Endless Love escrita por STatic


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Hey amores! Antes de tudo, deixe eu dividir com voces uma coisa chaterrima que aconteceu comigo semana passada: Eu fui assaltada e gente, dentre as coisas que roubaram (meu livro da rainha suprema Agatha Christie que eu tava quase no final e estou morrendo p saber o que acontece, por exemplo, que eu já dei um jeito e comprei outro –e outro sobre Anne Frank pq eu nao sei me controlar-), levaram meu celular também e ~~suspira~~ tinha um mooonte de coisas de EL lá... cenas, diálogos, idéias, etc. etc.... que surgem em momentos inapropriados e eu pego o que ta mais perto pra anotar ahah no caso o celular... mas enfim, já recuperei umas das outras coisas e a vida segue ahahhe entaaao..... Aqui estou!
Deixem eu dizem muuito obrigada LahAlves que favoritou! E obrigada -como sempre- pelos comentários!
Eu usei uma sugestão dada pela Lele há um milhão de capítulos atrás nesse capítulo (eu disse que estava anotada!) hahahehe espero que gostem! Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/588010/chapter/27

Kate POV

O calor de um corpo bem próximo ao meu, a sensação de um braço ao redor do meu corpo e de uma respiração próxima que fazia os cabelos em minha nuca se arrepiarem me acordou.

Levantei a cabeça - apenas o suficiente para olhá-lo, mas não para o acordar- e sorri, observando a serenidade e familiaridade que ele me transmitia, um sorriso satisfeito em seu rosto mesmo estando adormecido. Seus cabelos estão bagunçados e amassados, jogados loucamente em todas as direções, formando um pequeno caos que imediatamente me fez sorrir e eu tenho a certeza de que acabo de me apaixonar um pouquinho mais nesse exato momento.

E de repente, enquanto o observo, ele está falando.

Ele está falando, mas não é exatamente ele. Não o Castle que está agora próximo a mim, deitado confortavelmente ao meu lado e totalmente relaxado. Era um Castle quase completamente diferente, um Castle que tinha um olhar preocupado e amedrontado que estava sendo mascarado por um sorriso não tão convincente, e um Castle que definitivamente não está confortável e deitado ao meu lado, mas entrando pela porta carregando, além do sorriso fraco, dois copos com o que eu tinha certeza ser café.

–Ei, o que está fazendo? Tirando uma soneca? Por que eu posso voltar depois. – ele disse naquele tom que eu conhecia bem demais. O tom brincalhão que ele usava quando tentava amenizar a tensão, para tornar mais fácil uma situação difícil.

Eu sempre –sempre- ficava feliz em vê-lo, de modo que não estava nada preparada para o terror que eu podia sentir correndo por minhas veias no momento em que o vi entrando pela porta. Eu não sabia o porquê agora, mas sabia que não o queria ali de maneira alguma e tudo o que eu desejava é que ele fosse embora para o mais longe possível. Apesar de eu ter certeza de que se tratava de uma lembrança, aquilo me feriu um pouco. Como eu poderia não o querer por perto? Por quê? A resposta veio ao mesmo tempo em que senti a dor em minhas pernas - dor de ficar muito tempo parada na mesma posição, meu cérebro me alertou-, quando outras imagens e palavras se misturavam ao quadro principal, fazendo minha cabeça girar.

Palavras como “bomba” ou “timer” e algo sobre “explodir todo o prédio” se misturavam com a imagem de um homem com um uniforme que não era familiar, causando o medo que eu sentia e a dor em minhas pernas aumentarem, e, agora que eu podia vê-lo novamente, a preocupação no rosto de Castle também. Assim como a obstinação.

Eu o implorei para sair - muitas e muitas vezes-, mas dava pra ver que aquela era uma batalha que já começara perdida. Ele não iria sair, não iria a lugar nenhum sem mim. E eu estava presa sob uma bomba. Uma bomba que estava a minutos de explodir e reduzir tudo à sua volta a pequenos restos do que um dia foram. Inclusive nós dois.

–O que eu deveria fazer? Sair pela porta enquanto você está parada aí sozinha? – perguntou, um pouco do medo que eu podia ver em seus olhos sendo liberado em forma de raiva.

–É! É exatamente o que você deve fazer! –e ele me interrompe - urgh! Isso me irritava tanto!–, falando rápido, seus pensamentos a mil por hora e pra minha satisfação, os meus estavam bem juntos ao dele, trabalhando em conjunto.

E mesmo agora, com a resposta de que precisávamos a segundos de ser revelada pelos outros dois no telefone, eu o implorava pra sair. E ele se recusava. Eu estava desesperada e cada vez mais apavorada com a ideia de estar prestes a explodir, mas ainda mais por ele estar tão disposto a explodir comigo sem parecer pensar duas vezes. E quanto a Martha? E quanto a Alexis? Mas no fundo –na parte menos racional do meu cérebro- eu estava feliz e aliviada por não ter que passar por algo assim sozinha, e principalmente por ser ele quem estava ali comigo. Incrivelmente corajoso.

–Castle, resta menos de um minuto, você tem que ir. –fiz uma última tentativa. Fracassada, mas eu ainda tinha esperanças de colocar um pouco de juízo naquela cabeça dura.

–Ainda não. –ele respondeu, a voz tensa e o maxilar travado.

–Por favor –implorei- se ele achar um nome, eu mesma digito e se não acharem...

–Eles irão achar. –me interrompe novamente, tentando me convencer tanto quanto a si mesmo. Ele levanta a cabeça para me olhar e depois desvia para o cronometro no celular – Eles precisam!

Ele continua encarando o celular por alguns segundos antes de voltar a me olhar, nossos olhos se encontrando e permanecendo assim, focados um ao outro, tentando transmitir força e conforto. E então eu podia entendê-lo, o porquê dele não querer sair: ele não podia, não conseguia. E eu tinha certeza de que faria exatamente a mesma coisa por ele, se os papeis se invertessem.

–Willian, o nome da criança é Willian! –Ryan fala no telefone, trazendo de volta nossa atenção.

–Sete letras. –ele pensa - Billy! –diz e começa a digitar, sendo impedido pela voz de Ryan novamente.

–Ou Willy. – ele sugere, sendo contrariado pela voz irritada de Esposito.

–Que tipo de mãe chama o filho de Willy? A não ser que queira que ele seja chutado no parquinho. –ele diz.

Castle não está no humor para piadinhas –algo quase inédito- e diz que eu escolha. E o que eu poderia fazer além de confiar nele?

–Billy, vai.

Ele digita e fecha os olhos, esperando pela explosão. Ela não acontece. No próximo segundo eu estou em seus braços, me agarrando com toda a minha força em seu corpo, enquanto ele me abraçava e impedia que eu caísse, minhas pernas quase desistindo em baixo de mim.

–Ela está fora! –informa aliviado para os outros.

E agora o que eu via novamente era seu rosto calmo ao meu lado na cama quente e macia. Seus lábios já estão curvados em um sorriso quando ele começa a abrir os olhos, meu rosto bem próximo do dele o observando, me fazendo voltar completamente ao presente.

–Alguém me disse uma vez que encarar as pessoas enquanto elas dormem é assustador. –diz.

–E é. Parece com algo que assassinos em série fariam. – respondo e ele arqueia as sobrancelhas. –O que? Quando eu faço não conta!

–Oh, e quando eu faço conta? –sua voz completamente descrente.

–É, bom, você é fofo quando está dormindo então...

–Só quando estou dormindo? –pergunta chocado. Respondo apenas com uma careta, estreitando os olhos. –Você é fofa quando dorme também, então me divirta e não me chame de assustador por querer observar.

–O que há de fofo em roncar e babar o travesseiro? –pergunto. Ele ri alto, jogando a cabeça um pouco pra trás e eu sorrio.

–Você não baba o travesseiro. – afirma e eu o encaro chocada, esperando ele terminar - Nem ronca!

–Bem melhor assim.

–Não muito alto pelo menos. –completa baixinho, depois murmura reclamando e esfregando o braço onde eu havia beliscado. Ele já devia ter aprendido. –Você é cruel! –diz.

–Nem tanto. –comento e me afasto um pouco, me sentando na cama. Ele me olha por um momento e depois se senta também. – Eu me lembrei de uma coisa.

–O que? –ele parecia mais serio agora, mas a curiosidade era evidente.

–Envolvia uma bomba... –resolvi enrolar um pouquinho. Testar até onde sua curiosidade ia.

–No seu apartamento? –pergunta sem nem pensar.

–Não! –respondo, minha voz aumentando um pouco pelo choque -Tinha uma bomba no meu apartamento?

–Ah, sim, mas faz muito tempo... Só pra constar, eu salvei sua vida. Não é pra me gabar nem nada. –da de ombros. Ele havia mesmo me salvado de outra bomba? – Então foi a outra bomba? A que quase nos fez congelar até a morte?

–Ai meu Deus, não! Não era essa! Quantas vezes nós já estivemos perto de explodir? –eu ainda estava chocada. –Vai me dizer que me salvou dessa também?

–E uma boa parte de Nova Iorque! –diz sem qualquer modéstia. Eu me inclinei e o soquei de leve no braço. Ele reclamou.

E de repente estava tudo lá. Do calor insuportável do que eu sabia ser meu antigo apartamento ao frio impossível daquele container. E mais: A queimação nos pulmões pela falta de ar enquanto o carro afundava cada vez mais na água gélida, incontáveis tiroteios - incluindo uma garrafa de champanhe usada como distração- e um hangar que eu reconhecia.

–Kate, - ele me chama e me tira dos meus pensamentos. Minha cabeça doía um pouco e eu estava com frio. Muito frio. –você está um pouco azul... E tremendo! –pega o cobertor e coloca em volta de mim, me puxando para o seu colo, me abraçando apertado e subindo e descendo as mãos pelos meus braços, tentando me aquecer com o atrito.

Ficamos assim por um minuto e quando senti o frio e os tremores diminuírem, voltei a falar.

–Pare de se vangloriar, você não sabia o que estava fazendo, só puxou os fios!

–E isso salvou a cidade! –diz sem se deixar abater e depois para. Eu sorrio. –Você... Você se lembra!

Me viro em seu colo para ficarmos frente a frente e coloco meus braços ao redor do seu pescoço, me inclinado e o beijando.

–Eu me lembro. –confirmei com um sorriso, o sentindo ficar ainda maior ao notar o brilho maravilhoso em seus olhos. Ele estava tão feliz!

–O que mais você se lembra? Uh isso é grande! –ri animado.

–Eu sei! –o acompanho. –Eu me lembro de você salvando minha vida, tipo, muitas vezes. Bombas e tiroteios e carros afundando... A lista continua.

–Eu sei, eu sou um parceiro muito bom! Não faço papelada –ele diz em tom de aviso -, mas sou muito bom.

–Eu percebi! O que me faz pensar: Eu não podia ser tão boa como me disseram, se precisava que você me salvasse toda hora! Quer dizer, e se eu não for boa agora e estragar tudo e você precisar ficar me salvando por aí? E se você se machucar? –eu estava surtando novamente.

–Então eu vou estar lá, como sempre estive! –assegurou e me beijou de leve novamente. –E Kate, você também salvou minha vida um milhão de vezes! De um serial killer, de um assalto ao banco. –ele respirou fundo e olhou nos meus olhos. –Kate, você atirou no homem que matou sua mãe para me salvar!

–Eu não me lembro disso. –disse baixinho, mais frustrada do que qualquer outra coisa.

–Um dia você vai... E vai continuar tentando me convencer que salvou minha vida mais do que eu salvei a sua. –diz e sorri, voltando ao humor brincalhão.

–Então está marcado. –sorri também. – Mas eu me lembrei de outra coisa. Eu estava em cima de uma bomba. Ia explodir e você não iria embora. Eu pedi e queria tanto que você fosse, mas você não me ouvia.

–Eu não podia, como te deixaria lá sozinha? E se...

–Eu sei. –o interrompi. –Isso não faz ser menos imprudente, mas só pra constar, eu faria a mesma coisa.

–Eu sei. –ele diz sorrindo.

–Obrigada por ter ficado comigo.

–Nós salvamos um ao outro, lembra? É isso o que os parceiros fazem. – eu concordo. –E então? O que mais você se lembra daquele dia?

–Só isso... A bomba, você salvando o dia e que minhas pernas doíam. –faço uma careta. – Por quê?

–Foi a primeira vez que você falou que me amava.

–Bem ali, em cima de uma bomba?

–O paraíso bem no meio do inferno. –comentou. –E eu fiquei tão feliz! E orgulhoso. Era difícil para você falar em voz alta o que sentia naquela época. Mesmo todo mundo sabendo que você já me amava desde o primeiro dia. –completou em uma voz brincalhona.

–É, certo, continue se convencendo disso. –eu ri e olhei em seus olhos, antes de beijá-lo pela milésima vez aquela manhã. –Eu te amo, Richard Castle. –sussurrei.

–Eu te amo também, senhora Castle. –ele respondeu de volta. E depois de um minuto: - E também foi quando soubemos que nunca conseguimos enganar a capitã...

–Ela sabia sobre nós? – ele havia me contado em como tentamos esconder nosso relacionamento no começo.

–Dizer que foi uma bomba pra nós dois é dizer pouco. – ele disse e eu ri.

–Falando na capitã, eu preciso ligar pra ela! –ele me olhou confuso – Foi ela que marcou todas as consultas e o resto dos testes que eu preciso fazer antes de voltar. Aparentemente tem uma lista. –faço uma careta.

–Quem disse que seria moleza, detetive Beckett? –ele diz e eu amo como aquilo soa.

Concordo com um aceno de cabeça e me viro novamente em seu colo, me levantando rapidamente e sentindo minha cabeça girar por um segundo. Cambaleei sem rumo antes de sentir mãos fortes me segurando e me impedindo de cair no chão.

–Kate? Tudo bem? –ele pergunta preocupado.

–Ham, sim. Eu acho que me levantei muito rápido. –ele me olha desconfiado, a preocupação ainda em seu rosto. – Além do mais, foi uma manhã cheia de memórias novas, minha cabeça ainda está se recuperando... Muita coisa se passando aqui ao mesmo tempo. -tento o tranquilizar.

–Tudo bem... –ele diz sem parecer satisfeito, mas me solta devagar e eu volto a andar, procurando pelo celular, meu equilíbrio mais confiável agora.

Encontro o telefone e digito o numero da delegacia. Agora sim tudo iria começar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

....... Então? No próximo - os planos são esses hahah- temos Kate de volta a ativa o/
Me contem o que acharam, e se tiverem sugestões, amo saber!
Beeijo e eu amo vocês!