Era verão e a garota corria, segurando os cabelos, por todo o campo florido.
Rapunzel Del'Corona finalmente se sentia livre. A única filha do rei e da rainha de Corona, fora raptada quando ainda bebê, e agora estava livre.
Mas não é isso que vou lhes contar, afinal do passado vocês já sabem. Vou lhes contar do que ela e outros jovens iram viver.
- Puz! - chamou Anna.
- An's! - disse Rapunzel correndo para abraçar a prima.
As duas se abraçaram e rolaram pela grama.
Mas o motivo para tanta animação? Instituto Rah'vennos, um internato para jovens especiais.
Entretanto, enquanto elas estavam tão contentes, havia alguém que não estava nem um pouco animada, que na verdade estava apavorada.

***
Ela permitiu que as lágrimas rolassem pelo rosto, enquanto o gelo e a neve dominavam o quarto.
Elsa se sentia completamente sem chão. A garota estava apavorada.
O que seria dela num internato? Aceitariam ela? E se ela congelasse alguém? Novamente seria um monstro?
Tantas perguntas e tantos medos atingiam ela, e a garota sem poder antigir de volta.
Uma batida soou na porta seguido de um chamado.
- Elsa? - falou a mãe da menina.
A loira descongelou a tranca da porta, conteu as lágrimas e reuniu coragem.
- Entre mamãe.
A rainha entrou e se sentou ao lado de sua filha perto da grande janela, pela qual Elsa olhava.
- Quer conversar? - perguntou a rainha quebrando o longo silêncio que se seguiu, após sua chegada.
- Mãe, sei que nada que eu disser vai mudar a ideia de vocês, tentei isso por dois meses, mas quero deixar claro como me sinto.
- Com medo de que a rejeitem. Medo de congelar alguém. Medo do que vão lhe dizer. - falou a mãe, interrompendo a garota.
Elsa apenas concordou, com medo de que não consiguisse produzir apenas um sim, sem se debulhar em lágrimas.
- Elsa, houve uma época, a não muito tempo, apesar que pareça que foi a muito, em que você vivia pelas ruas do reino congelando e descongelando, brincando com todos no Lago Congelado, o seu lago. Vivia com Puz, Merida, Anna e Melinda. Faziam tudo juntas, aprontavam todas! Era um terror segura-las. - Falou soltando uma risada. - Vocês eram a alma do Palácio a alma de Arendelle!
- Mãe, a alma de Arendelle é e sempre foi a An's! - soltou a loira cortando a mãe.
- Anna é a luz do Palácio e você é a alma Elsa. Todos adoram sua irmã não só pelo carisma dela como pela forma que ela faz com que você, mesmo que por pouco tempo, seja feliz, a adoram por ela lembrar você, mesmo que sejam tão diferentes. Querida você é a alma disso tudo. Arendelle não foi mais a mesma depois que você se afastou, o inverno não é mais o mesmo.
Ela fez uma pausa beijando a cabeça da filha.
- Meu amor, sei o quanto sofreu, sei o quanto cada tristeza a faz ter medo, sei que cada perda te amargura,sei o quanto tudo só piorou quando a crise veio. Você se afastou e entristeceu, o brilho dos teus olhos se apagou, a luz do so seu sorriro o segui. Se exilou no seu inverno eterno. E isso não lhe fez bem Elsa, por dois anos viveu assim na esperança de esquecer e superar, na esperança de retomar o controle, em parte retomastes esse controle, mas ele não é o mesmo! E a dor que tentou apagar ainda vive em você! Ora minha pequena a prova que teu exílio só a fez sofrer mais esta em seu passado, quando perdeu seu avô, no início chorou e não queria comer bem fazer nada, depois junto da neve e do gelo se divertindo e rindo nas ruas de Arendelle superou a perda. Agora quando se escondeu de tudo, não adiantou nada.
Elsa ouvia atenta. Lembrando-se das tantas vezes no passado que a mãe se sentára com ela e a consolara daquele jeito único.
- Este internato, é sua nova chance, sua chance de recomeçar de retomar teu brilho e tua luz, de acender a alegria dentro de você, de viver. Lá ninguém a rejeitará, é um lugar onde todos são espaciais como você. - completou a rainha.
Elsa apenas assentiu com a cabeça limitando um sorriso fraco.
A garota havia sofrido e se exilado, e ali pensando, refletiu que talvez tivesse sido a escolha errada, que talvez aquilo só tenha piorado. E que talvez merecesse um novo começo.
A menina apertou a mão da mãe que sorriu se lavantando para sair.

***

- Merida! Astrid!- berrou Stoico correndo atrás das duas garotas, seguido por uma viking loira e Fergus.
As duas meninas montadas em cavalos corriam mata à dentro. Dispostas a escaparem dos líderes raivosos.
- Acho que devemos parar. Angus está cansado. - disse Merida diminuindo a velocidade.
As duas pararam e desmontaram dos cavalos, se jogando na grama.
- INTERNATO? - berrou Astrid. - Enlouqueceram de vez?
- Provável.
- DROGA! Sabia que era estranho minha mãe me trazer para uma reunião de líderes. Mas sinceramente de quem foi a idéia?
- Da minha mãe... Tinha que ser. Uma amiga disse que iria colocar a filha numa escola para crianças especiais e blá blá blá, então minha mãe quis saber mais e resolveu que era perfeito para Merida, ora Fergus lá ela vai aprender tudo que precisa. - concluiu imatando a mãe.
- Ok. Mas onde eu, Berk e o resto do povo entramos?
- Meu pai é irmão de Stoico. E o resto bem a notícia se espalhou!
- Merda.
A ruiva apenas assentiu.
A verdade é que as duas mal se conheciam. Mas foram unidas pela mesma causa: uma reunião para que os filhos colocados no IR'V De enturmem.
E as duas, claramente opostas a idéia, fugiram.
- Achei vocês. - disse alguém a cima delas.
- HICCUP! - gritaram vendo o moreno voando no fúria da noite.
O moreno desceu do dragão e se juntou a elas, que estavam jogadas no chão.
- Vai nos obrigar a voltar?- indagou a loira segurando a espada.
- Não. Vou lhes dar uma escolha e esclarecer alguns mals entendidos.
Astrid soltou a arma e as duas o olharam.
- Não é tão ruim quanto parece. - começou Soluço.
- Tem razão é péssimo! - falou a ruiva.
- Merida. Calada.
O garoto enfiou um pano na boca da garota.
Já acostumada com as provocações dele por causa da convivência como primos, apenas tirou o pano. Ela iria se vingar, mas não naquele momento, afinal ele esperava pelo troco.
- Continuando. Não é uma prisão, escola e tals chato e tudo. Mas vocês não sabem como é.
- É pior do que ficar quase o dia todo na escola. É ficar o dia todo, todos os dias. - falou a loira.
- Não. Meninas lá teremos aulas diferentes como luta, magia, planos e estratégias dentre outras. Teremos televisão nos quartos. Comida boa. Liberdade para sair a qualquer hora deis que fora da hora da aula. Temos duas aulas vagas pela semana. Festas e atividades. E muito mais.
- Hic, eu fui feita para viver na minha cama, ou montada no Angus atirando flechas pela floresta. Sem Angus, sem arco e flecha, sem floresta igual sofrimento.
- Merida qual é o lugar é cercado de floresta, fica no meio do mato, tem um estábulo. E você pode levar o arco e flecha.
- Isolados? - perguntou Astrid.
- Não. Tem muita floresta, mas tem a estrada para cidade que fica a quize minutoa e tem alguns transportes.
- E a Tempestade?
- Pode levar ela. Vou levar o Banguela.
- É... Talvez.
- Pensem bem. Longe dos pais por quase o ano todo. Quando der saudades a gente visita eles, para mim e Astrid sem lavar louça e coisas assim e você Merida sem aulas chatas com a sua mãe e obrigações de princesas.
- Sem obrigações de princesa? Opa vamos agora mesmo. - disse a ruiva.
- Sem noção é isso que você é viu.
Os três riram.
Se levantaram e andaram até os cavalos que comiam a vegetação ao lado de arbustos de urtiga.
Assim que se apriximaram Merida empurrou Hiccup nas patas traseiras de Angus que deu um coice nele o empurrando para os arbustos.
- AHHHHH. Meu Deus me salve ahhh. - Gritou o menino voando para os arbustos.
Por sorte ele se queimou pouco com a planta, mas ainda assim rendeu uma boa zoação para as garotas.
- Você grita que nem menininha. - Falou Astrid rindo.
Assim um pouco mais calmas elas retornaram ao castelo de DunBronch.

***

O albino andava de um lado para o outro da sala passando a mão pelos cabelos quase brancos.
- Jack se acalma. - disse o velho.
- North, claro me acalmar assim que acabo de saber que vou ser jogado num internato. - falou cínico.
- Frost, você pode até ser um Guardião, mas diferente de todos nós esta na sua forma humana e necessita de algum ensino.
- Ahh. Que inferno North.
- E também vai como meu espião. Tem muita magia lá. Não queremos arriscar.
- Sou imortal não preciso de escola.
- Bem... Sobre isso... Você não é imortal.
- Como não? Se eu sou um Guardião.
- Bem... Seu passado contém coisas que o Homem da Lua não pode mudar e que ele decidiu e isso o inibe da imortalidade.
- Meu passado humano?
- Não. Seu outro passado. Mas isso agora você esquece.
- Vai pra escola sim e ponto final.
Jack fez surgir uma pilha de neve no chão do escritório e a chutou, fazendo voar flocos de neve pelo lugar.
- TA. - berrou antes de sair.
Com seu cajado vôo até a cidade para encontrar algumas roupas novas. Ele iria precisar.
- Frost! - gritou alguém atrás dele.
Virandosse ele encarou o moreno. Flyn Ridder.
- Hey Flyn!
- Oi, North me falou que você entrou. Que bom cara, não ficarei sozinho pelo menos.
Os dois riram.
- E ah ele mandou essa carta pra você.
O albino pegou a carta e leu.

Jack,

Voce saiu antes que eu acabasse de lhe dizer tudo e por esta carta vou te contar algmas coisas.Teu passado esconde muita coisa, teu poder esta em você a muito tempo, e em você a algo mais. Você ainda é o Guardião da Diversão e do Inverno, entretanto alguma magia passada tirou isto de você. Teus poderes permanecem, mas o resto não.
O motivo deu lhe contar isso agora é que sumirei por uns tempos.
Se cuida.

North.

Jack estava completamente confuso e atordoado. O que significava aquilo?

***

Bem meu caro, estes são nosos aventureiros que vão embarcar nesta história. Estes são os jovens especiais que vão entrar para IR'V e o que será que os espera por lá? O que será que Jack, Hiccup, Astrid, Rapunzel, Flyn Rider, Elsa, Merida e mais quem aparecer, vão aprontar? Em que encrencas eles vão se meter?

E ninguem melhor para nos responder que eles próprios.