Em busca do talismã perdido - INTERATIVA escrita por math


Capítulo 5
Day 4


Notas iniciais do capítulo

Terceira vez que estou tentando postar. Nas duas vezes anteriores o navegador fechou e perdi tudo. Bem, como tinha escrito nas outras duas vezes, acho que demorei muito, mas, tenho meus motivos. O capítulo tem mais ação do que os anteriores, não sei se saiu bom, não tenho prática com isso, portanto, dicas, ideias, críticas (construtivas) são muito bem aceitas, vou aguardar isso, afinal, essa história é de vocês também.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/587830/chapter/5

Eles estavam sob a penumbra da cobertura no refeitório, olhos atentos, qualquer movimento suspeito levantaria todos no acampamento com um grito de Hárpia, e eles definitivamente não queriam isso.

Cassie tomava a dianteira, levando-os silenciosamente até o local, seguida por Saskia, Maya, Alaska e Drake. Deina e Daniel vinham na retaguarda lado-a-lado. O objetivo inicial era sair do acampamento sem que ninguém notassem, mas agora, a coisa havia mudado um pouco.

Desde que haviam ouvido a profecia, Quíron colocou na cabeça que teriam de sair o mais rápido possível, e sem que ninguém no acampamento soubesse, e então, 14 horas depois estavam eles, às 3 da manhã, muito depois da hora de recolher. Por que motivo não avisar as Hárpias de nossa saída, pensou Cassie enquanto avançavam, deveria ter algum sentido, Quíron tinha essas manias.

Cassie parou de repente, fazendo sinal para que todos ficassem em silêncio, algo fazia um pequeno farfalhar a alguns metros à frente, como se estivesse engasgando, ou sufocando. Poderia ser qualquer coisa, levando em conta a fragilidade da barreira. Saskia assumiu a ponta, enquanto todos se abaixavam atras de um balcão, ainda no refeitório. O que quer estivesse ali, não era nem um pouco discreto.

Durante alguns poucos segundos, mantiveram as respirações presas enquanto Saskia espiava para ver o que acontecia do outro lado. Ela levantou-se em um salto, e deixou cair a espada. Ao chão, poucos metros à frente estava Argos, com uma abertura em forma de garras atravessando todo o seu abdômen, seus cem olhos estavam em um ponto fixo e o terror estava estampado em seus muitos olhos, ele tentava falar algo, porém o icor em sua boca impedia que qualquer som saísse.

— Foi agora! - Cassie disse quase que em um sussurro - O que quer que atacou Argos ainda está aqui.

— Rápido, alguém me ajude a levá-lo até a casa grande. - Drake passava o braço por baixo do quase gigante, tentando levantá-lo. - Vamos, grandão, você vai ficar bem.

Deina correu para tentar levantá-lo, mas ele era muito mais pesado do que a força dos dois, não conseguiriam. Maya acendeu uma pequena chama em sua mão em meio a escuridão do local, enquanto todos olhavam atentos entre o ferido e as entradas do local.

— Aqui, venham, tem algo aqui! - Daniel acenou do lado de fora do local, tentando não falar alto. Saskia pegou sua espada caida e correu para o outro lado, seguida por Alaska com uma adaga em punho.

Maya e Cassie continuaram com Argos, que ainda tentava falar algo, com a mão sobre o abdômen dele. Maya tentou recitar alguma coisa que lembrasse, que amenizasse a dor, qualquer coisa que suas criadoras tivessem ensinado-a . Deina levantou-se e foi atrás dos outros. Precisavam fazer algo urgentemente. O dourado do icor refletia na sala uma luz trêmula da aura da menina, fazendo com que Drake ficasse ainda mais apavorado. Alguma coisa naquilo o lembrava sua mãe, talvez fosse aquele terrível cheiro da morte eminente.

Cassie tentava decifrar o que poderia ser aquele ataque. Argos sempre foi pafícico, saia pouco do acampamento, e pelo que sabia, estava lá a muito tempo para criar confusão fora. Nada do que se lembrava de sua história dava indícios de que havia feito algum mal. Só tinha uma certeza, de precisavam sair do acampamento o mais rápido possível, antes que causassem mais problemas.

— É impressão minha ou as Harpias sumiram? - disse Deina se juntando ao grupo do lado de fora. A lua no céu estava cheia, derramando uma luz sobre o local que parecia quase surreal. Uma sombra os encobriu, grandes asas negras como a escuridão, seus olhos se mostravam astutos, e suas garras afiadas pingavam o líquido dourado. Lembrava uma águia, mas o cheiro de podridão que exalava fazia com que parecesse que um bando de abutres estava aproximando.

Daniel investiu, atacando com sua enorme foice, mas a ave desviou segundos antes, fazendo com que parte de sua plumagem caísse sobre eles. Saskia procurou ao redor qualquer coisa que pudessem usar ao seu favor, mas o local aberto impedia que usassem o ambiente como vantagem.

A águia-abutre levantou voo e mergulhou, indo em direção à Alaska, que no momento certo levantou uma fina camada de gelo frente à ela, resultando em uma queda brusca. A menina aproveitou o atordoamento da ave para enfincar a adaga, porém foi impedida por uma pessoa.

A mão parou à centímetros do coração, permitindo que ela levantasse novamente e arranhando a menina levemente na parte de cima do braço. A pessoa que segurava a sua mão era um menino tinha os cabelos um pouco enrolados, e grandes olhos pretos. Seu olho direito estava inchado e roxo, e ela aproveitou isso para golpear-lhe a face com o cotovelo, se desvinculando do aperto.

— Hey, - o menino grunhiu - eu estou tentando ajudar! Se tivesse matado este ser, teria se arrependido amargamente.

A ave já havia subido tanto que não conseguiriam alcançar, já havia escapado, e fugido para além dos limites do acampamento. Eles correram novamente para dentro do refeitório, onde estavam os outros, com Argos. Ele estava ainda mais pálido sob as luzes da magia da filha de Hecate. O garoto seguiu-os até o local, e soltou uma exclamação.

— É claro! Como não pensamos nisso? - uma outra menina saiu das sombras do refeitório, seus longos cabelos pretos caindo em cascata pelas costas e sua pele pálida, indicava parentesco com Hades.

— Eu lhe falei, Mike. - Daniel se aproximou da menina, Alessa, uma das poucas pessoas com quem fez amizade lá dentro. - Daniel, vocês precisam ir agora, antes que piore.

— Mas Argos, precisamos levá-lo para alguém que possa o ajudar, não podemos simplesmente o abandonar - os outros semideuses observavam tanto os irmãos, quanto Argos.

— Ele já se foi, - o outro filho de Hades se aproximou - podemos sentir isso. Vão, nós explicaremos o que aconteceu. Vá antes que as Hárpias escapem, nós as prendemos. Saiam pela floresta, no rumo do Punho de Zeus, o caminho está livre por lá. Depois procurem Prometeu, ele poderá ajudar.

— Como acharemos Prometeu, e como saberemos que está do nosso lado? - Saskia se aproximou, em dúvida.

— Ele é um defensor da humanidade, - disse Cassie, encontrando finalmente sentido nos fatos - e um primordial ameaçando ela não seria nem um pouco agradável.

— Sigam a ave, ela sempre volta para ele, - Alissa concluiu - afinal, Ethon ainda espera pegar o fígado dela no fim do dia, como lhe foi designado. Qualquer coisa, procure-nos através de mensagens, estaremos ajudando por aqui. Boa sorte.

Os sete semideuses agora encaravam o cadáver a frente deles, e, seguindo o conselho dos irmãos, rumaram para o punho de Zeus, para encontrar Prometeu, onde quer que ele estivesse.

Mike - filho de Hades.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Já comecei o próximo capítulo, e, caso a escola deixe vou estar postando logo. Deixem um review, falando aí o que acharam, o que devo melhorar, se a história ta indo bem, gosto de conversar com vocês, leitores. Até lá, Matheus.

Ps - Caso tenha algum erro de português/digitação, me avisem, as vezes passa despercebido nas 100x que reli :D