A misteriosa e encantadora Hinata Hyuuga escrita por Giovana Berlanda


Capítulo 1
Abra seus sentimentos!


Notas iniciais do capítulo

Olá,
Estou aqui novamente com uma One Sasuhina *---*
Espero que gostem desse novo visual para Hinata.

Espero que gostem do desenrolar da História ^.^
Tema: Nictofilia - aquele que gosta da escuridão/trevas

Boa leitura!



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A misteriosa e encantadora Hinata Hyuuga

Abra seus sentimentos!

~*~

A maioria dos estudantes que já podem escolher entre usar roupa normal ou uniforme da grande e prestigiada Escola Seika, costumam usar roupas de diversas cores, diversificando as tonalidades delas ao longo da semana. As meninas usam um ou mais acessórios para combinar com a roupa; mas nada de extravagante, porque a escola não permite.

Para as crianças, há uniformes. Que deve ser usados até os quatorzes anos de idade. Caso contrário, ela não poderá entrar na escola. A partir dos quinze anos a escolha de roupa já é liberada. No entanto que não usem roupas muito curtas ou chamativas.

No meio de tantos aqueles que preferem usar uma roupa mais “suave” ou colorida, a adolescente de dezessete anos chamada Hinata Hyuuga, prefere que elas sejam menos coloridas. Suas roupas não variam muito, quase sempre são escuras.

Na manhã de terça – feira, ela apareceu pelo pátio da escola usando um tênis All – Star preto combinando com uma calça jeans da mesma cor, sendo um pouco rasgada nos joelhos. Uma blusa cinza escuro e uma jaqueta de couro por cima estando com o zíper aberto. Deixava os cabelos azulados preso num coque, alguns fios rebeldes de seu cabelo ficavam soltos e sua franja ficava de lado. Cobria os olhos com um óculos escuro, escondendo a beleza deles. Usava lápis de cor preta nos olhos e nada usava em seus lábios.

Sua bolsa era de uma só alça. Estava apoiada em seu ombro. Tinha uma longa alça, porém a bolsa não era muito grande, mas suficiente para guardar as coisas de cada manhã. De cor marrom escuro, tendo uns fiapos de tecidos ao lado do zíper dela.

Assim que avistou o pavilhão que dava localização a sua sala, mesmo não gostando da ideia de tirar seus óculos, os retirou e deixou pendurado em sua blusa cinza escura. Adentrou o pavilhão em seguida.

Todos os dias era a mesma coisa. Quando passava pelas salas do primeiro ano, todos o observavam passando pela janela. Algumas meninas não gostavam do seu jeito de se vestir e se atreviam a olhá-la de cima a baixo como se tivesse algo realmente horrível nela.

Os alunos do segundo ano eram menos chatos. Claro que não deixavam de observá-la, mas não ficavam a encarando. Ou pelo menos, a grande maioria deles.

Terceiro ano. Sala 303. Era a sua sala. Era a última sala do corredor do lado direito. Do lado esquerdo, um pouco mais para frente, havia a sala 305; a última sala do terceiro ano. A sala 301 ficava no mesmo corredor e alguns metros antes da classe de Hinata.

Ela era umas das últimas a entrar na sala, faltando poucos minutos para dar início às aulas. Logo que entrava, se dirigia para a penúltima fileira, última carteira ao lado da parede que havia as janelas.

Era seu espaço privado. Ninguém a incomodava. E mesmo se alguém quisesse falar com ela, a mesma não escutaria. Pois estaria muito ocupada ouvindo suas músicas pelo fone de ouvido de seu celular.

Não era tal alegre quanto as restantes das meninas, mas adorava ler. Não era a “comediante” da sala, mas sabia responder as perguntas quando ela era abordada pelos professores. Não era a garota mais simpática, mas sabia ser quando uma criança lhe pedia um favor, não era a mais observada pelos garotos, mas isso não quer dizer que ela era feia.

Alguns tinham medo de falar com ela. Talvez porque não sabiam qual assunto poderiam falar. E se falassem algo que a irritasse? Eles nem queriam imaginar ela brava. Apesar de alguns temerem ela, as crianças menores não sentiam isso quando a viam. Elas a chamavam de “Hina – chan”.

Ela conhecia muitas crianças pela escola, e sempre tirava uma dúvida ou outra em suas tarefas. Hinata foi sempre muito inteligente.

“Crianças são puras”

Isso era o que pensava Hinata. Crianças não ligam para a aparência ou status, quero dizer, a maioria delas. Elas ainda são inocentes, novas no mundo, pequenos botões que estavam para desabrochar.

Hinata não tinha a porção de amigas e amigos que o restante de seus colegas de sala tinha. Ela trocava algumas palavras com algumas pessoas que passavam quando estava organizando seu armário, onde guardava seus pertences. O que o restante das pessoas sabia é que ela tinha afinidade quando é assunto é criança. E que conversava regularmente com uma menina cuja estranhavam muito por ela ter decidido pintar seu cabelo da tonalidade rosa. Mas tinham que admitir: Não era tão estranho assim. A cor lhe cabia bem.

~*~

Um pouco mais tarde, os alunos haviam sido liberados de suas salas para o recreio. A misteriosa Hinata passava pelos corredores devagar. Passou pela cantina sem olhar em volta ou ao menos parar para comprar algo. Seus braços estavam soltos e ela mascava um chiclete de sabor morango. Como na maioria das vezes, ela era alvo de vários olhares por sua combinação de roupas escuras.

Hinata: “Fala sério! Que irritantes!” – pensou enquanto percebeu os olhares sobre ela.

A cantina era composta das cores branca e azul anil. Cheia de mesas em volta, com quatro cadeiras cada. Em uma dessas mesas, um loiro se atentou quando a viu passar.

Naruto: Vamos, vamos logo. Ela já está indo – puxou rapidamente Sasuke, um garoto de cabelos bem escuros pelo braço direito.

Logo atrás deles, havia mais dois garotos os acompanhando. Um ruivo de olhos verde piscina e outro de cabelos pretos sendo amarrado em um rabo de cavalo com olhos castanhos cor de mel. Os quatro seguiam Hinata sem que ela percebesse.

A garota tinha ido até a biblioteca da escola. Os meninos ficaram a observando pelo lado de fora pela janela transparente que tinha bem ao lado da porta de madeira.

Após ela ter entrado, tirou o chiclete que estava mastigando e jogou num lixeiro que havia ao lado da mesa branca que sentava uma moça de belos cabelos castanhos que estavam presos num coque. Ela usava um óculos arredondado em sua face branca e magra. Em seus lábios, tinha a presença de um batom rosinha.

Conforme Hinata andava, eles continuavam a observa-la pelas janelas transparentes que rondavam a biblioteca.

Hinata: Bom dia Nina – a cumprimentou após ter jogado o chiclete fora.

Nina: Bom dia senhorita Hinata – falou gentilmente desviando os olhos da tela do computador. Era ela a responsável por anotar todos os livros novos que chegava a biblioteca ou aqueles alugados pelos alunos.

Hinata: A rosada já chegou? – se referiu à garota de cabelos róseos, Sakura Haruno.

Nina: Sim, ela está no final do corredor vendo alguns livros.

Hinata: Obrigada – disse sucintamente.

Atravessava as inúmeras prateleiras de livros. De literatura estrangeira, nacional, infantis, livros didáticos, alguns de atividades para vestibulares, etc.

Hinata: Olá – a cumprimentou após a ver em um final deles segurando um livro de Machado de Assis.

Sakura: Bom dia – sorriu de canto ao vê–la. Deixou o livro novamente na prateleira e tirou a mochila que estava em suas costas.

Sakura usava umas roupas mais distraídas: Calça jeans clara, uma blusa de mangas curtas de uma cor só, sem muitos enfeites, amarelada e uma jaqueta da mesma tonalidade da blusa. Usava uma sapatilha comum preta, sua franja era presa por dois grampos atrás e deixava o cabelo da altura de seus ombros soltos.

Sakura: Está tudo aqui – lhe entregou alguns papéis grampeados – Tem algumas diferentes, acho que vão gostar – naqueles papéis tinha algumas fábulas para crianças.

Hinata lia histórias para crianças em um orfanato. Como a internet de sua casa não estava colaborando, pediu a ajuda de Sakura para que ela imprimisse algumas.

Hinata: Uau! Aqui deve ter mais de quinze histórias – se surpreendeu vendo a quantidade de fábulas.

Sakura: Eu pesquisei bastante... – sorriu sem jeito.

Hinata: Nem sei como posso te agradecer – olhava para as fábulas infantis - Você sabe que não sou boa nessas coisas de agradecer – a misteriosa garota de olhos bem pretos disse.

Sakura: Tudo bem, não precisa ter vergonha – disse rindo já a abraçando de repente. Seus braços a envolveram num abraço confortável e os braços de Hinata ficaram soltos sem saber se os levantava também.

Gaara: Não acredito, a rosada ta abraçando a Hinata! – disse o ruivo incrédulo as observando pela janela do lado de fora.

Naruto: Ela não tem medo? – perguntava analisando Sakura.

Após Sakura ter partido o abraço, colocou suas mãos em seus ombros e olhava diretamente a garota de olhos perolados que era envolvido pelo lápis de cor preto.

Sakura: Você esconde um lado misterioso, mas você não vai ler estas histórias para aquelas crianças do orfanato? E ler para uma criança é lindo, Hinata – sorriu para ela – É lindo Hinata! – enfatizou animada.

Hinata: Obrigada – recuou um passo para trás sem demonstrar nenhuma feição diferente em seu rosto – Desculpe, mas prefiro não ser assim, tão alegre – desviou o olhar para as outras prateleiras de livros.

Sakura: É por causa daquelas... Coisas? – se permitiu a falar isso. Hinata se virou de costas no exato momento em que a frase pela menina foi pronunciada. Colocou seus óculos pretos novamente.

Hinata: Não fale isso a ninguém – apertou as mãos fortemente – Ninguém! – sua fala saiu mais ríspida – Ninguém, entendeu?

Sakura: Nada falarei – a observava de costas.

Hinata: Como ficou sabendo? – continuava a falar séria.

Sakura: Pelo colégio – colocava as mãos para trás tímida – Um ou dois sabem – seus olhos desceram para o chão.

Hinata: E porque te contaram?

Sakura: Não me contaram – ergueu seus olhos - Eu estava de passagem e fiquei sabendo uns pedaços.

Hinata: Agradeço as histórias – mudou de assunto rápido – Até! – saiu em passos rápidos da biblioteca.

Sakura: “Hinata...” – a garota suspirava.

Os garotos que agora só observavam Sakura olhando Hinata indo embora, cada um estavam com um ponto de interrogação enorme na cabeça.

Sakura não tinha medo de Hinata?

Hinata deixou ser abraçada?

Sobre o que falavam?

Os quatro se afastaram da janela devagar para que não fossem percebidos por ninguém.

Shikamaru: Bom, o resto é com você – deu uns leves tapas nas costas de Sasuke.

Gaara: Já que foi você quem perdeu a oposta – o ruivo falou aliviado.

Sasuke: Sim, eu não me esqueci! – disse o garoto de olhos e cabelos pretos – Eu tenho que...

Naruto: Descobrir algo da misteriosa Hyuuga – o interrompeu – Ou seja, tem que se aproximar dela.

Sasuke: Mas como vou fazer isso? Nem somos da mesma sala! – Sasuke era da sala 305.

Gaara: Da um jeito – o cutucou no ombro - Esse era o trato.

Shikamaru: Fale bem de seus olhos, da roupa gótica de sempre... – andava com as mãos atrás da cabeça.

Naruto: Essa eu quero ver... – deixou escapar uma risada.

Sasuke: Ora seu... – fechou um dos punhos e foi correndo atrás de Naruto, que o mesmo já estava correndo rápido.

Gaara: Vai começar de novo – revirou os olhos, seguindo os outros dois.

~*~

Após o término das aulas, a jovem Hyuuga atravessava em passos rápidos o pátio que dava ligação aos portões para a saída da escola. Segurava firmemente a alça de sua bolsa e seus óculos escuros já estavam novamente em seu rosto.

Andava apressadamente e algo martelava sem parar em sua mente.

Hinata: “Por quem... Que ela ficou sabendo”? - se lembrou do momento da biblioteca com Sakura – “Como? Eu gostaria de saber”!

Lilliy: Hina – chan! – uma pequena garota de cabelos loiros curtos e de pele alva vinha acompanhada de duas meninas e de mais um menino.

Hinata: Lilly! – sua fala se amansou ao vê–la. Ela adorava aquela pequena. Agachou-se para não ficar tão alta em relação à altura da garotinha.

Lilly: Eu estou acompanhada de meus amigos hoje, Hina – chan! – fala a menina de olhos verdes toda alegre.

Amigos...

Aquela palavra ficou ecoando em sua mente. Qual teria sido a última vez em que uma colega de sua sala tinha a chamado pelo seu apelido? Quando tinha sido convidada para que ela passasse uma tarde na casa das amigas? Qual foi a última vez em que sorriu com aqueles que estudavam?

Há muito tempo.

Lilly: Hina? Você ta bem? – Hinata parecia estar longe, muito longe.

Hinata: Ah, desculpe – me! – juntou as mãos se desculpando – Eu estava pensando em algumas coisas...

Lilly: Quais? – a doce garotinha perguntava.

Hinata: Nada... De importante – disfarçou.

Alguns metros dali, o garoto de cabelos negros passava perto da metade do pátio e viu aquela garota misteriosa conversando com algumas crianças. Sasuke parou por uns segundos e ficou a observando.

Sasuke: Ela... Ela está conversando com as crianças? - sempre acostumado de ouvir coisas não muito boas de Hinata, como: Esquisita, grosseira, etc.

Ela parecia estar calma na presença delas, com os olhos mais bonitos. Talvez mais... Meiga?

Hinata tinha esse lado delicado?

Mas se parar para pensar, não havia reias motivos para aqueles nomes que eles lhe davam.

Ela era somente uma garota quieta, que não opinava na sala de aula e ficava sozinha no seu canto. Eles não eram da mesma sala, mas era isso o que as pessoas falavam de como ela ficava em sala de aula. Bem silenciosa.

Após alguns instantes, a avistou acenando para as crianças e avançando para os portões de saída. Mesmo naquela ocasião em que ela estava com os pequenos e parecendo mais meiga, não conseguiu notar uma verdadeira alegria em seu rosto.

Sasuke: Preciso alcança–la! – falou para si mesmo a seguindo.

E agora?

Como falaria com ela?

Que assunto ela gosta? Roupas da moda que são escuras?

Será que ela quer conversar?

E se ela o dispensasse logo de cara?

Ele nunca saberia se não tentasse.

A seguindo em passes médios percebeu que o fone com que escutava música, estava pendurado na alça de sua bolsa. E como ela andava rápido, ele acabou caindo sem que ela percebesse. Viu aquele fone caído no chão e percebeu que era uma excelente oportunidade para tentar iniciar uma conversa.

O apanhou no chão. Olhou para frente novamente. Hinata tinha praticamente desaparecido de sua frente. Como tão rápido? Correu até os portões que já estavam pertos e viu que ela já estava a caminho do ponto de ônibus.

Sasuke: Como essa garota anda rápido! – exclamou a vendo já longe.

Nem por um segundo Hinata olhou para trás vendo se alguém estava a seguindo. Finalmente, quando chegou ao ponto de ônibus, se sentou tranquila no banco de concreto, tirando a alça de sua bolsa do ombro e a colocando em seu colo. Foi então que ela percebeu.

Hinata: Droga! Onde está meu fone?

Alguém ofegante, respirando devagar chegou ao ponto de ônibus. Agachou-se um pouco, colocando as mãos nos joelhos. Os cabelos negros ficavam bagunçados.

Sasuke: Ei... – respirava devagar.

Hinata virou o pescoço para a direita e percebeu que rapaz estava bem ao seu lado. Ele parecia estar bem ofegante.

Hinata: Uchiha - apenas pronunciou seu nome.

Sasuke: Deixa eu te falar uma coisa... – respirava devagar -...Você anda b – bem rápido... – começava a se acalmar e sentou no segundo banco de concreto ao lado.

Hinata: Você é que ta fazendo corpo mole – cruzou a perna direita com a esquerda – O que foi? O carro estragou e a mamãe não vai vir te pegar? - tirou sarro soltando os cabelos que estavam presos em um coque.

Sasuke: O q – que? – arqueou a sobrancelha irritado – “Não acredito! Essa é realmente a garota que eu tenho que me aproximar”?

Hinata: Vai entrar para a história! O Uchiha indo embora de ônibus! – falou debochada ajeitando seus óculos escuros.

Sasuke: “Como que eu vou ter que aturar uma menina tão... Tão...” – a viu no momento que seus longos cabelos se soltaram, caindo em suas costas. Os lábios estavam entreabertos e um bom perfume vinha dela – “Tão... Linda”?

Hinata: Posso saber o que está olhando, espertinho? – apoiou a mão em seu próprio queixo, quando percebeu que ele a mirava.

Sasuke: Errr... Eu só vim devolver isto! – estendeu e abriu a mão, onde revelava seu fone de ouvido.

Hinata: Meu fone! – exclamou quando o viu.

Sasuke: Você tinha deixado cair enquanto vinha pra cá – se levantou e os olhos de Hinata subiram o observando – Só vim aqui pra isso – os colocou em seu colo - Com licença – deu meia volta, partindo.

Hinata: Uchiha! – o chamou e ele se virou rápido – Obrigada – agradeceu sucintamente.

Sasuke: Não há de quê – sorriu de canto e se virou novamente, desaparecendo aos poucos.

~*~

E então, um dia se passou. E mais outro, uma semana e assim, vários dias. Sasuke sempre inventava um motivo para vê–la ou para conversar com ela.

Era a sua regra pessoal: Arranjar um motivo todos os dias para falar com a misteriosa Hinata.

Ele tinha que se aproximar da Hyuuga. E estava se esforçando ao máximo para isso.

Ela era durona, não deixando em que nenhuma brecha se abrisse. Mas ele não era de desistir fácil. Foi então que começou a notar algumas coisas:

1)Hinata não vinha para a escola todos os dias com o cabelo amarrado.

2) Ela era linda de cabelo solto.

3)Ela variava de vez em quando a tonalidade de suas blusas.

4)Ela era meiga e gentil com crianças.

5)Amava ler, qualquer tipo de leitura.

6) Ela sabia ser fofa quando era pega por desprevenida.

7) Uma garota totalmente diferente a de que falavam.

8)Era muito inteligente e talentosa quando o assunto era provas e apresentações em público.

9)Ele gostava de passar seu tempo com ela.

10) Hinata não tinha namorado.

11) E ele estava começando a sentir algo pela jovem de olhos perolados.

~*~

Numa manhã tranquila, Sasuke passava assoviando pelo corredor sentindo – se feliz. No final do corredor, havia uma garota parada. Uma de cabelos róseos.

Quando ele estava prestes a passar por ela, ela se pronunciou o fazendo parar de andar.

Sakura: Alto lá, Uchiha! – disse com os braços cruzados e com uma cara nada boa. Sua testa estava franzida e seus lábios cerrados.

Sasuke: Ah, olá Sakura – falou despreocupado.

Sakura: Vejo que está acompanhando bem a Hinata nestes últimos dias.

Sasuke: Sim, eu estou. Ela é uma garota legal.

Sakura: Eu sei disso – descruzou os braços e avançou um passo – Então por isso que quero que pare de jogar com ela.

Sasuke: “Jogar”? – repetiu – Mas do que está falando? – arqueou suas sobrancelhas.

Sakura: Estou falando daquela aposta ridícula que você e seus amigos fizeram! – os olhos dele se arregalaram e sua garganta ficou seca.

Sasuke: Eu...

Sakura: Apenas me ouça! – o interrompeu com o dedo indicador levantado pra ele – Ela é uma garota legal, bem legal. Ela apenas passou por algumas coisas desagradáveis quando pequena – colocou as mãos na cintura e o encarava – Mas pelo que vejo, alguma coisa saiu além dessa aposta.

Sasuke: C – como assim?

Sakura: Parece que ela está mexendo com você – abaixou o dedo indicador, suavizando bem mais a sua expressão.

Sasuke: N – não... Eu só... – passou a mão na nuca envergonhado.

Sakura: Se sente algo por ela, se abra com ela e acabe com essa aposta idiota. Porque não é bom jogar com os outros, fui clara?

Sasuke: Sim – afirmou com a cabeça – Aliás... Que coisas desagradáveis ela passou? – perguntou curioso.

Sakura: Isso você deve perguntar a ela – abanou com a mão dando tchau – Até mais – se virou e fez sinal de V com os dedos.

~*~

Ambos estavam sentados em um banco que ficava situado no parque perto da Avenida Beratorikusu. Um parque onde há muita grama verde e belas flores.

Um lugar bem iluminado. O que era muito estranho para Hinata, já que ela gostava de ambientes mais escuros. Foi porque o impaciente do Sasuke não parava de convidá-la para aquele lugar, então neste caso, ela não dispensou seus óculos escuros.

Hinata: Então era uma aposta? – Sasuke contou tudo. Detalhe por detalhe.

Sasuke: Mas nestes dias, eu estava ao seu lado porque eu queria estar! – ele olhava preocupado pra ela caso fizesse algum tipo de reação – Por favor, Hinata... – ela continuava a não olhar pra ele - Olhe pra mim, desculpe! – a abraçou desde já. Seus braços a envolvia fortemente e repetia várias vezes à palavra Desculpa.

Hinata: Uchiha... – o afastou dela – Eu já sabia da aposta – os olhos do rapaz se arregalaram, ficando totalmente surpreso.

Sasuke: O q – que? Mas como?

Hinata: Você sabe que Naruto tem um forte timbre de voz, não tem? – retirou seus óculos do rosto.

Sasuke: Então... Você ouviu?

Hinata: Sim – balançou a cabeça – Então quando eu soube, confesso que fiquei FURIOSA! – deu ênfase a palavra – Mas vi que você não desistia nunca, mesmo eu sendo a mais durona possível – lembrava-se das várias tentativas que ele recorria para ao menos conversar com ela.

Sasuke: Então por isso...

Hinata: Exatamente – olhou para seus olhos – E percebi que você não sabia que eu estava ciente da aposta. Então eu fiquei vendo até onde iria seu esforço.

Sasuke sorriu de lado.

Sasuke: Então a senhorita já sabia de tudo? – deu um peteleco em sua bochecha.

Hinata: Ei! – reclamou quando ganhou o peteleco – Eu quis saber até onde você iria...

Sasuke: E como eu fui?

Hinata: Confesso! Foi bem – Hinata bateu leves palmas – Você sofreu um pouquinho - sorriu divertida pra ele. Mas não era um sorriso de deboche ou qualquer outra coisa do tipo. Era um sorriso gentil, bonito, sincero! Aquele que ele queria ver – Mas não pense que esqueci essa sua tramoia! – virou o rosto ainda meio brava cruzando os braços quando notou que ele se aproximava.

Sasuke: O sorriso de agora a pouco... Eu gostei! – falou alegre chamando a atenção de Hinata - Sabe... – olhou para o céu, que estava lindo naquela tarde - Quando eu tinha oito anos, meus avôs faleceram num acidente de trânsito.

Hinata: Porque está me contando isso? – se virou para ele ainda com os braços cruzados.

Sasuke: Porque temos memórias que nem sempre queremos lembrar. Nosso maior desejo nesses momentos é que elas desapareçam – colocou as mãos atrás da nuca ainda mirando o céu - Mas não é assim que funciona – endireitou no banco, voltando à posição de antes - Mesmo com as dificuldades nós temos que seguir.

Hinata ficava atenta ao que ele dizia.

Sasuke: E você se fechou – se aproximou mais dela – Se trancou e não quis aceitar por algo ruim que passou.

Hinata: D – do que está falando? - descruzou seus braços.

Sasuke: Hinata... Você finge que não liga pra nada, mas vejo como seus olhos ficam ao falar com crianças – encostou com uma das mãos em seu rosto – Você só quer ficar no seu canto, mas sente vontade de ter amigas ao seu lado. É durona com a Sakura, mas quer abraçar ela tanto quanto ela quer te ver feliz – a olhava profundamente.

Hinata: É por que...

Sasuke: Você finge que não quer sentir nada por ninguém, mas aqui, comigo, demonstrou raiva, alegria e até um pouco de vergonha – a viu corar as bochechas.

Hinata: Eu...

Sasuke: Porque se esconder assim? – fazia carinho em seus cabelos – Vai doer tanto se você me contar sobre o que aconteceu em seus anos anteriores? – se aproximou mais – Eu estarei aqui para te ouvir.

E do nada, viu sair lágrimas nos olhos perolados de Hinata. Longas lágrimas pelo seu rosto. Escorriam sem parar por ele. O olho que estava pintado de lápis de cor preta começava a escorrer. Sasuke a abraçou e afagou seus cabelos, para que se sentisse confortável.

Hinata: Q – quando eu ti - tinha sete anos... – falava com dificuldade por causa das lágrimas – M – meu pai nos deixou -ele a abraçava mais contra ele.

Sasuke: Pode falar, eu a escutarei – sussurrava.

Hinata decidiu se abrir.

Hinata: Minha mãe... Passou por muitas dificuldades... – seus braços começaram a se erguer – E – eu sou a filha mais velha e q – queria ajudar... – seus braços foram de encontro com as costas de Sasuke – Mas eu ainda era mui – muito pequena... E n – não podia fazer muita coisa... – seus braços o apertaram forte.

Hinata estava recebendo e retribuindo um abraço. Coisa que ela não fazia há algum tempo. O apertou forte, como se não quisesse o largar.

Sasuke: Foi difícil, né? – afagava seus cabelos azulados – Posso imaginar.

Hinata: S - sim! Foi muito difícil – suas longas lágrimas molhavam a blusa de Sasuke - Passamos por muitas dificuldades! Tantas! Tantas dificuldades! – enfatizava.

Sasuke: E agora? Como estão as coisas? – continuava a abraça–la.

Hinata: Depois de um tempo passando por apuros, com ajuda, nos reerguemos. Minha mãe achou um homem decente que a faz feliz e é honesto. Mas eu acabei ficando com tanta raiva de meu pai biológico, que acabei me fechando para algumas coisas e...

Sasuke: Esquecendo as coisas importantes – finalizou para ela.

Hinata: Sim... Foi isso – se afastou dele devagar, passando a mão nos olhos molhados, esparramando a tinta do lápis de olho. Observou a situação desastrosa que havia ficado sua mão. Se ela já estava assim, imagina só seu rosto? – Ah, não... Devo estar “linda” – ironizou tentando imaginar seu rosto.

Sasuke: Você está linda! – a puxou pelos ombros, roubando um beijo dela.

Hinata podia muito bem o empurrar. Tinha forcas para isso. Mas... Ela deixou. Permitiu. Depois de tanto tempo ter ficado na escuridão, o que ela agora queria era luz!

A luz era ele. Sasuke Uchiha, da sala 305.

“Quem diria que poderia ser você”?

The End


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Notas finais do capítulo

Obrigada a quem leu até aqui!
Muito obrigada! ^.^

Se estão gostando das Ones, virão ainda mais! *---*
Nota: Para quem não sabe,
— Beratorikusu -

Significa Margarida em japônes ^.^

Se quiserem ir a um grupo bacana e são fãs de Sasuhina, este é o grupo:

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Vocês vão curtir *---*
É isso e obrigada por lerem!

— Giovana Berlanda



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