Wandlore escrita por Salazar


Capítulo 2
Willow and Phoenix tears


Notas iniciais do capítulo

A detentora da varinha de salgueiro não possuí, na obra original, uma varinha de componentes identificados pela JK, por isso decidi tomar a liberdade criativa de lhe dar uma varinha com as características que pensei lhe enquadrarem.

Lágrimas de fênix foram uma escolha um tanto óbvia, embora Garrick não tenha costume de usar nada além dos três cernes primários para criar varinhas. A chance era boa demais para deixar passar e, francamente, não me arrependo de deturpar um pouco o que conhecemos do cânon, mesmo que eu tenha tentado segui-lo tanto quanto possível nas bases da história.

A madeira da varinha foi um pouco mais difícil de escolher, pois duas faziam jus as características que tinha em mente: uma era o salgueiro, a outra era o choupo-branco. Por fim, a capacidade de cura inerente presente no salgueiro acabou me passando mais confiança e a escolhi para fazer a varinha da personagem.

Quanto a quem ela é, acho que é bastante claro para quem se interessa pela obra, mas vou pedir para que me digam nos comentários quem vocês pensam que ela seja.



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Willow and Phoenix tears, 10 inches, malleable and flexible.

Para uma obra Olivaras, ela era uma varinha bastante incomum. Seu núcleo, feito de lágrimas de fênix, era certamente único dentro da loja empoeirada. Poucas e esparsas entre si eram as vezes que Garrick se dignava a usar um cerne líquido, ainda mais um tão raro quanto as lágrimas do pássaro-de-fogo.

Sua madeira, por outro lado, era mais comum. Um humilde ramo de salgueiro, cortado e polido delicadamente pelas mãos ásperas do criador de varinhas em um tempo há muito esquecido. Havia sido extraído de um cemitério num pequeno povoado chamado Godrics’s Hollow. Um ramo da árvore mais propensa a produzir uma varinha para curandeiros, extraído do local de repouso da vida. Garrick pensou que seria apropriado e, de fato, o foi.

Ela repousou em uma das prateleiras de sua loja por um longo, longo tempo, até que encontrasse seu dono. Era uma varinha um tanto inconstante, embora seu criador nunca tenha se arrependido de cria-la.

Foi, então, que ela a encontrou.

Na época, era apenas uma garotinha que havia recém-celebrado seu décimo primeiro solstício de inverno, jovem, inocente e inexperiente quanto a dor no mundo. E, no entanto, havia algo de especial sobre ela, bem no fundo de seu ser, rondando o núcleo de sua subconsciência. Um desejo, uma necessidade. Um propósito.

Curar e cuidar. Nutrir e suprir.

Ela havia encontrado uma bruxa digna pois, acima de tudo, era uma varinha da cura e da vida.

A varinha e a garota combinaram e se mesclaram no momento que a pele macia tocou a textura porosa da madeira, destinadas a estarem juntas até o fim.

Logo em seguida, essa garota foi para a escola, uma escola muito especial. Lá, ela aprendeu como se tornar uma com sua companheira. Aprendeu a confiar nela acima de todas as coisas. Aprendeu a se tornar uma pessoa melhor, uma pessoa mais compassiva e ciente das dores do mundo. Aprendeu a cuidar e a curar. Aprendeu que tudo tem um preço, até mesmo a vida.

Em sua idade adulta, se tornou uma curandeira. A inconstante varinha de salgueiro e lágrimas de fênix nunca esteve tão orgulhosa, tão feliz.

E então, veio guerra.

Seu cavalo vermelho trotou pelos campos como a miséria dada forma humana, ceifando a vida de milhões de pessoas com o balançar sangrento de sua espada.

Curandeiros não podem lutar.

Curandeiros não podem ferir.

Curandeiros não podem matar.

Mas curandeiros podem curar e curar foi o que ela fez.

Bom ou mau, certo ou errado, não importou para o balançar incansável da varinha de salgueiro. Ela e sua garota curaram a todos indiscriminadamente, trazendo alivio a miséria que havia se espalhado pelo mundo.

Doenças foram erradicadas. Machucados foram cicatrizados. Aqueles que estavam na beira da morte receberam um novo sopro de vida.

A garota e sua varinha lutaram por muitos e muitos anos, terríveis e temerários, mas prosperaram. A guerra havia acabado e muitas pessoas haviam sido salvas por causa delas. Agora poderiam descansar e relaxar daquela vida repleta de dor e sofrimento.

Mas o que fariam agora?

Um bruxo velho e poderoso, diretor de uma escola de magia, a mesma na qual ela um dia havia estudado, lhe veio uma com uma proposta irrecusável.

— Deseja trabalhar em minha escola? – Ele perguntou, - Peço que cuide de meus alunos, minhas crianças e que os ajude a viver e prosperar.

E ela, graciosamente, aceitou.

A escola na qual aprendeu sobre a dor do mundo seria por muitos anos o lar da garota com uma varinha feita para curar e nela presenciaria muitas coisas: boas e más. Lá presenciou a  guerra, a inocência do amor infantil e a dor de perder um avô.

E, no fim, a varinha de salgueiro com lágrimas do pássaro-de-fogo voltaria a repousar em uma estreita caixa de madeira uma vez mais, adormecida para sempre no lugar onde toda vida repousa, em paz.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem mais um capítulo da minha obra humilde, a qual sofreu uma reformulação no estilo de escrita, admito.

Em algum momento irei reescrever o primeiro capitulo para que se adeque mais ao novo estilo, mas esse dia não é hoje. xD

Até mais, todos vocês. ;3



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