". Além deles, pude também falar com Iris, Sara, Ray e Nyssa, que também não tiveram dificuldade em identificar minha empolgação.

***

Estar com Oliver, definitivamente, foi a melhor coisa que já me aconteceu. Entender meus sentimentos por ele e ser correspondida... Tê-lo ao meu lado me fazia sentir bem... Me fazia feliz... Ele me fazia feliz.

A forma como me olhava ao acordar;

A forma como me fazia sorrir ao ser um desastre na cozinha;

A forma como demonstrava que eu o fazia feliz;

Acho que não sei bem quando me apaixonei por ele... Talvez tenha acontecido quando vi seu sorriso pela primeira vez, na noite de inauguração da Verdant.

Não entendo como posso ter demorado tanto tempo para perceber meus verdadeiros sentimentos.

Para perceber que quando estava com ele, eu era incapaz de sentir qualquer tipo de tristeza... Para perceber que vê-lo com outras mulheres me fazia sentir dor... Para perceber que nunca havia sido apenas amizade...

***

A reação de nossos amigos foi um tanto quanto inesperada. Barry, Caitlin, Lyla e Nyssa disseram que sempre souberam que aconteceria. Sara, Iris e Dig se ficaram felizes com a notícia. Segundo os mesmos, eles shippavam "Olicity". Já Ray, por outro lado, demonstrou estar bastante insatisfeito. Entendo que Oliver e ele não se deem bem, mas é realmente necessário se irritar? Ele é meu amigo e deveria entender que Oliver me faz feliz. Eu realmente pensei que ele havia "superado" o que dizia sentir por mim...

De qualquer forma, isso não importa. As "amiguinhas" de Oliver também não encararam muito bem a notícia de que ele estava realmente disposto a ter um relacionamento sério com alguém. Isabel Rochev, por exemplo, tentou até mesmo argumentar que quando ele estava com Laurel, ele a traía. E depois disso, ela realmente surtou por ter sido "rejeitada". Bem, no fundo, eu sei que ele só as procurou para dizer isso, para que eu me sinta menos insegura em relação ao nosso namoro. Mas quando se namora alguém como Oliver, é difícil não ter inseguranças. Não importava aonde fossemos, sempre teria alguma mulher que viria conversar com ele e tentar conseguir "a melhor noite da sua vida". Mas não a culpo, afinal, a fama dele realmente não é a de ser um homem que consiga manter um relacionamento.

E é isso que mais me preocupa...

Contudo, não posso ficar pensando nisso. Me preocupar com o que pode dar errado é justamente o que pode acabar fazendo as coisas darem errado. Tenho que confiar em Oliver. Eu o amo, ele me faz feliz e é isso que me importa.

***

– Oliver?

Ele olhou em minha direção.

– Onde está sua camisa? - Inquiri.

– Estou te incomodando? - Perguntou, com um sorriso travesso.

– Eu estou tentando terminar esse relatório, mas fica realmente difícil me concentrar nele quando você fica andando pelo meu apartamento sem camisa, fazendo com que eu sinta uma vontade incontrolável de fazer sexo com você. - Soltei, sem pensar. Corei ao perceber que havia dito a aquilo em voz alta.

– Incontrolável? - O sorriso alargou-se ainda mais em seu rosto.

Aproximou-se um pouco mais de mim.

– Oliver, estou falando sério, eu preciso terminar esse relatório até segunda e...

Ignorando completamente o que eu havia dito, ele me beijou. Intensamente.

Sabe... Não importava quantas vezes eu o beijasse, nunca seria o suficiente. Meu corpo exclamava por ele. Minha pele estava em chamas pedindo seu toque. Algo tão simples como um beijo, vindo de Oliver, era capaz de despertar em mim as reações e sentimentos mais intensos.