não deveria ser assim escrita por Finn the human Ghoul


Capítulo 12
O Toque


Notas iniciais do capítulo

tive trabalho pra fazer esse capítulo, posso dizer que esse foi o capítulo que eu mais me empenhei para fazer, porquê? descubram :P
(obs: eu esqueci de postar esse capítulo e acabei pulando ele, e olha que é o melhor até agora T-T)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/587215/chapter/12

Eu encontrei um desses tais tesouros, nem acredito nisso! Mas por que não estou contente com isso? Eu deveria estar “pulando” de alegria agora, mas em vez disso sinto apenas um mau pressentimento quanto a esse objeto velho, e eles nunca são bons...

Examino o objeto redondo de cor dourada, e acabo percebendo uma abertura que parecia abrir a relíquia ao meio. Encontro uma trava e consigo abrir, mas logo percebo que estava vazio e com muita poeira em seu interior. Parecia ser só mais uma coisa inútil, criada só para enfeite, mas o estranho é que de alguma forma essa coisa me deixava nervosa, tenho uma leve impressão de que já vi esse treco em algum lugar, mas onde?

Darwin: Carrie, tá fazendo o quê, achou alguma coisa?-diz ele, emergindo e apoiando os braços no canto do lago.

Carrie: o quê? Nada, não estou fazendo nada. - digo eu nervosa.

Sorte que ele não pode ver essa coisa através da queda d’água. É melhor eu guardar isso logo, Teleporto o objeto brilhante para outro lugar, onde guardo minhas coisas, e volto para o outro lado do lago onde Darwin estava.

Darwin: achou alguma coisa lá?

Carrie: (não acho uma boa ideia falar o que eu encontrei, é melhor eu mentir, mas espera por que estou tão preocupada com isso, tudo por causa de um mau pressentimento?).

Darwin: Carrie? Algo de errado? Você não disse uma palavra. - insiste ele.

Carrie: eu só estava Pensativa.

Darwin: mas e aí, tinha alguma coisa lá?

Carrie: não tinha nada de mais lá atrás, acho que confundi o brilho da água com algo. – digo eu, “sentando” ao lado dele.

Darwin: entendi. Ei Carrie, que tal a gente aproveitar que estamos aqui e nos divertir um pouco?- diz ele, voltando a nadar.

Carrie: se divertir com o quê? Fantasmas não nadam, quando entro na água nada acontece, é como se eu voasse nela ou sei lá.

Darwin: mas se você não está se divertindo, então por que tá sorrindo desde que chegamos?- diz ele enquanto nada.

Carrie: quem não ficaria feliz num lugar como esse?

Darwin: se você tá dizendo. - diz ele, desaparecendo em um mergulho.

Vejo Darwin nadar mais um pouco no lago, mas ele decide parar e voltar para onde eu estava. Ele sai da água e senta ao meu lado, oque me deixa surpresa. Fico intrigada com isso, ele estava tão alegre nadando, por que ele decidiu parar? Decido então perguntar o motivo.

Carrie: você não ia se divertir?

Darwin: se você não pode nadar, então eu também não posso. - diz ele, com aquele seu típico sorriso.

Carrie: por que não?

Darwin: ver alguém fazendo algo que você não pode fazer não te incomoda?- diz ele, como se soubesse de um segredo.

Carrie: eu não disse que isso me incomodava.

Darwin: você não precisa dizer, eu sei que não gosta.

Carrie: você...sabe? como assim?- digo eu surpresa.

Darwin: não precisa fingir que não, eu tambêm me sentiria mal em ver pessoas juntas dando as mãos e se abraçando, sabendo que um fantasma nunca poderia tocar em alguém.- diz ele, tentando se colocar em meu lugar.

Carrie: bom... Não é só por isso... - digo eu, agora concordando com ele.

Darwin: não?- Diz ele surpreso.

Carrie: eu tenho medo de acabar ficando solitária como meu pai...- relembro do passado.

Darwin: como assim?

Carrie: ele... Tirou parte da sua vida, só para conseguir ficar mais perto da minha mãe, mas como ele ainda tinha um pouco de vida, ele não conseguia ficar muito tempo perto dela. No final ele acabou ficando longe dela, e longe de todos, sendo um fantasma vivo... Como eu. - começo a ficar triste nesse momento.

Darwin: nossa... Eu não sabia. Mas mesmo assim, você não está sozinha, você tem muitos amigos.

Carrie: mas não estou falando só de amigos. - digo eu, ficando um pouco corada.

Darwin: então você tem medo de nunca ficar perto de alguém que você goste?

POV off

Carrie: ...

Darwin: mas e o... Gumball?- diz ele, forçando as palavras que pronunciara.

Carrie: ...bom...

Darwin: espera você não..! - diz ele suspreso.

Darwin POV

Ela não gosta dele? Foi isso mesmo que eu entendi? Mas não faz o menor sentido! Ela conseguia tocá-lo. a não ser que... Espera, naquele bilhete que ela me deu, dizia “tenho várias poções aqui, e acho que essa não vai me fazer falta”. Então será que eles usavam uma poção para enganar a todos? E se for assim, qual o motivo disso?

Darwin: Carrie eu... Posso te fazer uma pergunta?- digo eu nervoso.

Carrie: perguntar o quê?- diz ela, também nervosa.

Darwin: se você não gostava dele, então como que você podia... Toca-lo?- quase que essas palavras não saiam de minha boca.

Carrie: na verdade eu meio que gostava dele, eu tentava de algum jeito sempre ficar mais perto. Comecei até a andar com vocês, conhecer os dois. Mais então, nesse último ano eu finalmente consigo, da pior maneira possível me aproximar dele. E no final de tudo, descubro que eu não gostava dele...

Darwin: como? - arisco eu a perguntar.

Carrie: eu não contei tudo naquele dia no ônibus, não é apenas o simples ato de gostar que me faça poder tocar alguém, está além disso. ”Ela não poderá gostar de qualquer um, apenas de um. o único que ela gostar de verdade, será também o único que ela poderá tocar, e se não for correspondido, ela não poderá tocar nesse alguém, e ainda por cima, em ninguém”. Essas foram às palavras da minha mãe para o meu pai, antes de partir.

Naquela vez eu vi que um fantasma podia chorar, pois vi uma lágrima descer do rosto dela, pingando no chão da caverna, fazendo um eco por todo aquele lugar.

Carrie: e depois de passar um ano ao lado do Gumball, eu nuca pude...toca-lo de verdade...

Darwin: como assim nunca?!

Carrie: a gente usava uma poção só para que os outros achassem que estávamos juntos de verdade.

Darwin: (eu acertei?!) mas porquê isso?

Carrie: por causa de um plano bobo de fazer ciúmes a Penny, que acabou durando mais do que devia.- diz ela irritada.

Darwin: mas se era só um plano, por que vocês passaram tanto tempo juntos?

Carrie: eu achava que tavez com o tempo, ele pudesse gostar de mim...

Lembro então daquele dia em que esbarrei nela, e lembro da sua história, e meu coração começa a bater rápido, será que então ela gosta de mim? Só há um jeito de saber.

Darwin: mas e se... você não gostasse dele.

Carrie: o quê?- diz ela surpresa, agora dirigindo o olhar para mim.

Darwin: você disse que os dois devem gostar um do outro, mas e se você não gostasse dele?

Carrie: se eu não...gostasse dele?

Darwin: Carrie...você lembra daquele dia que...esbarrei em você?

Carrie:..!- nenhuma palavra, apenas uma expressão de surpresa.

Darwin: se você gostasse mesmo dele, como aquilo poderia ser possível?- nem acredito que estou conseguido dizer essas coisas, meu coração tá quase saindo pela minha boca!

Carrie: você acha que...- diz ela bastante corada.

Darwin: Carrie...

Carrie: oque foi?

Carrie: posso...tocar na sua mão?

Ela se assusta com o meu pedido, mas ela não recua. Fico bastante nervoso com isso, aproximo minha mão bem devagar, quando mais perto eu ficava mais meu coração pulsava forte. Aproximo mais ainda minha mão, e consigo coloca-la sobre a mão dela, e para minha surpresa, consigo senti-la. Era a primeira vez que eu estava tão próximo dela, e eu sentia uma emoção tremenda dentro de mim, e parecia que ela também sentia o mesmo. Desse instante em diante nenhum de nós pronuncia sequer uma palavra, apenas nos olhávamos nos olhos um do outro. Meu corpo começa a agir por vontade própria, me fazendo se aproximar pouco a pouco, e ela parecia fazer o mesmo. Ficamos cara a cara, ofegante, e ela também. me aproximo ainda mais dela, até conseguir alcançar seus lábios, meu corpo treme e meu coração acelera, eu ainda não havia caído em si que eu tinha conseguido beija-la!

POV off

E um vulto surge na entrada na ravina, por onde haviam passado. Ouve-se um eco de uma gota batendo no chão da caverna, e o vulto desaparece dentre a passagem...

CONTINUA...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ainda tem muita coisa pra rolar na história, comentem o que acharam desse capítulo que eu fiz com tanto trabalho, para mim o melhor capítulo até agora, se o final não for melhor, e vai ser melhor ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "não deveria ser assim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.