Hope Mikaelson escrita por Yona


Capítulo 2
Capítulo II — Medo e Atração




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A vista panorâmica que Elizabeth tinha da cidade já era considerada monótona por ela a muito tempo. Afastou-se da janela e olhou ao redor era tão vazio aquele apartamento de cores preto, branco e cinza. Tão vazio quanto ela mesma se sentia.

Elizabeth sabia que deveria fazer algo útil com sua vida, além de jornalismo. Ela queria poder ser útil para alguém e não ser apenas mais uma humana como os outro milhares. Ela só não quer ser comum.

Esse desejo parecia ser tão maior que ela. E a angustia a corroia desde sempre por isso.

Mas com Kol... Parecia que conseguiria se aventurar e sentir a emoção que tanto procurara.

Passou os dedos entre os cabelos e sentou-se no sofá. Suspirou tentando colocar seus pensamentos em ordem e tirar suas conclusões sobre Kol.

Ele era imprevisível.

Ele era incrivelmente sexy.

Ele sabia que era sexy e usava isso a seu favor.

Mas... Ele era falso. Ela nunca mais ouviria uma palavra saindo de sua boca sem pensar se ele realmente falava a verdade.

Kol Mikaelson era perigoso. Concluiu.

E Elizabeth Clare gostava do perigo. Queria sentir emoção de verdade em sua vida pacata. E sentia que quando estivesse perto de Kol conseguiria isso.

Ela vem notando isso desde que o conheceu a dois meses. Começou a notar o medo e a atração por aquele jeito que ele tinha de ‘’as regras da sociedade não se aplicam a mim’’.

Ele era rebelde.

E a deixara frustrada a atração que sentia pelo seu medo. Não, na verdade ela sentia raiva por ter medo daquilo que a atrai...

Quatro horas antes.

Já era inicio de novembro e Elizabeth estava atrás de uma nova matéria interessante e só Deus sabe onde ela era capaz de se meter. Saiu de Chicago e pegou um atalho em uma rua de barro que ninguém ousava pegar, por que o caminho era longe e tinham grandes riscos de o carro atolar e alguém ser assassinado. A rua dava em Schamburg mas esse não era o destino de Elizabeth, ela descobrira em uma das suas investigações que havia um povo vivendo por aquela área. Não os culpava pelos assassinatos, na verdade duvidava que um povo tão simples pudesse estar matando pessoas, se fosse seria a troco de que? Não conseguia imaginar motivos.

— Eu não acredito — Bufou. Perto da trilha estreita e praticamente escondida que daria na vila estava o Vanish de Kol, com o próprio ali encostado observando o veículo de Elizabeth chegar.

Ela saiu do carro e quase tropeçou com seus saltos naquela estrada de barro arrancando uma risada de Kol.

— O que você está fazendo aqui? — pergunta semi-serrando os olhos.

— O que você está fazendo aqui? — Devolveu ele.

— O vilarejo — gesticulou para o lugar — Eu suspeito deles em relação ao assassinatos. Apenas suspeito, considerando que os corpos estão sendo encontrado nas redondezas da vila também existe uma probabilidade de estarem tentando incriminá-los.

— E deixe-me adivinhar... — Começou —Você quer ir bisbilhotar o lugar sozinha e escondida?

— Você acertou em cheio está ficando muito bom nisso.

— Você que é previsível. — Retrucou ele.

— Como me encontrou? — Foi direto ao ponto apesar de que já imaginava a resposta.

— Joanne a fofoqueira. — Elizabeth revirou os olhos.

— Maldita fofoqueira. Foi bom saber disso. — sorriu — Arrancarei a língua dela quando voltar.

— Ótimo então vamos. — Ele pegou os braços dela e a levou ao seu carro para ela não tropeçar. Elizabeth riu:

— Eu não vim de tão longe para chegar aqui e você me fazer ir embora. Me poupe Kol. — Se desvencilhou dos braços dele.

— Eu não vim de tão longe pra deixar você entrar em uma vila cheia de psicopatas. — Kol retrucou. — Você não vai passar por mim.

Elizabeth estreitou os olhos e avisou:

— Eu vou chutar você nas partes intimas se não me deixar passar. — Kol pegou os braços da garota o colocando contra as costas dela e a pressionando contra o carro. E se aproximou dela sussurrando em seu ouvido:

— Sua coragem insana é muito interessante para mim Clare. Mas se entrar naquele lugar não poderei ajudá-la apenas saiba disso.

Ela arfou de dor. Sentia como se estivesse alongando os braços depois de muito tempo parada.

— Me solta! — falou com raiva.

— Já que me pediu com jeitinho. —Elizabeth se apoiou no carro e mexeu os braços tentando parar com a dor. — Você não manda no que eu faço ou deixo de fazer, é meu colega de trabalho não meu tutor ou meu namorado.

— Você é idiota Clare. Não pode entrar naquele lugar.

— Eu não quero que elas me vejam idiota. Eu só queria dar uma olhada no lugar!

— A princesa pensou em entrar escondida com esses saltos? – apontou para os pés de Elizabeth – aposto meu carro que você tropeçaria no meio da vila pra todos a verem.

— A princesa sabe se virar sozinha. — Elizabeth se livrou do seu salto ficando descalça. A teimosia dela começava a irritar Kol que a encarou com seu melhor olhar de assassino tentando intimidá-la. Depois simplesmente poderia fazê-la esquecer se desse algo errado.

O original evitava hipnose já que não havia duvidas que Klaus a transformaria e se o fizesse a hipnose seria desfeita e tudo que ele não queria era fazer algo com a princesinha do cara que não pode ser contrariado ou coloca uma adaga no coração dos irmãos.

— Você deveria entrar na droga do carro agora, antes que acabe morta Elizabeth Clare. — Sussurrou em seu ouvido deixando-a em duvida se seria morta pelas suas mãos ou pelos vilantes provavelmente psicopatas. Ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

— Uau — sussurrou de volta sem medo. — Isso foi extremamente sexy.

Ele sorriu e a prensou contra o carro novamente beijando seu pescoço e descendo cada vez mais deslizando seus lábios pelo pescoço de Elizabeth enquanto travava uma batalha com a sua mente. Morde-la? Ou não?

Ele fora deslizando seus lábios até a boca dela, mas não fez nada. Apenas sorriu e se afastou a deixando atônita.

— Se eu fosse o assassino... Eu poderia matá-la aqui e agora. — Ele comentou gesticulando em volta, havia arvores para todos os lados e não vinham carros. — Estamos sozinhos e você é uma presa fácil Clare.

Ela engoliu em seco.

— Você é meu colega de trabalho a dois meses. Se fosse um psicopata já teria me matado. — Bufou. E então o encarou buscando coragem estava blefando ali, não sabia nada a respeito de Kol. — Não ouse me beijar em nenhum lugar nunca mais!

Ousou lhe desferir um tapa na cara fazendo com que ele virasse o rosto para o lado.

— Talvez eu não precisasse bancar o psicopata se você não tivesse esse desejo suicida...

— Desde quando você impõe limite as coisas? — estranhou Elizabeth. Kol geralmente adorava ir em lugares agitados. E com agitados ela quer dizer perigosos. Já ajudaram em um caso com um homem bomba por exemplo.

Kol mordeu os lábios e tentou uma abordagem diferente:

— Desculpe Elizabeth — pediu, mas não estava realmente querendo as desculpas dela, poderia fazer coisas muito piores se Nik não o colocasse no caixão caso descobrisse. Fingiu estar preocupado: — Só estou tentando fazer você voltar e parar de ser idiota a ponto de entrar em um lugar cheio de vilantes psicopatas. Acorda Elizabeth! Você poderia morrer e ninguém saberia como aconteceu ou talvez nem a encontrassem.

— Eu sei me virar sozinha. — repetiu sem humor. Sabia que era perigoso, mas estava tão determinada que tinha quase certeza que eles não a veriam e tudo ficaria bem. Talvez esse seja seu lado positivo e suicida falando.

Kol revirou os olhos e tentou pegá-la pelo punho e quando viu isso ela colocou as mãos atrás das costas e o encarou séria:

— Não toque em mim. — Quem ele pensava que era pra brincar com ela daquele jeito?

Quem ele pensava que era para impedir Elizabeth de fazer seu próprio trabalho.

A falsidade estava estampada em sua face e o que ela não suportava era gente como ele. Kol a tinha assustado com aquele olhar que parecera os de um psicopata. Havia mexido com ela vê-lo sombrio daquela forma pois aquele olhar parecia fazer parte dele a muito tempo. E Elizabeth já havia passado tempo suficiente com Kol para saber que ele era algum tipo de Bad Boy.

— Quer saber? — Mentiu — Estou cansada e quero voltar. Tem razão fora uma péssima idéia. — Calçou seus sapatos e abriu a porta do seu carro.

Elizabeth partira sem deixar de olhar pelo retrovisor Kol, olhando seu carro se distanciar.


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Notas finais do capítulo

Eu posso garantir que tem um bom motivo pro Kol não querer que ela entre naquele lugar. c:
E ai o que acharam?
Mereço um cupcake?

C:



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