A Winchester escrita por LeShary
P.D.V - Dean
Já tínhamos pago a conta do hotel e eu estava carregando a Taylor escada abaixo em direção ao Impala. Ela parecia magra, mas, a Samara-Platinada era pesadinha.
Eu já tava chegando no meu tesouro quando a pirralha acordou. Ela se assustou e pulou dos meus braços que nem um golfinho saltando sobre a água e caiu de cara no chão. Comecei a gargalhar e derrubei umas caixas de livros que, acreditem se quiser, acertaram as costas dela.
– DEAN SEU ABESTADO! O QUE QUE VOCÊ TÁ FAZENDO?! – ele me olhou como se fosse uma psicopata
– Nada... Eu tava te levando pro carro e do nada você acordou! – ri da cara de confusa dela
– Vou deixar essa passar irmãozinho!
– Entra logo no carro Taylor. – empurrei a pirralha em direção ao Impala mas ela nem saiu do lugar. Não sei como.
– Cadê o Sammy?
– Tá no banheiro. Você quer ir falar com ele? – ri da possibilidade daquela tampinha conseguir entrar no banheiro masculino pra chamar o Sam.
– Me espera aqui. Que eu volto com ele rapidinho. – ela saiu correndo muito rápido e me deixou falando sozinho:
– ELES NÃO VÃO TE DEIXAR...
Tive que esperar. 2 minutos depois lá vinha a Taylor praticamente arrastando o Sam.
– Olha aí! Não disse que eu ia voltar com ele? – ela sorriu
– Sam, o que foi que ela fez pra conseguir entrar lá?
– Ela jogou uma bomba-fedida e todo mundo saiu.
– Eu não esperava por isso, Taylor. – disse surpreso, eu imaginei que ela bolaria um plano mais inteligente
– Queria o que? Que eu espancasse o porteiro? – ela falou entrando no banco de trás carro
– Esquece. – Sammy falou me ajudando. As vezes eu acho que essa pirralha não regula muito bem da cabeça.
– Pra onde a gente vai? – ela falou esticando-se no banco de trás.
– St.Paul, Minnesota. - ela fez um som de vômito
–Sério?! – ela estava esverdeada
Sam perguntou:
– Tay, você tá bem?
– Tô.. é que...
– É que...? – eu falei impaciente já sentado no banco da frente e dando a partida no carro.
– É a minha cidade natal. – ela falou séria e chateada pela primeira vez
– Nossa. E por que você não quer voltar lá? – Sam perguntou tentando consolar ela
– Porque eu deixei alguns amigos pra trás e eles devem me odiar agora, eu acho.
– Não liga pra eles, pirralha. Você é uma caçadora agora e você não pode mais ficar se prendendo emocionalmente as pessoas.
– Isso não ta ajudando, Dean. – ela falou secamente, percebi que ela devia mesmo gostar desses amigos.
– Esquece o que eu disse, então.
– Taylor, eu tenho certeza de que eles vão te entender.
– COMO Sam? Eu não posso explicar NADA!
– Vou chegar falando isso pra eles: “Oi, desculpa por ter abandonado vocês. Eu caço coisas sobrenaturais e sou uma porcaria de Arcanjo Prateado e pra melhorar tenho uma proposta de emprego no Céu.” O que vocês acham? – ela estava muito irritada.
– Esquece Taylor!
– O que tá em St.Paul? – ela perguntou sem se preocupar em ser discreta quando mudou de assunto
– Demônios.
Ela falou baixo algo como: “disso eu não tenho dúvida”. Preferi ignorar.
Após algumas horas de silencio, nós chegamos.
– Vem, Taylor.
Passamos pelos portões da cidade, quando de repente um garoto moreno aparentando 14 anos, de cabelos castanhos e olhos esverdeados, olhou pra Taylor e disse:
– Taylor, é você? – ele parecia muito espantado, como se tivesse visto um fantasma
– Aaron! Sou eu! Eu voltei! – ela parecia muito feliz como se nunca esperasse que alguém da cidade fosse falar com ela.
Ele chegou mais perto e ela foi ao encontro dele.
– Tem uma coisa que eu esqueci de te dar quando você partiu, Tay.
– O quê?
– Isso.
Olhei espantado quando ele deu um soco na cara da pirralha.
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