I just want her to be happy escrita por Mad Giirl


Capítulo 2
She will be loved


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, muito obrigada pelos comentários! Fiquei muito feliz que gostaram, e espero que isso aconteça também com esse capítulo. Eu o fiz escutando a música She will be loved do Maroon 5, quem quiser escutar aqui vai o link: http://youtu.be/nIjVuRTm-dc
Boa leitura



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Regina acordou com a luz do sol entrando pela janela de seu quarto. Ela esfregou os olhos por causa do sono e olhou o horário no relógio ao lado da cama, dez e meia da manhã. Ela se espantou por ter dormido tanto, mas não ligou. Em um dia comum essa hora ela já estaria na prefeitura organizando tudo e cronometrando cada segundo do seu dia. Mas hoje, ela não estava com cabeça para trabalhar e além do mais sentia seu corpo cansado, pensou que se fizesse qualquer esforço ficaria ofegante. Não era uma dor, era um...incômodo. Era assim que se sentia sempre que chorava, incomodada. Como se o motivo não lhe valesse as lágrimas, contudo dessa vez ela não se arrependeu. Cada líquido que escapou de seus olhos teve uma razão concreta e ela não pode negar isso a si mesma. Tentar esquecer não adiantaria em nada, sabia disso.

Ela se levantou da cama, tentando se lembrar de quando havia caído no sono, caminhou até o banheiro e encarou horrorizada sua imagem no espelho. Seus cabelos estavam bagunçados e despenteados, os olhos inchados pelo choro machados pelo rímel que agora não passava de um borrão preto e sua camiseta estava amarrotada pela noite difícil que tivera. Regina tratou de trocar de roupa por estar com ela desde ontem, colocou uma calça league confortável e uma blusa de manga comprida pelo ar gelado que entrava pela janela. Resolveu que hoje não iria trabalhar, mas isso não significava que teria que abandonar seus compromissos. A mesma pegou o telefone e discou o número da sua mais nova assistente na prefeitura, Ágatha.

–Alô?- a moça atendeu com aquele tom descontraído que toda atendente possui.

–Ágatha, é a Regina.- ela manteve a voz firme para não mostrar como estava abalada por ontem.- Eu só liguei para avisar que hoje não vou trabalhar, mas eu deveria comparecer a uma reunião, você pode ir no meu lugar?

–Claro, vou sim. Se me permite perguntar senhora prefeita, o motivo de você não vir tem haver com a partida do senhor De Locksley da cidade?- perguntou curiosa, mas no fundo sabendo a resposta da outra.

–Isso não é da sua conta!- exclamou Regina apressadamente, mas depois percebeu o que havia feito e se arrependeu.-Desculpe, só não quero falar disso.- suavizou seu tom de voz.

–Está tudo bem, eu sei como se sente. Tenha um bom dia prefeita.- foi o que a moça disse, depois Regina escutou o bipe avisando que a ligação tinha sido finalizada.

Ela colocou o telefone de volta na cômoda e desceu as escadas para preparar um café da manhã. Na cozinha encontrou uma caixa de cereais dentro do armário, pegou a garrafa de leite na geladeira e preparou do modo mais prático possível uma verdadeira tigela de cereais. Apanhou uma colher na terceira gaveta embaixo de sua pia e começou a comer, observando a casa ao seu redor. Em certo momento, uma lembrança lhe atingiu como um míssel. O primeiro dia em que Robin e Roland dormiram em sua casa. Ela se recordou de como Roland sorria com suas lindas covinhas brincando com os antigos brinquedos de Henry, no quarto já não mais utilizado pelo seu filho mais velho. Recordou-se de como ela e Robin se sentaram um de frente para o outro na mesa e ficaram comendo enquanto trocavam sorrisos e olhares. Depois quando chegou a hora do pequeno dormir, ele recusou o pai e estendeu os braços para Regina, pedindo colo. Ela pegou com todo o cuidado do mundo, como se ele fosse um bonequinho de porcelana, carregando-o para cima e o colocando na cama. "Mas eu estou sem sono!"-ele alegava querendo se levantar e voltar a brincar, mas ela o convenceu de que era tarde". "Amanhã, não terá forças para se divertir com o papai e a titia".-ela dizia. "Então me conta uma histórinha?"- ele pediu com aquela carinha pequena. Ela concordou, pensando no que contaria a ele, tomando uma decisão por final. "Era uma vez, uma rainha. Ela nem sempre foi rainha, se tornou uma quando já era bem mais velha que você.-apontou para Roland.- com o tempo, ela ficou infeliz com a vida que levava e fez coisas ruins. Muito ruins. Mas então, ela aprendeu uma lição. Todo o seu esforço não valeu a pena e no final, ela acabou voltando a ser o que nunca deixou de ser. Ela voltou a ser uma moça comum, que fez coisas boas. E o que a levou a fazer tudo isso, foi um menininho.- ela sorriu para o pequeno". "E o aconteceu depois?-ele perguntou apreciando a história". "Quando o primeiro menininho cresceu, ela encontrou outro para preencher seu coração.- tocou a ponta do nariz de Roland que riu." "Agora, durma. Boa noite querido- ela beijou a testa do pequeno". "Boa noite mamãe.- ele respondeu, se virando para o lado e puxando sua mantinha para perto do pescoço". Regina se lembrou da sensação que sentiu ao ouvir aquilo. Carinho e afeição. Naquela noite, ela deixou o quartinho com um sorriso radiante no rosto, indo até o quarto ao lado para encontrar o dono de seu coração.

Foram bons momentos, alguns tão grandes que seriam capazes de fazê-la feliz por anos somente com suas lembranças mais vagas. Ao ouvir o barulho da ponta da colher colidindo com o fundo da tigela, ela olhou para baixo e percebeu que havia terminado. Colocou a tigela na pia com um pouco d'água dentro e se sentou no sofá da sala, ligando a tv para tentar assistir algo, quase pedindo uma permissão a seus pensamentos.

Enquanto isso na cidade grande, Robin havia acabado de combinar com o dono do apartamento que arranjou para ficar com sua família para que pudesse pagar o valor do aluguel com um mês de atraso, pela falta de emprego. E não seria fácil arranjar um, pois sua verdadeira habilidade era o arco e flecha, mas não há muitas profissões que precisem desse forte na cidade e outra, porque seus pensamentos não conseguiam desviar de uma mulher de cabelos negros que conquistou seu coração sem nem mesmo ele perceber, deitada ao seu lado nas manhãs ensolaradas de Storybrooke. A noite passada havia sido uma tortura para pegar no sono. No cômodo ao lado Marian e Roland dormiam na cama de casal juntos, enquanto na pequena sala ele não pregava os olhos e ficava encarando o teto, onde as imagens e palavras de Regina o invadiam de uma só vez. Lembrava do jeito dela, do seu modo de andar, de falar, até quando estava irritada ela era linda. Continuar fazendo tudo isso voltar o faria doer ele sabia, mas não podia se conter. Se pegava pensando no prazer que ela lhe proporcionou em seus poucas vezes, mas tudo o que ela fazia era perfeccionista e agora ele entendia o porque. Porque ela não queria ser esquecida, e para quem a conhecia isso era mesmo impossível.

Robin entrou de novo no apartamento depois de mais de uma hora fora e viu um bilhete sobre a mesa de madeira no centro.

"Robin, sai com Roland para tentar matriculá-lo em alguma escolinha, afinal ele não pode parar de estudar por algo que de certa forma foi culpa minha. Volto logo, Marian."

Robin se deitou largar no sofá onde passou a dura noite e se permitiu parar de pensar um pouco, somente esvaziar sua mente. Um toque da campainha o sobressaltou. Ele se levantou e abriu a porta. Não eram Marian e Roland como ele esperava estranhando por terem tocado a campainha.

–Olá Robin, será que podemos conversar?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Beijos