Winter Cursed escrita por Luh


Capítulo 3
Capítulo 2- Distantemente Perto


Notas iniciais do capítulo

Hey meus amores, este aqui é o primeiro Pov do meu amado Jack Frost, ele é bem curtinho, mas espero que gostem!
Boa leitura :3



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Pov Jack

A apresentação das regras e das outras coisas foi um completo inferno, principalmente para mim que estava com a cabeça nas nuvens, ou melhor na maldita carta de North. Apesar de eu estar distraído eu prestava atenção nos alunos, vi uma menina do primeiro ano se despedir da irmã com um abraço, e instantaneamente meu coração se apertou com a lembrança da minha irmãzinha, logo a irmã foi chamada e não demorou muio eu também.

Na divisão de quartos eu por sorte fiquei com Flyn, que graças aos céus sabia de tudo sobre mim.

Quando o diretor acabou seguimos para o refeitório eu seguia distante de todos, enquanto andava peguei uma foto em meu bolso, não era bem uma foto era uma pintura de minha família. Eu tinha por volta dos dez anos e estava com uma roupa social, bem eu era relativamente pobre então não era a coisa mais chique do mundo, mas era minha roupa social, ao meu lado minha mãe que segurava um embrulho no colo, minha pequena irmãzinha, e atrás de mim com a mão em meu ombro meu pai que sorria junto de todos nós, todos nós mesmo, ainda lembro que Julie sorria também.

Flashback onMinha mãe e meu pai junto com minha ajuda passaram meses economizando dinheiro para pagar o pintor. Papai com o trabalho dele, como ajudante de um carpinteiro, mamãe mesmo grávida engomava roupas, eu entregava as roupas, ajudava feirantes, vendia parte dos nossos ovos e parte de nosso leite. E com meses de economias juntamos o dinheiro necessário. Logo ao começo de julho, Julie nasceu e em agosto contratamos o pintor para retratar nossa família.
No dia três de agosto tudo foi uma correria, mamãe se arrumou e vestiu Julie, mesmo que só apareceria o embrulho em seu colo, ela fez questão de arrumar a pequena, papai tentava parecer bem, mas estava tão cansado que dormiu a manhã toda acordando atrasado para se arrumar, eu me vesti e ajudei Elana, a nossa tia avó com as malas, elas estava hospedada em nossa casa para ajudar com a bebê, mas graças aos céus estava partindo antes da chegada do pintor, por ela ser rica exigia muito de nossa aparência e era muito mandona e chata, se soubesse do pintor iria insistir para aparecer como destaque, ou usaria nossas economias para fazer seu próprio retrato.
As três em ponto o homem chegou e nós todos nos aprumamos em nossas posições. Quando o pintor acabou e entregou o quadro, junto entregou o papel com a mesma pintura a minha mãe.
– Jack, eu e seu pai economizamos um pouco a mais para pagar este desenho. Ele é pra você querido, para que nunca se esqueça que nós estaremos sempre junto à ti. Onde quer que estivermos nunca o abandonaremos, nem eu nem teu pai, muito menos Julie, nós três sempre estaremos com você. Não importa o que aconteça.
Eu os abracei contendo algumas lagrimas e os agradeci imensamente por aquele presente.
Naquele dia eu não entendi porque tanta preocupação para que eu os sentisse perto de mim. Só vim a entender quando meu pai partiu a serviço real. Dois meses depois um oficial apareceu em nossa porta notificando sua morte. Julie na época tinha pouco mais de um ano, mamãe já com a ajuda de papai se desdobrava por nós agora seria tudo em dobro. Eu nunca pudi chorar pela perda, minha irmã e minha mãe precisavam de mim. No fim das contas acabei assumindo o emprego de papai, junto com oque eu já fazia.Flashback off

Sorri amargamente perante a lembrança. De fato agora a pintura me fazia me sentir perto deles. Me fazia sentir com que eu fosse talvez receber cartas deles durante o ano perguntando como eu estava, que nas férias eu iria para casa brincar com Julie, comemorar o natal com todos eles. Mas a verdade é que eu não iria fazer nada disso, afinal todos eles estavam mortos. Com certeza eu iria ficar com meus companheiros Guardiões no natal, mas ainda assim não era como ter a sua família com você. Agora cerca de duzentos anos depois eu os sentia tão distantes de mim.
Cheguei ao refeitório e me sentei sozinho. Sozinho, era o que eu sempre seria, não importava que agora Jamie e as crianças pelo mundo me viam, eu me sentia tão distante de tudo, tão perdidamente sozinho.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Comentem!
Bjs amo vcs



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