Um estrondo abafado foi ouvido por toda a extensão do acampamento. Um luz fraca saia da fogueira que tinha sido apagada a pouco tempo e o silêncio interrompido de repente fez com que vários semideuses acordassem. As harpias estavam silenciosas até demais, como se nem estivessem acordadas. Aqueles mais astutos, e que ficavam acordados até mais tarde levantaram e correram até o centro do local.

Bem encolhido em si mesmo, um ser queimado definhava, contorcendo-se e sussurrando algo inaudível. Ele tinha em mãos um pergaminho amassado e velho. O velho centauro apareceu com uma cara de que não dormia à dias e com um belo pijama que seria assunto no outro dia. Ele avançou, espalhando a multidão que se formava em volta e retirou o papel com cuidado das mãos frágeis do pobre.

Em letras pequenas e extremamente bem feitas vinham escritos algo que o ancião resolveu não mostrar. Obrigou à todos que fossem deitar e durante toda a noite ouviram-se sussurros e boatos sobre o que estava por vir.