Carpe Diem 2° temporada. escrita por My other side


Capítulo 26
26 - Celular.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, obrigado pelos comentários no capitulo anterior, e pelos favoritos também, continuem assim. Boa leitura.



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POV Jace

Aquilo só podia ser brincadeira, aquele telefonema não poderia estar acontecendo. Segurei o celular por alguns segundos antes de atender, meu coração estava acelerado e minhas mãos soavam frio.

Ligação on:

– Alô?

– Quem está falando?

– Aqui é da delegacia da Flórida. Queríamos saber com quem estamos falando.

– Jonathan Herondale. Esse celular era da minha noiva. O que está fazendo ai?

– Sua noiva? Qual o nome dela?

– Clarissa Morgenstern.

– Podemos falar com ela?

– Não. Ela está morta. Morreu a alguns meses.

– Sinto muito.

– Como o celular dela apareceu ai?

– Encontramos na cena de um crime. Um homem foi morto a três horas, o celular estava no bolso dele.

– Entendi, mas não explica o fato de que era o celular da minha noiva, que está morta.

– Será que o senhor poderia vir até aqui para explicar algumas coisas e pegar o celular?

– Claro, mas posso demorar, tenho que ajeitar as coisas na minha empresa para a minha viagem.

– Claro, mas não demore muito.

– Tudo bem. Até mais.

– Obrigado senhor Herondale.

Ligação off.

Assim que a chamada foi encerrada, eu só consegui fazer as coisas mecanicamente, peguei Tyler o levei para dentro, dei um banho nele, o levei para a cozinha onde um lanche já estava pronto, dei comida a ele, e depois o fiz dormir. Fui para o meu quarto e tomei banho, joguei as roupas que estava no cesto de lixo, estava me sentindo sujo por ter pensado na hipótese de esquecer a Clary, tomei um longo banho e vesti uma bermuda. Me joguei na cama e só conseguia pensar no telefonema. O celular dela provavelmente estava com um dos capangas do Jacob e agora que ele foi morto, o celular foi encontrado, mas por que ligar para mim? Poderiam ter ligado para qualquer um dos contatos que estavam ali, por que pra mim?

POV Sebastian

Nos meses que se passaram eu e meus pais tentamos superar a falta que Clary faz, mas sinceramente, é impossível, em cada gesto, em cada comida que comemos, pensamos no que Clary faria ou falaria. Cada vez que vejo um casal na rua imagino como Clary estaria se estivesse viva, se ela o Jace iriam brigar todos os dias ou se seriam o casal feliz e apaixonado, que andariam de mãos dadas na rua com Tyler correndo na frente.

Ana estava sendo maravilhosa, compreensiva e muito carinhosa. Era ela quem me consolava nos momentos difíceis, nas festas de aniversário de alguns amigos, das alegrias que Clary não estava vivendo. Mesmo com a tristeza que sinto, não deixo isso atrapalhar meu casamento, somos felizes, assistimos filmes deitados juntos no sofá, sorrimos, namoramos. Ela é perfeita para mim, me faz sentir quase completo.

Ana? – Chamei assim que sai do banho.

Oi Sebyys? – Ela disse fechando a porta do guarda roupas.

Eu te amo. – Disse a abraçando e ela sorriu.

Eu também te amo, mas por que isso agora?

– Só não queria que pensasse que não te amo. Só estou tentando superar a falta que Clary faz. Éramos muito ligados, agora sinto como se ela estivesse distante.

– Não se esqueça que estou aqui sempre pra você. Eu te amo e sei que também me ama. Vou dar o tempo que precisar para superar isso, mas estou aqui, vamos enfrentar isso juntos ok? – Sorri par ela.

Ok.

1 ano depois...

POV Jace

Já tinha se passado um ano desde o telefonema que recebi. Não consegui sair da Califórnia, mas o policial mandou um investigador até aqui me fazer algumas perguntas, mas o celular eu teria que ir até lá para busca-lo. Eu já tinha marcado a data da viagem, para daqui a dois dias. Tyler iria comigo, ele já estava grandinho, tinha acabado de completar dois anos, ficava cada dia mais inteligente e lindo. Na personalidade ele era bem parecido com a Clary, calmo mas decidido. Ele tinha muita coisa de mim também, era impulsivo as vezes e lutava para conseguir o que queria, seus cabelos loiros estavam compridos, caiam nos olhos quando ele brincava, mas ele se recusava a cortar e eu deixava.

Tenho tido muito contato com a família da Clary, Valentim e Jocelyn eram ótimos avós, mimavam muito o neto. Sebastian saia para brincar algumas vezes por semana com ele, o levava a todos os lugares que ele e Clary iam quando crianças e contava ao Tyler histórias da Clary de quando ela era pequena, Tyler fazia questão de me contar cada detalhe, ele amava a mãe, mesmo que ela não esteja com ele, Tyler se refere a ela como se ela estivesse viva, apenas fazendo uma viagem, por enquanto eu o deixava pensar que era isso mesmo.

Eu tirei meu filho da escolinha algumas semanas depois que ele começou, não queria mais me encontrar com Larissa, notei algumas vezes que ela era manipuladora e fútil. Resolvi me afastar dela e afastar ao Tyler também, agora ele frequentava uma escola recreativa, que tinha apenas brincadeiras, ele ficava lá meio período, as vezes no restante do tempo eu ficava com ele ou o deixava com minha mãe ou a mãe da Clary, tanto uma quanto a outra mimavam o menino até o ultimo fio de cabelo loiro.

Dois dias tinham se passado e hoje eu viajaria para Flórida, pegar o celular e falar com o delegado. Pelo que eu soube já tinham prendido o assassino e o homem que morreu era um policial que trabalhava na corporação da Califórnia. Pensei comigo mesmo que poderia ser um dos capangas do Jacob que o ajudaram a fugir, pois ninguém me tira da cabeça de que ele tinha amigos naquela delegacia.

Arrumei minha mala e a do Tyler eu pretendo passar pelo menos uma semana lá, é um lugar bonito, vou poder mostrar um pouco ao Tyler, para ele guardar na memória a primeira viagem dele com o pai. Deixei a Izzy encarregada de cuidar da minha casa no tempo em que eu vou estar fora e deixar tudo em ordem. Eu proibi principalmente as festas que ela ama fazer, os costumes que Izzy tinha quando adolescente não sumiram com o tempo e Simon também não conseguiu parar. Izzy será sempre Izzy.

Cuide da minha casa Isabelle, não quero festas aqui. – Disse colocando o Tyler na cadeirinha do carro.

Tá Jace, vai logo vai. – Ela disse me apressando, Olhei de soslaio para ela e percebi um sorriso maléfico em seu rosto. Ela vai descumprir as minhas ordens.

Pelo menos limpe tudo depois. – Disse entrando no carro. – Mais uma coisa, não deixe que ninguém mexa nas coisas da Clary. Fotos, quadros e muitas coisas. – Ela suspirou e assentiu. – Tchau Izzy. – Acelerei o carro e fui para o aeroporto.

O voo saiu em meia hora, foi uma viagem tranquila, Tyler apenas brincou e dormiu, assim que desembarcamos na Florida, peguei um carro que eu já tinha deixado alugado e fui para um hotel. O lugar era confortável e aconchegante, tinha uma cama de casal e um berço portátil. Peguei uma nota a mais por isso. Eu já estava inquieto para ir na tal delegacia, por isso apenas tomei um banho, dei um banho no Tyler e o vesti com uma bermuda azul marinho e uma camisa polo branca, coloquei um tênis preto e penteei seus cabelos loiros. Vesti uma calça jeans, uma camisa social azul clara e calcei meu all star. Penteei meus cabelos e passei um perfume. Peguei Tyler no colo e sai do hotel.

Na delegacia fui recebido pelo delegado que me fez milhões de perguntas, Tyler ficou brincando com um policial na sala ao lado enquanto eu conversava. Dentre as perguntas que o delegado e fez, a mais absurda delas foi me perguntar se eu tinha certeza de que Clary havia realmente morrido. Sorri triste e respondi que sim, mesmo que eu não queira acreditar nisso. Quando finalmente fui liberado eles me devolveram o celular e peguei o Tyler, que ganhou um pequeno distintivo de prata, um brinquedo.

Papa, tô fome. – Ele disse baixinho assim que saímos da delegacia.

Vou procurar um lugar pra gente comer tudo bem? – Disse enquanto o colocava na cadeirinha.

Tudo.

Sorri e liguei o carro, depois de cinco minutos encontrei uma lanchonete parecida com a que tem na Califórnia onde eu e Clary lanchamos uma vez, onde eu senti um ciúme absurdo ao vê-la sendo carregada nos braços do Emmett. Sorri com a lembrança e sai do carro pegando Tyler logo em seguida, o sentei em uma cadeirinha e fui até o caixa pedir um lanche. A fila estava um pouco comprida, mas eu o olhava a cada segundo para ter certeza de que ele estaria ali. Em segundos de distrações ele já não estava mais ali, me desesperei e olhei para os lados procurando por ele. Sai da fila e andei alguns metros procurando por ele até sentir uma mão tocar meu ombro, um arrepio subiu pela minha coluna e me virei para encarar a pessoa.

Acho que esse menino é seu filho. – A pessoa disse com a voz melodiosa. Olhei para frente e senti meu coração descompassar, eu estava olhando para aqueles mesmos olhos verdes que eu me apaixonei.

Clary...?


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Notas finais do capítulo

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