A Garota Que Você Deixou Para Trás escrita por Guess The Riddle


Capítulo 1
A Garota Que Você Deixou Para Trás


Notas iniciais do capítulo

Autora sem o que fazer, acaba saindo isso, espero que gostem.



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- Meu nome é Elena Viarchelle, tenho 25 anos, e essa a história de como me apaixonei por um vampiro.

- Tente levar mais a sério senhorita Viarchelle. Vamos lá

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Meu nome é Elena Viarchelle, tenho 25 anos, e essa é a minha história. E isso foi totalmente clichê, admito.

Tudo começou quando resolvi que meu sonho de fazer direito era uma besteira e entrei na faculdade de jornalismo, matando minha mãe de desgosto e deixando meu pai com problemas no coração.

Em seguida eu precisava de um estágio, e precisava decidir uma área para atuar. Foi ai que minha mãe passou a tomar remédios controlados e meu pai teve um princípio de infarto.

- Você está exagerando Elena.

- Podemos voltar com a história do vampiro se quiser.

- Tudo bem, continue.

Bem, como eu ia dizendo, escolhi a área esportiva e por favor não me pergunte o porquê, simplesmente foi, se acredita em Deus, talvez tenha sido ele que colocou isso na minha cabeça, que tenha me dado de presente tudo que veio com essa escolha. Mas aconteceu.

E lá estava eu, pronta para uma entrevista de estágio em um dos maiores clubes do país, e bem eu estava atrasada, não tinha penteado cabelo e sem dúvida minha cara denunciava o quão tarde havia dormido na noite anterior. Não era uma boa impressão. E por algum motivo eles acharam que eu era boa, e então na próxima segunda eu estaria empregada.

- Gostaria que me falasse do seu emprego, gostava de lá?

Se eu gostava? Eu amava aquele lugar. Tudo lá era maravilhoso. Dizem que quando se gosta do que está fazendo não é trabalho é diversão, e como eu me divertia.

No primeiro dia meu chefe resolveu que iria me levar até o CT (centro de treinamento) do time, e foi fantástico, e tudo bem que me perdi algumas muitas vezes e acabei esbarrando no maior ídolo da atualidade do clube. Ok. Isso foi demais, eu juro que quis gritar, pedir para tirar mil fotos, que ele autografasse meu braço para que pudesse fazer uma tatuagem. Mas não se preocupe não fiz nada disso. E teve também teve a hora do almoço, todos os jogadores estavam lá, meu chefe também, e Lucinda, como eu amei conhece-la, estavam realmente todos lá, e foram tão simpáticos, não tinha a menor possibilidade que eu não gostasse daquele lugar doutor, simplesmente era tudo maravilhoso demais.

- Acho que a senhorita foi bastante esclarecedora, no entanto percebi que não citou seu ex noivo em nenhum momento, se quer minha ajuda precisa me contar a história toda Elena.

O que falar dele doutor? Ele é a melhor pessoa que eu conheci nesse mundo, eu o amei, eu o amo, como nunca amei ninguém, e não sei se vou conseguir amar outra pessoa assim.

Eu tinha 18 anos, um primeiro período da faculdade de jornalismo e um emprego de estagiaria. Ele tinha 18 anos e o mundo inteiro pela frente doutor, foi lindo, ele me transformou em uma pessoa melhor e eu tive a sorte dele ter me permitido fazer parte da vida dele, foi amor doutor, e foi maravilhoso.

O senhor me pediu a história toda doutor, mas foram seis anos que não posso contar em uma consulta, levariam mais seis anos para que o senhor soubesse a história toda, mas se quer um resumo, ele tinha os sonhos dele e eu tinha os meus. A gente se encontrou, a gente se amou, no período em que achávamos que aquele momento ia ser para sempre, no momento em que o presente bastava e o futuro era só uma imaginação.

Quando ele me pediu em casamento eu sabia o que significava aceitar, estaria abrindo mão de uma profissão fixa, de um futuro melhor no meu emprego, eu me tornaria oficialmente uma mulher de jogador, e mesmo assim eu aceitei, eu o amava, claro que aceitei.

E então quando a proposta por ele veio, era hora de encarar os fatos, era irrecusável, uma chance de ouro para ele, poucos jogadores teriam essa chance, seria estupidez não aceitar, e ele aceitou. Não o culpo doutor, eu no lugar dele faria a mesma coisa, a culpa foi minha, eu decidi largar o nós e deixar apenas o eu e o ele, separados por um oceano de distância.

- A senhorita se considera culpada?

Mais ou menos doutor, mais ou menos. Talvez nem tenha culpado, o mundo dele era muito maior que meu, ele precisava conquistar o dele, eu precisava conquistar o meu, será que existe culpado quando duas pessoas tentam realizar seus sonhos?

Eu só não podia largar tudo e ir atrás dele, ser a dona de casa, a mulher perfeita, ficar em casa o dia todo gastando o dinheiro dele para ver se isso diminuía a solidão que era ficar sozinha longe dos amigos e da família, não faz meu estilo doutor.

Mas doeu, ver ele indo embora, doeu mais do que eu possa falar, mais do que eu imaginava. E mesmo sendo eu que tenha acabado com tudo ele me prometeu que aquilo não era nosso fim, que eu e ele, que nós, aquilo seria eterno.

O amor ainda está aqui, toda nossa história, os momentos bons, os ruins, nas vitórias e nas derrotas, tudo ainda está aqui doutor, aquilo não pode ter sido o fim, não assim.

- E porque a senhorita decidiu sair do seu emprego meses depois do ocorrido?

Eu acabei de me formar, me ofereceram um emprego permanente, eu subiria de cargo, receberia bem mais, era meu sonho se tornando realidade. A vida me entregando a oportunidade de presente com um cartão que dizia “agora você tem tudo que sempre sonhou, tudo que sempre quis”.

Fantástico demais, sonhos demais sendo realizados, mas faltava alguma coisa, eu sabia que faltava embora não gostasse de admitir, não era a mesma coisa, aquela sensação de ter tudo que sempre quis me parecia extremamente vazia. Eu havia ganhado o jogo doutor, mas perdido o campeonato.

E então eu não aceitei. Peguei o presente e devolvi e no cartão minha resposta era “do que ainda ter isso tudo se não consigo ser feliz?” E então aqui estamos nós.

- Perdoa-me senhoria Viarchelle, mas não consigo compreende-la, o que exatamente deseja com essa consulta?

Acho doutor, que eu só preciso de alguém que me diga que não é estupidez minha largar tudo e ir para o outro lado do mundo atrás de um jogador de futebol, tentando resgatar um relacionamento que nem sei se ainda funciona, ou se vai funcionar. Quero dizer, isso pode ser tudo uma ilusão minha e quando chegar lá ver que não é nada disso, pode acabar, relacionamentos acabam todos os dias doutor, e sabemos que eu tenho muito a perder, e só quero que alguém me diga que isso é tudo mentira, que tudo vai dar certo.

- Gostaria muito de lhe contar um conto de fadas Elena, onde você volta pra ele e tudo dá certo, vocês vivem felizes para sempre e fim. Mas não é assim minha querida. Você vai sofrer, os dois vão, as brigas vão surgir, terão dias que mal conseguirão olhar na cara um do outro, e nesses dias você vai querer voltar correndo se arrependendo de ter largado tudo. Mas vai valer a pena, quando dormir e acordar ao lado dele, quando sua mão involuntariamente se cruzar a dele enquanto dormem, no beijo de bom dia, a maneira como farão as pazes depois de cada briga, tudo isso vai fazer valer a pena, e se não der certo, não vai ter importância, vocês vão saber que tentaram, que foi bonito enquanto durou, que foi feliz até o dia que deixou de ser, mas nunca vai saber se não tentar. Então senhorita Viarchelle, podemos começar de novo?

Bem, meu nome é Elena Viarchelle, tenho 25 anos e essa é a história de como eu larguei tudo que tinha para ir atrás do homem que eu amava.


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