Endless Love escrita por STatic


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Ninguém morra de choque por que, sim, as vezes eu atualizo.
Oláa amores!! Eu sei, eu tinha dito que estava de férias, que não iria demorar, blábláblá, mas minha internet me odeia e entrou em crise. Ela ainda não está 100%, mas hoje por algum motivo ta um pouco melhor... Enfim, aqui estou! Deixe eu dizer obrigada a ZoeyHouse e pande que favoritaram! E obrigada pelos comentários, como sempre!
Eu tenho uma pergunta -ou aviso, sei lá- mas vou deixar vocês lerem esse capítulo cheio de fofurinhas e nos vemos nas notas finais hahaheh
Boa leitura, espero que gostem!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/588010/chapter/38

Castle POV

O som mais perfeito de todo o mundo. Não havia maneiras de descrever. Palavras não bastavam e eu era o escritor.

Era completamente maravilhoso.

A maneira como havíamos chegado ali, o início improvável da nossa história, as curvas -tantas curvas- no caminho, mas ainda assim, aqui estávamos nós, sendo capazes de viver tudo aquilo, sendo capazes de apreciar o momento, de esquecer todo o resto. Absolutamente maravilhoso.

Kate havia parado de chorar, eu havia parado de provocá-la e a médica havia retornado, passando uma lista de recomendações -algumas das quais nós já sabíamos, outras nem tanto-, além das vitaminas e outros tipos de coisas que Kate -no caso, nós- devía fazer ou não durante os próximos meses. Além disso, a médica havia nos alertado sobre um novo fator que nenhum de nós havia de fato levado em consideração: O coração de Kate.

Era mais do que claro -apesar do sucesso da sua cirurgia e recuperação- que isso talvez fosse um problema. Uma gravidez exigia muito do corpo de uma mulher, e junte isso a um coração que havia passado por tamanho trauma e um acidente de carro grave, e o resultado talvez seja preocupante. Entretanto, para o nosso completo alívio, a médica tinha afirmado que, apesar do aparente risco, esse era apenas mais um detalhe para se monitorar. Nada para arrancarmos nossos cabelos ou perdermos nosso sono.

Kate havia ficado assustada, o que era compreensível, mas havia aceitado as palavras da doutora.

E eu também. Mesmo que chegasse a ser um problema, nós lidaríamos com ele, assim como havíamos feito com todos os outros.

–Ei, Kate! Castle! -Ryan nos cumprimentou quanto viu nos aproximarmos.

–Já estão de volta? -Espo atropelou antes que um de nós pudesse responder.

Encarei os dois, observando a maneira como eles estavam sentados, e depois olhei em volta. Bolinhas de papel estavam espalhadas pela mesa, assim como em volta da lixeira, que estava fora de seu lugar habitual. Cara, eles eram péssimos de mira. E eram os policias, pelo amor de Deus!

Kate também tinha notado, pelo visto, por que logo perguntou: -Vocês não tem trabalho para fazer? - ela pegou uma das bolinhas e acertou em Esposito, que lhe olhou zangado.

–Papelada. -Ryan deu de ombros.

–E isso não é trabalho? -perguntei, e os dois me encararam, não parecendo muito felizes. Nossa.

–Vocês não responderam nossa pergunta, nós não respondemos a sua.

–Deus, qual o motivo do mal humor? -Kate revirou os olhos e se sentou em sua cadeira, e eu segui seu exemplo.

Eles apenas nos encararam, como se estivessem mesmo dispostos a vencer o jogo de não responder qualquer pergunta.

–Não, nós não estamos de volta. -ela informou por fim.

–Ainda. -adicionei.

–Então o que estão fazendo aqui?

–Como assim o que estamos fazendo aqui? -perguntei incrédulo. O que, nós estávamos de licensa então não podíamos aparecer ali? - É óbvio que ficamos com saudades!

Eles sorriram convencidos, até Kate rir.

–É, nós sentimos saudades. Da capitã! -riu novamente. -Nós viemos vê-la, avisar sobre nosso retorno e... Outras coisinhas.

Ela disse e me olhou rapidamente, antes de voltar a encarar os detetives que nos encaravam desconfiados.

Devido a tudo o que tinha acontecido -o acidente, meu tiro, e outras incontáveis surpresinhas que já tínhamos vivido-, nós decidimos que o melhor a fazer era informar a capitã sobre a gravidez. O quanto antes melhor. Nós não queríamos nada colocando a segurança do nosso filho que sequer tinha nascido ainda em risco. E a capitã havia concordado conosco, colocando Kate em trabalho administrativo pelos próximos muitos meses.

Colocando Kate e, assim como o resto das coisas relacionadas a gravidez, também a mim. Papelada e mais papelada pelo futuro próximo... Tudo bem, eu podia lidar com isso. Teoricamente.

–Da capitã... -Ryan bufou.

–Se isso ajuda, eu senti falta de vocês. -digo.

–Não ajuda em nada. -Espo declarou e Kate riu.

–Sério, gente? -perguntou revirando os olhos. -Qual o motivo do mal humor? -repetiu.

Eles se encararam e Javier assentiu, eles se virando para nós ao mesmo tempo e murmurando “relatórios”, antes de Kevin continuar sozinho:

–Tudo o que temos para fazer é um monte de relatório acumulado! -ele parecia inconsolável, e eu podia entender o sofrimento. Esse seria eu em algumas semanas, apenas. -Depois que vocês saíram, nós temos muito mais trabalho e como resultado a papelada se acumulou...

–Isso porque vocês sempre deixam para mim! -Kate apontou.

–E a capitã está toda “nada de caso novo até colocarem isso em dia!”. -Espo apoiou o parceiro, fazendo uma imitação terrível da Capitã e ignorando Kate completamente.

–Eu imagino o que aconteceria se ela saísse da sala e visse você a imitando assim. -digo e ele me encara. -Tudo bem, não está no humor! -ergui minhas mãos.

Ficamos em silêncio por um minuto, e me virei para Kate quando senti seu olhar queimar meu rosto. Ela me encarava com uma pergunta nos olhos, e não era preciso ler mentes para saber o que ela estava pedindo. Assenti e ela sorriu, se virando para os meninos que encaravam o quadro branco com expressões desoladas.

–Então... -ela para e respira fundo. -Eu logo vou estar de volta para fazer os relatórios...

Eles não falam nada e ela continua.

–E vou fazer apenas isso por algum tempo. - oferece, e eles ainda não dizem nada, mas ao menos agora olham para ela. -Meses, na verdade.

Isso arranca uma reação deles: -Meses? -Ryan pergunta ao mesmo tempo em que Espo pergunta “por que?”.

–O que você fez para a capitã te punir?

Ela fez uma careta. -Eu não fiz nada! -exclamou, incrédula e oh, os hormonios.

–Na verdade- intervi-, foi uma decisão dela. Nossa.

Eles me olharam e depois voltaram para ela.

–Por que alguém faria isso com si mesmo? -Espo pergunta, seu tom de voz de quem foi insultado.

–São só por alguns meses. Deviam ser nove, mas vão ser sete ou seis... E depois vamos ficar um tempo fora... -ela disse e parou, esperando uma reação que claramente não viria.

–Eles são mesmo detetives? -perguntei para Kate, e ela deu de ombros.

–Foi o que eu pensei! -concordou.

Foi Ryan quem reagiu primeiro. Sua boca se escancarou e ele piscou algumas vezes, como se não conseguisse encontrar as palavras. E então ele sorriu levemente, e se levantou.

–Vocês... Sério?

Eu me levantei também, enquanto Kate apenas sorria em resposta.

–Sim! - eu respondi empolgado e ele deu alguns passos, me abraçando.

–Uau, isso é demais! -ele foi em direção a Kate, que levantou da cadeira e o abraçou também. -Meus parebéns, gente!

Antes que pudessemos responder. Esposito falou novamente, parecendo ainda confuso. E irritado. -Alguém se importa de me explicar o que diabos está acontecendo?

Eu ri e Ryan o encarou, sua expressão divertida.

–Sério, Espo? Não é óbvio? -implicou.

–Não! -ele respondeu. -O que é tão óbvio assim?

Avancei em direção a Kate, envolvedo meu braço ao redor de sua cintura e sorrimos.

–Nós estamos grávidos! -dissemos juntos, porém de forma baixa para que apenas eles pudessem ouvir. Olhamos um para o outro e depois de volta para ele, rindo de sua cara chocada.

–O quê? Quer dizer... Como? -gaguejou. -Quer saber? Esqueçam essa pergunta, foi idiota.

Nós rimos novamente e ele pareceu sair do encanto, por que veio em nossa direção e imediatamente puxou Kate para um abraço, a erguendo um pouco do chão. Ele parecia super feliz e empolgado. Quando a soltou, ele veio em minha direção e me abraçou também, mas não sem antes fazer uma careta brava e murmurar algo sobre cuidar deles ou eu me veria com ele. Tudo bem, então.

–Parabéns, eu fico feliz por vocês... Realmente merecem ser felizes, merecem um tempo. -disse sorrindo.

–É, eu não vou chorar... -Kate murmurou e pela voz, ela estava errada. Ela se virou um pouco na direção do quadro

–Hormonios. -sussurrei para os outros dois.

–Só vai ficar pior. -Ryan avisa e troca uma risadinha com Espo e eu realmente me apavorei um pouco com sua premonição.

Kate voltou para mais perto e parecia bem mais controlada. -Certo, já chega disso. Nós marcamos com nossos pais e Alexis essa noite, então é melhor irmos. -parou e olhou para os meninos. -Sabe o que ajudaria? Parar de encarar o nada e realmente fazer os relatórios, talvez vocês terminem e consigam um caso novo um dia. -concluiu e saiu em direção ao elevador, sem ao menos dar uma chance para eles reagirem.

–Só piora... -Ryan repetiu e eu fiz uma careta, a seguindo imediatamente antes que ela voltasse para me buscar.

Kate POV

O jantar corria calmamente, como sempre ocorria quando estávamos todos juntos. O tempo em família era precioso, e eu simplesmente adorava cada segundo. As histórias interessantíssemas que meu pai podia nos contar, as novidades que Alexis sempre trazia e Martha que era, por si só, um grande entretenimento. Além de Rick, que tornava tudo ainda melhor, com seu jeito único, apenas.

Era maravilhoso, e apesar das faltas óbvias, eu tinha esses momentos em mais alta conta.

–Isso é tão legal. -murmurei para Castle quando estávamos nos reunindo na sala, já teriminado o jantar. -Todos são tão diferentes, mas ainda assim se dão tão bem. Como família.

–É o que nós somos, Kate. -ele me lembrou e eu sorri.

–Eu sei. É que não era bem assim no começo.

–O que quer dizer? -ele se virou para mim, a curiosidade evidente.

–A primeira vez que jantamos juntos? Um desastre salvo por um homicídio. Um homicidio!

Ele riu antes de voltar a me encarar, estático. -Você se lembra?

–Parece que sim. -disse depois de pensar um segundo e nós dois rimos. Ainda nos pegava de surpresa quando algo assim acontecia.

–Demais. -sorriu e se inclinou, encostando nossos lábios. -Mas se você se lembra direito, tudo acabou bem no final.

–Surpreendentemente. -apontei.

–Nada como um sequestro no meio da noite para unir as pessoas... -disse e eu ri.

Ele aperou minha mão e eu assenti, então nos sentamos no sofá, onde os outros já estavam conversando animadamente.

Martha desviou o olhar para nós por um instante, e seu sorriso era cumplice.

–Eu acho que sua mãe sabe. -sussurrei para ele.

–Não seria surpresa. - sussurrou de volta, seus olhos presos na mãe como se se lembrasse de algo. -Então... -disse mais alto, para que todos pudessem ouvir. -Nós temos algo para contar.

Todos os três se viraram para nos olhar, e de repente eu estava nervosa. Como uma garota de quinze anos prestes a contar para os pais que havia engravidado do namorado guitarrista. Qual era o problema comigo?

Castle olhou para mim, como se esperasse que eu dissesse algo e eu o olhei apavorada, apertando sua mão que estava na minha.

–Certo... -ele voltou a olhar para eles. -Nós queríamos informar que nem sempre as pilulas são eficazes! -diz simplesmente.

–Castle! -pulei, praticamente gritando enquanto minha mão em punho acertava seu braço. Olhei freneticamente em direção ao meu pai, que estava tentando não demonstrar qualquer reação. Entretanto, seus olhos carregavam um brilho divertido.

–O quê? - ele me olhou, incrédulo. -É verdade!

–Você... -comecei, mas Alexis me interrompeu.

–Vocês vão ter um bebê? -perguntou e eu a olhei. Ela não parecia chateada, o que era um grande alívio.

–Nós vamos. -sorri um pouco, esquecendo por um momento a fala infeliz de Castle.

–Isso é demais! -ela sorriu e se levantou, envolvendo nós dois em um abraço.

–Mesmo? -perguntei, ainda incerta com sua reação.

–Claro, eu sempre quis um irmão e bom, vocês merecem. -ela parou. -E vai ser muito divertido ver vocês se virarem nessa. -ela riu e abriu caminho para Martha e meu pai, que nos abraçaram também.

–Eu criei você! -Castle a lembrou.

–Eu era fácil... Mas um filho de vocês dois? -ela riu. -Isso va ser divertido de ver.

–Ela tem razão. -Martha concordou com a neta. -Uma mistura de vocês dois vai ser no minímo interessante.

–Se ele for no minímo como Katie, vocês vão ter alguns problemas. -Meu pai afirmou e eu o encarei. O traidor.

–O quê? -perguntei. Ele não podia estar falando sério. Eu não havia sido tão ruim. Certo?

–Você era uma boa garota... Até os hormonios entrarem em cena. Os namorados, as motocicletas, as respostas que sempre vinham fáceis demais... Era enlouquecedor! -ele riu e Castle o acompanhou.

–Eu gostaria muito de saber essas histórias... -ele parecia se divertir e eu o cutuquei.

–Ou talvez eu devesse te lembrar de algumas das suas histórias. -Martha propos e o sorrisinho saiu do seu rosto imediatamente. - As festas, as escolas que te expulsaram, os professores traumatizados, as brincadeiras que...

–Tudo bem, nós já entendemos. -reclamou.

Eu apenas observava, ficando mais apavorada a cada segundo. Quer dizer, eu já podia esperar uma criança muito diferente de Alexis por que, realmente, qual a chance de termos duas dela? Mas vê-los falando daquela maneira e compartilhando experiencias, tornava tudo real demais. Eu queria que minha mãe estivesse aqui. Talvez fosse espantoso, mas eu realmente queria.

–Nós só estamos preparando vocês. -meu pai riu e depois me olhou, sorrindo de uma maneira de quem dizia “eu sei”. Ele entendia o que eu estava pensando sem ao menos eu precisar dizer, e talvez fose por ele sentir e estar pensando a mesma coisa. Ele também sentia falta da minha mãe, e também a queria ali.

A conversa se dissolveu para várias outras enquanto eu pensava, e eu podia ver que eles estavam se divertindo ao compartilharem as histórias de Kate e Rick jovens. Eu os deixaria ter isso, por agora.

Me levantei e me afastei um pouco, parando a uma distância para os observar. Era mesmo uma família. Uma estranha e improvável, mas juntando com meus amigos do precinto, a tornava perfeita. Mesmo com as faltas e os buracos que nunca seriam de fato cobertos, nós éramos uma família.

Senti o momento em que os braço de Castle me abraçaram por trás, seu queixo descançando no topo da minha cabeça.

–Uma moeda pelos seus pensamentos.

–Eu estava pensando que você é como um fantasma quando quer. Eu nem te ouvir chegando. -murmurei e sorri, me virando para ele. Ele estava sorrindo para mim, feliz e satisfeito.

–É, não era isso que você estava pensando. -suspirou e olhou por sob meu ombro. -Todos sabem agora. Os meninos, Lanie, nossa família...

–É, eu estou feliz.

–Eu também. Mais feliz impossível. Eu sou literalmente a pessoa mais feliz do mundo inteiro. -ele riu. -É impossível encontrar alguém mais feliz do que eu agora.

–Eu conheço uma exceção. -digo e levanto a cabeça para olhá-lo. Ele se inclina, encontando nossos lábios em um beijo lento e doce, e eu podia sentir o contorno sorridente de sua boca na minha.

–É, você é uma mentirosa. -sussura antes de se afastar, minha cabeça voltando a descançar em seu peito enquanto seu queixo descançava em minha cabeça.

Era doentemente doce, mas era maravilhoso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, se eu por acaso dissesse que Endless Love ta chegando ao fim, quão bravos vocês ficariam? Numa escala de “tudo bem, te entendo” a “vou te caçar e te jogar uma bomba”? Eu estava pensando em mais uns 4 capítulos, sem contar esse... Mas eu tenho algumas coisas em mente que eu vou falar mais para a frente que acho que vão gostar e me entender.
Enfim, me digam o que acham disso e do capítulo!! Eu espero que tenham gostado, e se depender de mim, ainda essa semana tem capítulo novo -pq já ta escrito YAY hasjhkahal mas a net...
PS: Feliz natal atrasado! E feliz ano novo, acho que todos esperamos um ano melhor, certo? Mesmo assim, euzinha aqui desejo muita felicidade, muito amor, muita série boa, baby para o otp e que todas fiquemos ricas hsdhhk.dlad
Beejo amo vocês!