não deveria ser assim escrita por Finn the human Ghoul


Capítulo 18
A lembrança


Notas iniciais do capítulo

Darwin está confuso, e o Gumball ainda está perdido...
Vejam agora a história do Gumball de Almore...



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Darwin POV

Eu olhava pensativo para aquelas duas fotos, me perguntando sobre o porquê do estranho novo estilo de Gumball, e mais ainda sobre a estranha mudança que sofrera ao ficar ao lado da Carrie. O mais engraçado disso tudo é que mesmo eu gostando da Carrie, de algum jeito, neste mundo, eles faziam o estilo de casal perfeito. Era como se os dois se entendessem, como se um completasse o outro, ou confortar-se... Eu sei que a Carrie sempre foi do tipo deprimida ou solitária, mas eu nunca imaginei o Gumball dessa mesma maneira, oque será que o teria deixado deste jeito?

E acima de tudo isso ainda existia outra pergunta que ecoava incessantemente em minha cabeça. E o Darwin desse mundo, onde ele se encaixava em tudo isso? Era como se ele tivesse ficado de lado nessa história toda, sem participar em nenhum momento da vida dos dois. Era como se eu... Quer dizer Ele... Tivesse desaparecido... Ou até...

Abaixo a cabeça, pensando em tudo isso. Acabo sendo surpreendido pela voz de Gumball, que começara a contar uma história, enquanto olhava as fotos.

Gumball: aconteceu quando eu ainda tinha uns 13 anos...

Darwin: hãm? –a minha reação foi à mesma de Carrie (jovem), e dos filhos dele.

Gumball: era para ser um dia normal como sempre, mas...

Flashback de muitos anos atrás, em Almore...

Gumball POV

Estava um dia nublado, sem muitos raios de Sol. Fazia bastante frio e também... Muito tédio! Eu estava me divertindo (ou tentando me divertir) no quintal com o Darwin, jogando o nosso jogo “desafio ou enfrente!”. Ele estava ganhando por pouco de mim, com sua peça a apenas uma casa do campo de vitória, e a minha peça á exatas cinco casas da peça dele. Eu não podia deixa-lo ganhar, não pela terceira vez seguida! Faltava muito pouco para o jogo acabar, será que eu ainda tinha alguma chance? Eu sei que as chances deu ganhar são poucas, muito pouca! Mas não deixa de ser uma chance não é? Aliás, Essa é a melhor chance de vitória que tive desde o primeiro jogo de hoje!

Respiro fundo, e pego o dado. Seguro ele com firmeza, me preparando para lança-lo ao tabuleiro, torcendo para que eu conseguisse tirar esse tão sofrido seis!

Darwin: joga logo esse dado cara! – diz ele impaciente.

Gumball: calma cara, tenho que me concentrar. - digo tentando não perder o foco.

Darwin: se concentrar pra jogar um dado, sério? – brinca ele.

Gumball: não enche, eu quero ganhar essa! – digo tentando manter a concentração.

Darwin: qual é, você sabe que tem que tirar seis se quiser ganhar. –diz ele duvidando da sorte de seu irmão.

Gumball: não precisa ficar repetindo isso! – me preparo para jogar o dado.

Arremesso o dado, e depois de muitas cambalhotas, ele para no número dois, oque deixa Darwin quase pulando de alegria, quase por que ainda faltava o meu desafio. Pego minha peça com desânimo e avanço duas casas a frente, caindo em um campo de desafio obrigatório. Puxo uma carta e começo a ler o que ela dizia.

Darwin: vamos, mesmo perdendo você ainda tem cumprir o desafio, são as regras cara.

Gumball: tá, tá... Quieto. – o ignoro e continuo lendo oque dizia a carta, e ao terminar, dou um leve sorriso de esperança.

Darwin: por que o sorriso cara? – estranha ele.

Gumball: nada não. Aí cara, você pode ANDAR e pegar um copo d’água irmãozinho? – digo ainda com o sorriso sínico estampado na minha cara.

Darwin: tá... Bem. – ele fica confuso, mas vai assim mesmo.

Gumball: He-he-he, acho que eu ganhei dessa vez. – movo minha peça mais quatro casas, me posicionando no campo de vitória do tabuleiro.

Darwin volta com dois copos de água na mão, e entrega um deles para o seu irmão, que logo recebe. Os dois tomam um gole e colocam o copo sobre a grama, e voltam a dar atenção ao jogo, que por acaso já parecia ter acabado.

Darwin: então, onde que a gente estava... Mas oque?... Ei!

Gumball: oque foi, está surpreso?

Darwin: como assim você ganhou?! – diz ele, desnorteado.

Gumball: você me subestima demais jovem gafanhoto. – digo me gabando.

Darwin: espera um instante... Oque dizia aquela carta? – diz ele, franzindo a testa.

Gumball: acha que eu trapaceei? Então leia a carta. – lhe entrego a carta e vou para dentro de casa.

Gumball: vou comer alguma coisa, Tô com muita fome. – digo passando a mão na barriga.

Darwin recebe a carta e começa a lê-la, enquanto eu vou à cozinha pegar algo para comer. Uma chuva começa a cair do lado de fora, molhando a vidraça da cozinha, e depois vejo Darwin entrando de cabeça baixa pela porta do quintal, como se algo o tivesse lhe abalado. Fecho o armário com uns biscoitos na mão, e ao virar de frente sou surpreendido por meu irmão, que não parecia muito contente.

Gumball: oque ouve cara?- digo comendo um dos meus biscoitos.

Darwin: bicho... De estimação?- ele levanta a tal carta, mostrando estar se referindo a ela.

Gumball: Então, foi genial não? –digo me gabando outra vez.

Darwin: genial?! – ele aumenta o tom de voz, demonstrando que não tinha gostado da resposta.

Gumball: a carta dizia: “faça o seu Bicho de estimação realizar um truque quase impossível”, e o que é mais impossível do que fazer um peixe andar, sacou? Por que peixe não tem pernas, eles nadam! – começo a rir, mas paro no mesmo instante ao perceber que ele ainda estava sério.

Darwin: então eu sou só um bicho de estimação... Não é mesmo? – ele deixa a carta cair no chão.

Gumball: irmão? (foi algo que eu disse?).

Darwin:...“irmão”... Parece que não.

Ele sai da cozinha em direção à porta da sala, e passa por ela á deixando aberta. Acho que acabei falando besteira para o meu irmão, tenho que pedir desculpas á ele. Vou para fora de casa e vejo-o sentado na calçada, pensativo, em meio a toda aquela chuva. Mesmo debaixo de chuva eu ainda vou até ele sentar ao seu lado, buscando lhe pedir desculpas.

Gumball: cara... – tento lhe chamar a atenção.

Darwin: ... – ele observava algo do outro lado da rua, com um olhar triste.

Olho na mesma direção e vejo um cachorrinho de rua, do outro lado da pista. O cachorro ainda era um filhote, e parecia bastante cansado e sujo. Ao ver aquele filhote logo me lembro da frase “bicho de estimação”, e começo a ressentir sobre oque eu havia feito. Eu não devia ter chamado meu irmão disso, afinal eu o considero acima de tudo como o meu irmão. Sinto então uma vontade ainda maior de lhe pedir desculpas.

Gumball: olha cara, você..! – paro de falar ao perceber que o cachorrinho começara a atravessar a pista, buscando os biscoitos que eu levara comigo quase que sem querer.

Gumball: então você quer? – digo me referindo ao cachorro, enquanto estendia minha mão que segurava um biscoito.

O filhote se aproxima alegremente de mim ao sentir o cheiro do biscoito. Ele corre em minha direção com entusiasmo, molhando todo o seu pelo na chuva. Mas antes que ele chegasse ao meio do caminho, escuto o som da buzina de um caminhão de mudança, que vinha em alta velocidade pela estrada. Sinto um frio em minha espinha ao perceber oque poderia acontecer a aquele pobre animal, e antes que eu pudesse pensar em algo, acabo vendo um vulto laranja passando por mim rapidamente, em direção ao animal indefeso...

Fecho os olhos em instinto, e escuto o som de pneus freando bruscamente na pista molhada, seguido do terrível som de uma batida...

FIM do Flashback...

Darwin pov

Lágrimas desciam incessantemente do rosto de Gumball, e consequentemente dos meus também. Olho para o lado e vejo a mesma coisa com as duas Carries, que ressentiam de cabeça baixa, assim como as crianças. Um silêncio toma conta da sala, deixando apenas o som majestoso da chuva reinar sobre o ambiente. Escuto o álbum sendo fechado, e quando me dou conta, percebo a ausência de Gumball do sofá, que havias se levantado e ido para a cozinha pegar alguma coisa. Sigo para onde ele estava, e vejo-o tirar alguns biscoitos do armário, como se repetisse a cena da história que eu acabara de ouvir. Ele vai para o quintal da casa mesmo debaixo da chuva, oque me chama a atenção. Vou até a porta e o observo de longe, ele se aproximando de um cachorro grande e forte, que se protegia da chuva debaixo de uma casinha velha de madeira. O animal se aproxima com uma das pernas mancas, e recebe com alegria aqueles biscoitos molhados de seu dono, que entrega o petisco com carinho ao animal...

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

*Darwin e o seu orgulho...
*Darwin e o seu grande coração...

gostaram deste capítulo? digam oque acharam da história do Gumball de Almore, estou louco pra saber se gostaram!



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