Castiel do Céu! escrita por Freak Kyoko


Capítulo 1
Capitulo Único e Sem Continuação.


Notas iniciais do capítulo

Beijo especial para as meninas do grupo que me fizeram rir. ~Also: consegui em exatas MIL palavras ♥.Aproveitem.



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Era mais uma sexta-feira qualquer em minha rotina, onde eu estudava na Universidade Sweet Amoris para o trabalho final de Literatura depois da aula.

Geralmente, as sextas, todos os alunos saíam apressadamente querendo chegar logo em suas casas e se prepararem para a balada.

E eu? Eu não era diferente. Queria correr para fora desse lugar estressante, mas meu grupo havia deixado tudo em minhas costas — como sempre— e foram farrear. Não tinha como estar mais irritada com a situação, tudo bem que faltavam apenas algumas partes...

Ok faltava bastante coisa, mas você deve estar se perguntando por que diabos eu estava fazendo isso tudo sozinha. Eu tomei uma respiração profunda, enchi o peito, empinei o nariz e fechei os olhos orgulhosamente colocando minha mão direita sobre o coração.

— Porque eu não fiz porra nenhuma! — gritei para a biblioteca vazia que ecoou meu discurso super sincero. Suspirei me sentindo trinta quilos mais leve e me espreguicei.

Nunca mais faço trabalho com esse grupo, Melody só enche o saco, Peggy só sabe correr atrás de livros proibidos para alunos do nosso ano, Alexy fica me agarrando e falando desse novo ‘bofe’. Tsc. Nenhum deles é meu amigo o suficiente para me ajudar nesse projeto. Ingratos!

Pensei fazendo biquinho enquanto olhava para os livros abertos em cima da mesa. Revirei os olhos e li uma frase solta do livro:

Não importa, no domingo há sempre grupos que vêm de muito longe para admirar a beleza do panorama e que voltam maravilhados.

Mas logo que continuei a leitura de Marcel Proust quis morrer. Eu detestava Literatura Francesa do século XX. Encostei a testa na mesa e fiz bico.

— Alguém me mate, por favor! — choraminguei preguiçosamente.

— Não precisa nem insistir. — alguém disse bem no meu ouvido. Eu levei um susto tão grande que pulei da cadeira batendo a cabeça na boca do indivíduo. Ele levou as mãos aos lábios e eu fiquei de pé num pulo.

— Castiel do céu! Assim você me mata! — reclamei ofegante. Castiel estava de cabeça baixa segurando a boca. Seu cabelo ruivo caía por cima de seus olhos e tampava metade do seu rosto.

Deveria amarrar com um elástico hehe... Pensei e dei uma risadinha que fez com que ele me encarasse raivosamente.

— Era o que você queria, mas eu quem vou morrer desse jeito. — disse. Eu mordi o lábio sem graça.

— Desculpa? — não pedi meio que perguntei como quem teme a resposta. Ele colocou a mão na cintura e deu aquele seu sorriso convencido.

— O que eu ganho por te desculpar? — disse maliciosamente eu arregalei os olhos.

— Nada, oras! Como você é tarado... — ele riu e fez um gesto negativo com a cabeça.

— E você é iludida, acha mesmo que eu ia querer algo com uma ‘mina’ reta assim? — zombou e eu senti meu rosto esquentar de raiva.

Sentei-me novamente e tentei voltar a ler ignorando-o abertamente, porém Castiel ficava sempre em volta tentando me irritar jogando pontas de lápis em mim, depois fez um aviãozinho de papel e jogou em cima da parte do livro que eu estava lendo.

Na asa dobrada do avião estava escrito em letras garrafais:

TÁBUA.

— Seu insensível, meus peitos são enormes! — disse e fechei o livro num movimento brusco e joguei em sua direção, todavia ele ficou parado no lugar enquanto o livro caía longe dele. Senti-me horrível errando daquele jeito, minha vergonha foi tão evidente que ele riu. Apenas mostrei a língua num ato infantil e cruzei os braços sobre o peito, já tinha abandonado totalmente a falsa esperança de terminar aquele trabalho na universidade.

Instintivamente tirei meu celular da bolsa no chão e olhei a hora no visor, já eram 19h, a essa hora todos já estariam preparando-se para sair ou algo do tipo e eu aqui sendo obrigada a fazer um trabalho sobre um escritor que eu sequer concordava com os ideais. No mesmo instante outro avião de papel pousou exatamente em meu colo, entretanto dessa vez vinha com dois adjetivos:

TÁBUA VESGA!

Assim que as li empurrei a cadeira ruidosamente me colocando de pé e praticamente voando em direção ao ruivo mais irritante de toda a USA. Num ímpeto ele colocou-se de pé fazendo com que sua cadeira caísse no chão estrondosamente e correu — de costas!— pelos corredores da biblioteca fazendo careta para mim.

Eu o seguia rapidamente, mas ele entrava em outros corredores fazendo-me ficar perdida e cansada, porém não desistiria fácil, ninguém poderia me chamar de tábua assim, mesmo que esse alguém fosse o cara mais desejado da faculdade. Não permitirei tal afronta, era uma questão de honra!

— Estou ficando entediado aqui, Joinn... — ele provocou e eu tentei dar um gás na corrida quando ele sumiu virando o corredor à direita.

Correndo como uma maratonista de quinta categoria eu entre à direita no final do corredor quando repentinamente todas as luzes se apagaram de uma só vez, fazendo com que eu ficasse desnorteada e batesse o ombro com tudo em algo gelado de metal que estava pendurado. O objeto caiu no chão tilintando como um botijão de gás e eu imaginara ser um extintor de incêndio.

— Castiel, onde você está? Não estou enxergando nada! — choraminguei e ouvi uma risada a minha esquerda, bastante perto e dei um passo naquela direção.

Mas calculei mal o movimento e tropecei no extintor ao chão, rapidamente estiquei os braços tentando me apoiar na parede, mas encontrei algo quente ao invés e ambos caímos ao chão.

Por um momento fiquei feliz, pois a queda não doeu nadinha, na verdade tinha sido até macia. Porém enquanto tentava entender o que acontecera senti uma mão apertar meu seio e arregalei os olhos na escuridão.

— Castiel do céu, seu tarado! — sussurrei e senti seu peito subir e descer com sua risada.

— Como eu havia dito: é uma tábua mesmo. — zombou e deslizou as mãos até minha bunda a apertando. — Ok, aqui nem tanto... — comentou, eu revirei os olhos sorrindo.

— Eu te detesto. — menti e beijei-o. Sua boca tinha gosto de sangue.

Mas ele me correspondeu.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Não deixem de falar mal! Até mais!

~~Não esqueçam de marcar a história como lida, é muito importante