Crimson Day. escrita por mschoiseul


Capítulo 20
Capítulo 20.




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October, 2nd of 2019.

Vicky’s P.O.V.

Brotei bem na entrada da minha casa, dentro a minha mãe já me esperava impaciente, tenho certeza. Ela sempre sabe quando broto desta forma na entrada de casa e não demorou muito para abri-la.

— Vicky! — Exclamou e me abraçou.

— Calma, mãe! Não é como se eu estivesse desaparecida. — Respondi num tom divertido enquanto retribuia o abraço. — Papai está em casa?

— Non, ele ainda non chegou.

Assim nós duas entramos e mamãe começou um belo questionário sobre Molly e os filhos, juro que quase fiquei com ciúmes. Mas eu me controlei, foi difícil, mas controlei. Contei tudo que havia acontecido, desde a briga de James com o Seth até a minha “conversa” com o babaca do meu primo. Ela pareceu chocada com o acontecido e preocupada com a Molly, uma preocupação que eu também compartilhava.

Não me demorei muito conversando com mamãe, eu precisava voltar para ajudar com as crianças e quem sabe bater no James. Estava prestes a me despedir dela para subir para o meu quarto quando papai chegou.

— Filha, você por aqui? — Ele brincou.

— Sabe como é… um bom filho a casa torna. — Nós três rimos juntos como meu último comentário.

— Como está a Molly? — Perguntou ele enquanto se aproximou me dando um beijo na testa.

— Está na mesma, pai… tio Harry obrigou James a cuidar das crianças e ajuda-la com o que precisar. Apenas um castigo por ele ter chegado bêbado em casa. — Fiz uma cara de não muito satisfeita e meus pais trocaram um olhar estranho.

— Vamos ver se assim ele aprende a ser mais responsável. — Minha mãe suspirou levantando-se para dar o beijo de “bem-vindo de volta” e “estava com saudades” no meu pai.

— Bom, eu vou subir e arrumar umas coisas, voltarei para ajudar a Molly. Mas antes vou almoçar com vocês. — Já estava quase na metade da escada e meus pais ao pé da mesma, olhei para trás e sorri, eles retribuíram e assim eu caminhei para o meu quarto.

O quarto estava exatamente como deixei, tudo bem seu devido lugar. Larguei a mochila na cama e comecei a separar umas roupas limpas para levar. Agora, sozinha no meu quarto e sem a correria de ajudar Molly com os gêmeos, tive tempo para parar e pensar um pouco, algo que me arrependi de fazer na mesma hora. Todos os pensamentos que me vinham eram sobre como me senti em relação ao Seth, desde o beijo com a Molly até agora, neste minuto. O incômodo no peito voltou com mais intensidade e eu já não sabia o que estava acontecendo. Já sei, preciso de um banho. Logo fui preparar o banho, liguei as torneiras da banheira e coloquei um pouco do sabonete de espumas. Quando voltei no quarto dei cara com a escrivaninha. Meus pensamentos voltaram para Seth… Eu deveria informa-lo sobre o que está acontecendo, Molly não vai ter tempo para tal. Tudo bem, mas só depois do meu banho.

Rapidamente me despi e entrei na banheira coberta de espumas. Tentei substituir os pensamentos com qualquer outra coisa que viesse a cabeça, tipo o quanto Hector está cada dia mais parecido com o James, em como Meghara está magrinha, mas ainda sim linda como a Molly… Molly, sempre recusando comidas alegando estar sem fome, se culpando por tudo que está acontecendo, cabisbaixa, sempre chorando, cansada de tudo… e ainda assim, colocando outras pessoas acima de tudo, - no caso, o James - enfim, sendo a Molly. Pensei até em como a casa fica vazia sem Louis e Dominique por aqui, mas eles precisam estar em Hogwarts. Então comecei a pensar no escrever para o Seth, claro que eu sabia o que ia contar, mas como contar eu não fazia ideia… “Seth, as coisas com a Molly não estão indo bem…” não, horível. o que ele vai pensar? Vamos, tente de novo. “Seth, tio Harry obrigou James a ajudar a Molly com as crianças…” não, direto de mais. Espere aí, estou pensando nele novamente. Escorreguei o corpo para baixo d’água e fiquei alguns segundos ali. Mas que droga. Segundos depois voltei a tona lentamente limpando a espuma do rosto.

Depois de não conseguir pensar em outra coisa que não fosse o ravino mais novo, eu desisti e saí do banho. No quarto arrumei minhas coisas e me vesti, fiz de tudo e mais um pouco para enrolar antes de ter que escrever a carta, mas por fim, foi o que fiz. Na escrivaninha peguei a pena e um pedaço de pergaminho, na estante, um livro qualquer, apenas para apoiar o pergaminho. Sentada na cama, comecei a escrever.

“Seth, as coisas não estão indo muito bem com a Molly, ela está cada dia mais magra e parece que Meghara vai no mesmo caminho.…”

Acabei começando a carta como pensei de início… babaca. Contei tudo que achei necessário dizer, inclusive as minhas suspeitas sobre Molly estar com depressão. Finalmente. Estava aliviada de poder compartilhar isso com alguém. Não enrolei muito na carta, ravinos não gostam disso, ser objetivo nesse tipo de situação é preferível. E assim terminei a carta.

“Victoire, a loira que você mais sentiu falta no último ano em Hogwarts.”

Depois de assinar enrolei o pergaminho e amarrei com uma fitinha azul, chamei por nossa coruja e ela veio rapidinho, sem perder tempo, pegou o petisco que lhe dei e alçou vôo.

Estava com tudo devidamente pronto minutos antes do almoço, desci as escadas e mamãe me esperava à mesa com papai ao seu lado. Nós conversamos, rimos e falamos sobre a falta que os meus irmãos fazem. Comentei o que aconteceu com papai, mas apenas por cima, mamãe explicaria mais tarde, tenho certeza. Mas o que mais intrigou foi a troca de olhares deles quando comentei sobre tio Harry ter castigado James. Aliás, estou surpresa que ele tenha percebido o quanto as crianças parecem com o filho e a partir daí deduzir que James é o pai delas. Tio Harry não é tão burro quanto pensei.

Esse tempo com os meus pais foi ótimo, até porquê passei uns dias longe deles e estava com saudades. Mas logo após o almoço tratei de tirar uma boa cochilada para então, ao anoitecer, aparatar para a casa da Molly.


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