As duas andaram mais um pouco para tentarem achar uma cabine vazia, como se fosse possível. “Três anos pegando o mesmo trem e ainda não me acostumei.”, pensou a menina consigo mesma, passaram por uma, duas, na terceira viram Albus e Una conversando, mas não conversando divertidos, era uma conversa séria, Meredith apenas olhou a amiga, já sabiam o que tinha, ou estava acontecendo, lá se vai mais um feriado animando o primo.

– Aqui esta está vazia. – Meredith abrindo a porta do compartimento, e dando de cara com um Scorpius em poucas lagrimas. A ruiva olhou para loira que logo saiu dizendo que ia procurara Albus.

– Bem temos que conversar, e não me venha com essa de que está tudo bem. – Falou a garota ríspida enquanto o menino tentava dizer para ela sair. – Vamos, há dois anos eu estava na mesma situação e quem me ajudou? O loiro mais legal e inteligente do mundo. – Disse a menina arrancando um sorriso do garoto. – Sabe o que ele me disse? -Perguntou a menina e ele negou. – Ele me disse pra esquecer a opinião dos outros e focar em mim.

– Ele deve ser bem legal. – Comentou o menino.

– Pois é, mas ele anda se escondendo dentro de um mascara, e tenho a sensação de que vai ser difícil tirar ela de lá. – Scorpius estava com os olhos vermelhos e inchados, aquilo indicava que ele já tinha chorado bem mais antes da ruiva chegar. – Posso te contar uma história? – Ele assentiu. – É sobre uma menina ruiva, esta foi acusada de trair sua família...

“E quando mais precisou ela teve um amigo com ela, seu pai desaprova desde então tudo que ela faz, seus primos, pelo menos os que estão dois anos a frente dela, brigaram com ela, mesmo depois pedindo desculpas, e sabe o que ela fez, deu a volta por cima, porque ela se deixou ser ajudada, mas ela tem um amigo que não esta fazendo o mesmo.”

– Ele é um pouco maluco, não é mesmo? – Scorpius disse se referindo de si mesmo na terceira pessoa.

– Sim, e agora eu pergunto pela última vez, não vou obrigar a tirar essa mascara sombria quando estivemos com mais pessoas, mas sim quando estivermos a sós, e a minha pergunta é você pode voltar a ser meu amigo, está fazendo falta. – A menina olha bem no fundo dos olhos acinzentados do menino que sorri.

– E tem como negar algo para esses dois olhos verdes? – E abraçou a menina. – Você sabe que eu não posso deixar essa pose de mal, mas quando precisar eu vou ser o Scorpius do trem, ok? – Ela assentiu.

– E se eu disser que preciso dele agora? – Perguntou a menina com os olhos marejados.

– Vou dizer que ele está aqui, mas vou precisar saber o motivo. – Ele a pegou no colo ainda sentado no banco.

– Meu pai. – Ela chorou um pouco. – Passe o Natal e o Ano Novo na Toca, por favor, você pode levar sua família, todos já se dão bem pelas cartas da minha mãe. – Ele apenas a abraçou com mais força.

– Pensei que já tinha superado esse lance do seu pai. - Disse Scorpius agora olhando para a menina.

– Você sabe que não, preciso de um amigo mais que nunca, Albus e Meredith são muito bons, mas eles não entendem como você, eles não passaram pelo mesmo. – Ele assentiu. – Ei e podemos ver vários filmes e ir às festas de uma amiga minha lá da rua, e o senhor pode nos ajudar a animar Albus que acabou de terminar o namoro. – Ele arregalou os olhos.

– De novo? Quando ele vai aprender, nunca pelo visto, mas tirando isso eu quero fazer isso tudo, mas pode me explicar o que é um filme? – Ele perguntou e ela riu, quase gargalhou. – Viu arranquei um sorriso.

– Bem... – E os dois continuaram a conversar normalmente como se nunca tivessem brigado, sem perceber que a ruiva ainda estava em seu colo, eles riram contaram piadas, histórias e umas duas horas depois Albus apareceu com Meredith.

–Gente a gente pode voltar depois. – Debochou Meredith se sentando no banco da frente com Albus.

– Deixem de ser idiotas, mas ei porque demoraram tanto? – Indagou o loiro enquanto a ruiva se sentou de seu lado sem largar a sua mão, porque ela ainda precisava de mais um pouco de carinho, em vez de ficar de mãos dadas Scoprius passou o braço pelo seu ombro.

– A garota tem o dom, ficamos conversando até eu me convencer que eu não posso ficar mais me chateando com as meninas. – Albus fez o mesmo que Scorpius em Meredith. – Mas vejo que conseguiu trazer o velho Scorpius de volta. – E todos riram.

– Bem pelo menos conosco ele vai ser aquele do trem, ele só não quer tirar a mascara para os outros, mas aos pouquinhos. – Ela olhou para ele do tipo “Você não perde por esperar!”.

– E ai, vai pra casa ou vai pra Toca? – Perguntou Albus.

– Sei lá, acho que talvez meu pai se arrependa, ou pelo menos volte a falar comigo. Talvez eu vá para Toca, ou para sua casa, seu pai me convidou...

– Ou pra minha casa. – Completou Scorpius. – Sabe que meu pai te ama, e minha mãe tem a ilusão que você vá me consertar, fica lá em casa um tempo, ou talvez eu vá para Toca, como todo ano.

– Sabe que eu adoraria, só não quero fazer nada que acorde mais a fera. – Respondeu Rose se referindo ao pai.

– Não se Albus e Meredith forem lá pra casa, não vejo problema algum, sei que os pais de Mery são amigos dos seus, a gente podia passar o Natal na Toca e o Ano novo lá em casa, poderíamos fazer uma festa que tal? – Scorpius disse, ganhando um beijo na bochecha de Rose.

– Perfeito, não concordam? – E os outros dois assentiram se entre olhando, Rose achou aquilo estranho, mas não queria esquentar a cabeça com aquilo, em vez disso encostou do ombro de Scorpius e dormiu.

– Rose, vamos acorde, chegamos. – Scorpius tentava acordar a ruiva, pois já aviam chego. – Olhe sua mãe está conversando com os meus pais, os pais do Albus e de Meredith, vamos pedir logo. – Ele apontou enquanto saiam do trem de braços dados, pois a pequena estava meio tonta por ter acabado de acordar do melhor cochilo da vida.

– Rose! – Exclamou a mãe. – Scorpius! – Que bom vê-los, vejo que estão mais próximos, algo para me contar? – Perguntou a mãe.

– Sim eu e Scorpius estamos amigos de novo, e na verdade queríamos pedir algo a vocês sete. – Disse Rose enquanto abraçava todos, como notaram ela era a menina de ouro de todos os pais.

– Bem pensamos em passarmos o Natal na Toca como todos os anos, mas em vez de passar o Ano Novo lá também pensamos em fazer uma festa para nossos amigos lá em casa. – Pediu Scorpius.

– Não vejo nenhum problema. – Disse Draco sorrindo, nossa o que aconteceu para Draco Malfoy estar sorrindo, logo todos os outros concordaram desde que olhassem Hugo, Lilly e Louis e sem bebidas.

– Mãe? – Chamou a menina que logo depois de cumprimentar todos se agarrou ao braço do menino de novo. – Ele não vem? – Perguntou a menina novamente se referindo ao pai.

– Desculpe querida, mas devo dizer que talvez ele fale com você, sabe que eu não posso fazer nada quanto a isso, eu amo seu pai. - Disse a mãe passando a mão pelo braço da filha, esta se agarrou agora ao pescoço de Scorpius e se pôs a chorar.

– Eu também. – Disse a ruiva nos ombros do loiro.

– Deixe comigo Sra. Weasley. – Disse Scorpius quando a mãe foi retira-la de seus braços, logo eles disseram que esperariam no carro e saíram.

– Ei você não pode ficar assim, tem que superar, não deixe seu pai estragar o feriado, temos uma festa para organizar, não é mesmo? – A menina assentiu e se soltou.

–Só me prometa uma coisa. – Ele fez que sim. – Não me abandone, nem essas férias, nem nunca, seja sempre meu amigo, sempre.

– Sempre. – Ele pegou a mão da menina e ambos foram para os carros, onde se encontravam Lucy, Roxy, Zabine, Lilly, Hugo, Albus, Meredith, Fred, Dominique, James e Louis.

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– Vamos Mione, deixe-os se acertar. – Falou Harry baixo para a amiga.

– Eu sei, eu só queria que os dois se acertassem não Rose e Scorpuis, mas sim Rose e Rony, eu amo os dois só não suporto essa briga dos dois. – Retrucou a mulher.

– Os dois estão bem amigos, viram o jeito que saíram do trem? – Gina trocou o assunto rapidamente antes que choros começassem.

– Sim, seria bom Scorpius ficar com Rose, ela uma menina tão boa, seria ótima para conserta-lo. – Falou Astória.

– Vamos Mione não se faça de desentendida, a senhora sabe bem o que viu. – Disse Gabriele, mãe de Meredith.

– Sim eu vi, mas tenham a impressão que não é pra esse verão, Rose não tem essa mente como Scorpius, só namorou um menino, e Scorpius conhece mais meninas com a cabeça dele. – Completou a castanha.

– Deixe de bobagem, Scorpius sentia muita falta da amizade de Rose, eles vão se acertar. – Draco avisou todos.

– Quer ver? – Apostou Harry. – Mery, Albus venham aqui, por favor – Chamou os dois.

– Sim pai. – Respondeu Albus.

– Como Scorpius e Rose estavam no trem? – Perguntou Yoder, pai de Meredith.

– Bem eu e Rose estávamos procurando uma cabine, e a que Scorp estava pensamos estar vazia, mas quando entramos ele chorava pouco, eu sai de lá e deixei Rose conversar com ele, fui atrás de Albus e esperamos um pouco para voltarmos para ela poder resolver a situação...

– E quando voltamos ela estava no colo dele e os dois riam abraçados, acho que ele não foi o único que chorou, Rose gosta de colo quando está mal. – Completou Albus.

– Obrigada. – Respondeu Mione. – Nossa abraçados, e ela no colo dele? Acho que eu estava errada. – Disse quando os dois voltaram para o carro.

– Meu Merlin, achei que não estaria vivo para ouvir isso. – Draco e Harry disseram em uníssono e fizeram todos rirem.

– Olhem estão voltando. – Apontou Gina. – Então vamos queridos? – Perguntou ela e os dois assentiram.

Então em um carro foram os adultos e em outro foram os adolescentes.

– Tudo bem, ruivinha? – Perguntou James depois da briga eles ficaram primos bem próximos.

– Sim tudo bem, Scorpius você vai ficar não é? – Ela preocupou-se voltando para o menino que a deu colo de novo. – Obrigada. – E ninguém falou nada, pois Meredith e Alvo disseram baixo que explicariam depois.