After Ever After-Interativa escrita por Lady Twice, Catnip


Capítulo 24
Chapter XXII-A Festa, Parte Cinco


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo pequeno, tho esse aqui tem bastante significado. Ele é, efetivamente, o último capítulo de festa, mas o próximo vai ser um post-party que está parecendo legal até o momento.
Então, bom, enjoy!



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Maximilliam O'Crown

Estou parado num canto, esperando Rosie voltar do banheiro, quando vejo Destiny caminhando triunfante na direção de Apple. Que por acaso está com Scarlet e Richard. Se ela falasse com eles, minha noite provavelmente seria arruinada.

Corro ateé a Snow e me coloco em seu caminho.

–O que está fazendo?- ela me pergunta, raivosa.

–Impedindo que você estrague minha noite- eu a seguro pelos ombros e viro de costas -Você realmente pretende ameaçar a amiga do aniversariante?

–Pretendia- Destiny reclama, se desprendendo -Problemas?

–Todos. Richard ficará preocupado e chamará Rosie, o que acaba com o resto da minha noite.

–E eu com isso?

–Olha, eu passo o primeiro dia inteiro com você se quiser. Mas deixa eles em paz. Só essa noite.

Destiny sorri, diabólica, e estende a mão.

–Fechado.

E vai embora. Graças ao bom pai. Dou meia volta e encontro Rosie com sua típica cara de curiosidade:

–O primeiro dia inteiro com Destiny Snow?- ela pergunta, risonha -Qual pecado você está pagando, Max?

–Parece que todos eles- eu dou de ombros e sorrio -Eu já disse que você está linda?

–Quando você entrou- ela me diz -E quando você me achou antes de ir ao banheiro. E agora.

–Bom, então só pode ser verdade. Eu não mentiria três vezes, mentiria?

–Até cinco, se precisasse- Rosie ri da minha cara.

–Então você prefere assumir que não está bonita à aceitar minha palavra?- levanto uma sobrancelha.

–Ah, hm...- ela considera, mas sei que a peguei de surpresa -Eu não disse isso.

–Uhum.

–É sério.

–Sei.

–Tá, Max, tu me pegou de surpresa- diz, cínica -Era isso que queria ouvir?

–Sim, pra te ser bem sincero.

–Não é muito cavalheiro de sua parte.

–O que é cavalheiro de minha parte, Rosie?

–Ah, é verdade. Eu esqueci por um segundo que o cavalheiro era o Will- minha amiga pondera -Meu erro.

Rio brevemente.

–Ele está logo ali, sabe?

–Nah. Não me sinto como ficando com o Will hoje.

–Ah, não? Como se sente?

–Me sinto como- um grito seguido de um clarão a para, e ela vira a cabeça na direção do barulho -O que foi aquilo?

Dou de ombros.

–Vou saber, Rosie?

–Parece... Magia- Rosemarie diz, antes de sair correndo naquela direção. A acompanho.

A cena que encontramos, devo admitir, é um pouco cômica. O barulho havia vindo da mesa da Rainha Má e companhia, o que explicava o garoto de pé com uma varinha de obsidiana na mão. A varinha estava apontada para o chão, onde podíamos ver um pequeno sapo de pele bem escura. As pessoas em volta todas encaravam a cena, a Rainha Má com uma cara de raiva e a menina que deveria ser sua filha em uma expressão surpresa. O Capitão Gancho, embora parecesse minimamente preocupado, sorria com deboche para o sapo, e a garota ao seu lado ria educadamente do animal. A Rainha Má andou até o garoto, pisando forte.

–Ahren Magnus Queen- ela disse, firme -Transforme esse sapo num adolescente. Agora.

–Mas, mãe- o garoto, Ahren, diz -, ele merecia.

–Sabe quem merecia?- a garota com cara de surpresa pergunta.

–Você- a Rainha responde -Faça. Agora.

–Só pra constar, eu acho que ele faz maior bem para a sociedade como sapo- Ahren resmunga mais uma vez, mas aponta a varinha para o bicho e faz um movimento desleixado. O sapo rapidamente se transforma num garoto que aparenta minha idade, tendo minha altura ou algo próximo e cabelos negros e cacheados. Ele apalpa o próprio tronco e cerra os punhos, mas Ahren só coloca a varinha no bolso e se senta -Voilá. Satisfeitas?

–Conversaremos sobre isso em casa, Ahren- a Rainha diz antes de voltar ao seu lugar. Ouço uma risadinha, e me viro para ver o sorriso de Rosie.

–Não é tão engraçado assim- exponho, olhando mais uma vez para o garoto.

–Ah, não?- ela pergunta, embora ainda ria -Achei que vocês, os malvados populares, gostassem disso.

–Um bom barraco é sempre bom- eu dou-lhe o ponto -Mas ele conseguiu voltar ao normal. Não é tão engraçado assim.

–Que seja.

–Pera. Malvados populares?- sorrio, irônico -É isso que eu sou?

–Pra metade do Mundo, sim- ela admite.

–E eu ligo pra metade do Mundo?

–Não.

–Você me entendeu, Rosemarie.

–Você é um malvado popular, Max- minha amiga diz, indo em direção à pista de dança -Só que o tipo legal de malvado popular.

–Posso viver com isso- sorrio novamente antes de seguí-la.

–x-x-x-

Ahren Magnus Queen

Augustus parece realmente ultrajado por ter sido transformado em um sapo na frente de uma multidão. Ele mantinha certa distância de mim e as costas tensas durante todo o tempo, embora ainda me encarasse praticamente o tempo todo.

Não era algo que me incomodava, tenho de dizer. Sou definitivamente o tipo de pessoa que prefere ser temido à amado.

Anya, porém, me olhava de lado de tempos em tempos. Eu conseguia ver a raiva faiscando nos olhos da minha irmã, um evento excepcionalmente raro e admirável. Anastácia sorri tanto no dia a dia que eu costumo me esquecer completamente de que ela realmente tem o sangue da minha mãe. Não é como se ela mostrass todo o seu potencial com frequência, por assim dizer.

Minha mãe, por fim, é simplesmente a imagem do híbrido entre decepção e orgulho e eu sei porquê. Embora ela esteja feliz que eu tenha tirado proveito real de todas as tardes que ela usou nos explicando transfigurações, ela quer me matar por simplesmente mandar a reputação de pessoa normal ralo abaixo. Desde praticamente sempre depois dos finais felizes, ela têm trabalhado duro para que os Queen não sejam só os maiores vilões da história em geral, e a chance de eu ter desperdiçado praticamente vinte anos de trabalho duro a deixava nada menos do que fula da vida.

Não a culpo. Eu provavelmente não ligaria, mas a grande parte das pessoas que são 100% normais- na medida do possível, obviamente -escalpelariam seu filho se ele fizesse isso.

Sorte a minha que minha mãe me ensina a fazer o que ela sabe desde que eu aprendi a segurar uma varinha.

Algo como no máximo uma hora depois dos parabéns, com certeza bem mais cedo do que o normal, minha mãe se levanta bruscamente ao ver seu telefone vibrar em cima da mesa. Eu olho para ela, meio que fazendo contorcionismo com meu pescoço.

–O quê houve?

–Chame Anastácia- ela diz, simplesmente –Nós precisamos ir.

–Mãe- eu insisto -O que está acontecendo?

–Só chame sua irmã, Ahren- minha mãe diz, embora pareça um pouco insegura.

–Tá. Que seja- eu respondo e me ponho de pé –Eu vou ver se a encontro.

–Quer saber? Esqueça- ela abana a mão e faz com que as chaves apareçam. O mais esquisito acontece depois, porém: -Pegue. Você e Anastácia vão voltar sozinhos pra casa. Antes das três, não beba e faça-me o favor de não transformar absolutamente ninguém nesta festa em qualquer tipo de animal.

–V-você é quem manda- eu gaguejo, pegando o chave –Mas nós podemos só usar um feitiço, mãe.

–E deixar o carro aqui a noite inteira?- ela pergunta, obviamente na retórica –Acho que não.

–Tá bem- eu concordo, e sento-me novamente –Te vejo mais tarde?

–Amanhã é mais exato- ela me corrige –Eu não sei exatamente quando vou chegar, então por favor tenham certeza de deixar as coisas prontas para a escola na segunda.

–Na segunda. Certo- eu respondo-a, estranhando –Algo mais, presidente Queen?

–Sim. Por favor, pare com as piadas- ela beija minha bochecha antes de começar a andar para for a –Se cuida, Ahren.

–Você também, mãe- eu digo, meio aéreo, antes de colocar a chave no bolso e beber um pouco mais de meu refrigerante, mirando o nada. O que estava acontecendo com minha mãe?


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Notas finais do capítulo

Gente, só pra constar, esse é O último capítulo que vou postar sem que o anterior tenha recebido sequer um comentário. Eu sei que vocês andam ocupadas, assim como eu, mas eu realmente estou fazendo do possível e do impossível pra manter uma frequência extraordinária nas postagens e eu realmente quero ver que está sendo por algo.
Então acho que não preciso nem dizer que vejo vocês nos comentários, né?