esse é o vestido que a Liz ganha do seu Adimirador

Quando acordei o rosto do Greg não me saía da cabeça. Acho que sonhei com ele. Mas não consigo ao menos lembrar.

Ainda bem que falta uma semana para acabar as aulas, enfim férias. Nada melhor que festinha. Sábado vamos ter uma festa organizada pela minha turma junto com os outros terceiros anos.

Nem preciso falar que a festa será demais. Será uma festa fantasia!!! Estou tão animada. Eu estou organizando, ando fazendo tantas coisas que nem deu tempo de procurar minha fantasia.

A festa foi organizada assim: venderíamos ingressos, apenas para o pessoal do terceiro ano, e com o dinheiro contrataríamos dj, compraríamos bebidas, salgados, arrumaríamos a decoração – essas coisas – e pagaríamos o aluguel do salão.

Mas não precisou de dj, Felipe, um garoto do outro terceiro ano, se disponibilizou como dj. Os doces foram feitos pelas meninas do terceiro ano 2, as bebidas ficaram com os meninos. O pai da Jéssica é dono do salão que iriamos alugar, como não teve nenhum aluguel para esse sábado ele nos emprestou, contando que no outro dia deixássemos tudo limpo.

No final a decoração nem custou tanto assim, resolvemos vender ingressos para todos, incluindo professores, pais e alunos. Então vamos pegar o dinheiro e fazer nossa festa de formatura.

Na escola os professores deram a nota e ficamos conversando, ainda bem que eu passei. Fui para o pátio junto com as meninas para terminar de organizar a festa, será num salão perto da escola.

– Acabamos por hoje, vamos para a minha casa? – Piettra pergunta.

– Não posso, tenho que ir na casa da Drica.

– Nós resolvemos ir para a casa da Piettra, pois o quarto dela é maior. – Drica me olha como se tivesse um plano super demais.

– Isso mesmo. Antes que você pergunte não vamos falar nada. Tudo o que podemos dizer é que um garoto pediu para que nós a produzíssemos para que ele vá te buscar na minha casa.

– Então não nos pergunte mais nada. – Drica falou me arrastando para o carro da Piettra.

Na casa da Piettra almocei com as meninas, depois descansamos.

– Seu Admirador é muito fofo. Bem, vamos. Pelo o que seu Admirador disse vocês vão ter que sair cedo.

Fomos para o quarto, escovei cabelo, pintei unha, fiz make. Todas essas frescuras. Quando fui me vestir elas me deram um vestido com renda preta.

– Nossa! Quem comprou esse vestido? Foi o meu Admirador? Caraca! Ele tem um ótimo gosto. – falei admirada. Que menino compraria um vestido desse?

– Relaxa, ele não é gay. Nós ajudamos ele a comprar. – Drica começou a rir.

Depois que elas terminaram fui me olhar no espelho e elas ligaram para alguém dizendo que eu estava pronta.

Fiquei esperando no quarto da Piettra. Elas me deixaram só. Logo um carro chegou e as meninas vieram me chamar. Desci com elas e fui para o carro. Elas me desejaram um boa sorte e eu fui em direção ao carro. Ao entrar no carro vi que o motorista era John e no carona ia Savannah.

– Então é você meu Admirador? – falei meio desanimada.

– Não. Relaxa. Sou apenas seu motorista. – ele riu.

– Até porque ele já tem uma alma gêmea. - Sav se manifestou.

Fiz uma pequena oração agradecendo. Fiz uma lista mental dos meus possíveis admiradores. Confesso que não passei de um: Jonathan. Não consigo pensar em outro.

Estávamos indo para a estrada. Ainda era cedo.

– Bem, para onde vamos?

– Olha, eu te levo até Mebel. É onde me mandaram te deixar.

– Quem mandou?

– Não adianta. Eu não vou falar.

– Liz, ótima notícia para voce: eu e o John vamos para o Brasil.

– Como assim?

– Sabe a carta do meu pai? Nela eu descobri um mapa. Ele quer que eu o encontre. Estou tão animada. E assim que eu encontra-lo a mamãe também vai.

Savannah estava tão animada que passamos a viagem toda conversando sobre essa a busca dela pelo pai. Eles me deixaram perto de uma pousada.

– Segue os corações que você chega na próxima etapa. – John disse ao me deixar.

Fui andando sobre os corações feitos de pequenas pedras brancas que me levavam para as dunas. Andei um pouco pelas dunas e sai procurando alguma coisa.

Encontrei um bug verde. Só pode ser isso. Fui em direção ao bug. Encontro Jonathan.

–Olá. É você?

– Não, apenas seu motorista.

Andar nas dunas foi emocionante, o vento balançava meus cabelos lisos. Estávamos indo para Chael Dor Toã, uma praia super legal, meio deserta.

Lembro que da ultima vez que fui a essa praia vi alguns garotos pulando de um penhasco, próximo a uma cabana, pareceu ser emocionante. Qualquer dia pulo de lá.

Jonathan me desejou boa sorte ao me deixar na beira da praia. Era um local lindo, simplesmente incrível.

A tarde já estava acabando e eu espero que não demore muito para encontrar esse meu Admirador. Já tenho uma leve ideia de quem é. Claro, só pode ser ele. (N/A: você deve estar torcendo para ser ele, mesmo sabendo que é ele)

Tiro minhas sandálias e começo a andar pela praia. A areia fofa sob meus pés. Fico pensando na vida, quase não percebo um barulho de cavalo, sim, cavalo.

Longe consigo ver um cavalo branco – sinceramente espero que montado nesse cavalo tenha um príncipe. Ao vê-lo chegar mais perto vejo quem é.

(N/A: Sim, é quem nós estamos imaginando. Você já sabe quem é não é mesmo? Não, você não sabe? Tudo bem, já vou dizer quem é.)

Olha, realmente é um príncipe lindo e maravilhoso. O vento batendo nos cabelos dele enquanto cavalgava.

– Oi Liz. – ele disse descendo do cavalo.

– Greg? Então é você?

– Sim, sou eu. Decepcionada?

– Jamais. – dei um sorriso – Mas juro que não imaginei que era você.

– Sério? Você é uma garota tão disputada assim?

– Não, é que sei lá. Eu vi o John e pensei que fosse ele. Quase surtei.

– Bem, eu chamei seus amigos, na verdade nossos amigos, para te pedir desculpas. Eu sei que agi como um idiota. Eu juro, não queria brincar com os seus sentimentos. Fui muito infantil. Só preciso do seu perdão. – ele disparou a falar, conseguia sentir seu nervosismo – Só me diz que está tudo bem, que não está chateada comigo. Eu comecei tudo errado.

– Shhhiii... – coloquei o dedo nos seus lábios em um pedido de silêncio – Sabia que você está falando demais?