Kung Fu Panda: The Revelations escrita por Srta Egmont


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Olá, minha galera bonita! Sentiram minha falta? Não? Blz! Estou aqui do mesmo jeito u-u.
Bom, eu trouxe mais um capítulo para vocês, porque a fic não pode parar.
Bjs e Boa leitura.



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Li acordou assustada com um grito ao seu lado. Quando olhou, viu Kalu suado e com olhos extremamente espantados, como se fosse matar qualquer um a sua frente.

– Mãe... Mei... Eu não vou deixar... Não vou... Traidor! Tem um traidor... – Kalu murmurava transtornado. Li pegou seu rosto e o virou para ela, obrigando que o tigre a olhasse nos olhos. Kalu a abraçou apertadamente.

– Eu estou aqui. Não se preocupe. – Kalu a afastou.

– Não me preocupar? Tem um maníaco querendo matar minha mãe e minha irmã.

– Então por que você não a alerta? Você sabe que ela cresceu. Ela pode se defender! – Li contestou e Kalu olhou para Tigresa, que dormia tranquilamente nos braços de Po.

– Ainda não é o momento.

– Por que não?

– O Livro de Yin. Eu ainda não o desvendei. Eu sei que existem segredos. E você sabe que não são somente golpes que existem naquele livro. Muitas coisas que ela retratou estão acontecendo. Ataques violentos. Quase extinção de espécies. Ditaduras. Tudo. Eu temo que...

– Teme que exista algo relacionado a sua irmã.

– E se existir, ela corre perigo. Heróis ou heroínas citados ou destinados em livros de heróis ou heroínas são um mistério. Podem ser usados tanto para o bem quanto para o mal.

– Você sabe que ela não se tornaria má.

– Quem não se tornaria má? – questionou uma voz feminina. Os dois olharam para o lado, espantados, e viram Tigresa parada em frente a eles.

– É uma nova guerreira que chegou ao Vilarejo das Corujas. Eu recebi uma carta recentemente sobre isso e eu estava conversando com a Li. Eu tenho as minhas dúvidas, porém Li nega. Ela analisou a carta.

– Posso analisar? Talvez eu possa ajudar.

– Claro! – respondeu o Mestre Tigre. Li olhou para ele como se o amigo estivesse maluco. Então, Kalu retirou de um bolso interno de seu casaco um pergaminho e o entregou a Tigresa. Ela o abriu e sentou-se. Estava escrito:

Prezado Mestre Tigre,

Queremos lhe informar que uma nova guerreira de, no mínimo, quinze anos, chegou ao nosso vilarejo. Ela veio do sudoeste, ferida e sozinha. É uma pantera negra pouco alta de olhos castanhos. Perguntamos a ela sobre seus pais, mas ela não diz nada. Tudo que conseguimos dela somente seu nome: Akame Kswan.

Solicitamos uma opinião,

Heuin Wang, o líder do Vilarejo das Corujas.

Tigresa leu a carta mais uma vez, analisando letra por letra. Ao final, ela devolveu o pergaminho para Kalu.

– Bom, eu acho que ela não se tornaria má. A tal Akame parece ter sido deixada para a morte, analisando que o Sul está dominado e dizem que os felinos de lá são ou escravizados ou mortos. A garota só quer ajuda e alguém que cuide dela. Diga para darem um tempo para ela e que, com atenção, eles vão conseguir uma aproximação.

– Obrigado pela ajuda, garotas. Eu estava a ponto de alarmá-los sobre isso.

– Disponha. – Tigresa respondeu e saiu de perto dos outros dois felinos.

A mestre do Estilo Tigre voltou para perto de seu melhor amigo. Ele estava encostado em uma árvore, completamente inerte em seus sonhos com a boca entreaberta. Seus braços apoiavam-se no chão e sua cabeça, abaixada. Tigresa ficou em pé por alguns segundos, pensando se deveria voltar para o abraço do panda ou montar uma barraca. Após um tempo de discussão mental, optou pelo abraço de Po, pois, além de menos trabalhoso era mais confortável.

Tigresa olhou para Kalu e Li, que continuavam conversando. Alguma coisa a dizia que não era somente a carta que preocupava o seu novo amigo tigre. Aquela carta parecia o menor dos problemas dele. Mas ela resolveu deixar isso para o amanhecer, pelo motivo de Po estar se acomodando novamente e de ela estar quase dormindo.

–+-

Po acordou mais cedo que o normal. Um dos fatores foi que o sol batia diretamente em seu rosto. O outro era Tigresa mudando de posição para evitar a luz. O panda havia sentido ela se levantar no meio da madrugada e, consequentemente, havia acordado também, porém quando viu que ela conversava com Kalu e Li ficou mais tranquilo e voltou a dormir. E, quando sentiu que ela havia voltado, sentiu-se bem por ela não ter armado uma barraca.

O Dragão Guerreiro observou Tigresa por um tempo. A expressão de calma dominava seu rosto, formando uma feição diferente da qual a maioria estava acostumada a ver, mas que Po já havia encontrado nos olhos da amiga algumas vezes, como após a derrota de Lord Shen e até mesmo quando ele a encontrou abatida depois de ter levado o tiro do canhão de Shen por ele. Aquelas memórias o atingiram como flechas de pontas extremamente afiadas, entretanto ele as afastou. Aprendeu com aquela missão que não se vive no passado e sim no presente. E também que não se pode controlar o futuro. Deve-se simplesmente deixá-lo acontecer.

Po olhou para o céu, que podia parcialmente visto através das árvores e soltou um longo suspiro, pensando o que estava por vir nesta missão. Neste vilarejo. Ele sentiu mais uma movimentação, mas dessa vez Tigresa acordava. A felina bocejou e coçou os olhos. Ela o olhou, sonolenta, e com um esboço de um pequeno sorriso.

– Acordado a essa hora? Está passando mal? – ela perguntou, brincalhona.

– Não. Estava fazendo planos de maneiras cruéis de te acordar. – Po retrucou e recebeu um olhar de reprovação. A felina afastou-se do abraço e sentou-se em frente a ele.

– Essa desculpa é mais esfarrapada do que aquela que você usou quando colocou fermento demais no bolo e ele sujou a cozinha inteira. “Não, Mestre Shifu. Eu não errei na mão do fermento. Esse aqui é um novo vilão mutante vilão que invadiu o Palácio! Olhe como ele é cruel!” – Tigresa disse, imitando o panda, que gargalhou.

– Tem razão. Eu preciso aprender a dar desculpas melhores.

– Ou a não ter motivos para dar desculpas melhores. – Po refletiu sobre a resposta da amiga.

– É. Você está certa. Eu tenho que ter menos castigos como cinco mil flexões por quebrar a barraca do Mestre Shifu quando ele estava recebendo uma massagem durante as nossas férias. – foi a vez de Tigresa gargalhar.

– Aquele dia foi hilário.

– Porque não foi você pagando cinco mil flexões.

– Claro, o Mestre sabe que eu posso fazer mais.

Os dois continuaram conversando até seus companheiros acordarem para que pudessem seguir viagem. Logo após todos arrumarem suas coisas para seguir, partiram. Como era cedo, chegariam ao destino antes de anoitecer, provavelmente.

Quando estavam na metade do caminho, Kalu parou. Seus ouvidos captaram um som estranho. Ele levantou uma mão pedindo silêncio aos outros, que conversavam animadamente. O tigre armou o arco. Os mestres atrás dele entraram em posição de batalha, preparando-se para um ataque. De repente, a mesma tigresa que ajudou Kalu a encontrar o Orfanato Bao Gu saltou para fora das árvores Kalu desarmou o arco e voltou a flecha para a aljava.

– Você de novo. – ele caminhou cautelosamente para perto da felina, que se sentou e esperou que o tigre chegasse mais perto. Quando Kalu se aproximou mais, ela correu para dentro das árvores. Seguindo seus instintos, Kalu a seguiu.

Os outros observaram, estáticos, até que Tigresa resolveu tomar uma iniciativa e correu na mesma direção que o tigre. Avistou-o correndo nas quatro patas e acelerou-se. Não podia perdê-lo de vista. Continuou correndo até que o viu parado. Ele observava uma cachoeira que dava em um lago de águas transparentes.

Tigresa chegou mais perto e olhou para o mais velho, que tinha os olhos fixos na cachoeira. Pouco ela sabia que ele estava tendo uma visão.

Na visão:

Kalu era uma sombra em um lugar no passado. Não estava na cachoeira, mas era como se ela o trouxesse lembranças. Como se ele a tivesse visto em algum lugar noutra vida.

O lugar onde estava era similar a uma cidade. Então, ele viu um vulto correndo pelos telhados. E então viu um grupo de pandas, que pareciam ser guardas locais o perseguindo. A sombra de Kalu resolveu juntar-se aos guardas na perseguição.

Após alguns minutos, o “vulto” foi capturado e revelou-se uma tigresa branca de olhos vermelhos. Ela olhou para seu captor com um sorriso de canto presunçoso.

– Então os bonitões resolveram perseguir uma pobre tigresa solitária?

– Uma pobre tigresa solitária que é uma ladra. Francamente, senhorita Yin. A senhora não se cansa?

– Para ser sincera? Não.

– Então teremos que resolver isso na delegacia.

– Oba! Meu lugar favorito! – respondeu com ironia.

Os guardas seguiram com Yin até a delegacia, onde a amarraram em uma cadeira.

– Sério? Uma cadeira? Ah, vocês têm lugares melhores para colocar uma ladra. – Yin manteve seu sorriso, que agora era irônico.

– Temos que conseguir seu depoimento. – foi a vez do guarda sorrir e o sorriso da tigresa vacilar.

– Você sabe o que eu vou dizer.

– Oras, talvez hoje você tenha uma explicação diferente. Talvez queira dinheiro para comprar bolinhos de feijão. – o panda riu, seguido dos outros.

– Pois bem, como todos aqui já sabem, meu vilarejo foi destruído, atacado, dilacerado. São poucos os sobreviventes e ninguém se dispõe a ajudar! Meu irmão ainda está ferido. Ele queria me salvar e agora está à beira da morte. E o pior é que vocês são covardes o suficiente para não ajudarem! Que escolhas acham que eu tenho além de roubar? Até quando a rivalidade estúpida entre pandas e tigres vai durar? Até ambas as raças se destruírem e sucumbirem ao esquecimento? Diga-me, tenente Yang, até quando? – Yin questionou com a fúria tomando conta dela. As palavras da tigresa deixaram Yang sem o que dizer. Ele franziu o cenho. Ajoelhou-se em frente a ela e a olhou nos olhos. Pôs uma mão em seu ombro, fazendo com que a felina se espantasse, assim como os outros na sala.

– Me desculpe. A decisão não é minha. Eu só sigo ordens.

– Então pare de segui-las. Nem todas as ordens são corretas. Nem todo chefe é um líder. – Yin sorriu para ele, que sorriu de volta. Yang afastou-se um pouco dela.

– Soltem-na.

– Mas, senhor...O Major Ksuen pode tirar seu cargo!

– Eu mandei que a soltassem.

Os outros pandas soltaram a tigresa, que sorriu e saiu andando. Yin sentiu-se parar pelo toque de Yang em seu braço. Mais uma vez, os dois olharam-se nos olhos.

– Somente desta vez. - disse o panda.

– Eu não tinha esperanças que haveria outra. – Yin aproximou-se e sussurrou no ouvido do tenente. Yang a soltou e observou enquanto a tigresa saia da delegacia. Ele deu um pequeno sorriso, pois sabia que não seria só naquela vez que a deixaria ir.

Fim da Visão.

Kalu sentiu alguém o sacudindo. Saiu o devaneio e olhou para baixo. Viu Tigresa o olhando com um misto de preocupação e impaciência.

– O que diabos aconteceu?

– Eu é que te pergunto. Achei que tinha morrido em pé!

– Onde ela está?

– Quem?

– Você não viu? A tigresa branca!

– Ahn... Não?

– Bem... Acho que estou tendo alucinações. Deve ser a falta de água. Não bebi uma gota desde que saímos em missão. – disse e caminhou até o lago para beber um pouco de água e lavar o rosto. Estava achando tremendamente estranho o fato de Tigresa não ter visto a felina selvagem.

Depois que o acabou, Kalu e Tigresa voltaram para onde os amigos estavam.

– O que houve? – Po perguntou.

– Kalu encontrou uma cachoeira e foi beber água. – explicou Tigresa.

– Mas nós temos água. – Po coçou a nuca e Tigresa deu de ombros.

– Vamos continuar. Ainda temos muito para andar. – disse Kalu.

Os outros entreolharam-se, conversando silenciosamente sobre o quão perturbado o tigre parecia. Kalu começou a caminhar sem olhar para trás. Depois de algumas horas, chegaram na entrada do vilarejo. Avistaram uma tigresa e um panda mais velhos conversando. Os dois olharam para os visitantes. A tigresa sorriu e correu para abraçar Kalu.

Po ficou paralisado ao ver o panda caminhando em direção a eles. O mais velho não lhe era estranho.

– Vejo que meu querido aluno voltou mais cedo. E com visitantes. – disse com uma voz firme, porém calma e acolhedora.

– Ah, sim. Mestre Bao, esses são os mestres do Palácio de Jade. Os Cinco Furiosos e o Dragão Guerreiro. E, bem, a Li. São os nossos reforços.

– Olá, Mestre Bao. – todos reverenciaram.

– Nossa. Essa é a Mestre Tigresa? – questionou a tigresa mais velha.

– Sim, mãe.

– Ela parece muito com a Mei, não acha?

– Quem é Mei?

– Mãe... Podemos conversar?

– Sim, filho. Claro.

Os dois afastaram-se um pouco, deixando os mestres conversando e uma Tigresa confusa para trás.

– Ela é a Mei.

– Então... Você a encontrou! Filho, isso é maravilhoso!

– Eu temo que não. – Kalu desviou o olhar.

– Por que não?

– Eu temo que exista algo sobre ela no Livro de Yin. E temo que seja algo ruim. Acho melhor preservá-la. Pelo menos por enquanto.

– Bem, se é pelo bem dela, eu concordo. Mas, algum dia, ela vai ficar sabendo.

– E esse dia vai ser o dia certo.

Meng sorriu e pôs a mão no rosto do outro tigre, que fechou os olhos com o toque da mãe. Os dois caminharam de volta para perto dos outros mestres. Encontraram uma Tigresa de braços cruzados e séria.

– E então? Quem é Mei?

– É uma amiga de infância.

– O que aconteceu com ela?

– Foi embora. Nunca mais a vi de novo. – Kalu sorriu tristemente e Tigresa resolveu não fazer mais perguntas, pois viu nos olhos dele a dor que o assunto lhe causava.

– Meng! – Bao gritou. – Venha aqui!

A tigresa caminhou até o mestre panda. O encontraram abraçado ao Po, que sorria como se não houvesse amanhã.

– Meu filho! O Dragão Guerreiro é meu filho!


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Notas finais do capítulo

Kalu: Que legal. Agora sou o xamã que fica vendo espíritos animais e tendo visões em frente a cachoeiras ¬¬
Eu: Se reclamar muito morre. E pelo menos não é um inútil.
Kalu: Ok ¬¬
Tigresa: Por que é que eu fico boiando? Que droga! Eu não sou burra!
Eu: Moça, a história tem que ficar interessante.
Tigresa: É. E personagem burra é super interessante. Tô me morrendo de interesse, tá vendo não? ¬¬
Eu: Esse povo que não compreende a mente de uma escritora é complicado ¬¬
Li: O Kalu é meio burro mesmo.
Kalu: Ai, que meiga. Agora vai falar o quê? Que eu sou frutinha, é?
Li: KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Eu: Poxa vida, cara. O que é que eu tô fazendo comigo mesma?
Kalu: Afe. Cansei. Despede logo do pessoal aí que eu tô indo embora.
Li: Ahh... Agora que tava legal?
Po: Ahh... Agora que eu ia aparecer?
Eu: Sai, gente. Xô! Eu já tô cansando e acho que os leitores também. Digam tchau.
Todos: Tchau.

Bom, galera. Foi isso. Até o próximo capítulo.
~Maria e a Turma.



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