Fatal escrita por Rafa


Capítulo 3
Capítulo 3 - Jogos


Notas iniciais do capítulo

E ai, povo?
Mais um capítulo para vcs, espero que gostem
Boa leitura



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O dia amanhecera quente em Karakura e ainda assim as ruas já estavam lotadas, pois ainda que a cidade não fosse tão grande ou populosa, via-se pessoas e carros para todos os lados, em um circular contante.

Ajeitando a gravata uma segunda vez, Grimmjow se sentia desconfortável com todo aquele traje formal que fora obrigado a usar em um dia tão quente, mas sabia que aquele seria um de muitos outros sacríficos que teria de fazer para alcançar sua preciosa liberdade.

Nada em sua vida era fácil e aquela missão não seria uma exceção.

— Então? — começou Ulquiorra, que dirigia o carro em silencio até então. — Já sabe o que tem que fazer, Grimmjow? — perguntou sem desviar os olhos das ruas a frente.

— Não precisa ficar perguntando. Porra! — exclamou ele irritada. — Já ouvi você repetir esse plano idiota umas sete vezes, então não me venha com essa de novo — disparou passando a mão pesada sobre seu próprio pescoço, que já começava a suar com todo aquele calor que fazia.

— Você sabe que Aizen-sama não tolera falhas — avisou em seu tom caracteristicamente frio. — Então me diga claramente, o que você tem que fazer, Grimmjow? — declarou seriamente o moreno de gélidos olhos verdes.

— Trabalhar ao lado da vadia Kuchiki por um mês recolhendo todo tipo de informação útil sobre nossa mercadoria apreendida para recupera-la — resmungou bufando.

— Certo e depois? — indagou Ulquiorra.

— Matá-la da maneira mais dolorosa e demorada possível — sibilou o azulado com seus olhos brilhando insanamente, não que realmente gostasse, mas matar era a unica coisa que sabia fazer direito, mesmo não querendo, já havia aceito sua realidade.

Sem mais palavras, o moreno continuou o caminho em direção ao grande prédio cinza, onde funcionava a sede da policia federal.

Estacionando o carro preto uma quadra antes, Ulquiorra finalmente encarou Grimmjow.

— Nosso agente já tem tudo arrumado para você, então apenas aja como um policial transferido deve agir ao chegar lá, não chame a atenção e lembre-se: Essa será sua ultima missão de um jeito ou de outro — declarou o Schiffer, logo deixando Grimmjow sozinho a refletir sobre suas palavras. Eles não poderiam ser vistos juntos sob hipotse alguma.

O Jaegerjaquez sempre soubera que sua liberdade lhe custaria caro, mas essa missão era uma das mais difíceis que já havia aceito e sabia que aquele caminho seria sem volta. Era como entrar em um beco sem saída.

Deixando todos os seus últimos pensamentos para trás, o homem de marcantes olhos azuis, seguiu o restante do caminho até seu destino.

Não adiantava mais criar suposições, finalmente os jogos começariam.

~~~~

"Como assim não conseguiu colocar o grampo que pedi?" — a voz exaltada ecoou pela sala fechada.

"Entenda, Kuchiki-sama, não posso grampear os telefones de Aizen Sousuke sem uma ordem judicial" — hesitante, o oficial respondeu tentando argumentar com a mulher raivosa.

"Vá você e essa ordem judicial a merda, Yamada!" — exclamou ela, jogando o celular sobre a mesa cheia de papeis bagunçados, organização nunca fora sua marca registrada, assim como paciência.

Apoiando as mãos sobre a mesa, ela tentou se controlar ao máximo, mas sentia todo seu corpo tremer de raiva.

Sentia-se frustrada por estar tão perto de desmascarar Aizen e não conseguir por culpa de oficiais corruptos, que recebiam para boicotar suas investigações.

Tudo o que Rukia precisava era de uma simples gravação de um telefonema suspeito e ele estaria com os pés na cadeia, mas nenhum juiz parecia querer facilitar as coisas para ela.

Respirando fundo, a morena tentava se preparava para mais um dia de trabalho contra o trafico, quando uma batida seca ecoou pelo ambiente.

— Entra — disparou sem deixar sua posição, precisava manter a calma.

— Bom dia, Rukia — saudou a voz inconfundível do belo ruivo tatuado que conhecia tão bem.

— O que quer, Renji?— perguntou sem rodeios, não estava a fim de jogar conversa fora com o velho amigo de infância.

— Como é educada, Kuchiki-sama — ironizou sentando-se a cadeira livre ao lado dela, que permaneceu em pé. — O capitão Kuchiki quer te ver — avisou de uma vez ao não receber nenhuma resposta da mesma.

— Pra quê? — indagou ela, desanimada.

— Só indo falar com ele para saber — respondeu desdenhoso.

— Hm — grunhiu irritada, Byakuya sempre a chamava para dar algum sermão, o que a pequena não estava nenhum pouco a fim de ouvir.

Ignorando o olhar inquisitivo do ruivo, a baixinha pegou suas coisas e caminhou ate a porta, que ainda permanecia aberta.

— Vai desacatar uma ordem direta do Capitão? — questionou ele, levantando-se rapidamente.

— Não... É.... — começou incertar sobre que palavras usar para enganar o amigo. — Eu só vou ali pegar um cafezinho e já vou falar com o Nii-sama — mentindo saindo rapidamente pela porta.

Fugir de todos os que se preocupavam com ela estava sendo o mais fácil ultimamente.

Sem realmente prestar atenção a sua volta, a policial percorreu todo o extenso corredor, precisava mudar seus planos para pegar Aizen, só não sabia mais a que recorrer.

Nada estava acontecendo como o planejado, tudo o que tinha eram os dois prisioneiros da noite passada e incontáveis evidencias não reconhecidas pelo tribunal, sentia-se sem saída.

Mergulhada em suas ondas de pensamentos e suposições, a pequena sentiu seu corpo bater violentamente de encontro a algo semelhante a uma parede de músculos e logo viu-se jogada ao chão.

— Olha por onde anda, nanica — resmungou a figura parada a sua frente.

— Como é?! — indagou ela encontrando os olhos dele, que a avaliavam de maneira arrogante.

— Eu mandei olhar para onde anda, nanica — repetiu sem nenhum tom de culpa ou arrependimento em sua voz forte.

— Acho melhor maneirar suas palavras, oficial — sibilou ela, levantando-se agilmente sem dar atenção ao burburinho de pessoas que os observavam curiosas. — Por acaso você sabe com quem está falando? — perguntou de forma orgulhosa.

— Não, mas também não me interessa — respondeu Grimmjow desdenhosamente.

— Ora, seu...

— Rukia — uma inconfundível voz fria soou atrás da morena, interrompendo-a e fazendo com que todas as pessoas se dispersassem, voltando a realizar seus afazeres.

— Nii-sama — balbuciou ela, virando-se lentamente para ele. — Quer dizer.... Capitão Kuchiki — completou toda atrapalhada.

— Explique-se — mandou imponente.

— Bom... É, que... — gaguejou a morena, se enrolando nas palavras. Seu irmão sempre a fazia parecer uma garotinha levada e odiava isso. — Me desculpe, mas tenho que voltar ao trabalho — disparou ela, reunindo o pouco de coragem que restara dentro de si.

— Me acompanhem — declarou encarando o azulada e ignorando totalmente as palavras da irmã caçula.

Sentindo-se frustrada mais uma vez, a Kuchiki lançou um olhar raivosos para Grimmjow e seguiu o mais velho, ato copiado pelo azulado, que não tinha outra coisa para fazer. Já havia chamado muito a atenção, coisa que Ulquiorra o disse para não fazer.

— Creio que Renji tenha lhe avisado sobre meu chamado, não é Rukia? — indagou ele ao adentrarem seu grande escritório.

— Sim — respondeu ela simplesmente.

— Pois bem — falou ele virando-se para Grimmjow, que permanecia calado ao lado da porta fechada. — Grimmjow Jaegerjaquez, certo? — perguntou recebendo um aceno positivo como resposta. — Fui notificado sobre sua transferência e já tenho um parceiro para você — declarou o moreno voltando seus olhos para Rukia, que sentiu seu coração falhar uma batida.

Seu irmão não faria o que ela estava pensando, faria?

— Capitão Kuchiki, creio que essa conversa não tem nada a ver comigo — disparou ela tentando fugir o mais rápido possível.

— Engano seu — rebateu friamente. — Era exatamente sobre isso que queria lhe falar — afirmou pegando algumas folhas para entregar a pequena. — O novato esta sob seus cuidados — declarou Byakuya seriamente mostrando não estar a fim de ser contrariado.

— Capitão.... — balbuciou contrariada enquanto Grimmjow apenas observava a conversa dos morenos. Parecia que o destino conspirava a seu favor, afinal, trabalharia lado a lado com a vadiazinha e não precisara fazer nenhum esforço para isso.

— Essa é uma ordem direta, Rukia — falou ele sem olhar para a irmã, que saiu a passos duros antes mesmo que o azulado pudesse perceber.

— Com licença, capitão — despediu-se ele como havia ensaiado com Ulquiorra varias vezes e logo seguiu a morena. Queria começar seu verdadeiro trabalho o mais rápido possível. — Ei, Rukia! — chamou ele ao alcança-la.

— É "Capitã Kuchiki" pra você — sibilou a moça virando-se bruscamente para encara-lo. — É bom me tratar com mais respeito daqui pra frente e não pensei que irei facilitar as coisas para você, garotão — declarou seriamente olhando-o nos belos olhos azuis.

— Não quero que facilite nada. Sei muito bem de minha capacidade, capitã — rebateu sustentando o olhar de Rukia, que o encarrou com mais raiva.

— Espero que engula suas palavras arrogantes — disparou dando-lhe as costas. — E vê se não fica em meu caminho, não quero ter mais sangue em minhas mãos — avisou sem olha-lo.

— Certo — respondeu acompanhando-a sem deixar de refletir sobre as palavras da Kuchiki.

Rukia parecia uma mulher forte, Grimmjow conseguia reconhecer um bom adversário a distancia e saber que enfrentaria alguem a altura o deixava excitado de varias formas. A tempos não se sentia assim, mas precisava manter sua cabeça no lugar, senão poderia por tudo a perder.

— Me acompanhe, oficial — ouviu a voz dela soar. — É agora que o verdadeiro jogo começa — declarou adentrando seu elegante carro preto com a insignia da policia gravada em suas portas.

— Sim — respondeu Grimmjow.

O verdadeiro jogo da morte começava ali e ele não aceitaria a derrota tão facilmente. Perder não era uma opção viável.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Comentem, pf
Bjus



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