Resident Evil - Terror em Virginia escrita por Sergio Manoel


Capítulo 3
Ato 2




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Jill subiu as escadas à procura de segurança, enquanto os outros zumbis estavam também subindo, lentamente. Correu pelo estacionamento para tirar os zumbis da passagem para entrar no carro e fugir. Deu certo. Jill os levou para o final do corredor do estacionamento e correu para o carro, mais rápido que eles. Entrou no carro e correu com o mesmo. Ela estava pensando em como escapar deles, em como fugir da cidade, pois metade dela já estava infectada, pelo menos todo o departamento estava. Enquanto dirigia, viu um homem, parado em meio à estrada. Era Josh. Estava nervoso, as roupas rasgadas e todo ferido, dilacerado. Jill olhou por dentro do retrovisor do carro para ele e abriu a porta imediatamente pra falar com ele.

– Josh! Josh! – chamou-o Jill, na vã tentativa de falar com ele.

O problema é que ela fora muito burra nessa parte, pois chegou perto do homem ferido e ele, sem pensar duas vezes, partiu pra cima de Jill, abrindo a boca cheia de sangue. Jill esperneou, tentou, tentou, mas o homem era muito forte. Quando Josh estava prestes a mordê-la, sacou a arma rapidamente e atirou contra a cabeça do homem. Ele caiu morto.

Jill ficou olhando o cadáver do amigo que virou zumbi e tentou não se deixar levar pelas emoções. Entrou no carro e partiu, sem rumo.

“Como esses zumbis poderiam voltar? Estavam todos mortos. Pelo menos eu achei que tivessem. O que só significa que voltaram de Raccon City para alastrarem-se novamente, mas dessa vez em outra cidade.”, raciocinou Jill.

Estava andando pela estrada deserta, cheia de casas quando de repente outro homem surgiu no meio da mesma, na frente do carro de Jill.

– Ei, me ajuda! – gritou o homem, prostrando-se diante do carro de Jill.

Jill parou. Saiu do carro com a arma na mão, apontando para o homem.

– Calma, eu não sou um dele. Não estou infectado, pode confiar.

– Como posso ter certeza? – perguntou Jill, continuando a apontar a Beretta para o suspeito.

– O fato de eu estar falando com você normal, não estar andando suspeitamente ou estar sangrando.

Ela abaixou a arma. Não disse mais nada. Só uma coisa:

– Entre no carro!

Os dois andaram sem rumo pela cidade deserta.

– Eu não sei o que houve com os cidadãos, mas sei de uma coisa, que eles mudaram totalmente. Eu estava dormindo hoje quando de repente vi minha mãe e meu pai parados na porta do meu quarto. Eles faziam rugidos com a boca e eu me levantei pra perguntar o que eles tinham. Seus olhos estavam vermelhos cor-de-sangue e vi-os quererem me atacar. Fui para o outro lado da cama e quando eles me seguiram eu pulei por cima da mesma e sai de casa. Não sei porque, mas eles eram bem burros.

Jill foi explicando o que é o vírus e como ocorre a mutação enquanto o jovem lagrimava por pena dos pais.

– Então quer dizer que meus pais foram vítimas de uma epidemia? – perguntou o jovem.

– Sim. Essa doença surgiu no resto que antes era Raccon City e ficou lá, mas agora, pelo visto está querendo passar pro mundo inteiro.

– Então você quer impedir a lastração?

– Não. Isso seria impossível, pois agora é só eu. Temos que fazer o possível e o impossível pra sobrevivermos ou achar alguns sobreviventes, se ainda há algum nessa cidade. À propósito, como é seu nome e idade?

– Meu nome é Calvin, tenho 16 e você?

– Sou Jill.

– E sua idade?

– Não se pergunta a idade dos mais velhos, criança.

***

Jill e Calvin estavam pensando em que fazer...

Calvin, quebrando o silêncio, disse:

– E então, qual é o plano?

– Quê?

– Creio que você tenha um plano, não estamos aqui à toa.

– Ô garoto acabamos de sobreviver a um apocalipse zumbi, ainda não tenho um plano fixo.

Calvin não disse mais nada.

Havia uma fumaça vinda do céu, parecia um incêndio.

– Ali, em direção ao norte. – apontou Calvin. – parece ter sido uma explosão.

– Boa dedução, garoto.

Foram em direção à fumaça em alta velocidade com o carro.

Quando Jill chegou ao local, viu que era o apartamento onde ela morava, até pouco tempo.

– Meu Deus, o que aconteceu aqui? – perguntou Jill a si mesma.

– Não sei, mas devido às consequências deveríamos averiguar.

– Claro.

Entraram no apartamento que estava em chamas.

– Ali, o extintor de incêndio, Jill.

– Vou pegar, fique aí, Calvin.

Calvin ficou intacto enquanto Jill pegava o extintor para tentar controlar as chamas. Ora, o local havia sido vítima de uma explosão e Jill queria saber o que houve ali. O estacionamento ela conseguiu controlas as chamas, agora fora averiguar no andar de cima. Jill se deparou com a cara horrível de zumbis sendo incendiados mas não mortos. Sacou a Beretta que estava em seu bolso e começou a atirar em cada um deles, procurando sempre mirar na cabeça.

– Eles são muitos, Jill. Você não vai dar conta. – gritou Calvin.

– Certo, vamos sair daqui.

Desceram novamente ao estacionamento que estava sob controle, trancando a porta com um pedaço enorme de madeira que havia sido queimado, mas estava quente. Mas em sua teimosia, Jill quis mesmo assim carregar o pedaço de pau e colocar na porta. Conseguiu. Agora com a ajuda de Calvin, arrastou um balcão pesado para colocá-lo na porta, pois só a madeira não iria aguentar as centenas dos zumbis que estavam descendo, lentamente como de praxe. Mais um item ela conseguiu pôr na porta.

– Temos que subir de novo, mas por outro caminho. Assim os zumbis podem ficar distraídos aí – disse Calvin.

– Bem dito, Calvin. Você pensa muito, até melhor do que eu, talvez. – e Jill soltou um sorrisinho.

Investigaram o estacionamento à procura de algum outro caminho. Encontraram um segurança carbonizado deitado no chão, com uma arma na cintura e dois pentes de pistola.

– Aqui, pegue. – e deu Jill a Magnum 44 para Calvin seguido de um pente, um para ela e outro para o mesmo. – sabe usar isto?

– Sim, mais ou menos. Meu pai trabalhava numa loja de armas e me ensinou, mas eu esqueci um pouco devido não praticar. Mas posso lembrar-me de tudo mais uma vez com o decorrer do tempo.

– Ótimo.

Jill olhou mais uma vez para o segurança carbonizado que estava começando a se mexer e o mesmo se levantou com olhos vermelhos cor-de-sangue, e uma cara feia seguida de um rugido. Jill e Calvin se distanciaram do homem, ou melhor, animal.

– Ali, mire na cabeça e atire – ordenou Jill, com paciência para ensinar o garoto a usar a Magnum.

Deu certo e o menino conseguiu matar o bicho que se aproximava cada vez mais.

– Você conseguiu, você aprendeu rápido – Jill lançou um sorriso para o menino, que sorriu também – vamos, temos que continuar a investigar.

– Jill, não dá, o prédio vai desabar. Olhe os pilares se rachando, isso vai cair em cerca de 3 minutos. Vamos, temos que sair.

Jill não pensou duas vezes e correu com o garoto para o carro, que o ligando com pressa, acelerou o mesmo, sem tempo nem de colocar o cinto de segurança.

3 minutos.

O prédio desabou por completo, dando a Jill apenas a chance de ver pelo retrovisor uma fumaça branca, sobressaindo do prédio. À medida que o veículo corria, o vento se aproximava cada vez mais. Jill então deu marcha e correu muito rápido com o carro, e só teve a chance de se segurar no volante e conseguiu se distanciar da sombra que iria possuir Jill.

– Ufa, essa foi por pouco – murmurou Jill – muito pouco.

– Sim – Calvin não tinha nada a falar.

– Disse que seu pai trabalhava numa loja de armas?

– Sim, trabalhava.

– Onde fica? Vai ser útil, vai nos ajudar a enfrentar as criaturas.

Calvin ia explicando a Jill a rota certa até a loja.

***

Chegaram.

Tudo o que Jill Valentine poderia ver, o que podia sentir, era um cheiro de abafado e escuridão. A loja estava completamente escura. Jill e Calvin vasculharam o local e, no balcão que parecia ser de vendas, viram lanternas em estoque no lacre, prontas pra vender. Pegaram uma cada um e procuraram algo que servisse de utilidade, armas pra ser mais exato. Jill pegou uma metralhadora (SMT 9) e uma Shotgan, equipando-se de novas armas e Calvin também, fazendo o mesmo. Em seguida, vestiu-se de muitas munições. Estavam preparados como se fosse uma guerra.

– Ótimo, agora o plano é falar com o resto do pessoal do departamento e ver se ainda tem alguém vivo nessa pacata cidade.

– Perfeito.

Enquanto se arrumavam, não perceberam enquanto um bicho gigante se deslocara atrás dos dois. O bicho ia dar uma pancada com a garra quando Calvin percebeu e pulou em cima de Jill e os dois caíram no chão.

– Corre Jill. Vamos pra rua.

– Vai na frente.

E Calvin foi seguido de Jill. Os dois ficaram no meio da rua esperando a enorme B.O.W sair.

*uma pequena descrição*

Tinha ao invés de braços, garras

amedrontadoras que matariam

rapidamente.

Ao invés de ombros, ele tinha

um olho gigante, o que

seria o ponto fraco.

– Jill, procure mirar no olho enorme, deve ser o ponto mais fraco – aconselhou Calvin.

– Eu já ia te avisar. – respondeu Jill, sem seguida.

A criatura saiu quebrando a parede da loja todinha. Correu em direção dos dois, que percebendo a marcação, se espalharam. Jill foi para o lado direito e Calvin para o esquerdo. Veio em direção de Calvin, que procurava sempre atirar no olho, mas a B.O.W sempre arranjava um jeito de tampar, com uma coisa parecida pálpebra. Andou em direção do garoto que ia atirando na cabeça e no olho, mas a criatura andava tranquilamente em direção do mesmo. Atiraram Jill e Calvin, mas o bicho não hesitava. Acabou a munição e Calvin recarregou a metralhadora, e, enquanto fazia recarga, o bicho aproveitou o momento pra dar uma rápida corrida em direção e a garra gigante foi para trás para dar uma pancada forte e matar de vez Calvin, que conseguiu se jogar para o lado. Recarregou. O menino continuou a atirar e Jill entrou em cena. Chegou um pouco perto do monstro e com sua Shotgan, ia atirando no olho gigante, que se virou para Jill e veio em sua direção. Calvin aproveitou a oportunidade para se levantar e atirar, mas o bicho não morria.

– Puta que pariu, o que é preciso fazer para esse bicho parar? – gritou Calvin para Jill

– Acredite, eu já enfrentei coisas piores do que esta. Eles são bem resistentes. – retrucou Jill – Calvin, eu tenho um plano. Distraia-o e me dê um pouco de tempo, não pare de atirar.

– Claro, Jill, mas não demora.

Jill não respondeu mais nada e Calvin continuou sem pensar duas vezes no bicho que não corria, mas andava devagar, no momento certo para atacar e o menino pegou sua pistola, sem esperanças mais e continuou a atirar. Naquele momento chegou Jill Valentine, com um lança-foguetes na mão. Assobiou para o monstro, que, olhando pra ela com o olho gigante, lançou o foguete no olho gigante.

“Buuuuuuuh”, o barulho da explosão fora ensurdecedor e Calvin correu antes que Jill desse o lançamento.

– Conseguimos! – disse Calvin, cansado.

– É, conseguimos.

Entraram no carro e partiram.


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