Parte 2

Charlote atirou no metamorfo,ele estava na forma de Tod,iria atacar outra garota,mas ela o pegou primeiro,no dia seguinte talvez as manchetes fossem,Irmão gêmeo malvado invede casas e espanca garotas.Quando saiu da casa pelos fundos olhou no relógio,tinha um encontro com Jon Tavel,ele foi expulso da faculdade,mas mesmo assim eles se encontravam em uma sorveteria lá perto,estranhamente a amizade surgiu ao primeiro café,desde esse dia os dois conversavam quase todo dia,e saiam nos dias que ela não passava estudando,as próvas finais haviam passado e Charlote sobrevivido a elas.

Ela chegou a sorveteria correndo,tirou a bolsa das costas e olhou para o sorvete derretido a sua fente.

–Desculpe eu me atrasei.-Disse ela se sentando.

–Não foi nada.-Jon colocou uma colherada de sorvete na boca.-Vou pedir outro para você.-Ele levantou a mão e uma garçonete apareceu.-Uma cesta com uma bola de flocos,uma de morango e outra de limão.-A moça assentiu o olhando,anotou o pedido e sorriu.

–Já estará pronto gatinho.-Ela deu uma piscada e saiu.

–Puta.-Charlote sussurrou baixo.

–O que disse?-Jon perguntou sorrindo.

–Nada.

–Você é bem...ciúmenta.-Charlote riu.

–Eu com ciúmes de você,que piada.-Jon arqueou as sobrancelhas,ela era uma pésima mentirosa,a garsonete colocou o sorvete na mesa e o rosto de Charlote se fechou,o loiro riu.

–Obrigado moça.-A garçonete soriu e tirou um guardanapo dos peitos e deu para Jon.

–Me liga.-Disse e saiu,Jon apenas abriu o papel e o jogou no chão.

–Não vai ligar garanhão?

–Não,tenho planos para essa noite.

–Vai a festa da Denisse?

–Não,vou visitar os meus pais.

–Eles moram aonde?

–Algumas quadras da faculdade.

A noite a festa estava animada,a casa de Denisse no interior de Montana,uma bela propriedade com árvores e uma casa enorme no centro,Charlote estava sentada em uma mesa,conversando sobre as próvas finais com Hellen Parnel,a aluna mais inteligente da faculdade,suas médias eram perfeitas,Denisse dançava com Tod em seus oito meses de grávidez e os outros estavam bebendo e fumando em uma roda no meio da pista,o cheiro incomodou Charlote mas ela estava gostando da conversa,então demorou uma hora antes de sair para respirar ar puro.Quando saiu olhou seu celular e viu que havia doze chamadas de Jon,estranhou e ligou de volta,no terceiro toque ele atendeu.

–Alô?Jon?-A voz que respondeu era fraca e embriagada em tristeza e arrependimento.

–"Charlly?Charlly eu não queria,mas não consigo parar,eu não consigo..."

–Onde você está?-Ela prcurou as chaves da caminhonete no bolso.-Jon me responde.

–"No cemitério no centro."

–Eu vou te buscar,ei!não desliga que eu estou indo,continue falando,me conte o que aconteceu...Não!não precisa falar se não quizer,me conte o que você quizer,fale daquele filme de terror que você assistiu no sabado passado...é,aquele com vampiros.

Charlote dirigiiu até o cemitério,os portões estavam abertos,então ela pegou a lanterna do porta-luvas e entrou,andou entre as tumbas até tropeçar em algo,era um homem ensanguentado,ela soltou um grito,se levantou e logo haviam vários corpos em seu campo de visão,um em especial estava encolhido perto de uma cripta,mas ele respirava mesmo ensanguentado,Charlote chegou perto e reconheceu Jon,e também o artefato em sua mão,a Primeira Espada,ela pensou em ir embora,deveria o matar,fazer qualquer coisa que uma caçadora faria,mas ela apenas se ajoelhou na frente do loiro.

–Jon?-Sua voz era leve,ele levantou os olhos verdes,estava com vergonha,não queria que ela o visse assim,mas precisava de ajuda.

–Eu sou um monstro,eu fiz isso.-ela sentiu um nó na garganta,não sabia o que falar,então apenas tirou seu sobretudo e o envolveu com ele.

–Meu carro está aqui perto,vamos.-Ela o ajudou a se levantar e foram para o carro,Charlote colocou as mãos no volante,mas quando olhou no espelho do carro viu,acaixa onde estava a Colt no banco de trás,ela tinha prometido a deixar na igreja,mas passou na festa primeiro,suas mãos apertaram o volante e ela não soube o que fazer naquele momento.Ela tinha que fazer o que era certo,o que seu lema mandava,matar coisas.Jon estava na sua frente,ela podia ver a marca do assassino e seu braço,ela olhou novamente para a ciaxa,ele seguiu seu olhar até a caixa,ele sabia o que era,então sorriu.

–Você é uma caçadora,eu sei disso.-Charlote ficou pálida.

–Como sabe?

–Eu soube desde o dia em que saimos pela primeira vez,você foi se trocar no banheiro e vi na sua bolsa,as armas.

–Por que não se afastou?Por que me chamou aqui se sabia o que eu era e o que devo fazer?

–Eu não consegui me afastar,não de você,é a garota mais doce que já conheci.-Charlote sorriu,um sorriso triste,Jon estendeu a mão,pegou a caixa e a abriu,a arma era gelada e ele a deu para Charlote.-Vamos Charlly,faça o que deve fazer.

As mãos de Charlote tremiam com a arma na mão,Jon sorriu e a abraçou,o cano da arma estava no peito de Jon e ele estava pronto para morrer.

–Vamos Charlote,eu estou pedindo,eu não consigo parar de matar,então me pare.-Ela destravou a arma.-Eu te amo garota.

O barulho de tiro acoou pelo cemitério.