A Winchester escrita por LeShary


Capítulo 41
The Razor´s Edge


Notas iniciais do capítulo

Músicas do capítulo:

The Razor´s Edge - AC/DC

http://www.youtube.com/watch?v=6BfTXI6jwM4

On The Run - Pink Floyd

http://www.youtube.com/watch?v=2Z55Qd4hNnA

One - Metallica (essa música é longa, então é melhor colocarem ela para carregar antes das outras)

http://www.youtube.com/watch?v=sXPkmIwwobA



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A Winchester

(Deêm play em "The Razor's Edge" - AC/DC)

A floresta Abbey Road era conhecida em Lawrence por suas belas árvores antigas e pela variedade de animais que viviam nela.

Porém, no mundo sobrenatural, essa floresta se tornou conhecida por causa de Lawrence, a famosa cidade onde John Winchester viveu até a morte de sua mulher, em 1983.

Desde então, a floresta tem sido “visitada" pelos mais variados monstros, encontrando ali uma espécie de lugar salvo para arquitetar planos contra a família Winchester.

O fluxo de criaturas causou uma alteração irreversível no ecossistema, quase metade dos animais migrou para outras florestas das proximidades.

A diversidade da flora também caiu bastante, provocando uma desertificação parcial da floresta. Agora, o local não é mais tão freqüentado por criaturas sobrenaturais, mas ainda assim, elas aparecem...

                                             ***

- Zach, que diabos de lugar é este? - Taylor reclamou após aparecer em uma floresta.

- Essa é a floresta Abbey Road, fica nos arredores de Lawrence. Eu nos transportei para .aqui antes porque eu quero lhe informar sobre algumas coisas...

Taylor já não mais escutava o anjo. Ela não conseguia respirar direito, pois seu nariz e garganta se enchiam de sangue. A garota caiu no chão, com cortes profundos abrindo-se nas suas costas e braços. Zacarias observava tudo entediado, como se já houvesse presenciado a mesma cena várias vezes.

Taylor dirigiu as únicas palavras que conseguiu para o céu:

- Michael... O selo.

De repente, um barulho ensurdecedor invadiu o local. O chão da floresta começou a rachar, era possível ver uma luz branca sair da parte de dentro da rachadura. As luzes da cidade já não eram mais visíveis no horizonte.

Todas as anormalidades pararam. A energia elétrica voltou à cidade. Taylor conseguia respirar normalmente, enquanto observava o último corte em seu braço cicatrizar.

Ela levantou-se e ficou espantada com o que viu no chão:  um selo enoquiano estava incrustado no solo e ele era tão grande que ultrapassava os limites da floresta e da estrada e ainda assim Taylor não conseguia enxergar o final da circunferência do selo.

- Bem a tempo, Michael. - ela se dirigiu novamente aos céu, sorrindo.- Uh... Zach, eu preciso da "graça".

Sorrindo de um jeito enigmático para Taylor, o anjo estendeu um pequeno frasco transparente contendo uma substância prateada, que parecia oscilar entre o estado líquido e o gasoso.

Taylor bebeu a substância, e com um murmúrio, agradeceu ao anjo.

- Bom, Taylor, sua hospedagem foi providenciada. Você ficará no hotel Satalite Inn.

- Zach, o que eu vim fazer aqui?

Ele deu uma risada sarcástica e respondeu:

- Ora essa, garota! É claro que você veio caçar! Há um caso de pessoas que morreram afogadas de um modo muito semelhante nos últimos quinze anos. Sua pesquisa se encontra  no hotel, assim como tudo de que você precisa.

- Espere! Só mais uma coisa! Tem como você fazer um de seus truques de anjo e trazer meu carro?

- Sinto muito, mas seu pai conseguiu pegar o carro. - Zacarias falou, suspirando e demonstrando um pouco de impaciência.

Taylor encarou o anjo em choque:

- O QUÊ? O meu diário está dentro do banco, e eles vão achá-lo com certeza! E aí vai ferrar todo o meu trabalho desse último ano, porque vão descobrir tudo o que está acontecendo! - ela exaltou-se, falando mais alto que o de costume. Quando se virou para encarar o anjo, ele não estava mais na floresta.

Começou a chover. "Ótimo" - Taylor pensou. Ela andou em direção à estrada e quando chegou perto da borda da floresta, achou uma mochila.

Abaixou-se e abriu a bolsa. Dentro havia facas, uma pistola extremamente desgastada, frascos de água-benta e um distintivo do FBI. Taylor leu o que havia no distintivo em voz alta:

- Agente Dana Fox, Departamento de Casos Sigilosos e Inacabados. Que original*.

Então se levantou, e andou em direção a cidade, gargalhando pela primeira vez em meses.

                                            

*(n/a: o nome Dana Fox foi o resultado da junção dos primeiros nomes de Dana Scully e Fox Mulder, agentes do FBI que cuidam de casos sobrenaturais e são os personagens principais do seriado Arquivo X.)*

                                          ***

Um trovão soou na quietude da noite. Hunter Saynt acordou. Havia tido um sonho muito estranho com a filha de John Winchester, um dos melhores amigos do seu pai.

" Mas que tipo de sonho foi aquele? Aquela garotinha que se considera uma caçadora não tem capacidade de fazer aquilo!"

Então, ignorando o espanto que estava sentindo, ele voltou a dormir. E teve o mesmo sonho novamente. Ele viu Taylor desmontando a Colt. Depois, ouviu um tiro.  Não pôde dizer se era sonho ou realidade.

Outro trovão interrompeu a quietude da noite.

(Parem "The Razor's Edge" - AC/DC)

(Deêm play em "On The Run" - Pink Floyd)

John Winchester abriu a mala do Chevy Camaro' 69. Ficou impressionado com a quantidade e variedade de coisas que encontrou: armas, livros sobre os mais variados tipos de exorcismos e criaturas, mapas de outros países, desenhos de monstros desconhecidos e esboços de equipamentos que faziam parte de toda parafernália que um caçador devia carregar.

“Bom, aqui tem algo que não parece correto. Como ela conseguiu os desenhos desses monstros diferentes? Eu nunca ouvi falar de nenhum deles." - John pegou o caderno que continha os desenhos e mostrou para Dean.

- Filho, você já ouviu falar de algum dessas criaturas? - Dean olhou bem o caderno, e com uma expressão confusa, respondeu:

- Pai, se você nunca ouviu falar desses monstros, eu não saberei o que eles são nem em sonhos. Pelo menos já temos algo para poder começar a investigar. - John sorriu e colocou a mão no ombro do filho, reconfortando-o.

- Então, Dean, o que você tem para mim? Achou algo de interessante? 

- Eu olhei o interior do carro e encontrei algo bem interessante... tinha um caderno dentro do banco do motorista. Acho que é uma espécie de diário. Se for, finalmente poderemos saber o que diabos ela aprontou! - ele respondeu, alegremente, socando o teto do carro.

De repente, eles ouviram o guinchado dos freios de um carro sendo acionados repentinamente. Uma mini-van prateada apareceu e parou estrondosamente na frente do estacionamento.

A porta foi aberta de supetão e dois homens, que pareciam normais, jogaram um jovem no chão, partindo em seguida, tão rápido quanto haviam surgido. Antes de fechar a porta, um dos homens olhou para John. Os olhos do estranho ficaram vermelhos.

“O Demônio da  Encruzilhada!" - o Winchester mais velho pensou -    " Pensei que ele estivesse desaparecido."

Com uma expressão de espanto indescritível, Dean percebeu que os demônios haviam acabado de jogar Sam na calçada.

(Parem "On The Run" - Pink Floyd)

                                             ***

(Deêm play em "One" - Metallica)

Castiel andava pelas ruas de Lawrence, nervoso. Ele estava tentando chegar na cidade há dois dias, mas estava sendo seguido e levou muito tempo para que conseguisse despistá-los.

Olhou para trás, desconfiando dos rostos de cada uma das pessoas  que andavam na rua. O sentimento de ter alguém entre aqueles humanos inofensivos que pudesse traí-lo preocupava muito Castiel.

Ele chegou ao lugar que desejava. O hotel Satalite Inn, onde Taylor Winchester estava hospedada. Olhou para os lados e entrou no saguão do hotel. Seus poderes foram imediatamente bloqueados.

“Ela está mesmo aqui.” - ele pensou, enquanto ia em direção à recepção - “ Um jeito muito fácil de se denunciar, colocando alguns selos que repelem anjos."

- Boa noite, em que posso ajudá-lo? - o recepcionista perguntou, desviando o olhar do livro que estava lendo.

- Bom, eu gostaria de saber se esta garota, que está hospedada aqui, se encontra no quarto agora. - Castiel disse, olhando atenciosamente para o jovem.

- Senhor, eu não tenho como saber de que garota o senhor está falando. Muitas mulheres se hospedam aqui diariamente. - o recepcionista respondeu, dando um olhar confuso ao anjo, como se o achasse estranho.

- Ah, desculpe-me, eu tenho um registro feito de uma mistura de compostos químicos, nas suas três cores primárias, em uma folha de fibra de celulose, a partir de uma imagem registrada em um aparelho bem interessante. - Cas falou, sorrindo para o garoto, como se o humano tivesse entendido tudo o que ele havia falado.

- Escuta aqui, cara. Se isso que você está fazendo é uma brincadeira, é melhor que você saia daqui logo, senão eu chamarei os seguranças para lhe chutarem porta afora, entendido? - o humano respondeu, impacientemente.

Pelo tom de voz do recepcionista, os seguranças já sabiam que poderia haver uma discussão, e se colocaram em suas posições, prontos para agir ao mínimo sinal de uma briga.

- Perdoe-me. Eu tenho o costume de falar com esse vocabulário mais científico. O que eu quis dizer é que eu possuo uma foto da senhorita que estou procurando. - ele respondeu, com uma expressão envergonhada. Então, pegou a foto que ele tinha de Taylor e mostrou-a para o recepcionista.

- Ah, eu vi essa mulher. Era uma agente do FBI, que veio até a cidade investigar alguns casos de afogamentos. - Cas olhou com uma expressão confusa para o humano.

- Como você sabe disso? Pensei que os agentes do FBI fossem mais reservados com as informações que recebiam sobre os casos.

- Foi o delegado da nossa Estação Policial que falou isso para todos os funcionários do hotel e para as famílias envolvidas nos casos. Foi o superior dela que comunicou isso para o  prefeito de Lawrence, que repassou a informação para a Estação Policial. Se quiser, vá pessoalmente e pergunte para o delegado. Lá, ele é conhecido por H.J.Saynt.

- Não será necessário, eu apenas achei um pouco estranho... Mas, a agente do FBI está no quarto agora?

- Sim, ela está no quarto 308. Quer que eu anuncie a sua chegada, senhor? - o atendente perguntou, tirando o interfone do gancho.

- Não, obrigado. Só gostaria saber se ela está mesmo aqui. Agradeço a sua ajuda. - Castiel retirou-se do local sem dizer mais nada, deixando o recepcionista confuso.

Quando Cas se distanciou bem do hotel, ele dobrou a esquina, procurando a rua onde ficava a porta dos fundos. Achou a rua certa. Assim que entrou na rua e sua mão se aproximou da maçaneta, a porta foi aberta repentinamente.

Uma garota saiu do hotel, com uma expressão sombria em seu semblante. O anjo quase não foi capaz de reconhecê-la.

- Cas, eu já cansei de ver você tentar se encontrar comigo e me pegar de surpresa. Fale logo o que você quer, e arrume um jeito para meu pai e meus irmãos não me encontrarem. - Taylor disse, olhando incisivamente nos olhos de Castiel.

O anjo se assustou com a seriedade da voz dela. Taylor parecia carregar o peso do mundo nos ombros. “Meu Deus, o que está acontecendo?" - ele pensou preocupado.

- Tenho muito interesse em ouvir o que você tem a me dizer, Taylor. Eu não aceito nada que não seja a verdade.

(Parem "One" - Metallica)

                                                           ***


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Notas finais do capítulo

spero que gostem!
Obs: alguém aqui vai para o Rock In Rio ano que vem? Eu vou e estou muito ansiosa para os shows do "Dia Metal" ( mal posso esperar para a apresentação de Metallica)



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