- Aya, você tem certeza que está tudo bem? - Edward perguntava pela milionésima vez.

- Estou bem.

- Ah, fico feliz que tenha se livrado daquele cachorro, ele não é uma boa companhia - Rose comentou.

Não respondi. Estava muito chateada comigo mesma, sei que Jake tinha uma certa culpa, mas não era para tanto escândalo. De fato, admito, fui muito grossa com ele, mas ele queria que eu fizesse o que? Perdoasse ele por ter mentido para mim por todos esse três anos que nos conhecemos? É eu sei, perdoei os Cullens, mas isso aconteceu porque eu sentia algo a mais por eles, como se fossem minha família, e não simples amigos. E também porque Edward foi até à mim me falar tudo sobre eles.

- Rose, seja mais delicada. Aya está sofrendo - Jazz falou.

Merda! Ele sabia o que eu estava sentindo, e consequentemente Edward também.

- Não, eu estou bem - Tentei forçar um sorriso. Mas acho que não deu muito certo,  por isso completei - Preciso ficar sozinha.

Emm, Jazz, Alice e Rose começaram a sair do quarto.

- Não quis dizer para saírem. Eu vou sair - Edward me lançou um olhar preocupado - Sozinha.

- Aya não acho que isso certo, é perigoso andar sozinha a noite - Disse ele.

- Edward, Aya precisa pensar sobre as coisas que estão acontecendo. Não deve ser nada fácil saber que nós somos vampiros e que seu melhor amigo é um lobisomem. Não acontecerá nada à ela, confie em mim - Alice respondeu confiante, também né, ela via o futuro.

- Tudo bem, mas se acontecer alguma coisa me ligue imediatamente - Edward me abraçou, e me deu um beijo maravilhoso, eletrizando todas as borboletas que poderiam estar dormindo, ou qualquer parte minha que estivesse adormecida.

Alguém pigarreou. Emmett. Reconheci imediatamente o som grave, brincalhão e irritado ao mesmo tempo. Meio constrangida, afastei-me meio passo com um movimento instantâneo. Edward riu.

- Ignore Emm, não precisa ficar envergonhada - Ele disse e deu um olhar repreendendo Emm, o mesmo fingiu não ter reparado no que aconteceu.

- Vou indo, vejo vocês mais tarde - Mandei beijos à todos, colocando a mão em frente a minha boca e em seguida assoprando; Emm fez o mesmo para mim. E os outros limitaram-se a sorrir.

- Até mais tarde, Aya - Rose falou.

- Good-bye gata - Emm disse.

- Tome cuidado - Jazz disse.

- Espere, espere, espere - Cantarolou Alice. Ela dançou pelo quarto, graciosa como um sonho - Coloque esse casaco, esfriará mais tarde. 

- Tudo bem, Alice. Tchau.

LUKE'S POV.

Eu tinha me transformado em vampiro. Sim, vampiro. Victoria - uma vampira com cabelos cor de fogo - havia me transformado em vampiro, pois ela tinha me achado "atraente". Confesso que sou do tipo garanhão, que todas as mulheres desejam. Mas, somente aquela que eu quero não me quer. Aya Colucci, uma adolescente de 17 anos, totalmente rebelde, ela não tem aparência de um garota, parecia uma mulher formada. Tentava me aproximar dela, fazendo o papel do bom amigo, as vezes jogava uma indireta, mas ela sempre levava na brincadeira. Agora que sou vampiro, fiquei ainda mais bonito, e conseguirei conquistá-la. Estava usando Victoria, mas na verdade eu queria Aya. Só ela.

Estava perdido em meus pensamentos, quando  fui tomado por um cheiro irresistível que despertou algo em mim, algo selvagem que eu nunca havia experimentado. Nem quando eu bebi sangue humano. Sangue! Só podia ser isso, o cheiro me deixava inebriado. Eu queria sentir aquele sangue, queria muito mesmo, tanto que minha garganta começou a arder como se eu estivesse engolindo um cano em brasa.

Eu não quis nem saber quem era. Não deu pra resistir, segui o rastro do cheiro. Foi então que eu a vi.

Aya estava caminhando sozinha. Foi como se um alívio imenso me percorresse e me preenchesse. Soltei um sonoro “Ah” e senti o veneno em minha boca. Segui ela, que cada vez mais entrava na floresta. Ela se encostou no tronco de árvore.

- Olá Aya - Eu falei com a minha melhor voz sedutora.

Aya estava distraído, e ao perceber a presença de alguém pulou de susto.

- Luke? É você? - Aya perguntou totalmente confusa.

- Sim, sou eu. Senti saudades de você - Me aproximei dela, e minhas mãos agarraram sua cintura, não pude resistir e rocei o nariz no seu pescoço, então suspirei - Ah, que cheiro delicioso!

- Me solta Luke! – Ela gritou, e tentou me distanciar ao máximo.

Seus olhos se arregalaram quando não me movi um só centímetro e disse assustada.

- Você é um... Va-vampiro!