After Ever After-Interativa escrita por Lady Twice, Catnip


Capítulo 15
Chapter XIV-Um Dia Especial


Notas iniciais do capítulo

Ooooláááá! Surpresas? Muito ou pouco?
Bom, hm, é. Não tenho muito a declarar, mas vou pedir que por favor, quando tiverem tempo, comentem. A história pode não ser movida a comments, mas é interativa, e se você sumir sem explicação por muito tempo… Não me responsabilizo por acontecimentos trágicos à sua personagem.
Fora isso, boa leitura!



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Matthew Frost

Naquela última semana de férias, por incrível que pareça, os quatro membros da minha família se encontravam na mesma casa. Na mesma sala. Na mesma mesa, almoçando juntos. O que era praticamente um milagre, vez que papai sempre estava rodando o mundo fazendo seu trabalho e mamãe precisava resolver assuntos de nossos vários 'negócios de família'- o que naturalmente inclui a rede de sorveterias, a rede de sorvetes, a rede de rinques de patinação e alguns outros.

Enfim. De volta ao assunto: estávamos todos sentados na mesma mesa, comendo nosso almoço como se fôssemos uma família completamente normal. E até mesmo conversávamos. Eu queria que fosse sempre assim.

–Planos para hoje?- meu pai perguntou, provavelmente para minha mãe.

–Naturalmente- ela devolveu -Tenho de visitar a nova sorveteria, lembra? A próxima à escola?

Meu pai sorriu, travesso.

–As crianças vão nos glorificar depois dessa- ele disse, feliz, e então virou sua cabeça para mim e Freddy -E vocês, meninos? Vão fazer algo ou eu posso alugar vocês para a pista?

–Ah, ah, ah, Jack- minha mãe nos interrompeu, congelando(não literalmente) a cara feliz que meu irmão fazia -Temos um aniversário no final de semana e não compramos presente ainda.

–Mas Freddy não tinha ido comprar isso com tia Anna na outro dia?- eu pergunto, engolindo minha comida.

–Bem... Houveram alguns imprevistos- Freddy explicou vagamente, colocando mais macarrão na boca enquanto mamãe o olhava torto.

–Sério mesmo, querida?- meu pai perguntou, mas ela o lançou um olhar cético. Ele jogou os braços pra cima em rendição -Tá bom, tá bom. Você vai levá-los ou quer que eu leve?

–Na verdade, Anna se ofereceu para levá-los- minha mãe constatou.

–Wow, wow, wow- eu os interrompo -Levá-los? Tipo, eu e o Freddy?

–Duh, Matt- meu pai brinca, comendo mais de seu macarrão.

–Sim, Matthew. Por quê?

–Ah, hm- eu digo, meio sem jeito, coçando a parte de trás da cabeça -É que... Hoje é o aniversário de namoro meu e da Pearl. E eu tenho quase certeza de que combinamos de passar o dia junto.

Meu pai deu uma risadinha e sorriu de lado pra mim, então eu meio que o ignorei. Mamãe estava com uma cara surpresa, tendo repousado os talheres no prato.

–Ah, claro- ela disse, por fim, colocando seu cabelo atrás da orelha -Você pode ir então, Matt. Mas não volte muito tarde, ok?

–Ok- eu confirmo e me levanto da mesa -Licença, família.

–Hey, Matt- meu irmão me chamou, levantando-se logo depois de mim -Quer uma carona até a casa dos Pontus?

Sorrio ao ver que meu irmão havia me seguido até a cozinha, onde depositamos nossos pratos na pia.

–Por favor, Freddy- digo, vendo ele balançar seu amado bastão -Mas me deixa escovar os dentes primeiro.

–Escovar os dentes?

–Eu estou indo ver minha namorada, Fred.

–Ah. Claro. Suponho que queira que sua língua esteja-

–Eu entendi, cara- o interrompo bruscamente -Realmente entendi.

–Bom, enfim. Por que não usa o método de congelamento?

–O quê?

–O método do papai.

–Freddy...

–Ah, você não lembra? É só congelar os dentes, Matt.

–Vocês sabe que eu tenho problema nos dentes.

–A sensibilidade?

–Não, idiota. É a arcada mesmo, tenho de usar freio de burro com ela. Não tá vendo?- digo, sarcástico -Claro que é a sensibilidade.

–Eu não entendo- ele continuou, me seguindo até o banheiro -Quer dizer, somos filhos do senhor e da senhora Frost. Temos poderes de gelo. Somos basicamente as criaturas mais frias do Mundo Encantado e, ainda assim, você desenvolveu sensibilidade nos dentes.

–E você gosta do Papão- eu chispo em meio à pasta dental, vendo que o olhar de meu irmão está mais sério pelo espelho -Todos temos nossas anormalidades, Freddy. Agora me deixa em paz com minha Colgate.

–Você é quem manda- ele diz, jogando os braços pra cima num festo despreocupado -Já tá pronto?

–Deixa eu só pegar o presente dela ali no quarto, rapidinho- eu saio correndo logo que me seco, entrando em meu quarto e pegando a pequena caixinha embrulhada em vermelho e verde que repousa no meu criado-mudo.

–Você é muito enrolado, Matt- ele ri de minha cara quando eu volto -Podemos ir agora?

–Quando quiser, Allen- eu chamo meu irmão pelo segundo nome, vendo ele fazer uma careta pra mim.

–Anda logo, palerma- ele me puxa até a porta, onde fico perto dele para que levantemos voo.

–Faça-me voar, maninho- eu sorrio, e ele me olha em desafio.

–Seu pedido é uma ordem.

–x-x-x-

Bato na porta da mansão branca e azul dos Pontus, colocando as mãos para trás enquanto espero que alguém atende. Depois de algum tempinho, um garoto abre a porta-Sean, o irmão mais novo de Pearl. Tenho vontade de descer a mão em sua cara depois do que Cat, minha prima, me contou no último almoço de primos(todas as sextas, nem pergunte porquê); mas forço-me manter a classe. Era um dia especial para Pearl, e eu não iria estragá-lo surrando seu irmãozinho.

Embora eu quisesse.

Embora eu pudesse.

Mas eu não faria.

–Ah, Matthew. Oi- ele diz, sem jeito, e eu o miro.

–Ei, Sean- devolvo, controlado -A Pearl está?

–Claro. No quarto dela- o garoto responde rápido, e sai da frente da entrada -Fique à vontade.

–Obrigado- sorrio, passando pela porta, mas então chego bem perto dele -Escuta aqui, Pontus. Fica bem longe da Aria, ok? Se você fizer alguma coisa assim com ela de novo... As coisas vão esfriar pro seu lado.

Ele engole em seco e assente, fechando a porta antes de desaparecer. Solto o ar, satisfeito. Ninguém mexe com minhas primas e sai impune.

Subo as escadas, cumprimentando o pai de Pearl quando passo por seu escritório e batendo em sua porta antes de entreabri-la.

–Ei, babe- eu coloco minha cabeça para dentro, vendo as paredes vermelhas do quartos -Você tá aí?

–Matt!- ela pula para fora de seu closet e corre até a porta, me deixando entrar -E-eu achei que você viesse mais tarde.

–Não pude esperar- admito, e a beijo, pegando a caixinha do meu bolso -Feliz aniversário de namoro, babe.

Ela sorri largamente e me beija de leve antes de abrir a embalagem. Lá dentro, encontra uma pulseira para se juntar às que ela já tem.

–Matt... É linda- ela diz, passando a mão pelos dois pingentes do metal prateado: uma gota d'água e um floco de neve -Eu amei.

–É a sua cara- eu digo, prendendo em volta de seu pulso -Tive de comprar quando eu vi.

–Também tenho algo pra você!- ela revela, correndo até sua penteadeira e pegando uma caixa levemente maior e melhor embalada -Aqui. Abre.

–Não precisava, Pepper.

–Cala a boca e abre, Matt.

Abro a caixa, me atrapalhando um pouco com o laço, e acho lá dentro um porta-retrato com quatro fotos diferentes. A primeira é uma foto de minha primeira feira de ciências no Ensino Médio, onde eu e Pearl caíramos no mesmo grupo. Estávamos ambos atrás de um microscópio, sorrindo largamente. Em cima da mesa se lia: 'estados da água-observação detalhada'. Fora, bem, onde nós nos conhecemos. A segunda mostrava eu e ela patinando no rinque de mamãe, era de quando eu a ensinei a fazê-lo. A terceira era a foto de nossa Junior Prom, a formatura do segundo ano, à qual fôramos juntos. Foi na época em que começamos a namorar, na verdade.

A última era minha preferida e a mais recente, o plano de fundo do meu celular. Mostrava ela fazendo uma careta, olhando para cima, enquanto eu depositava um beijo em sua bochecha.

E, bom, o presente dela lacrava o meu.

–Eu adorei, Peps- revelo, dando-lhe outro beijo antes de colocar de volta na caixa -Vou colocar no criado-mudo, quando chegar em casa.

–Tem planos para hoje?- ela pergunta, me olhando travessa.

–Na verdade, eu esperava que você pudesse me dizer onde quer ir- eu digo, e ela me faz uma cara cética -Tá, tenho sim. Mas, hm, é surpresa.

–Sério?

–Sério.

–E o que é?

–Acho que isso estragaria a surpresa, Pearl.

–Hm. Touché– ela admite -Vamos sair?

–Vamos.

–Qual é a ocasião?

Penso um pouco antes de responder, olhando para o teto enquanto procuro a resposta certa.

–Calor excessivo- digo, por fim -Definitivamente não o meu tipo de coisa.

Ela fez uma cara meio preocupada.

–Tem certeza, Matt? Temos uma piscina aqui em casa.

Suspirei. Ela ainda ficava constrangida pela cauda.

–Pepper, eu não vou me submeter à horas de sol e calor por uma piscina normal. Até parece que você não me conhece- eu respondo, a voz suave -Coloca um biquíni. Você vai precisar

Ela dá de ombros e sorri, me dando um último beijo antes de entrar no closet.

–x-x-x-

A luz do sol do meio da tarde- o tempo que demorou pra chegarmos aqui -atinge a praia em cheio. Eu, branco como sou, obviamente passei muito preotetor e milagrosamente me lembrei de pendurar meus óculos de sol na camisa; e coloco-os no rosto antes mesmo de pisarmos na areia.

Pearl detesta vir à praia normalmente, embora ame nadar e o mar e o Sol e tudo relacionado à praia, por causa da cauda. Mas, bom, digamos que eu cuidei das coisas por hoje.

Minha namorada se surpreedne, fazendo uma careta, quando vê a praia total e completamente vazia. Em vez do movimento que é natural ao lugar, areia fina e vazia. Tudo o que pode ser visto até a linha do horizonte, além de nós e dos elementos da praia, é uma toalha de piquenique esticada no ponto logo acima da marca da maré alta. Pedras bonitas e coloridas, provindas do fundo do mar, prendem ela no chão; e em cima dela há uma cesta.

–Você arrumou tud-

–Claro que sim- eu a interrompo, e sorrio em sua direção. Pego sua mão, e a puxo em direção à toalha -Vem. O trato foi até às 6.

Minha namorada sorri, feliz, e dá um beijo estalado em minha bochecha.

–Vamos- ela sorri de volta -Parece que o dia é realmente nosso.

–Na verdade, Peps- eu digo, antes de a beijar mais uma vez -, o dia é todo seu.

–x-x-x-

Conto com sua curiosidade, munshkins.


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Notas finais do capítulo

P.S: Quatro caps para a festa