A Sucessora. escrita por Kyría


Capítulo 1
Uma nova Seleção.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo, direto do forno!
Espero que gostem, tenham uma boa leitura.



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Aquele seria um dia como qualquer outro.

''Porte-se, estude, observe e faça.''

Era o que me diziam todas as manhãs. E foi ao pensar nisto que um suspiro escapou. Eu ainda estava deitada na cama, escondida debaixo das cobertas. Meus cabelos rubros eram a única parte que ficavam a vista, espalhados sobre o travesseiro de penas. Meu quarto estava escuro, mesmo com o sol lá fora brilhando. Aquilo era tão aconchegante, não sairia dali tão ce...

— Bom dia, senhorita Súlpicia! – Exclamou Diana, uma de minhas criadas, abrindo a porta do cômodo com energia e repetindo o gesto com as pesadas cortinas que cobriam as janelas.

— O que? Não, não. Sai – resmunguei baixo, bufando em seguida.

— Nada disso! – Pareceu chocada. — O rei e rainha solicitam sua presença, senhorita. Pediram para acordá-la imediatamente.

Ao ouvir aquilo, eu automaticamente ergui o tronco e chutei as cobertas, encarando Diana.

— E o que eles querem? – Indaguei, claramente curiosa.

A mulher esboçou um sorrisinho divertido no rosto moreno, dirigindo-se até o banheiro e ajeitando meu banho.

— Se quer saber, levanta-te e se aprume. Vamos, você ainda precisa tomar o café da manhã.

Resmungando novamente, eu me levantei da cama e retirei a camisola de seda branca que vestia, já caminhando em direção ao banheiro.

[...]

Eu descia a escadaria pulando de dois em dois degraus. Já estava pronta; havia escolhido um vestido simples. Seu tom branco era suave, mistando alguns pontos em dourado. O tecido de rendas ajustava-se em minhas curvas, chegando um pouco abaixo da metade de minhas coxas em um dos lados; já o outro, alguns centímetros acima. As mangas de largura média caiam delicadamente por meus ombros. Calcei um par de sapatos de salto na cor creme, deixando todo o destaque para meu cabelo. Este, Diana havia escovado e deixado solto pelas costas. As ondas pediam livres, balançando de um lado ao outro. A pintura em meu rosto era fraca. Apenas um batom coral pelos lábios, junto de algumas pinceladas rosa pelas bochechas. Em meu pulso esquerdo havia uma pulseira dourada onde haviam flores e um pequeno pássaro; um presente do rei (http://migre.me/olCI3).

Eu não fazia ideia de qual seria o assunto sobre qual meus pais pretendiam falar, mas mesmo assim eu podia sentir a ansiedade se instalar em meu peito. Uma nova sensação, quase de medo se apoderava de mim.

Passando pelo Salão das Mulheres, pude ver algumas criadas trabalhando como sempre. Arrumavam o que já estava no lugar, limpavam o que já estava limpo... Uma risada me escapou.

— Súlpicia – chamou a voz de minha mãe, que caminhava ao lado de papai.

Ambos aparentavam uma expressão um tanto quanto apreensiva, o que me fez arquear discretamente uma das sobrancelhas.

— Minha senhora – sorri, segurando a barra do vestido com a ponta dos dedos, para em seguida abraçá-la. — E senhor — entoei ainda com um sorriso, beijando a bochecha do rei.

— Querida... Precisamos conversar – disse ele, com a voz séria e ainda sim carinhosa.

Mamãe assentiu, sem olhar diretamente para mim.

— Sobre...?

— É um assunto... Particular – pigarreou o rei, correndo os olhos a nossa volta.

Haviam uns poucos guardas, apenas. Mas mesmo assim ela indicou um dos corredores próximos de nós, pedindo que eu os seguisse. Eu assenti desconfortável e fui. Andamos por alguns instantes, até que eu me deparasse com uma porta alta de mogno escuro. Aberta, dava para uma pequena sala composta por uma janela, uma mesa contendo blocos de papel e algumas poltronas. Meus pais já estavam lá e assim que eu entrei, tratei de fechar a porta. Voltando-me para os dois, os fitei e aguardei que tomassem a palavra.

— Hm... Sente-se, meu bem – pediu America.

Eu nada disse, me sentando como pedido. Voltei a olhar os dois, ainda em espera.

— Estão me deixando nervosa. Do que se trata?

— Querida... – Começou papai. — Tenho certeza de que você já notou que as coisas no reino andam muito bem. Melhores do que nunca, eu diria. O problema é: monotonia. O povo de Illéa não se parece mais o mesmo. Há tempos que não se ouve falar de nenhum grande evento. Todos tem permanecido tão absortos que esqueceram-se das belas comemorações que antes faziam. O que quero dizer, é que talvez todos precisemos de algo que volte a animar o povo desse país. Bem... Pesando assim, eu e sua mãe tomamos uma decisão – completou por fim.

Após ouvir aquelas palavras eu permaneci em silêncio, sem entender.

— E que decisão seria essa? – Perguntei, buscando o olhar de mamãe. Ela porém parecia achar o piso escuro mais interessante.

— Está bem, vamos terminar com isso – murmurou papai, dando uma rápida olhada na ruiva ao seu lado. — Você sabe como eu e sua mãe nos conhecemos, certo?

— Sim, todos sabem... É basicamente um conto de fadas – dei de ombros.

— É ótimo que ache isso – ele sorriu. — Pois a seleção está prestes a recomeçar.


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Notas finais do capítulo

E então? Mereço elogios, críticas (que são sempre bem-vindas, desde que possam contribuir para uma melhora) ou nada?
Beijos e até o próximo.



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