PDV Violetta

Eu estava assustada, mas não posso pensar nisso, agora. Sai da sala de música e vi o pessoal reunido, dei um sorriso e o Pablo avisou que como o espaço era pequeno que ele e a namorada dele conseguiram um espaço maior. Fomos para lá e as garotas começaram ensaiar Encender Nuestra Luz.

Encender Nuestra Luz

Meninas, amigas de verdade
Tornando realidade
Os sonhos e as fantasias

Com decisão e sem duvidar
Com os pés no chão

Voo para o céu
Tocando no sol
Estou voando
Não há nada que me pare

Serei o que quero
Que importa o que pensam de mim
Estou deixando minha pegada

Voo para o céu
Tudo está no coração
Somos as meninas guerreiras

Conquistando, lutando
Vou pelo que quero
Não me detêm um "não posso"

Meninas, amigas de verdade
Tornando realidade
Os sonhos e as fantasias

Meninas, amigas de verdade
Temos o poder
Podemos acender nossa luz

O destino está afora
E não pode esperar

Minha vida é o que sou
Uma aventura que começa

Voo para o céu
O mundo inteiro por andar
Tenho as asas abertas

Se é o que quero
Não busco uma explicação
Sei que não tenho fronteiras

Voo para o céu
Porque o coração nos move
Somos as meninas guerreiras

Avançando, lutando
Vou pelo que quero
Não me detêm um "não posso"

Meninas, amigas de verdade
Tornando realidade
Os sonhos e as fantasias

Meninas, amigas de verdade
Temos o poder
Podemos acender nossa luz

O destino está afora
O destino está afora
O destino está afora

Lutando
Vou pelo que quero
Não me detêm um "não posso"

Meninas, amigas de verdade
Tornando realidade
Os sonhos e as fantasias

Meninas, amigas de verdade
Temos o poder
Podemos acender nossa luz

O destino está afora
O destino está afora

O destino está afora
E não pode esperar

Pablo: Muito bem garotas. – parabenizou e ele me olhou – O que acham de Supercreativa?

Violetta: Tudo bem. – digo sem prestar muita atenção e vejo o olhar do León em mim, mas balanço a cabeça.

Supercreativa

Inexpressiva ou automaticada
Supercriativa ou muito apaixonada
Fazer tudo pra saber quem você é
Seguir o seu caminho se é assim que prefere

Ser quem você gosta, ser transparente
Ser diferente de muitas pessoas
Seguir um sonho e não desistir
Sua luz brilha e já se acende

Eu não sou um zumbi, eu não sou um robô
Faço o meu caminho e descubro quem sou
Vivo como eu sinto e isso me faz mudar
Sou diferente, única, única

Eu não sou um zumbi, eu não sou um robô
Faço meu caminho e descubro quem sou
Vivo como sinto e isso me faz mudar
Sou diferente, única, única

Eu não sou um zumbi, eu não sou um robô
Faço meu caminho e descubro quem sou

Eu não sou um zumbi
Eu não sou um ro-bô

Sem chip nem código de barras
Cantando todo o tempo vou tocando minha guitarra
Fazer tudo para se superar
E ser livre em este mundo cheio de disfarces

Ser quem você gosta, ser transparente
Ser diferente de muitas pessoas
Seguir um sonho e não desistir
Sua luz brilha e já se acende

Eu não sou um zumbi, eu não sou um robô
Faço meu caminho e descubro quem sou
Vivo como sinto e isso me faz mudar
Sou diferente, única, única

Eu não sou um zumbi, eu não sou um robô
Faço meu caminho e descubro quem sou
Vivo como sinto e isso me faz mudar
Sou diferente, única, única

Eu não sou um zumbi, eu não sou um ro-bô

Eu não sou um zumbi, eu não sou um robô
Faço o meu caminho e descubro quem sou
Vivo como eu sinto e isso me faz mudar
Sou diferente, única, única

Eu não sou um zumbi, eu não sou um robô
Faço meu caminho e descubro quem sou
Vivo como sinto e isso me faz mudar
Sou diferente, única, única

Eu não sou um zumbi, eu não sou um robô
Faço o meu caminho e descubro quem sou

Eu não sou um zumbi, eu não sou um ro-bô

Eu não sou
Eu não sou

Eu não sou um ro-bô

Ensaiamos e continuaríamos mais amanhã. Pego a minha bolsa e olho no relógio que era hora do almoço, respiro fundo e fico me perguntando como vou sair sem que o León fique desconfiado.

León: Vamos almoçar?

Violetta: Eu tenho que encontrar a minha empresária para acertar as coisas para o show. – minto e, isso me fez sentir péssima.

León: Tudo bem, então eu busco as crianças e passo um tempo com eles. – assinto.

Dou um selinho no León e recebo uma mensagem no meu celular com o endereço da praça. Ando até a praça e sento no banco então, eu sinto alguém se sentando ao meu lado.

XXX: Lembra-se de mim? – o olho e arfo.

Violetta: Matt?! – pergunto surpresa e um pouco assustada.

Matt: Precisamos conversar. – eu estava atônita.

Violetta: Eu não tenho nada para conversar com você. – digo entredentes.

Matt: Ah tem sim. – bufo.

Violetta: E se eu não quiser? – pergunto.

Matt: Você sabe que não é bom me desafiar. – segura o meu braço com força – Eu soube que sua vida está perfeita, se casou e ainda têm quatro filhos, meus parabéns.

Violetta: O que quer dizer com isso?

Matt: Eles sabem da verdade do seu passado?

Violetta: Se você está insinuando em contar o que aconteceu naquela noite, na igreja, ele já sabe. – digo.

Matt: Mas, tu contaste o que aconteceu depois? – abaixo a cabeça deixando algumas lágrimas caírem – Pelo que eu vejo, essa resposta é não.

Violetta: O que você quer? – cruzo os braços.

Matt: Almoça comigo e eu te conto.

Violetta: Depois disso vai me deixar em paz?

Matt: Se você cumprir sua parte, quem sabe. – fechei a mão em punho.

Violetta: Vamos logo acabar com isso. – falo.

Entrei em seu carro e fomos para uma parte da cidade que não é tão rica assim, mas não me importo. Fomos para um restaurante que até era aconchegante e simples.

Matt: Ainda é a mesma de sempre? – perguntou quando parou o carro.

Violetta: Se você está me perguntando só por causa de eu estar rica, eu virei outra pessoa, então não. – respondo.

Matt: Pelo menos isso. – revirei os olhos e entramos no restaurante.

Sentamo-nos à mesa próxima da janela e, logo, uma garçonete veio nos atender.

Garçonete: O que vão beber? – perguntou com um sorriso no rosto.

Violetta: Para mim suco de morango com laranja. – digo.

Matt: O mesmo que a senhora. – ela saiu – Difícil de imaginar que você casou, já que tu eras contra isso.

Violetta: Algumas coisas mudaram em mim.

Matt: Você está apaixonada?

Violetta: Acertou.

Matt: Por que nunca contou para ele, por medo ou vergonha do que ele possa achar de você?

Violetta: Sinceramente, eu não sei. – olho para baixo – Vai direto ao assunto.

Matt: Eu preciso de dinheiro.

Violetta: Quanto?

Matt: Um milhão e meio. – arregalei os olhos.

Violetta: Se meteu em problemas? – prendo o riso e ele fecha a cara.

Matt: Não é da sua conta. – respondeu grosso.

Violetta: Desculpa aí, mas se eu não fizer?

Matt: Além de conta a verdade ao seu marido, não verá tão cedo seus filhos. – rosno.

Violetta: Nem se atreva.

Matt: Então faça o que eu pedi.

Violetta: Vou ver o que eu posso fazer.

Matt: Muito bem, Sra. Vargas.

Almoçamos e ele me deixou na praça onde tinha me encontrado. Ando até o cais e pego a minha lancha. Dirijo até chegar a casa.

Encontro às crianças dormindo no tapete da sala e sinto um cheiro bom, eu vou até a cozinha e encontro o León cozinhando, eu abraço suas costas e, ele se vira para mim.

León: Oi. – me deu um selinho.

Violetta: Olá.

León: Como foi o almoço?

Violetta: Bom. – minto – E o de vocês?

León: Até que foi bom passar um dia com as crianças. – sorriu.

Violetta: Ótimo, eu vou tomar banho e já desço. – beijo sua bochecha.

Tomo banho e visto uma roupa leve. Ouço o meu celular tocando e vejo no visor que a Marina, ela me fala que amanhã mesmo eu posso passar o som depois do Studio, eu concordo e encerro a chamada. Eu ajudo o León levar as crianças para o quarto e antes de eu por o Ian no berço, o amamento e fico fazendo carinho no seu cabelo.

Saio do seu quarto e vejo o León encostado na parede com sorriso no rosto. Assistimos a um filme de comédia romântica e, depois jantamos. Pelo que parece às crianças iam dormir até amanhã.

[...]

Estávamos no Studio, ensaiando e vi o Tomás me chamando. Eu estranhei, mas pedi licença e nós fomos até a sala de música. Ele me olhou sério.

Tomás: Ele voltou a te perturbar? – perguntou.

Violetta: Como sabe?

Tomás: Ele me ligou ontem de noite e peguei o primeiro voo para cá.

Violetta: Eu achei que o meu passado já estava trancado. – suspiro e sento no chão.

PDV León

A Violetta estava estranha como se algo de ruim tivesse acontecendo e, ela não quer me contar. Hoje, aparece o Tomás e a chama conversa, eu vi a surpresa nos olhos da minha princesa, mas ela foi mesmo assim.

Eu não aguentava de curiosidade, dei uma desculpa qualquer e fui procurá-la. A encontrei na sala de música sentada no chão e percebo que nenhum dos dois me reparou.

Tomás: Ele voltou a te ameaçar? – ele quem? Eu fecho mão em punho.

Violetta: Sim, infelizmente. – colocou as mãos no rosto.

Tomás: Qual foi a ameaça?

Violetta: Se eu não fizer o que ele pediu, ele pretende contar toda verdade daquela noite do incêndio e ameaçou os meus filhos. – vejo o seu rosto banhado de lágrimas.

Toda verdade daquela noite? Ela não contou tudo? Ver ela daquele jeito acabou comigo, mas eu preciso de algumas explicações.

León: Que verdade? – pergunto tentando me manter calmo e ela me olha.

Violetta: Está me espionando?

León: Eu precisava saber o que tanto te afligia. – respondo sua pergunta.

Violetta: Não seria mais simples se me perguntasse?

León: Você nunca ia me dizer.

Violetta: Como pode saber?

León: Eu te conheço. – ela suspirou.

Violetta: Tomás nos deixe sozinhos. – pediu.

Tomás: Tudo bem, depois nós conversamos.

Ela limpou as lágrimas e virou de costas para mim. Eu não iria julgá-la por mais terrível que este fosse, eu não ia ser aquele rapaz que a julgou pela primeira vez, pois ela não merece mais sofrimento só alegria. E, se eu encontrar esse futuro defunto, ele vai aprender nunca mais mexer com a minha família.

Violetta: Vai me julgar dessa vez? – ouço um tom de acusação em sua voz.

León: Não. – nego.

Violetta: Eu te contei uma parte daquela noite, o pior ainda está por vim.

León: Estou escutando.

Violetta: Eu saí nervosa daquela igreja quando ataquei fogo, os “meus amigos” riam, como se fosse engraçado matar pessoas inocentes, eu estava tremendo de raiva e ódio de mim mesma por ser tão fraca. – ela diz tentando ser firme – Então, eles quiseram comemorar e me arrastaram junto deles, mesmo eu protestando dizer que não, o Tomás era o único que parecia arrependido, mas depois disfarçava.

Violetta: Eles beberam e, muito, quanto a mim fiquei tomando suco, depois de um tempo eu fui ao banheiro limpar o rosto e volto então termino de tomar o suco, mas o mesmo estava com um gosto um pouco diferente, por assim dizer. – ela se vira para mim e vinham mais lágrimas – Pelo o que o Tomás me contou, o cara que se achava o macho alfa do grupo, ele me...

Ela começou a soluçar e eu abracei, mas ela recuou como se temesse da minha reação.

Violetta: Ele me violentou depois de ter colocado boa noite Cinderela no meu suco e eu ter apagado. – ela me olhava com medo, mas a única coisa que eu pude fazer era abraça-la forte, a Vilu ficou assustada e surpresa, mas, logo, retribuiu o abraço – Não está bravo comigo?

León: Com você? Nunca! Pois, a culpa não foi sua, aconteceu mais alguma coisa? – eu tremia de raiva por alguém ter feito tanto mal ao meu anjo.

Violetta: Quando eu descobri, eu queria morrer então, pulei de um penhasco e foi desse jeito que eu parei no hospital, até que teve explosão, mas não fui ferida lá.

León: Por que não me contou?

Violetta: Porque você já tinha motivos suficientes para me odiar. – eu dei um beijo de esquimó nela.

León: Ainda bem que você está aqui e que não morreu. – ela deu um sorriso fraco.

Violetta: Foi sorte.

León: Não, foi o destino, dizendo que não era o seu momento de partir. – digo – O que faremos com esse defunto?

Violetta: Não sei, mas tenho medo de ele machucar as crianças.

León: Violetta Vargas está com medo, justo você?

Violetta: Pessoas como ele não se brinca.

León: E, nem com você, lembra-se quem você é, pois foi essa mulher por qual eu me apaixonei.

Violetta: Eu te amo.

León: Não mais do que eu. - ela me deu um soco no braço.

Violetta: Mentiroso. – brincou e rimos.

León: Só não me esconde mais nada, promete?

Violetta: Vou tentar. – arqueio a sobrancelha – Prometo.

Abracei-a e nós voltamos para o Zoom, eu senti que ela estava mais leve, mas estava preocupada ainda.

PDV Narradora

Não muito longe dali, tinha dois rapazes tendo uma conversa suspeita.

Matt: Você entendeu tudo?

XXX: Mas, se ele já sabe toda história.

Matt: Pode ser, mas os filhos dela ainda é seu ponto fraco.

XXX: Só não os machuque.

Matt: Pode deixar logo eu terei o dinheiro e você terá a garota, trato fechado? – estendeu a mão.

XXX: Trato fechado.