After Ever After-Interativa escrita por Lady Twice, Catnip


Capítulo 10
Chapter IX-Sobre Pizzas e Dragões


Notas iniciais do capítulo

Hey'all! Como vão, amores da minha vida?
Então, realmente não tenho muito a dizer por aqui. Fora um AVISO MEGA-IMPORTANTE, QUE É DE EXTREMA RELEVÂNCIA PARA TODOS.
Espero que estejam lendo.
Seguinte: as MP's que a maioria de vocês enviou à mim, Lady Twice, está caindo nas mensagens arquivadas. E depois de perder fichas à torto e direito em minha outra fic, descobri que elas são APAGADAS de todo após 90 dias no arquivo. Então, antes mesmo que comentem, eu gostaria de pedir que fossem lá na mesma MP na qual enviaram a ficha- os que enviaram por MP -e mandassem a resposta para essa pergunta: VIVE NUM ABACAXI, E MORA NO MAR? Ou o nome do personagem, isso aí foi só pra descontrair ;}
Bom, é. Façam isso, POOOR FAVOR. E, hm, boa leitura!



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Syaoran Shun Li

Quando Mei acordou, naquela manhã, eu já estava praticando arco-e-flecha fazia algum tempo. Mamãe e papai haviam saído para resolver algo na rua, e eu e minha irmã estaríamos sozinhos até a hora do almoço - agora não tão distante. Preguiçosa e de pijama, ela veio ter comigo ao jardim e se encostou em meu ombro.

– Bom dia, Lin - eu disse, abaixando o instrumento.

– Bom dia, Shun - ela devolveu, sonolenta - Eu dormi muito?

– São dez horas. Diga-me você.

– Ah, é o normal. E estamos na última semana de férias, me deixa ser feliz. - Eu deixo - digo, e mexo o ombro de leve

– Mas dá pra desencostar do ombro? Eu estou a tentar praticar.

– Claro - minha irmã respondeu, fazendo o que eu lhe indicara - Vou tomar café, e então venho cá lhe mostrar como realmente se atira.

– Sempre me surpreendo com sua modéstia - rio, enquanto minha irmã entra.

Atiro pelo que me parecem quinze minutos, e quando paro já não há flechas na aljava. Passo pelos alvos, recolhendo-as e colocando-as no recipiente feito à mão por mim. Quando acabo, coloco o arco e a aljava cheia dentro de casa pela janela de meu quarto, e busco a casa na procura por Mei Lin. Encontro-a na sala de TV, assistindo algo em nosso laptop. Sento-me ao seu lado.

– O que vê? - pergunto.

– O vídeo novo de Alanna e Uriah - ela responde, simplesmente. Alanna e Uri eram dois conhecidos nossos que viviam grudados um no outro, e tinham esse canal no Youtube. Eu e Mei, como várias outras pessoas mundo afora, seguíamos o canal - Dessa vez, fizeram Lucky, da Colbie Caillat com o Jason Mraz.

– Bem pra eles, né?

– Uhum. Mas nem pensa em dizer isso pra Alanna - ela brincou, e nós rimos juntos - Onde estão mamãe e papai?

– Na rua, resolvendo alguma coisa. Mamãe disse que iria na academia de Kung Fu para ver algo sobre o campeonato, mas papai não falou nada. Mas disseram que estariam aqui para o almoço.

– Certo. A casa é nossa até lá?

– É, eu acho.

– Ótimo. Poderíamos- Minha irmã foi interrompida por uma mini-bomba de fumaça vermelha que explodiu à nossa frente, fechando o computador.

– Pense duas vezes antes de falar, Lin - o pequeno dragão saído da fumaça disse - Seus pais estão fora, mas me deixaram aqui para vigiar os dois.

– Ah, Mushu, é você - eu digo.

– Assustei vocês?

– Não, claro que não - Mei ironiza - Porque a cada cinco minutos uma bomba de fumaça vermelha explode do nada à nossa frente.

Mushu põe língua.

– Espero pelo dia em que descobrirei porque teus pais lhe nomearam Jade, Mei Lin, já que és tão delicada como uma pedra! - ele se exaspera - Preferiria falar com alguém mais civilizado, por hora. Syaoran?

Olho para Mei, que faz uma cara travessa para mim. Sorrio para ela, e nós dois olhamos para Mushu novamente.

– Syaoran?

– Estávamos pensando em jogar baseball, Mushu. O que acha, ó grande e poderoso protetor dos Li? - eu respondo, com uma falsa adoração.

– Pra começar, garoto, eu protejo os Fa. Os Li, como você - ele me aponta - e você - aponta Mei - são adendos desde que sua mãe uniu os templos.

– Foco, Mushu. Podemos jogar baseball?

– Acho que sim, mas se se machucarem direi que fizeram sem permissão.

– Não nos machucaremos - Mei garante - Quer jogar conosco?

Ele sorri sombriamente.

–Vou acabar com vocês.

***

– Como assim vocês usaram Mushu de bola? - minha mãe nos pergunta quando Mushu acaba de falar, parecendo duvidosa.

– Hilário! Como nunca pensei nisso? – meu pai pergunta retoricamente, achando demasiada graça ao assunto para desgosto da minha mãe.

– Shang, você não está ajudando.

– Ah, Mulan, dê uma folga. Os gemêos só estavam a fazer graça.

Faço a melhor cara de inocente que tenho, assim como Mei, quando minha mãe nos olha para decidir se temos culpa ou não. Ela parece comprar, e eu suspiro internamente.

– Mas é bom que não se repita – meu pai tentando soar sério, enquanto eu e Mei fazemos um hi-5 escondido – E peçam desculpas ao Mushu.

– Shèmiǎn, Mushu - eu e Mei nos desculpamos, em coro, e o dragão sai marchando e resmungando. Minha mãe suspira, esfregando as têmporas, mas senta-se ao meu lado no sofá já de volta ao seu bom humor.

– Estarei no quintal se precisarem de mim – meu pai diz, saindo da sala. Assim que a porta se fecha, nós três desatamos a rir.

– Crianças, isso foi genial - mamãe admite -Como conseguiram fazer dele uma esfera?

– Enrolando - Mei dá de ombros.

– Como se ele fosse um fio - eu completo.

– E como ele reagiu quando viu o que fariam?

– Ele tentou amaldiçoar nossa família novamente, mas eu já estava o lançando para Mei - confessei, e rimos mais um pouco.

– Bom, parabéns aos dois - ela diz, colocando sua bolsa no sofá - E, aliás, o campeonato de Kung Fu começa duas semanas após as aulas. Vão participar?

– Temos escolha?

– Não- ela admite, ligando a TV - Vocês são perto de os melhores lutadores que temos. Precisamos que-

– SAKURA CARDS CAPTORS! - Mei grita do nada, arrancando o controle da mão de minha mãe e voltando dois canais.

– Au...- eu digo, esfregando os ouvidos.

– Mei Lin, sem escândalo - minha mãe a repreende.

– Já conversamos sobre isso - meu pai grita lá de fora.

– Mas, gente, esse anime é ótimo - ela reclama - Uns personagens principais até tem o mesmo nome que eu e o Sy.

– Você e Syaoran ganharam um laptop justamente para assistir esses animes ótimos - minha mãe devolve, tentando arrancar o controle da mão de Mei -Eu quase não paro em casa, Mei. Me deixa usar a TV.

– Mas, mãe! - ela diz, se escondendo atrás de mim enquanto minha mãe tenta alcançá-la com ambas as mãos - Esse é o episódio em que o Syaoran conta pra Sakura que ele tá apaixonado por ela!

– Syaoran? - ela me mira por um segundo.

– É o par romântico da principal - eu explico.

– Vocês realmente não ouvem nada do que eu falo? - Mei pergunta, meio indignada.

– Mais ou menos - minha mãe admite, finalmente pegando o controle e mudando de canal.

– Mãe! - eu rio.

– Estou brincando, Mei, é claro que te ouvimos - Mulan sorri para minha irmã - Mas, durante o sono, o cérebro humano descarta as informações que seu corpo não precisa, Mei Lin. Como esta.

– Mãe, me deixa assistir! – implora minha irmã mais uma vez.

– Não, Mei Lin. Basta de televisão para vocês dois por hora.

– Wow, wow, wow, calma lá. Onde foi que eu entrei na história?- pergunto, mas ela me ignora.

– A demais, já passa da hora de se arrumarem para que possamos ir almoçar na casa dos Ali.

– Nahan vai estar lá? - eu e Mei perguntamos em coro, já mais animados.

– É a casa dele. É bem provável - minha mãe faz uma careta de: ‘‘Óbvio!’’ - Assim como Azaleh, Finn e Alanna.

– Então é um banquete, não um almoço - Mei diz, na expectativa de ter dito algo muito engraçado.

– Mei, só põe uma roupa - eu rio, a empurrando até o seu quarto sob mais piadinhas ruins.

***

Quando Jasmine anuncia que o almoço vai ser servido, Nahan puxa eu, minha irmã e os três Haddock para a sala de estar; onde duas pizzas tamanho familiar nos esperam em cima da pequena mesa de madeira no centro. Ele diz que vai pegar um pouco de taboulleh e pão sírio para si, mas que deveríamos nos servir de pizza, e Azaleh pega a faca para partir a primeira.

– Então, Mei e Shun - Finn puxa conversa, enquanto a irmã lhe estende um pedaço de calabresa - Onde passaram as férias?

– Em casa, na maior parte do tempo - dou de ombros, cruzando as pernas.

– Mas passamos uma semana com nossos avós na China - Mei completa -Calabresa, por favor. – pede a Azaleh - Eles nunca se mudaram de lá, e nossos pais morrem se passarem mais de seis meses sem visitá-los.

– Eu prefiro mozarela, obrigado - digo, recusando o pedaço que a morena me estende - E vocês?

– Nada demais - Alanna, a mais nova, disse depois de engolir um pedaço de sua fatia - Visitamos Berk de novo, já que a vovó Valka insiste em não se mudar pra cá.

– Berk é nada demais? - Mei pergunta, num tom exasperado - Ouvi dizer que as pessoas montam dragões regularmente por lá. Nós só temos o Mushu, e esmagamos ele se tentarmos montar.

– É bem verdade - Azaleh confirma - Mas como não moramos lá como os outros, não temos dragões totalmente nossos.

– Pois é. Daí usamos os da vovó - Finn adiciona - Eu gosto do Vendaval. Ele é o que chamamos de Typhoonmerang, então pode voar em rotação e criar tornados e tufões.

– Bem maneiro - admito - E vocês duas?

– O meu favorito é o Pouso Leve, um Deadly Nadder. Eles são um pouco menores e bastante espinhentos, mas voam bastante rápido - Azaleh diz, gesticulando enquanto fala.

– Eu sou mais radical - Lanna fala com um sorriso convencido mas brincalhão, e acaba de engolir sob um 'Alanna, modos', de seu irmão - Meu preferido é o Pulo Azul, um Stormcutter imenso. Todos os Stormcutters tem quatro asas em vez de só duas, e giram a cabeça como corujas. E são muito inteligentes.

– A Lanna se sente uma deles por causa da curiosidade - Finn brincou.

– Ei! Eu tô bem do seu lado, esperto!

– É verdade - a mais velha confirmou - Lanna sempre fica fuçando tudo em Berk, e o Pulo Azul tá sempre na cola dela.

– Não é bem assim! - a ruiva protestou, sob risadas nossas e de seus irmãos.

– Realmente, é pior! - Soluço gritou da sala de jantar, e nós rimos ainda mais alto. Lanna protestava e gritava conosco tentando desmentir os irmãos, mas nós só ríamos mais e mais até Nahan chegar.

– O que está havendo? - o árabe perguntou, tirando legumes triturados de uma tigela.

– Os Haddock - Mei disse, tentando parar de rir – Eles estavam nos contando sobre dragões.

– Eu só conheço o Toothless mesmo - Nahan devolveu, se sentando.

–Todo mundo conhece o Toothless – Finn franze as sobrancelhas.

– E todo mundo ama o Toothless - Azaleh completa - Aquele dragão é uma relíquia. E muito divertido.

– Vocês já moraram em Berk? - Mei pergunta, do nada.

– Não - Alanna responde, na lata - Nascemos na casa que moramos agora, nunca nos mudamos de verdade.

– Então, sempre estudaram por aqui? - continuo a perguntar.

– Não exatamente - Finn diz, limpando as mãos - Eu estudei no internato de Merlin por um ano, e minhas irmãs estudaram por um semestre no das filhas de Tritão.

– Tritão? Ouvi dizer que é um lugar horrível - Nahan comenta.

– E se é. Aquelas mulheres não param um segundo, sempre nos dando tarefas - Alanna diz, visivelmente exagerando.

– Foi tudo por insistência da Vó Elinor. Ela queria que fôssemos damas. – Explica Azaleh, revirando os olhos à última frase.

– No caso de Lanna, como vocês vêm, o tiro saiu pela culatra - Finn joga como quem não quer nada, e nós rimos novamente. Alanna nos ignora.

– Eu passei este último ano em Ever After, fomos da mesma classe de História Mágica e Geografia - ela apontou sua pizza para mim e Mei, ao que eu concordei - Azzie e Finn estudaram na escola de nosso tio Perna de Peixe.

– Eu diria que todos que não são Ever After ou internatos são desconhecidos pela maioria do pessoal, inclusive eu e minha irmã - comento - A franquia é muito grande.

– E eles vão abrir o Ensino Médio agora - Nahan acaricia um papagaio em seu ombro, Said.

– Suponho que também vão se mudar? - Finn pergunta.

– Pode apostar. Shun conseguiu uma bolsa de estudos, nerd como é - Mei devolve, e me dá um tapinha na cabeça -, e conseguiram um desconto de segundo filho para mim.

Azaleh ri.

– Os descontos são a única parte boa de ter família grande - comenta a mais velha dos Haddock, plantando a intriga.

– Nem me fala - eu jogo lenha - Não sei nem como aguentei dividir o útero com a Mei Lin, que direi dos últimos catorze anos.

– Eu sei como se sente, Shun - Finn sorri - Me pergunto toda manhã como a casa continua em pé com Alanna dentro dela por quinze anos.

– Ai. Meu. Thor.- Alanna fecha os olhos e respira fundo, vermelha como seu cabelo - Hoje é o Dia-Do-Bullying-Com-A-Lanna e eu me esqueci, Finnie?

– Talvez - ele deu de ombros, e ela xingou mais um pouco.

Ri. Seria bom ter Alanna em minha sala - pelo menos, quando tudo estivesse tedioso, eu teria alguém para encher.

– Mas falando da festa do momento – começa Nahan. Parece que essa é realmente a pauta do momento. – Vocês vão ao aniversário do Montgomery?

Há uma concordância geral e Finn diz:

– Não que esteja com muita vontade. Se for igual ao Baile de Inverno, duvido que aguente mais de trinta minutos.

– Duvido – diz Azaleh trincando a pizza e continuando de seguida – o Rick é fixe, não me parece que vá permitir que todos os convidados apanhem uma seca desgraçada. Ou pelo menos eu espero que não.

– De qualquer modo, o Uri vai estar lá, por duvido muito que vá ser tempo mal gasto – diz Alanna.

– Ui, já cá faltava o Uri! –diz Finn imitando horrivelmente a voz da irmã ruiva.

– Eu não falo assim seu idiota – resmunga baixinho, e ficando vermelha de vergonha.

A tarde continuou entre xingamentos e fatias de pizza voadoras, e eu não estaria a mentir se dissesse que fiquei aliviado.


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Notas finais do capítulo

Bom, é. Até mais!