Endless Love escrita por STatic


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!
Não vou enrolar muito aqui hoje, só vou agradecer de novo todo mundo que ta lendo, acompanhando e principalmente comentando! Eu amo demaaais.
Boa leitura, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/588010/chapter/13

CASTLE POV

Inacreditável. Ela havia praticamente solucionado um assassinato quando sequer se lembrava do que fazia há um mês. Não havia dúvidas do quão extraordinária Katherine Beckett era e do quanto ela ainda era capaz de me surpreender. Mesmo agora.

O tempo que passamos na delegacia foi ótimo e dava pra ver pela expressão de Kate que ela estava muito mais animada. Tinha mais cor em seu rosto, a deixando quase inumanamente linda.

Depois dessa visita a delegacia, nós não saímos muito mais de casa. O tempo estava péssimo, especialmente pra alguém se recuperando. Então voltamos a nossa rotina do sofá, mas dessa vez fizemos coisas mais interessantes do que ver qualquer bobagem na TV. Até aquele momento.

–Não Kate, qual é! –reclamo. –Eu não acredito que você encontrou isso, eu pensei ter escondido tão bem!- lamento.

–Colocar atrás dos outros filmes não é esconder, Rick. – Meu coração pareceu parar por um segundo. Era a primeira vez desde o acidente que ela me chamava assim. Eu me senti imediatamente mais aquecido por dentro. –Parece tão legal!

Ela me encara com olhos pidões, mas me mantenho firme. Ou tento.

–Nébula 9 não é legal Kate, é uma afronta!

–Afronta a quem?

–A boa ficção. A mim. A tudo!

–Que drama. –ela resmunga e se levanta do chão, vindo se sentar ao meu lado no sofá. Quando olha pra mim, seus olhos estão diferentes e por algum motivo sinto que minha causa está perdida. Droga. –Olha, posso te contar uma coisa?

–Claro... –murmuro desconfiado. Não estava com um bom pressentimento.

–Lá no hospital... Bom, - ela hesita. – eu... você sabe, eu conseguia te ouvir. –eu concordo com um movimento de cabeça e ela continua. –Eu não posso me lembrar de tudo, mas lembro algumas coisas...

Tudo bem, por essa eu não esperava. Se antes me sentia mais aquecido, agora estava prestes a me queimar. Eu não digo nada, apenas concordo com a cabeça e ela continua.

–Eu meio que tinha me esquecido, mas agora me veio à mente. –ela enrola e sinto como se meu coração fosse sair pela boca. Onde ela queria chegar com isso? –Eu me lembro agora, muito claramente aliás, de um certo escritor dizendo que sente saudades de ser obrigado a assistir certa série de TV.

Ela termina me olhando com um sorriso vencedor, erguendo o DVD na frente de meu rosto, o balançando. Eu não acredito!

–Não Kate, isso não vale! Eu estava desesperado! –digo rapidamente – Não acredito que vai usar isso! É um absurdo, completo absurdo.

Continuo murmurando enquanto ela ri e se levanta pra colocar o DVD. E então começam as horas de tortura.

Tudo bem, não era tão ruim assim quando se abre um pouco a mente. Especialmente quando observava Kate completamente fixada na TV, não perdendo um único detalhe. Nós dois fazíamos comentários e quando finalmente acabou, me viro pra ela: -E então?

–É boa... Meio sem noção, mas boa. –ela sorri, e não posso evitar acompanhar. – Eu me diverti.

–Eu também. –digo fingindo uma tosse. Ela ri.

–Acho que vou guardar isso. –ela se levanta e pega a vasilha de pipoca agora vazia.

–Tudo bem, eu cuido disso. Ainda tem a louça do nosso almoço nada saudável. Por que não sobe e toma um banho? Nós podemos fazer algo depois.

–Tudo bem. E, aliás, pizza e Nébula 9... Perfeito! Nada melhor.

–Só a companhia.

–Claro, claro... –A ouço dizer já subindo a escada.

Vou arrumar a cozinha com um sorriso no rosto. Talvez pudéssemos mesmo fazer algo mais tarde. Passar para um outro nível. Ah, sim, isso seria ótimo... Talvez um jantar, apenas nós dois! Acho que é mesmo hora de dar outros passos. Tentar levar a situação como ela está, mas sem deixar de viver. Eu sinto falta de Kate. Muita.

Sou tirado de meus devaneios com o barulho de algo caindo e se quebrando no andar de cima, e imediatamente subo as escadas correndo, meu coração aos pulos.

–Kate? –chamo da porta do quarto, e como ela não responde, entro, só pra me deparar com uma Kate paralisada no meio do quarto. Olho para o chão e posso reconhecer o copo que ficava na mesa ao lado da cama. Ou o que restou dele.

Levanto meu olhar pra o seu rosto e sinto meu corpo gelar. Kate estava com os olhos vidrados, lágrimas escorrendo incontrolavelmente pelo seu rosto.

–Kate? –chamo novamente, pegando suas mãos. Estavam tremulas e frias. Ela não me respondeu, apenas continuou lá, e quando eu pensei que não podia piorar, sua respiração ficou mais pesada, ofegante. Era como se estivesse sufocando. Ela respirava profundamente, mas mesmo assim parecia que o ar não chegava a seus pulmões.

Ela continuou lá, olhos vidrados e respiração pesada. As lágrimas não paravam um só segundo, de modo que desisti de tentar secá-las. Apenas segurei suas mãos e continuei a chamar seu nome, enquanto a guiava até a cama, fazendo-a se sentar. Ela não parecia ter nenhuma consciência de seus movimentos.

Quando cheguei ao cúmulo de meu desespero, a vejo piscar rapidamente e seus olhos ganharem mais foco. Apenas para serem inundados de ainda mais lágrimas, que agora eram seguidas por soluços. Afaguei gentilmente seus cabelos e seus braços, até que a respiração se normalizou e então a puxei pra mim. Continuei a abraçando e murmurando palavras com intenção de confortá-la, até que ela se acalmou.

–Eu o vi. –ela diz antes que eu possa perguntar, e a dor em sua voz parte meu coração.

–Quem você viu Kate?

–Eu o vi- ela da um suspiro entrecortado- No hangar.

Eu não soube o que dizer. Ela estava falando sobre Montgomery?

–Eu o vi. –ela repete. –Ele morreu lá, naquele chão. Eu o vi, e o funeral... –ela se encolhe mais e aperta minhas mãos com as suas. Eu a abraço ainda mais forte. –Eu senti. Eu não podia respirar... E você estava lá, tão perto! Se... –ela foi interrompida por outro soluço.

Como se ainda fosse possível, a aperto mais em meus braços. –Shh querida, está tudo bem! Nós ficamos bem, olhe.

Eu continuava a murmurar e a apertar tentando confortá-la de alguma maneira, mas estava assustado e um pouco chocado. Eu não podia imaginar que as lembranças que a acometia às vezes eram tão nítidas. Ela já havia me contado sobre elas algumas vezes, mas ainda assim não podia ter a menor noção do quão real eram.

Chocante pra mim e provavelmente apavorante pra Kate.

Nós ainda ficamos ali sentados na beira da cama por alguns minutos e eu estava adorando senti-la assim em meus braços, tão frágil e precisando ser confortada. Mas os motivos não eram tão bons assim.

Eu sabia que devia contar a ela sobre Montgomery, assim como sobre Johanna. Não era algo que eu estava muito animado pra fazer, mas sabia ser necessário.

–Nós éramos muito próximos?- Kate pergunta, a voz fraquinha. Ela não se afastou, o que me fez sentir imensamente feliz. Durante as últimas semanas, eu havia resolvido esperar, deixar com que Kate se acostumasse a tudo. Havia decidido esperar seu tempo; ao que parecia, ela se sentia muito confortável comigo agora e isso era maravilhoso. Provava que eu não devia perder mais tempo.

–Sim - respondi. –como família.

–Doeu. Bastante. –ela admite em um sussurro e foi como receber um soco no estômago. – Ver ele lá, daquela forma. E meu peito doía, e depois não conseguia ver, nem mesmo ver você. –ela respira fundo, fazendo um som meio entrecortado.

Ela se desenrola dos meus braços e se afasta, apenas pra virar de frente pra mim. Eu observo enquanto ela seca os olhos e finalmente me olha.

Não sei bem descrever o que via ali, mas acho que o principal era medo. Não um medo paralisante, era mais como um medo de saber algo. Eu podia imaginar exatamente do que era.

–O que aconteceu? –ela pergunta. –Por que alguém atirou em mim?

–É uma longa história Kate... –eu começo, mas ela me interrompe.

–Claro que é! Eu levei um tiro, pelo amor de Deus! –ela respira fundo com os olhos fechados - Não podia ser tudo assim tão perfeito, não é? –ela abre os olhos e me olha meio melancólica.

–Nunca é querida - passo a mão pelo seu rosto e ela inclina um pouco a cabeça, fechando os olhos novamente. –Mas tudo se resolveu, sempre se resolve. E eu sei que você quer saber o que aconteceu, tem todo o direito.

–Mas? –ela pergunta abrindo os olhos, me encara e da pra perceber o inicio de um sorriso no canto de seus lábios. Não era um sorriso muito feliz.

–Mas eu prometi ao seu pai que o deixaria ter essa conversa com você. E sabe que ele acabou de chegar de viajem hoje, deve estar exausto...

Ela suspira e pensa por alguns segundos, mas acaba concordando.

–Tudo bem. –ela diz relutante. –Mas amanhã nós iremos falar com ele.

Diz isso com um tom que não deixava espaço pra qualquer argumentação e sou obrigado a concordar. De qualquer forma, não havia outra maneira. Ela continua me olhando e eu balanço a cabeça afirmativamente; ela se joga de costas na cama e fecha os olhos.

Eu a observo por alguns minutos e ela continua presa em seus pensamentos. Me deixava um pouco agoniado ao imaginar como ela reagiria ao saber sobre a mãe. Se ela ficou assim com apenas uma parte da história...

Bom, agora não ia ser de muita ajuda ficar aqui e deixá-la se torturar com pensamentos que não levariam a lugar nenhum no momento.

–Nós devíamos sair. –digo.

–Eu não quero. –ela diz, e agora parece um pouco emburrada. Meu Deus!

–Ah, por favor, Kate! Nós ficamos aqui o dia todo, e o clima está melhor lá fora! Vai ser bom nos distrairmos um pouco.

Ela não me responde, apenas continua deitada lá, os olhos fechados. Espero alguns segundos e como ela não parecia dar sinal que me responderia, não me contenho e me viro pra cima dela, passando minhas pernas por cima das dela e a prendendo em baixo de mim.

–Ei! –ela da um gritinho e eu olho para o seu rosto a tempo de ver seus olhos abertos, antes que ela os feche de novo rapidamente. –Castle! –ela coloca o braço por cima dos olhos, quase me impedindo de ver o sorrisinho se formando.

–Por favor, Kate! Vamos sair! –eu cutuco sua cintura com um dedo e ela se encolhe reclamando. Legal. –Nós podemos ir jantar... Sabe aquele restaurante que você viu quando estávamos voltando da delegacia? Podemos ir até lá.

Eu a olho e vejo que ela tirou o braço do rosto, o sorriso completamente evidente em seu rosto e eu mal posso conter a vontade de beijá-la.

–Podemos pedir aquela sobremesa que você gosta... –continuo provocando e a cutuco novamente, me divertindo quando ela se encolhia e o sorriso aumentava ainda mais. –Tomar uma taça de vinho... Se prometer não contar ao médico.

Agora ela tinha aberto completamente os olhos e me encarava parecendo chocada pelo fato de eu estar contrariando um pouco o médico. Uma taça de vinho não faria mal, afinal. Ajuda a relaxar...

–Vamos! –a cutuco novamente, dessa vez com mais força e ela se contorce mais, e finalmente me responde.

–Tudo bem! –ela concorda e ri.

–Isso!- comemoro e quando ela ri –provavelmente da minha animação- não consigo conter o impulso de fazer cócegas. Ela se contorce ainda mais enquanto ri, e eu a acompanho.

–Castle!

–Obrigada Kate. –digo a libertando. Quando ela recupera o fôlego, seu rosto está vermelho e o sorriso mais perfeito do mundo está estampado ali. De repente não consigo mais me conter e me aproximo, encostando meus lábios delicadamente nos seus. –Você não vai se arrepender.

Saio de cima dela e vou andando em direção a porta do quarto. Me viro e vejo que ela ainda está deitada, as pernas pra fora da cama e sustentando o peso do corpo com os braços. Parece meio surpresa. Compreensível.

–Vamos nos arrumar? Vai ficar tarde. –pergunto e ela assente.

Me viro sorrindo e saio do quarto. Deus, como eu queria voltar lá dentro e a beijar de novo! Dessa vez um beijo de verdade, não apenas um encostar dos lábios. Mas aquele pequeno contato serviu pra eu ter mais certeza ainda do quanto sentia falta de Kate.

Eu precisava dela. Cada vez mais eu precisava de Kate e não conseguiria esperar mais pra tê-la novamente e completamente comigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então?
hmm acho que no próximo capitulo temos um encontro (?) tava na hora né hauhuauha e papai Beckett nos próximos! Então me digam o que querem ver, se tem sugestões, se estão gostando... Só dizerem que eu coloco sempre! Eu amo responder e saber a opinião e sugestoes, dicas de voces! Muito mesmo entao comeeentem please!
bjooos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Endless Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.