POV Jace

Clary estava na sala cirúrgica a dez minutos, os médicos disseram que era melhor que eu esperasse aqui fora, assim como Sebastian com os filhos, eu estava mais que nervoso e olha que não sou mais pai de primeira viagem. Tyler também estava aqui, só que Jocelyn estava com ele nos braços, já que eu não conseguia parar um segundo se quer de andar de um lado para o outro. Todos estavam na sala de espera, Jocelyn, Valentim, Sebastian, Ana e os gêmeos, Izzy com sua barriga de seis meses, Simon, Alec, Magnus com Lion. A família toda.

– Jace, não vou pagar pelo buraco que está fazendo no chão. – Minha mãe disse sorrindo. – Acalme-se filho, Clary está bem.

– Eu sei que está, mas não consigo parar de me preocupar, e se algo der errado?

– Nada vai dar errado Jace, eu passei por isso a três meses atrás. – Ana disse indicando Emma e Pietro, ambos no carrinho duplo.

– Diga isso para meu nervosismo. – Bufei e recomecei a andar de um lado para o outro.

– Ele não vai parar. – Sebastian disse.

Fiquei andando de um lado para o outro pelo que me pareceram horas, mas não é possível que tenha demorado tanto assim. O Doutor Bernardo, o antigo médico de Clary, mas que ainda estava cuidando dessa nova gestação apareceu, seu sorriso era acolhedor. Todos se levantaram e eu fui até seu encontro.

– E então doutor?

– Clary já está no quarto, a menina está passando pela pediatra, mas logo será liberada. Parabéns. – Minha mãe me abraçou e me entregou Tyler, seus olhinhos curiosos e divertidos olhavam para o médico. – Veja como você cresceu, está muito bonito em rapazinho.

– Obligado. – Tyler disse. O médico sorriu e acenou com a cabeça.

– Vou deixar você e o seu pai entrarem para ver as mulheres da família. Venham comigo.

Olhei para os outros que não paravam de sorrir, Izzy estava chorando de tão emotiva e Simon tentava acalma-la. Sebastian sorria de orelha a orelha e olhava para a esposa e os filhos. Jocelyn, Valentim e meus pais se cumprimentavam pela chegada da mais nova integrante.

Segui o médico por alguns corredores, Tyler olhava para todos os lados procurando a mãe e seus olhinhos brilharam assim que paramos em frente a uma porta de vidro e pelo reflexo pudemos ver a Clary. Assim que o médico abriu a porta, Tyler deu um pequeno gritinho chamando por Clary, o olhar da minha noiva vieram direto até nós e ela sorriu. O médico se afastou e permitiu que entrássemos. Me sentei ao lado de Clary e depositei um beijo em seus lábios, ela sorriu e pegou Tyler com cuidado, o colocando entre as pernas.

– Cadê a Luna mamãe? – Tyler perguntou animado.

– Ela já vem amor. – Ela colocou ama das mãos em minha cintura e encostou a cabeça em meu ombro.

– Como está? – Perguntei.

– Bem, um pouco cortada, mas bem. E feliz.

– Como é nossa filha?

– Ela é ruiva. – Sorriu vitoriosa. – E tem seus olhos.

– Nossa união gerou filhos muito lindos, - Acariciei seu rosto. – Obrigado.

– Te amo.

– Mil vezes mais, eu te amo. – Iniciamos um beijo calmo, mas logo se tornou necessitado. Nos separamos minutos depois ofegantes.

– Olha quem vem ali. – Clary apontou para a porta onde uma enfermeira entrou com um embrulho rosa, os cabelos ruivos se destacavam assim como os de Clary.

– Luna Morgenstern Herondale. Parabéns. – Peguei minha pequenina no colo.

Luna é linda, seus cabelos ruivos e pele rosada a fazem parecer com Clary quando está corada, ela era totalmente parecida com a mãe de olhos fechados, por que quando os abriu, me vi ali. Aquela imensidão dourada, vi a esperteza e o sarcasmo que eu tinha quando mais novo. Ela sim, é uma cópia feminina de mim.

– Bem vinda a família pequena. – Disse assim que deixei um beijo em sua testa.

– Eu também vi nos olhos dela, que ela será como você Jace. Sua versão feminina.

– Ela é linda Clary. O terceiro presente que a vida me deu. – Ela me olhou confusa e eu ri contendo a lágrima que insistia em querer cair. – O primeiro foi você, a mulher mais perfeita do mundo. O segundo foi Tyler, nosso primeiro amor e agora o terceiro é a Luna, o segundo sinal do nosso amor.

Beijei Clary com carinho e amor, ela sorriu a colocou a mão em meu rosto, apreciei seu toque por alguns minutos. Quando nos afastamos, vimos Tyler olhar curioso para a menininha em meu colo, olhei para Clary que assentiu concordando.

– Tyler, essa é sua irmã Luna.

– Pequena Luna. – Tyler disse e Clary sorriu beijando a testa do nosso menininho.

6 meses depois...

– Vamos Clary? – Perguntei a minha futura esposa, ao pé da escada.

– Estou descendo. Onde está o Tyler? – Clary perguntou descendo as escadas com Luna nos braços. Nossa pequena tinha acabado de completar seis meses e já era esperta e alegre.

– No carro. – Clary revirou os olhos e sorriu.

– Prontíssima.

– Vamos então. – Segurei uma de suas mãos e a guiei até o carro. Clary colocou Luna na cadeirinha e ajudou Tyler a se sentar na sua. Depois se sentou no banco do carona.

Dirigi por meia hora até chegar no nosso lugar especial, era a primeira vez que vínhamos aqui com nossos dois filhos. O lugar ainda estava lindo e bem conservado, as árvores faziam uma boa sombra. Estendi uma toalha de piquenique no chão perto da cachoeira e Tyler logo se sentou ali, pegando alguns brinquedos. Clary se sentou ao lado do nosso filho mais velho e colocou Luna entre as pernas. Me sentei do outro lado de Tyler e comecei a observar o lugar.

A cachoeira onde vínhamos quando adolescentes, onde vivemos momentos feliz, onde nos tocamos ainda pensando que éramos irmãos, onde fizemos amor. O lugar onde concebemos a nossa segunda joia. Um lugar magico e significativo para nós dois. Olhei para meus filhos que brincavam com bonecos e joguinhos, riam e as vezes brigavam um com o outro, ali estava tudo o que eu nunca imaginei ter. uma família completa, uma mulher linda e maravilhosa que em ama e dois lindos presentes que nosso amor puro e verdadeiro concebeu.

– No que está pensando? – Ouvi Clary perguntar.

– Nos momentos que passamos aqui. Desde as tristezas até as alegrias.

– Foram tantas coisas não é? – Ela perguntou e eu concordei.

– Mas estar aqui agora, faz tudo valer a pena.

– Mama, água, vamos na água. – Tyler disse ficando de pé em frente a Clary.

– Vamos sim. – Clary se levantou e colocou Luna no meu colo, se afastou um pouco e tirou a camiseta e o shorts de Tyler, que já tinha deixado os sapatos em algum lugar. Logo depois ela tirou o vestido verde que estava, ficando apenas de biquíni. Seu corpo curvilíneo me hipnotizou por longos minutos. – Jace, cuide direito da Luna, ela está comendo terra.

– Desculpe, mas a culpa é sua que me desconcentrou. – Disse limpando as mãozinhas e a boca da pequena Herondale. Ouvi sua risada e logo depois gritinhos alegres de Tyler.

Clary segurava nosso pequeno pelas mãos, o impedindo de afundar, mas o deixou solto quando estavam na beirada. Mesmo se divertindo Clary não conseguia descuidar das crianças, a cada segundo olhava para Luna e para Tyler. Fiquei por longos minutos observando a mulher da minha vida e meu primogênito até resolver entrar na água junto com eles. Tirei a blusinha de Luna e minhas roupas, para depois entrar com ela na água, que não estava gelada e nem morna, mas em uma temperatura agradável.

Nós quatro ficamos ali por um longo tempo, brincando e curtindo a presença um do outro. Eu e Clary nos beijávamos por um bom tempo, quando as crianças se cansaram nós ficamos ali, nos beijando e relembrando momentos da nossa vida. Quando estava anoitecendo fomos para casa, por que daqui a dois dias, tenho um casamento para ir, o meu casamento.

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Eu estava no altar, nervoso como poucas vezes na vida, mas ao mesmo tempo feliz, pois agora tinha certeza de que nosso amor venceu. Iriamos ser oficialmente casados daqui a poucas horas. Olhei para todos os convidados ali, na primeira fila, Jocelyn, Magnus com Lion ao seu lado, minha mãe e Robert, Simon estava ali, com Becky nos braços, minha sobrinha que nasceu a três meses, uma menina linda, de cabelos negros e olhos da mesma cor de café, linda. Quatro babás estavam com Pietro, Emma, Tyler e Luna sentadinhos ali.

Isabelle e Alec estavam ao meu lado como padrinhos. Izzy estava deslumbrante, com um vestido azul escuro com pedrarias nas laterais, Alec de terno preto e uma gravata azul clara, que com certeza Magnus escolheu. Sebastian do outro lado com um terno preto e uma gravata verde clara, seus cabelos loiros claros penteados de maneira impecável. Ana estava ao seu lado, com um vestido verde claro com alguns detalhes pretos. Logo ouvi a música soar e me virei para a entrada da igreja dando de cara com a mulher da minha vida.

Clary estava perfeita, ainda mais linda se isso for possível, seus cabelos ruivos estavam soltos e seus lábios vermelhos destacavam seus olhos verdes. Valentim estava ao seu lado, a trazendo para mim. Sorri para minha futura esposa e fui retribuído com um sorriso maior ainda, fazendo um arrepiou percorrer meu corpo. Quando ela estava bem perto de mim lhe estendi a mão, a qual ela segurou firme. (http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=153429442)

– Sejam felizes. – Valentim desejou dando um beijo na testa dela.

– Seremos sim. – Afirmei.

Entrelacei a mão na de Clary e nos virando para o padre, a cerimonia deu início e Clary segurava minha mão ainda mais forte me fazendo sorrir e arrancar sorrisos dela também.

– Jonathan Herondale, você aceita Clarissa Morgenstern Fairchild como esposa, para ama-la, respeita-la e protege-la pelo resto de sua vida?

– Sim, sempre sim. – Respondi.

– Clarissa Morgenstern Fairchild, você aceita Jonathan Herondale como esposo, para ama-lo, respeita-lo e protege-lo pelo resto de sua vida?

– Toda certeza sim. – Clary respondeu sorrindo.

Trocamos as alianças e o padre nos abençoou.

– Vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva. – Puxei Clary pela cintura e a beijei, retirando um suspiro dela. Clary me beijou suavemente e me fez sorrir, finalmente estávamos casados. Ouvimos palmas por toda a igreja e nos separamos sorrindo.

– Te amo. – Sussurrei.

– Te amo a cada dia mais. – Respondeu convicta.

Depois do casamento, fomos para um salão de festas, decorado por Isabelle Lightwood e Clary, tenho que admitir, estava lindo. Flores brancas e vermelhas decoravam o lugar, dando um ar calmo, mas ao mesmo tempo agitado pela felicidade. Depois de dançarmos por um bom tempo, eu, Clary, Sebastian, Ana, Alec, Magnus, Izzy, Simon e nossos filhos saímos para o jardim do salão. Levando taças e champanhe.

O jardim era igualmente lindo, com flores desabrochando e algumas abertas. Ficamos na beirada da piscina enquanto as babás estavam com as crianças. Distribuímos as taças e colocamos champanhe, fizemos uma rodinha e nos encaramos por alguns instantes.

– Cada um diga uma frase, vamos terminar essa noite com algo marcante. – Clary pediu.

– Ás vezes tudo o que precisamos encontramos em apenas uma pessoa. – Eu disse olhando para Clary.

– A vida nos mostra a verdadeira felicidade quando conseguimos compreender o que é amar. – Sebastian disse.

– Nada é como viver, estamos aqui para ser felizes e amar, mas também para quebrar a cara e chorar. – Magnus disse.

– Quando terminamos um ciclo ruim, logo iniciamos outro, no começo pode ser ruim, mas no fim percebemos que era daquilo que precisávamos. – Izzy disse.

– Cada um merece o que tem, fazemos nosso caminho e nossas escolhas e colhemos o fruto depois. – Simon disse.

– Não importa o que digam, sempre escute o coração. – Alec disse.

– Lute por tudo o que quer, ame ao máximo e seja feliz. – Ana disse.

– O fim só dura até alguém começar a ler de novo. – Clary terminou e nós juntamos as taças em um brinde final. Mas como Clary mesmo disse, o fim só dura até alguém começar a ler de novo.