Eternity escrita por sallyssong


Capítulo 20
Square at night.




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O barulho das corujas e grilos parecia algo inexistente para ele. Não perturbava. A praça estava vazia e o vento soprava cada vez mais forte, como ele pudera perceber. Abaixou a cabeça e a voz de Isabelle ecoara em sua mente.

“- Matthew, você é um monstro! Você não percebe? Você não é mais humano e não será eu, nem ninguém que lhe fará ser de novo!”.

Deu um longo suspiro. Depois de um mês aquilo ainda do perturbava.Isabelle estava certa. Ele não era mais humano... E a culpa era de Catherine. Mas, como poderia culpá-la, se nesse exato momento ele só tinha a ela? Catherine era seu porto seguro, era o seu lugar de conforto. Ela sempre estaria ali para ele... Ela só o queria. Demonstrava de um jeito errado, mas ele a entendia. Depois de um tempo sendo vampiro, você perde sua parte humana. A de Catherine fora complemente esquecida, por isso ela agia assim. O barulho de folhas sendo amassadas por passos fizera sua cabeça se erguer no mesmo momento e ele pôde vê-la.

- Ah... Desculpe eu não... Não sabia que estava aqui... Eu... – Isabelle parecia não saber o que falar quando o viu. Estava estática. Tanto tempo sem vê-lo. Tanto tempo visitando o ninho de Kurt, mas ele nunca ia lá. Queria vê-lo pelo menos de longe.

- Tudo bem. – Matthew falara sem emoção. – Sente-se aqui. – Ele batera a mão no espaço vazio do banco ao seu lado. Isabelle caminhara devagar em sua direção e sentou-se. Os dois ficaram parados, estáticos olhando para frente. Tantas coisas para falar... Mas nenhuma palavra conseguia ser dita. Isabelle abaixou a cabeça e começou a brincar com as próprias mãos.

- Me desculpe. Por aquele dia. – Isabelle falara de cabeça baixa. Matthew inclinara a cabeça para o lado e ficara observando-a por um tempo. Deslizou suas mãos gélidas para as mãos quentes da garota e ela sentiu um choque em seu corpo. Calafrios percorrendo toda sua espinha dorsal. Inclinara a cabeça para o lado e seus lábios se tocaram, automaticamente. Naturalmente. Matthew não a amava, mas tinha apego. Sua parte humana havia se identificado e apegado a ela. Isabelle sentia algo diferente em seu coração. O vento batia no rosto dos dois como se quisesse ver ainda mais de perto a cena. Mas não era só ele que os observava.  


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