The International Criminal Court escrita por Marie Carstairs


Capítulo 12
11- Last Day


Notas iniciais do capítulo

Olá para vocês, leitores lindos da fic! Mais um capítulo para animar o começo da semana de vocês! Obrigada a todos que comentaram no capítulo passado, dedico esse capítulo a vocês *-*. Responderei vocês em breve.
Boa leitura para vocês.



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Londres, Inglaterra

Sede da New Scotland Yard.

James havia percebido que havia algo errado com a equipe do ICC quando Mark desceu do elevador sozinho. Sem a companhia de Clary e Jace. Ele e o Herondale já estavam íntimos após a noite anterior passada em claro, investigando minuciosamente o inquérito do recente caso, mas não deixou de perceber semelhanças com o seu superior, Stephen Herondale. 

Os olhos eram diferentes, os de Jace eram de um dourado-ouro e os de Stephen eram azuis. A pele deles tinham tons diferentes também, a de Jace era mais bronzeada do que a de Stephan. Mas os cabelos loiros, a postura e o modo de andar e de falar - coisas que ninguém percebe - eram de um Herondale. Disso Jam Carstairs tinha certeza. 

Ele havia perguntado para Clary sobre o parentesco dele com Stephen Herondale mas ela não soube responder. Nesses últimos dias, em que alguns membros da equipe do ICC vieram até Londres investigar, James observou Jace em como ele se relacionava com as pessoas. Com Jordan, com sua assistente Tessa, com a vítima Helen Blackthorn, com Mark, com Alec e também com Clary. 

Essa última, Clary, em especial. James era no mínimo amigo de Clary quando ela ainda trabalhava na Scotland Yard. Ele sabia como ela havia reagido com todo aquele escândalo. Após algumas semanas do "afastamento" dela, ele tentou falar com ela mas a ruiva não deu as caras. Não atendia nenhuma chamada dele e nem respondia suas mensagens. Após alguns meses, ele acabou desistindo de tentar em entrar em contado com Clary. 

A única vez que ele recebeu um sinal de vida da ruiva foi quando recebeu o telefonema da policia asiática falando que o sistema havia sido invadido pelo registro dele. Claro que ele já desconfiava de quem tivesse usado o registro dele no banco de dados da polícia asiática. A primeira coisa que fez foi passar a mão no telefone e ligar para Mark, outro ex-parceiro da Scotland Yard, e pedir o IP do computador da Morgenstern. E isso de certa forma não o surpreendeu. 

Carstairs foi pego desprevenido quando alguém quase arrombou a porta de seu escritório. Ele viu uma figura de cabeça vermelha andar pisando duro e com os braços cruzados até na frente de sua mesa. O rosto dela devido a raiva estava da mesma cor dos cabelos. Isso só fez ele pensar que havia algo de errado na equipe do ICC. Antes de começar a falar, Clary passou as mãos no rosto e suspirou. 

— Só me fale onde Stephan Herondale está - Ela suplicou 

— Por que você quer saber onde ele está? - Carstairs a questionou 

— Hoje encontrei uma repórter e ela sabe o que aconteceu comigo aqui - Ela explicou - Quero saber o quanto isso é sigiloso. 

— Essa informação era para ser sigilosa - Clary balançou a cabeça - Quem sabe disso além dela? 

— Sebastian Verlac, um dos investigadores do ICC, ele disse que tinha lido meu currículo mas isso não vem ao caso. Isso não é domínio público. 

— Eu irei informar Stephen quando ele voltar - James falou 

— Onde Stephen está? 

— Assim que o ICC mandou o nome dos agentes que iriam investigar o inquérito, Stephan Herondale pediu uma licença de alguns dias sem justificativa - Contou Jam 

— E eles aprovaram? 

— Ele é Stephan Herondale, o cara que carrega a Scotland Yard nas costas. - Clary não podia discordar. - Isso me faz crer mais ainda que seu parceiro, Jonathan Herondale, é parente dele

Eles foram interrompidos pela assistente de Jem, Tessa Grey. Ela é uma estagiária e estava ajudando Jem com os casos de assassinato. Tessa era bem útil nesses casos. Com uma troca de olhar com Jem que não passou despercebida pela Morgenstern, Tessa comunicou:

— Investigador Carstairs, Jordan Kyle quer lhe entregar o relatório das investigações de hoje. Desculpe se interrompi algo. 

— Não se preocupe, Tessa, eu já estava de saída. Tenho que comunicar Haia sobre o nosso avanço. Achamos a possível digital do suspeito. - Falou Clary. 

— Boa sorte, Clary - Falou James. 

— Conversamos mais depois. 

***

Jace, ao entrar do elevador após alguns longos minutos depois de Clary partir, quis retirar tudo que havia dito para a ruiva. Ela estava certa. Não valia a pena ter discutido com ela em prol da repórter/amiga que ele encontrou no parque. Clary tinha uma cabeça dura e tinha um orgulho dos infernos. Mas ele também não era orgulhoso e cabeça dura? Ele lembrou quando ainda estava no FBI, quando era o melhor de todos. E por ser o melhor de todos, Maia Roberts, sua superior, passou o caso da fronteira sul. 

Will, seu primo, teve que aguentar muito seu ego naqueles meses que passaram na fronteira mexicana-americana. Por um momento pensou como sua equipe se sentia nesses momentos. Ele afastou os pensamentos para longe, ele estava no ICC agora, devido seu mérito, não por causa de seu enorme ego.

A porta de aço do elevador se abriu e ele saiu de dentro dele. Ao passar pelo corredor, indo para uma das salas do fundo onde Alec estava, ele viu Clary e Jem estavam conversando na sala dele. Jace não se importava do que a Morgenstern e o Carstairs estavam conversando. 

Quando o Herondale passou pela porta do escritório onde Alec Lightwood estava, o moreno percebeu que algo estava errado com o parceiro. Ele esperou o loiro sentar em uma das cadeiras da mesa circular que ali havia, para perguntar:

— Se não tivesse visto a cara de Mark quando passou por aqui, acharia que estava tudo sob controle. - Falou o Lightwood 

— Nem queira saber o que aconteceu - Suspirou Jace. Ele realmente precisava de uma boa noite de sono. 

— Deixa eu adivinhar... dois nomes: um começa com C e o outro com M?

Alec era uma das pessoas da equipe que mais falava com ele, tinha também Sebastian e Izzy, a irmã de Alec. Raphael e Mark não eram muito de se misturar, mas tinham uma relação amistosa entre eles. Clary, nessa dai nem se fala, tinha uma espessa muralha entorno de si mesma. Apesar de algumas noites para atrás, ele conseguir ver rachaduras nela.

— Se você está se referindo à Clarissa Morgenstern, então sim - Falou Jace - Ingleses são estranhos. 

— Bipolares eu diria. Antes do ICC, trabalhei muito na na divisão especial da polícia irlandesa. Muitos casos criminais eram casados com a polícia irlandesa e a Scotland Yard. Quando aparecia esses casos, ninguém gostava de pegá-los. Os policiais daqui são meio difíceis de lidar. - Alec contou.

— James e Jordan não parecem ser assim. 

— Você não conheceu o investigador-chefe, Stephen. Ele sim é uma pessoa difícil. Você não ficaria surpresa em saber quem é a cria dele.

— Quem seria? A ruiva? - Falou Jace já adivinhado quem era. Quem mais poderia ser? Pensou o loiro com ironia. 

— Clarissa largou tudo que tinha na Alemanha, incluindo o "império" que Valentin deixou para ela e para o irmão na divisão de elite da polícia alemã para vir para cá. Stephen a convidou para fazer parte de uma investigação. A ruiva desvendou o caso em quatro dias, no quinto já tinham um mandato de prisão. Stephen se propôs a ensinar o caminho das pedras para ela, na época Clarissa tinha pouco tempo de carreira. Após um ano Stephen a promoveu para a divisão especial daqui, e é claro que ele não seria otário de desperdiçar uma investigadora como ela. - Contou Alec

— Ela era a investigadora-chefe da divisão, não era? 

— Três anos depois, Stephan a promoveu como chefe da equipe. Ela é a filha que Stephen não teve. É claro que isso mexeu drasticamente com a tão falada família Morgenstern. Ela brigou feio com o irmão quando ela largou tudo, contanto que eles nem se falam. 

— Só ouvi ela falar uma vez no irmão. Pude perceber que não parecem ser ligados. - Comentou Jace. Lembrou do modo que ela falou no irmão no trem vindo para cá.

— É pois é. Stephen foi quem decidiu afastá-la da divisão. Ele segurou ao máximo para a diretoria não demiti-la, depois do escândalo da divisão dela. 

— O que realmente aconteceu, todos falam desse erro "fatal" dela. E isso a incomoda muito quando citam esse acontecimento - Jace gostaria muito de saber disso, também para entender o que se passava na cabeça da ruiva. 

— Ninguém sabe exatamente o que aconteceu, existem vários boatos e especulações sobre mas nenhum deles são verdade. Somente a Scotland Yard, Clarissa e a antiga equipe dela sabe. 

— Ouvi hoje uma jornalista comentar sobre isso, pelo modo que disse a imprensa sabe. 

— A imprensa sebe que houve um escândalo envolvendo a Morgenstern. O que aconteceu é confidencial. Não foi um erro primário, intende? - Falou Alec

Uma informação como aquela era sigilosa, por lei.

— Você parece saber muito sobre os Morgensterns. 

— Posso admitir que não aprecio muito os membros da família dela. O pai dela, Valentin Morgenstern, acabou com a carreira do meu pai. Ele foi investigado pelo ICC, devido ao envolvimento dele nos tramas da equipe do Valentin. Ela não é a única que quer limpar o nome da família, Jace. 

— Obrigada por me lembrar do meu verdadeiro propósito, Alec. - Eles ouviram a voz com o sotaque forte alemão da ruiva que estava encostada na batente da porta com os braços cruzados - Agora, vamos. Luke e o resto da equipe estão nos esperando na videoconferência. 

Os dois investigadores que estavam sentados na mesa, trocaram um breve olhar. Se perguntaram o quanto ela ouviu da conversa dos dois. A ruiva entrou na sala seguida de Mark e se sentou em uma das cadeiras da mesa. Ela abriu seu notebook e o conectou na televisão que havia no escritório que a Scotland Yard cederam para eles. Logo a imagem de Luke junto do resto da equipe que estava em Haia. 

— Quais foram os progressos? - A imagem de Luke apareceu na tela. 

— Fomos novamente na cena do crime, Mark conseguiu a digital do possível assassino - Falou Jace 

— Mandei as principais informações para os registros do ICC - Anunciou Mark.

— Sim, eu notei - Luke falou

— E as investigações em Moscow? Algum avanço? - Quis saber Alec

— Axel Mortmain foi encontrado morto em seu escritório essa manhã - Sebastian falou do outro lado da tela 

— E as escutas? Funcionaram? - Perguntou Mark

— Elas não registraram nada, Mark - Comunicou Izzy. 

— Eu deveria ter ajustados eles para ficarem mais sensíveis - Falou Mark 

— Mortmain foi morto? Ou ele mesmo se matou? - Perguntou Clary

— Segundo o laudo do IML de Moscow, Mortmain se matou cortando os pulos. - Contou Luke

— Deveremos investigar a morte do nosso suspeito? - Perguntou Alec

— Os juízes não autorizaram a investigação, a corte disse que como ele se matou não é da nossa conta. A investigação do caso de Mortmain está por conta da polícia russa. - Falou Luke - Eles estão certos, suicídio não é crime que ultrapassa fronteiras. Não é o tipo de crime que o ICC cuida. Agora, voltando ao caso de Londres. Como está a testemunha? 

— Clary fez o interrogatório de Helen Blackthorn. - Falou Jace 

— Helen me disse que ela e a vítima Aline Penhallow eram bem íntimas, também conhecia outra vítima do assassinato: a de outra de Londres: Seelie Queen. Aparentemente a vítima, Aline Penhallow, era filha ou parente de algum dos chefes daquele lugar. Provavelmente eram casas de prostituição. - Conta Clary - O que me vem a crer que isso é mais um caso de tráfico humano. 

— Nacionalidade da vítima? - Perguntou Luke 

— Desconhecida. O corpo não foi reconhecido. E talvez nem seja - Falou Alec

— Li o inquérito do caso de Seelie Queen, a primeira de Londres, foi bem semelhante com os assinados de Paris, Dublin e Berlin. Esse mais recente não foi como os anteriores. Não havia manchas de sangue no local e poucas pegadas. Arrisco a dizer que colocaram o corpo em Battersea Park para nós confundirmos com os outros assassinatos. - Fala Mark 

— De qualquer maneira, vamos investigar de onde essas meninas vieram, independente de esse assassinato se encaixar no que estamos investigando, ou não! O tempo de Londres de vocês acabou. Quero todos vocês de volta para Haia amanhã de manhã! - Então a transmissão foi cortada. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu espero que sim!
Kisses até o próximo capítulo.



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