Endless Love escrita por STatic


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, foi maldade terminar o capítulo daquele jeito hahaha mas eu tenho coração então aqui está o próximo.
Espero que gostem!
Obrigada quem está lendo, comentando e acompanhando.



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CASTLE POV

Dezenas de coisas se passavam pela minha cabeça desde que parei em frente à porta do quarto de Kate. Mas o pensamento predominante era: “Ela está acordada!”

A frase era gritada a todo volume em minha cabeça me deixando estancado na porta, sem conseguir me mexer ou pensar com muita clareza.

Kate estava maravilhosa, mesmo considerando tudo o que aconteceu nos últimos dias. Ela estava sentada na cama, tentando desembaraçar os cabelos com os dedos. Pelo olhar irritado em seu rosto, acho que não estava tendo muito sucesso. Eu ri por dentro, ela é tão perfeita!

Eu ainda estava paralisado na porta quando, com um suspiro resignado, ela desistiu da tarefa. Franziu a testa e fez um biquinho por um segundo. Eu ri de sua cara emburrada e do absurdo da situação- por que ela já estava perfeita- e isso finalmente parece ter despertado sua atenção, já que imediatamente ela olha em minha direção.

Meu coração parece parar durante os segundos em que nos encaramos, mas posso ver um pequeno brilho em seus olhos. Continuamos nos encarando e eu sinto como se uma corrente elétrica passasse por todo o meu corpo e me incapacitasse de fazer qualquer outra coisa a não ser olhá-la. Então fiquei a observando de longe, quando tudo o que queria fazer era correr até ela e a abraçar.

Só sou tirado do meu transe quando vejo os lábios de Kate se curvando em um sorriso tímido, e finalmente consigo dar uns passos pra dentro do quarto. Mas paro novamente quando a ouço dizer:

–Então... Soube que somos casados- ela diz meio como uma pergunta.

Quase perco todo o meu controle e corro até ela quando ouço sua voz. Ao invés disso, volto a andar e paro perto de sua cama. Puxo a minha cadeira habitual e me sento. Olho pra suas mãos e vejo que estão pousadas cruzadas em seu colo. Eu queria tanto tocá-las!

Me recuperando do choque causado pelo som de sua voz, falo, tentando fazer piada. Tentando esconder o turbilhão de emoções que estava dentro de mim nesse momento.

–É... Você se casou com o homem mais bonito de Nova York- digo.

Ela ri fraquinho, ainda um pouco tímida, e seu rosto fica tão lindo e iluminado que sinto vontade de chorar. Eu tive tanto medo de nunca mais a ver sorrir assim!

–Ouvi dizer que não se lembra de ter se casado com esse espécime maravilhoso de ser humano - por que eu não calava a boca? Mas ela riu novamente.

–É... é mesmo uma pena- diz, tentando entrar no meu jogo idiota, mas seus olhos ficam um pouco tristes e vejo algumas lágrimas por trás deles.

Aquilo acabou com qualquer resto de autocontrole que ainda tinha em mim. Eu me inclino e seguro suas mãos entre as minhas; ela não as afastou, o que me deixou imensamente aliviado, apenas as observou em silêncio.

–Vai ficar tudo bem, você sabe não é?- pergunto suavemente.

Vejo que ela está lutando contra as lágrimas, e consegue se controlar, antes de olhar pra mim. Eu sorrio. Minha Kate.

–Eu sei?- pergunta - É tudo tão estranho, tão confuso... Eu quero tanto me lembrar, mas é tudo apenas um vazio imenso.

Ela está mais frustrada do que qualquer outra coisa pelo que posso ver, e isso é tão Kate!

Eu era capaz de imaginar como ela estava se sentindo, então daria um jeito de melhorar isso.

–Eu posso imaginar como é isso, mas vai dar tudo certo. Mesmo que isso pareça difícil de ver agora, nós vamos fazer dar certo. – Eu garanto à ela.

–Nós?

–Isso, nós. Eu, você. Eu não sou só o homem mais bonito de Nova York, eu sou também o mais esperto, mais inteligente...

–Mais modesto- ela me interrompe, e nós rimos. O que estava acontecendo aqui? Eu não fazia ideia, mas era bom. Incrível. Muito mais do que eu pensei que teria tão cedo.

–Bom, sim, às vezes- sorrio- e, além disso, preparei um pequeno exército para nos ajudar nessa.

Ela me olha confusa, e eu respondo fazendo um pouco de drama.

–Oh você vai ver! É provavelmente o melhor exército já criado. Um advogado, dois detetives, uma legista, uma estudante e uma atriz... Como pode não dar certo?

Ela ri novamente, a tristeza de antes substituída por curiosidade.

–Parece mesmo um ótimo exército- comenta.

–O melhor. Eles queriam vir te ver hoje, mas achei melhor avisá-la do que te aguarda.

–Muito obrigada então- ela sorri olhando pra baixo.

Eu a encaro novamente, pensando que eu dedicaria o resto da minha vida pra ver aquele sorriso em seus lábios, independente do que acontecesse. Antes que eu possa responder, uma enfermeira entra trazendo o que parecia ser o café da manhã de Kate.

–Bom dia!- nós a olhamos e sorrimos – imaginei que já estaria acordada. Com fome? – pergunta.

–Um pouco- Kate responde.

–Bem, então vamos cuidar disso- sorri.

Me encosto novamente na cadeira enquanto a enfermeira coloca as coisas na frente de Kate, e ela come. Nada de café, apenas suco. Sorri, pensando que em breve mudaria essa parte.

A enfermeira faz algumas perguntas a Kate, que alterna entre mastigar e responder. Por fim ela sai, com a promessa de que voltaria mais tarde, assim como o médico.

Quando ela sai, volto a inclinar meu corpo pra frente, descansando meus braços na beirada do colchão. Eu queria pegar sua mão novamente, mas não tinha nenhum pretexto agora. Não queria a forçar demais.

–Eu- ela hesita e eu a olho- eu queria saber umas coisas, você sabe, sobre mim.

–Tudo bem- digo – o que quer saber? Eu sei de, bem, tudo- sorrio.

Ela sorri fraquinho- Quero saber tudo... Bom, eu não sei nada então... Pode começar do começo, se quiser.

–Ham, ok, vamos lá. Seu nome é Katherine Houghton Beckett, e nasceu em 7 de novembro de 1979. Agora seu sobrenome também inclui Castle, já que se casou com o bonitão aqui. Trabalha como detetive de homicídios e é a melhor no que faz.

Ela parece surpresa.

–Detetive de homicídios?

–Isso. O motivo disso é que você ama dar ordens e estar no controle- eu rio e ela revira os olhos. Deus! – Na verdade, o motivo é mais extenso e acho melhor deixarmos pra uma outra hora.

Eu não tinha pensado nisso ainda. Em Johanna e em tudo o que ela sempre representou pra Kate, como ela fez Kate ser quem ela é, como era indispensável em sua história. Eu teria que conversar sobre Jim sobre isso, ele me ajudaria; afinal conheceu Johanna como ninguém mais.

–Tudo bem- ela concorda depois de pensar um pouco. –o que mais?

Então conto a ela. Conto sobre as coisas que ela gosta de fazer, sobre a vida dela antes e depois que a conheci, sobre o trabalho, sobre os meninos e sobre os casos mais bizarros. Conto principalmente as coisas boas e mais divertidas. Não queria começar já com tensões e angústias.

Não que eu fosse esconder algo dela. Muito pelo contrário, eu contaria cada detalhe possível, tanto os bons momentos quantos os ruins, porque foi a mistura deles que fizeram ela ser quem é.

Eu falei por horas ao que parecia, Kate me interrompendo a quase todo momento, de modo que estranhei quando ela se calou por um tempo maior.

Olhei pra ela e vi que em algum momento da minha narrativa ela havia se deitado e pegado no sono.

–Não acredito que ela dormiu!- disse um pouco chocado-Nem cheguei a parte do tigre ainda. – reclamo baixinho.

–Eu não estou dormindo- ela murmura também baixinho, mas ainda assim me sobressalto um pouco.

–Sei... É você quem perde, é uma ótima história- provoco.

–Não estou dormindo. Pode continuar, estou te ouvindo- ela continua murmurando, a voz se arrastando e os olhos ainda fechados.

–Tudo bem- rio –pode dormir querida, temos tempo pra histórias.

E foi o que ela fez. Antes mesmo que terminasse de falar percebi que ela já dormia.

Toquei rapidamente se rosto e me encostei na cadeira, a observando dormir novamente e me sentindo imensamente feliz.

KATE POV

A primeira coisa que noto quando acordo é que estou sozinha. Eu não sabia por quanto tempo tinha dormido, mas não acho que tenha sido muito. Ainda me sentia um pouco cansada, mas parecia que essa sensação não me abandonava nunca, então simplesmente a ignorei.

Permaneço deitada, me lembrando de tudo o que Castle havia me contado. Então eu era detetive? Legal, eu acho. E aparentemente eu era muito boa. Não sabia se ele tinha dito aquilo apenas pra me agradar, ou se eu realmente era boa. Acho que não importa muito agora, mas ao menos foi algo legal de se ouvir.

Fico pensando em Castle em como ele esteve ali desde que abri meus olhos e – pelo que o médico havia dito- muito antes disso. Ele era legal. E engraçado. E era mesmo incrivelmente bonito... Os olhos azuis que ficavam minúsculos quando ele sorria... Ele me parecia ter um ego imenso, mas até tinha certo charme.

Ele me fez rir mesmo quando eu queria chorar. Eu estava perdida e confusa, mas ter ele aqui parecia muito certo, de modo que ele não estar aqui agora me fez sentir mais solitária. Eu provavelmente devia ter desenvolvido algum tipo de dependência de Richard Castle.

Eu ri. Era bem absurdo mesmo, mas é assim que me sinto.

Sou tirada dos meus pensamentos com alguém batendo na porta, e minha cabeça se vira instintivamente na direção do som. Era o médico.

–E então? Como vai indo? – ele pergunta.

–Estou bem. –digo, tentando disfarçar a pequena decepção.

O médico sorri e diz: - O que está sentindo? Alguma dor ou desconforto?

–Não muito... Ainda estou um pouco cansada e minha cabeça dói um pouco às vezes.

–Isso é normal, daqui a alguns dias isso vai ter sumido e você poderá voltar pra casa. Ainda vai ser acompanhada, mas vai ficar bem. – ele sorri e eu retribuo. Mas por dentro estava pensando como seria “voltar pra casa”.

–Obrigada- digo.

–Tudo bem, eu volto mais tarde pra ver como está. – ele diz e sai.

Me sento na cama e fico pensando, ainda me perguntando como seria ir pra casa. Novamente sou tirada de meus pensamentos com uma batida na porta. Dessa vez quando olho é ele, Castle. Está sorrindo pra mim e o motivo de sua saída está em suas mãos. Flores. Ele saiu pra comprar flores.

Não que meu quarto já não tivesse muitas, mas mesmo assim...

–Oi- ele diz e entra, substituindo as flores antigas no vaso e colocando as novas.

–Oi- respondo- são lindas.

Ele apenas sorri.

–Acordou há muito tempo?

–Não. O médico estava aqui.

Ele se senta e me olha.

–Mesmo? E o que ele disse?

Eu hesito um pouco antes de responder, ainda estava um pouco nervosa com essa parte.

–Ele disse que daqui alguns dias posso ir pra casa- solto de uma vez, vacilando um pouco na última palavra. Ele da um sorriso imenso e diz empolgado:

–É mesmo? Isso é incrível!- ele me olha e parece entender exatamente o que sinto, por que completa – Não precisa ficar com medo ou nervosa. Você vai amar o loft, e vai amar não ter que ficar aqui. As pessoas sentem sua falta, não é muito fácil conseguir entrar aqui- ele ri.

Eu o acompanho e digo realmente agradecida: -Obrigada.

–Sempre- ele diz sorrindo, e de alguma maneira, aquilo soa certo.


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Notas finais do capítulo

E então? Eu espero que tenham gostado!
É importante saber o que estão achando pra eu saber se to no caminho certo... Digam o que acham que deve acontecer, me xinguem, deixem a opiniao de vcs, digam se estão gostando, COMEENTEM!!



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