NOTA: Essa história é baseada em fatos reais. Foi feita uma adaptação dos eventos ocorridos entre 8 de janeiro e 10 de fevereiro no povoado de Ponyville, Equestria. Foram encontrados na casa da vítima gravações de áudio, vídeo e anotações feitas à mão. Pequenas páginas também foram encontradas por todas as paredes da residência

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Dia 8/01/****

Bem, olá, meu nome é White Hooves, sou um pégaso e moro em Ponyville, na região sul, pra ser exato. Minha casa fica há alguns metros da Everfree Forest.

Tudo é tranquilo por aqui. Nada de pôneis fazendo barulho nem nada, com exceção de Fluttershy, minha vizinha, mas ela é um doce de pégaso.

Enfim, eu costumo caminhar quando chego do trabalho, vendendo e consertando relógios. Porém, recentemente, enquanto caminhava pela floresta, senti que algo me observava. Dei uma olhada ao redor e notei um pônei bem alto e vestido formalmente. Seu pelo era branco. Ele me encarou por um longo tempo, que se passou como segundos para mim. Finalmente sai do transe, esfreguei os olhos e, quando vi, ele havia sumido.

No caminho para casa, me perguntei quem seria aquele indivíduo estranho. E foi impressão minha ou ele não tinha um rosto?

Dia 11/01/****

Acho que aquilo mexeu comigo. Frequentemente eu vejo vultos pela visão periférica e me sinto vigiado. Também ouço barulhos no andar de baixo da minha casa durante a noite, como passos e coisas caindo, mas na manhã seguinte verifico portas e janelas e todas estão trancadas, como deixei antes de dormir.

Acho que são ratos, não sei ao certo. Talvez algum guaxinim da Fluttershy, sabia que viver ao lado de um zoológico amador seria má ideia...

Dia 15/01/****

Os vultos estão cada vez mais frequentes e reais. Posso ver o pônei alto nos pés de minha cama durante a noite. Ele fica lá, parado, me observando. Já chegou a ficar três horas seguidas me encarando.

Outro dia fui perguntar para Fluttershy se algum animal poderia estar entrando em casa e derrubando as coisas durante a noite. Embora saiba que era o pônei esguio, esperava que estivesse apenas tendo alucinações.

Ela respondeu que não e que, se quisesse, poderia ajudar. Acabei gritando com ela, fazendo-a correr chorando de volta para sua casa. Me sinto horrível só de pensar...

Meu humor tem mudado muito. Ora sinto ódio, ora sinto carência. Mas garanto que nunca me sinto bem...

Dia 19/01/****

Hoje eu fui até a biblioteca da Twilight para procurar qualquer coisa sobre essa aberração.

Desde a última vez que escrevi, a luz do dia passou a me incomodar demais. O dia todo mantenho as cortinas fechadas, com apenas uma única vela para que eu possa enxergar.

As mudanças de humor tem sido mais frequentes e mais radicais. Se sinto ódio, é um ódio profundo. Se me sinto pra baixo, pareço estar em depressão avançada.

Enfim, encontrei um livro bem antigo e desgastado sobre criaturas místicas e paranormais. Nele, encontrei informações básicas, como nome, Slender Mane, primeira aparição, que é desconhecida, e uma ilustração.

Era descrito como um ser semelhante a um pônei terrestre, anormalmente alto, com um rosto branco e geralmente inexpressivo e que veste um terno preto, justamente como a criatura que me assombrava. Também dizia que costumava perseguir ou sequestrar suas vítimas, pincipalmente crianças. Mas se eu já era um adulto, por que ele estava atrás de mim?

Dia 24/01/****

Sinto como se minha sanidade escorresse pelos meus cascos. Uma tosse terrível me pegou de surpresa. A luz do dia me incomoda ao ponto de causar queimaduras. Não durmo há dias e não como nada, apenas bebo um copo d'água por dia. Meu humor já não sofre mais alterações, permanecendo rabugento o tempo todo. Deixei de sair de casa para não explodir com ninguém

Slender Mane agora me traz coisas, coisas do meu passado. Já recebi a roda do meu triciclo, o colar de pérolas da mamãe, meu primeiro livro, entre outros objetos. Porém, um deles me chama a atenção: um rolo de filme Super 8 mm, o mesmo usado pra gravar minha festa de aniversário de 5 anos.

Ninguém foi, pois eu era o excluído da classe, mas aproveitei o dia mesmo assim. Enfim, imaginei que tivesse perdido o filme no incêndio que... Bem... Matou meus pais. Mas como o Slender Mane é uma criatura capaz de viajar pelo tempo, não duvido de mais nada...

Dia 30/01/****

Arranjei uma maneira de suportar o sol: sair encapotado. O calor é um problema, mas o menor deles. Não aguentei a curiosidade e assisti ao filme num dos velhos projetores da biblioteca. Incrível como eu me lembrava de tantos detalhes daquele dia.

Em um momento, porém, quando estava tentando acertar uma piñata, percebi que o Slender Mane estava entre as árvores ao fundo. Ele ficou lá, parado, como fez quando fui caminhar. Nessa hora, o filme simplesmente parou, mas o áudio continuou. Tudo que se ouvia era estática. Começou baixinho e foi aumentando gradativamente, até que o filme acabasse.

Acho que acabo de descobrir porque ele me quer.

Dia 10/02/****

Não sei porque me preocupei esse tempo todo, ele só queria me ajudar...

H̸̨̙̮̺̻̗͈͓̜̦̐̊̾ͪͯ̇ͣ̾̉̌ͧͨ͟ͅE̵̤̩̝̟͕̼̳̯͈͕̜̭͍̰̰̱ͣ͗̽ͤͣ̉ͥ͋̀̚͢͡L̋̃ͨ͆͊ͦ̕͝͏̜͚̮̪̟͕͘P̑̓̆͒̃ͯ͋͒ͤ͗͆ͪͬ̉̚҉̀́͏̘͉͙̭̳ ͙͍͓̩̥͎͙͍͇̻̩̞̬̦͚̻̰͐͛̍ͬͭ̽ͮͭ͜M̶̵̶̧̢̠̜̜̤͇͕̹̊̔̽ͤE͊͒̐̌̇̓͗̉͒̂̆͒̅͟͏̢̥͖̠̻̬͎͇͓͖̬̣̲̯͈̝͙̮͈͞ͅ!̧̟͔̩͍͎̬̫̖̖̠͉̅́̆̂̇ͫ̅ͯ͋͌̉ͯͯ̚͡͡ͅ
̢̲̙͙̳̘̣̫͓͈̼̭̞͍̘̼̅ͧ̒̈ͬͪ̓̏͋ͪ͢͠

Agora está tudo bem, não há nada com o que se preocupar...

N̂̓ͩͯ̓̿̉͒́̀̈́҉̷̳͚̟̝̱͓̺͈̝̣̜͓̯͓̜̀͜͡O̶ͬ͑ͮ͂͐ͣͦͩ̇̑̐ͣ̒ͤ͊ͧ͒ͨ́҉̜̝̘̻̗͖̖̦ͅ ̡̛̛̤̟̪̙̯̹͉̜̬̩̘͍̰̞̽̑͐͑ͬ͠E̡͎̩̞͕̗͓͍͇̻̗͊̐ͣ͒ͪ̂ͦ̚͢ͅY̴̘̤͖͔͍̲̖̳̯̦͔̿̆̈ͥͫ́͝E̸̸̹̘̘͎̖̻̰̜̩͇͔ͫ̾ͨ̾̈́̀͆̾͗̓ͭ̓ͤ̍̎̍̀́̚Ṣ̸̢̛̞̭͕̝͍̘̥͎̭̺̿͗̍ͤ̽͒̍͒̚

É hora de partir... Não me interessa mais nada por aqui... Ele me chama, e eu estou indo...