Desejos de uma Adolescente escrita por Coruja Negra


Capítulo 24
Bônus


Notas iniciais do capítulo

Esse é o fim :'( espero que gostem. Beijos.



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Eu estou tão nervosa, afinal não é todo dia que se casa. Estou aqui no salão super nervosa.

– Liz, calma. Para de ficar batendo esse pé ritmadamente no chão. – meu cabelereiro, Nath, reclamou.

– Querida, não se preocupe. Vou fazer com que tudo dê certo. – a tia do Greg, minha atual tia Claudia, veio tentar me acalmar, junto com a minha mãe.

– Eu estou tentando, mas é difícil. Estou com medo.

– Medo de que minha filha?

– Eu vou morar em outra casa. E eu vou ter um marido, tenho meu dever como esposa. Será se vai dar tudo certo?

– Vai sim querida. Calma. Deixa o Nath terminar de te maquiar. Você não quer se atrasar, certo? – minha mãe tentou me confortar.

Deixei Nath terminar a maquiagem. Depois ele finalizou o cabelo e eu estava quase pronta. Faltava pouquíssimas coisas.

– Eu já vou indo, avisar que a noiva já está pronta. E eu vou entrar com o noivo... Não posso me atrasar. – a tia Claudia veio me dar um beijinho e saiu.

O frio na barriga aumentou quando eu vi que meu pai estava me esperando.

– Está linda minha filha.

– Oh pai. Eu estou tão nervosa.

– Eu já disse, se você quiser esperar mais um tempo eu não me importo. Quero te ter em casa, minha filha. Você está tão novinha, só tem vinte anos, por que a pressa?

– Eu pensei muito nisso pai. Não se preocupe, vou contiuar sendo sua garotinha.

– Mas em breve terá sua garotinha também. Prometi a sua mãe que não iria fazer você chorar. Vou te esperar no sofá.

– Querido, você esqueceu de dar seu presente para a noiva. – minha mãe lembrou.

– Presente?

Ele me entregou uma caixa preta de veludo. Ao abrir vi uma tiara prateada com pedras brancas.

– Que linda.

– Era da sua avó. Ela me deu quando eu casei com seu pai, agora é a sua vez.

– Obrigada mãe, pai.

Nath colocou a tiara no meu cabelo e depois disse que eu estava pronta. Meu pai levantou e fez menção para que eu levantasse também. Minha mãe me ajudou a colocar o sapato e eu fui em direção ao meu pai. Com a ajuda entrei no carro. Peguei meu buque de tulipas roxas e esperei meu pai entrar no carro também.

Quando o carro parou na frente da igreja eu quis correr. Mas correr para onde? Eu quero um abraço, mas o abraço que eu tanto desejo está no altar me esperando.

– Estamos atrasados uns quinze minutos. – meu pai falou.

– Só? Então vamos.

A porta da igreja estava fechada. Ainda bem. Respirei fundo e saí do carro. Nossa, tanta coisa aconteceu nesses quatro anos.

Depois de quase um ano de namoro o avô do Greg morreu. Foi um choque para nós. O Greg sofreu muito. Foi um tempo muito difícil. Ele passou um tempo morando no Brasil com o pai, mas depois ele resolveu voltar e seguir com os negócios do avô. Hoje ele é dono de uma grande rede de supermercados.

Eu estou terminando um curso de psicologia. Tanto por causa da minha faculdade como pelo trabalho do Greg vamos morar em Mebel.

Lembro que há um ano ele me pediu em casamento. Foi emocionante. Ele me levou para pular de paraquedas. Na hora ele me beijou e caiu. Eu soltei um grito. Mas depois vi que era brincadeira. Logo depois e pulei também, foi muito legal.

Fiquei olhando o Greg caindo. Quando o paraquedas dele abriu eu comecei a chorar. Estava um pedido de casamento no paraquedas dele. Quando cheguei ao chão ele se ajoelhou e me entregou a aliança. Eu quase não consegui falar. Tanto pelo pedido quanto pelo medo da queda.

Encarei a porta da igreja. Era agora. A marcha nupcial já havia começado. Eu não conseguia andar. Meus pés estavam paralisados. A porta abriu.

– Vamos Liz.

Entrei bem devagar na igreja. Eu só conseguia andar por causa da ajuda do meu pai. A igreja estava cheia de flores brancas e rosas. Olhei para os meus amigos que estavam presenciando esse dia tão especial para mim.

Confesso que estava quase chorando. “Não borre a maquiagem.” Aquela vozinha que dizem ser a consciência falou. Me esforcei ano máximo para não chorar.

Ele estava lá, esperando por mim. Mais lindo que eu imaginava. Eu me aproximava mais e mais do altar. Eu nem acreditava que era real. Ou seria mais um sonho meu? É tudo real mesmo?

– Cuida bem da minha filha. Entendeu?

– Eu vou cuidar sim.

– Meu amor, você está linda. – ele deu um sorriso enorme.

O padre começou a falar. Pedimos para que ele fizesse uma missa mais curta. Quase enfartei na hora que ele foi fazer os votos. Ele falou tão bonito. Fiquei até envergonhada quando foi a minha vez. Eu disse apenas um sim.

– O noivo pode beijar a noiva.

Greg selou nossos lábios brevemente.

– Isso é beijo que se dê na sua esposa? Dá um beijo nela, mas beijo de verdade rapaz. – o padre falou e eu sorri. Na verdade todos sorriram, menos o Greg.

Dessa vez ele me puxou pela cintura e selou nossos lábios. Bem devagar, mas profundamente. Nos separamos depois que o ar veio a faltar. Colamos nossas testas e trocamos um eu te amo.

É, agora sim. Estou casada. Encarei minha mão. Minha aliança estava lá. Casada. Agora sim é para sempre. Não custa nada começar a sonhar outras coisas.

– Thony, Olívia, Greg! – gritei – O café está pronto.

– Oi mamãe. Oi tia Claire. – minha pequena filhinha de quatro anos veio sentar-se à mesa.

– Bom dia querida. – minha pequena era tão fofinha. Ela era igual à mãe do Greg, por isso esse nome, em homenagem à ela. – Claire, põe um pouco de achocolatado para essa princesinha.

– Claro senhora.

– O Thony não vai vir não?

– Ele estava no banheiro.

– Bom dia amor. – Greg veio me dar um beijo.

– Bom dia. – sentei-me e comecei a beliscar uma panqueca. – Vou subindo, pois hoje chego cedo ao hospital. Você leva as crianças. – fui me arrumar para o trabalho. Sou psicóloga.

Entrei no closet para procurar algo para usar. Tirei o roupão e peguei minhas roupas.

– Você tem que trabalhar hoje? Eu posso chegar mais tarde. – Greg chegou me abraçando por trás e dando um beijo no meu pescoço.

– Você não tem jeito.


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Notas finais do capítulo

Brigada por ler. Beijos.



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