Escolhas ruins... consequências piores escrita por Lilian


Capítulo 7
Brigas, descobertas e reunião de família.




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Tony geralmente não se importa com o que falam dele ou que deixam de falar, mas seu incômodo veio do fato daquele garoto se achar tanto a ponto de pensar que é capaz de lê-lo, de fato as coisas que ele disse era verdade, em seu íntimo ele sabia disso, mas nunca reconheceria de modo consciente ou ao menos falaria com alguém, depois daquele episódio, Tony, não mais o viu, tanto por estar ocupado em seus afazeres heroicos quanto por não ter interesse, sim, ele pensou em averiguar a vida do rapaz só pra poder mostrar que sabe coisas sobre ele também, mas a distração que veio graças a seu trabalho lhe tirou essa ideia.

Depois de finalizar uma missão no extremo oriente onde passou alguns dias ajudando a combater forças hostis e também procurando reféns presos em bunker subterrâneos, Tony, voltou a torre, estava cansado, mas não poderia descansar pois logo mais ele e seus amigos irão se reunir para montar uma estratégia de contra-ataque a Hidra que deixou muitos dos agentes da Shield feridos graças ao uso de seus inumanos.

Esperando pacientemente a descida do elevador, Tony cruzou os braços, se encostou e permitiu fechar os olhos, mas isso durou poucos segundos graças a campainha do elevador que sinalizava que ele já tinha chego em seu andar, e bastou dar três passos para que ouvisse os berros de um rapaz conversando no celular, Natasha levantou-se do sofá assim como Clint, Steve, curiosos pelo o desespero de Thomas que vinha correndo e seminu, o botão de sua calça assim como o cinto estavam abertos, ele segurava sua camisa e um colete da cor grafite em uma mão, seus cabelos assim como o seu corpo estavam encharcados evidenciado que ele havia acabado de sair do banho, seus passos eram apressados e ignorando a todos ele seguiu correndo pelo vasto corredor.

– O que foi isso? - perguntou Tony. - O Barton pegou ele com a filha?
– É o quê? - indagou Clint.
– Você não tá sabendo que ele tá querendo dar uns pega na tua filha? - perguntou Tony fazendo uma expressão de que está chocado por sua falta de informação.
– Agora ele sabe. - falou Steve.
– Se ele se aproximar da minha filha eu vou cravar o corpo dele com flechas.
– Tem o meu apoio, Legolas. Mas por que o ligeirinho saiu tão apressado?
– Acho que ele resolveu o caso. - respondeu Natasha.
– Caso?
– Ele tá prestando consultoria pro FBI.
– Sério? Que decadência, hein, pedindo ajuda a um garoto. Mas ele tá prestando "consultoria" pra que tipo de caso?
– Ele é um psicologo forense, pra que tipo de caso você acha que ele está ajudando? Ele é um garoto esperto, Tony, não o subestime. Tenho certeza que ele achou o assassino.
– Duvido. - rebateu Clint para Natasha. - Tudo bem que ele é um rapaz esquisitamente esperto e inquieto, mas se os outros que estão a mais tempo não descobriram ele vai descobrir? Acho que é só um palpite.
– Concordo com o Hank.
– Quem é Hank? - perguntou Steve e Tony levou a mão ao rosto.
– Hank é o arqueiro de um desenho chamado caverna do dragão, Rogers. Você tá descongelado a muito tempo já está mais do que na hora de se inteirar de tudo. - reclamou Tony.
– Não fico preso a personagens, Tony, e eu sei que desenho é esse só não liguei o nome a pessoa. Mas voltando ao assunto, eu concordo com a Natasha.
– Admirado eu ficaria se você não concordasse. Mas o que te dá essa certeza?
– O garoto sabe o que faz. Desde que ele entrou nisso que ele se isolou em um mundo totalmente dele, ele se trancafiou numa sala vazia por horas, espalhou casos pelo o chão, riscou a parede, refez as mortes com ajuda de hologramas, criou teorias, ele é incrivelmente empenhado em suas ocupações e estranhamente parecido com alguém que conheço, mas que foge da minha memória toda vez que eu tento me lembrar.
– Você já conviveu com alguém hiperativo, Steve?- perguntou Natasha querendo fugir do assunto de comparação para que ele puxando pela memória não lembrasse de Howard ou até mesmo de Tony.
– Não que eu saiba.
– Então ele não te lembra ninguém. Thomas é hiperativo por isso ele é tão elétrico e fica tentando fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo.
– Ah, então ele é igual ao Tony. - comparou Barton fazendo Natasha olhar para Tony de maneira receosa.
– Eu? Eu não tenho hiperatividade.
– Tem certeza? Já procurou um médico pra saber?- questionou Clint.
– Eu não sou, Barton, eu apenas gosto de transformar em realidade quase tudo o que eu penso.
– Olhando bem até que vocês se parecem...
– Ah, por favor, não comparem meu afilhado com o Tony.
– Ele que não merece ser comparado a mim, viuvinha.
– Claro.- retrucou com ironia.
– Agente Barton, Romanoff e Sr. Stark, o diretor Coulson, solicita a presença de vocês na reunião. - os três se dirigiram a sala de reuniões principal da torre onde se encontraram com os demais e discutiram sobre planos de invasão, foco da missão e a saída da equipe, eles não perceberam, mas haviam se passado algumas horas desde que se reuniram parte do atraso se deve a Thor que vinha de Asgard depois de uma batalha em um dos 9 reinos, quando a reunião acabou e todos se dispersaram a curiosidade por uma agitação na sala falou mais alto que qualquer sono ou cansaço e eles foram averiguar.
– Natasha, acho que seu afilhado tem alguma deficiência mental. - falou Tony ao ver Thomas dançando empolgado no meio da sala.
– Que dança midgardiana é essa?
– Não é uma dança, cara, é um passo e se chama Moonwalk.- explicou Barton.- E o miserazelzinho saber fazer direitinho.- falou ele divertido com a animação do rapaz.
– Peter, saca só. Oh! - Thomas gritou e esticou perna para que pudesse dar continuidade a dança de Smooth Criminal do Michael Jackson. - Annie are you ok?
So, Annie are you ok?
Are you ok, Annie?
– Ah, por favor! - Peter se colocou de pé e também fez o mesmo e a partir dali tudo virou uma competição entre os dois que arrancavam risos e palmas de todos que os assistiam, no entanto, a diversão acabou quando Thomas em um ato de ousadia roubou um beijo de Alice despertando a fúria não só de Barton como também de James que o acertou com um soco.
– Deu merda. - falou Tony ao ver que os dois iam brigar.
– Qual é a tua, Rogers?! Tá ficando maluco?! - indagou Thomas furioso com o seu nariz sangrando e querendo partir pra cima de seu agressor.
– Ele pode não estar, mas eu estou! - Clint tentou tirar satisfação com ele que foi protegido por Tony e Bruce.
– Calma, Clint, foi só empolgação de momento. - argumentou Bruce tentando contê-lo.
– Segura a onda aí, Robin Hood.
– Se tu quer aparecer, Rogers, pinta a bunda de amarelo e diz que é o sol.
– Respeito, Harris! Você tem que aprender a respeitar! - bradou James que era puxado por seus pais.
– E eu desrespeitei quem aqui?
– Ela! - gritaram Clint e James.
– Olha, se eu soubesse que ia rolar barraco tinha trazido pipoca. - comentou Peter.
– Não, não, você não tá revoltado por que eu a "desrespeitei" você tá assim por que eu desrespeitei você. Aqui é como se fosse uma alcateia tem a maior que é composta por seus pais e os outros e tem essa daqui que é a que você comanda, eu invadi seu espaço, me meti em coisas onde só você dá a palavra final e ainda tô tentando roubar a "sua" garota, e isso é inaceitável para o macho alfa, não é?
– Você não tá falando coisa com coisa, Harris, acho que o murro que te dei te fez ficar meio lele, mas sabe como é não é todo mundo que fica bem depois de ter sido golpeado por um super soldado.
– E mais uma vez o alfa aparece para mostrar que apesar de questionado ele ainda é o mais forte. Tô cagando e andando para o seu soro de super soldado, James!- ambos conseguiram se desvencilhar de quem os prendiam e se atacaram, mas o contato durou poucos segundos já que conseguiram apartar.
– Já gastaram a testosterona acumulada? - perguntou Alice sentada no sofá e lixando suas unhas. - Olha, fico lisonjeada por ter belos cavalheiros brigando por mim, mas vocês querem pelo amor de Deus parar com isso?! Quantos anos vocês tem? Cresçam! Papai, muito obrigado por sua proteção, mas eu podia dar conta. James, você não pode ficar todo violento só por que eu tô com um garoto, sempre te disse que te amo, mas é um amor de irmão. E, Thomas, eu conheço garotos que fazem o mesmo jogo que o seu e nem em um milhão de anos eu cairia nessa.
– Te provo o contrário antes disso.
– Ora seu...
– Tirem ele daqui. - ordenou Natasha furiosa com os dois.
– Vamos, Rocky Ballboa. - Tony o arrastou pra longe enquanto algumas vozes ainda alteradas ficavam cada vez mais distantes, acabou levando-o para o laboratório, Thomas procurou o sofá e Tony uma garrafa de uísque e algumas pedras de gelo.
– Maledetto, Infelice! - gritou ele e Tony riu entregando-o duas pedras de gelo que ele enrolou na camisa e encostou no nariz.
– Você é maluco, garoto.
– Só por que eu desafiei o todo poderoso James Romanoff Rogers? Ah, faça-me o favor.
– Não tô falando disso.
– E tá falando do que?
– De ter beijado a garota na frente do Barton, se ele tivesse com o arco a essa hora seus pais estariam recebendo a notícia de sua morte. - Thomas riu.
– Não é o primeiro beijo que dou nela. - Tony arqueou a sobrancelha e lhe entregou um copo com a bebida de cor âmbar. - Mas eu me empolguei e esqueci que estávamos na frente de todos e acabei fazendo o que fiz.
– Achei que ia demorar um milhão de anos pra ela cair no seu jogo.
– Eu não tô fazendo jogos, Sr. Stark, eu gosto dela e estou tentando conquistá-la. - ele tomou a dose de uma vez e não se importou com a ardência. - Tenho que pedir desculpas a minha madrinha. - ressaltou ele em um estado pensativo.
– Por que? James que começou a briga todo mundo viu.
– Você tem filhos?
– Não que eu saiba.
– Hm... Então imagine que eu tivesse feito o mesmo com o Howard, ele é o mais próximo que você tem de um filho, não é?
– Sim.
– Como ficaria se a briga tivesse sido entre eu e ele? Mesmo que você tivesse visto que foi ele que começou, como você reagiria? Ficaria do meu lado ou do lado dele?
– Do lado dele.- respondeu Tony sem hesitar.
– Por que ele é seu sobrinho e independente do que eu ou outros argumente você vai achar um meio de dar razão aos motivos dele. É da nossa natureza, é instintivo, por mais que saibamos que a razão é do outro, por ora nós ficamos do lado de quem temos afeto e por mais que eu seja afilhado dela, filho é filho.- Tony concordou com um aceno e se serviu a ambos com mais uma dose.
– Fiquei sabendo que você tá trabalhando pro FBI.
– Não, foi só uma consultória.
– Conseguiu pegar o cara?
– Por que você acha que eu tava dançando?- ele piscou o olho e tomou outra dose que lhe foi servida.
– O que ele fez?
– Imitação. Ele imitou um homem popularmente conhecido em Long Island como açougueiro.
– Sério? Tinha um nomezinho melhor, não?
– Bom, ele esfolava suas vítimas os esquartejava marcando cada pedaço como se fosse a parte de um animal e os entregava nos açougues de Long Island, então...
– É, o nome faz sentido. Como você se envolveu com isso?
– Enquanto eu tava na faculdade teve um seminário onde exploraram três casos não solucionados houve um interesse particular de cada aluno por um caso e o meu foi por esse. Eles estavam nos testando, sabe, vendo até onde nós éramos capazes de ir para conseguir nossas respostas e eu me envolvi nisso, eu foquei, eu criei teorias, dei ideias.
– E quais foram?
– Eu não lembro ao certo criei muitas teorias, busquei respostas do por quê dele ser assim, através da vitimologia procurei por algum distúrbio, mas caçar alguém sem face, sem um histórico familiar para avaliar é como dar um tiro no escuro, mas eu lembro que disse que um imitador ia aparecer e foi o que aconteceu. As incisões não tinham a mesma profundidade e precisão, os tipos de facas foram diferentes em pelo menos duas vítimas, fora que a desova era diferente ele sempre levava três sacos e seguia um ordem crescente, mas esse não tinha o mesmo cuidado e logo soubemos que era um imitador, no entanto, havia coisas ali que nem se você procurasse na Deep Web tinha como saber, mas ele sabia, apesar do descuido tinha uma riqueza de detalhes que me levou a crer que esse cara era um jovem aprendiz.
– E ele era?
– Não, era um homem traumatizado por ter ouvido de sua mãe a única vítima sobrevivente tudo o que passou. Ele cresceu ouvindo as atrocidades que sua mãe sofreu enquanto estava a mercê do homem que a sequestrou e mesmo depois de ter fugido e de ter passado por terapias ela não superou e ele também não, ela ficou violenta e descontou sua desgraça nele que cresceu acuado e traumatizado e bastou uma fagulha para que tudo voltasse a tona.
– E que fagulha foi essa?
– O aparecimento do homem. Ele se apaixonou pela a mulher e quando ela fugiu ele continuou com seus crimes, mas ficou procurando-a quando a achou ele foi atrás dela e foi como um choque de imediato ela o reconheceu e sua mente regrediu, ela ficou fragilizada e ele a levou o filho descobriu foi atrás e encontrou a mãe morta.
– E outro cara, o verdadeiro, ele foi pego?
– Ele estava morto. O filho da mulher o matou, o esfolou, esquartejou e jogou seus pedaços em um freezer.
– E o que levou ele a fazer isso?
– O pai fez isso com a mãe quando descobriu que ela estava traindo-o, desde então ele caçou pessoas que eram infiéis, ladrões ou que tinha cometido qualquer outro delito que ele julgava ser punível, daí o filho aprendeu e resolveu pôr em prática também.- Tony e ele se calaram por alguns instantes e apenas desfrutaram da bebida.
– Isso daria um bom filme.- comentou ele por fim.
– É, daria.

A conversa passou a fluir entre eles com naturalidade e Tony sem querer passou a observá-lo, ele tamborilava os dedos em uma sequência e não a mudava ele batia do mindinho até o indicador e recomeçava, quando o assunto era de seu interesse ele batia o pé esquerdo com força e logo fazia suas perguntas ou demonstrava o conhecimento sobre o assunto, no entanto, o que despertava seu interesse era em seu autopoliciamento ao perceber que estava corcunda, sua forma de arquear a sobrancelhas e de sorrir, a expressão de repreensão que ele sustentava e até algumas caretas que ele fazia enquanto se perdia em um turbilhão de pensamentos, traços e manias que fizeram Tony pensar no que Steve disse mais cedo, mas assim como seu amigo ele não conseguia lembrar com quem ele se parece.

– Vai entrar pro time B? - Thomas quase cuspiu o liquido e quando o engoliu ele riu.
– Não. Eu não tenho vocação pra isso e além do mais eu não tenho os requisitos para participar, eu não sou um Barton, Romanoff, Banner, Rogers e muito menos um Stark e até onde eu sei o time B é isso, os filhos ou no seu caso, sobrinho, dos vingadores assumirem os postos deixado por seus pais.
– Sempre há uma exceção.
– Não me imagino fazendo isso.
– Seu negócio é salvar as pessoas de psicopatas.
– Ou delas mesmos. - o celular tocando no bolso de sua calça capturou a atenção dos dois, tirando-o do bolso ele sorriu ao ver quem era pediu licença e se afastou para que pudesse conversar, minutos após andar pelo o recinto enquanto conversava ele finalizou a ligação e voltou ao seu lugar.
– Namorada?
– Professor. Ele é um grande amigo do meu avô paterno e também foi meu professor na faculdade na realidade quando o caso voltou a ganhar repercussão ele falou com uns amigos e disse que valia a pena arriscar em mim e como ele estava lá também não foi tão intimidador.
– Você não parece ser um cara que se deixa intimidar.
– Todo mundo se intimida com alguma coisa, Sr. Stark...
– Tony. Me chame de Tony.
– Todo mundo se intimida com alguma coisa, Tony, só tentamos não deixar transparecer. - recomeçou ele completando sua resposta interrompida. - Aqui tem tevê? Meu professor disse que irá passar a reportagem na CNN.
– Jarvis, ligue a tevê e coloque na CNN. - uma "parede" desceu e foi possível ver a televisão gigantesca ganhando vida ao ser ligada.

Não demorou para que as imagens aparecessem, agentes andavam de lá pra cá, duas ambulâncias estavam paradas com suas sirenes ligadas e portas abertas enquanto paramédicos atendiam algumas pessoas, uma faixa amarela impedia a passagem de repórteres e curiosos, e homens de ternos bem alinhados cediam uma coletiva.

– Eu conheço esse cara. - falou Tony quando a câmera fazendo um lento giro focou por alguns segundos em um homem de cabelos grisalhos que estava conversando com uma agente. - Ele se banha no sangue de virgens? Por que ele não mudou nada desde a última vez que eu o vi.
– De onde? - perguntou Thomas curioso.
– É meu ex-sogro.
– Que engraçado ele é o professor com quem acabei de falar.
– Sério? Achei que ele fosse um agente da CIA ou coisa do tipo.
– CIA? O Leonard da CIA?
– Leonard? O nome dele é Jason. Jason Potts, ele é o pai de uma ex-namorada e grande amiga. - Thomas travou, todo o seu corpo pareceu entrar em choque e demorou alguns segundos para que pudesse raciocinar e se movimentar.
– Tony... Eu... Tenho que ir, é... Foi legal a nossa conversa, até mais.
– Até.- ele abandonou o laboratório e depois de desfrutar de mais uma dose de uísque, Tony, fez o mesmo indo para o seu quarto sem nem desconfiar do segredo que soltou.

♦♦♦

Dirigindo em alta velocidade, Thomas, costurava por entre os carros na intenção de chegar logo ao seu destino, seu primo, Giovanni, que estava no banco do carona e meio sonolento tentava entender tudo o que seus ouvidos captaram até agora.

– Você tem certeza disso? Ele pode estar te zoando, Tom.
– E o que ele ia ganhar com isso? Ele não faz ideia de quem somos!
– Cara, não tem como ser ele, quer dizer ele conhece seu avô, conhece nossos pais algum deles dois o reconheceria.
– Ele "morreu'' quando eles ainda eram pequenos duvido muito que lembrem de alguma coisa.
– E o que você vai fazer quando chegar a casa dele, derrubar a porta?
– Se for preciso, eu derrubo. - os dois ficaram em silêncio e graças a velocidade que foi usada, eles rapidamente chegaram a casa de seu suposto avô no Green Village. Batendo na porta sem dó, eles logo viram a luz se acender e após o reconhecimento por um olho mágico a porta se abriu.
– Thomas, Giovanni, aconteceu alguma coisa?
– Aconteceu, Leonard, Jason ou seja lá qual for seu nome!
– Você andou brigando, Thomas? - perguntou ele preocupado. - E bebendo?- adicionou ele ao sentir o hálito do rapaz.
– Quem é você? - insistiu Thomas.
– Jason Potts. - respondeu ele depois de alguns segundos e sem ter intenção de continuar mentindo. Giovanni manteve um expressão impassível enquanto que Thomas levou suas mãos a cabeça percorrendo sua cabeleira revoltosa. - Vamos, entrem. - hesitantes, mas querendo respostas os dois entraram na casa do homem e logo viram algumas fotos deles e de seus pais em uma mesinha que fica ao lado do sofá. - Como vocês descobriram?
– Não interessa como a gente descobriu. - respondeu Giovanni.
– Queremos respostas. Por que você foi embora? Por que deixou que todos pensassem que você estava morto e depois fingiu ser outro alguém? Por que não disse a verdade?
– São muitos por que, eu sei, mas vamos do começo.- olhando as expressões impacientes e revoltosas de seus netos, Jason, começou a falar, relatou tudo o que se passou com ele e todos os seus motivos, mas isso não fez com que os rapazes parassem olhar pra ele com um certo desprezo. - Eu sempre estive por perto de vocês, sempre. Quis manter distância, mas não consegui, quando vi vocês e tudo o que seus pais construíram eu simplesmente não consegui me afastar.
– Era por isso que você evitava conhecer a nonna. - relembrou Giovanni.- Por que ela ia te reconhecer.
– Quem sabe da verdade?
– O Travis.- respondeu ele se referindo ao pai de Zack.
– Meu pai sabe disso? - Jason assentiu e Thomas fechou os punhos com raiva.
– Zack sabe a pouco tempo. Quem você acha que disse a ele pra que mandassem vocês pra cá? É, foi eu, eu sabia que ia ser uma questão de tempo até um de vocês ou os dois fossem tirar satisfações com os caras que drogaram e tentaram abusar da sua irmã, então eu mandei que os vigiassem.
– Nos vigiar?
– Agradeça por isso, senão vocês estariam presos por assassinato.
– Os outros...
– Mortos e enterrados. Todos eles. Vocês nunca se perguntaram o por que de não ter notícias de que um estudante americano foi morto na Itália? Quando vocês correram os meus contatos entraram em ação tiraram o corpo dali, foram atrás dos outros e os encontraram dois dias depois. Livrar a cara do Giovanni seria fácil mesmo por que eles nem lembravam dele, mas a sua eles sabiam quem você era graças as inúmeras fotos que circulam por conta da fama de sua mãe e foi por isso que te envolvi com o FBI, sendo um agente federal e tendo a mim e meus contatos eu te blindaria e poderia abafar tudo.
– E como você sabe que eles sabiam quem eu era?
– Meus amigos se passaram por policiais, fizeram perguntas, eles te descreveram e disseram quem você era, eu não tive outra opção a não ser fazer o que fiz.- o silêncio entrou em ação e durou uma eternidade até que os rapazes tomaram a decisão de ir embora sem falar com Jason ou olhar pra trás.

♦♦♦

Depois de tantos dias de saudades, Pepper, finalmente iria se reencontrar com seu filho que estava nos Estados Unidos, a viagem foi longa e apesar da distração que Zack lhe proporcionava a ansiedade por querer ver seu filho aumentava a cada segundo, quando o jatinho pousou já se passava das 20:45 da noite os dois desembarcaram e entraram no carro que estava a sua espera.

– Querido...
– Você quer passar na torre pra vê-lo, né?
– Tá tão na cara assim?
– Quase não se nota. - respondeu ele.- Eu te deixo lá vou para o hotel tomo um banho e depois vou buscar vocês, tá bom assim?
– Maravilhoso. - ela se aconchegou ao marido no banco de trás do carro e esperou pacientemente até chegar a torre, despediu-se com um beijo adentrou ao local se identificou e logo pôde subir, ao sair do elevador a primeira pessoa que viu foi Rhodes que lhe deu um carinhoso e demorado abraço, conversou com ele por alguns minutos e como soube que Natasha e Coulson não estavam na torre ela manifestou a vontade de ver seu filho.
– Você deve estar ocupado, Rhodey, e eu não quero atrapalhar será que tem algum guia aqui?
– Serve uma inteligência artificial com sotaque britânico? - perguntou Rhodes e Pepper sorriu.
– Olá, Jarvis! - falou Pepper com entusiasmo. - Lembra-se de mim?
– Claro que sim, Srta. Potts, devo dizer que meus sensores sentiram falta da sua presença.
– Também senti saudades. Será que você pode ser meu guia?
– Com prazer. - Pepper deu um até logo a seu amigo e com a ajuda de Jarvis se locomoveu pela torre, antes mesmo de entrar no laboratório a porta se abriu deixando sair um desajeitado Tony que vinha sendo segurado por Thomas.
– ...Tire isso da minha cara. - ordenou Thomas.
– Não está na sua cara, está na minha mão.- rebateu ele sorridente.
– Então tire isto que está na sua mão da minha cara.- ele rolou os olhos e baixou a mão que segurava com um tubo de ensaio, mas ao olhar pra frente deu de cara com Pepper.
– Pepper? - ele estancou ao vê-la, mas logo um largo sorriso percorreu seu lábios.
– Tony? - respondeu ela inerte e pasma por estar diante de seu ex-amor e do fruto que ele ajudou a gerar, percebendo o clima que ficou no ar, Thomas, olhou para seus pais e pigarreou em uma tentativa de parar com aquilo.
– Err... Pep, esse é Thomas. Thomas, essa é a Pepper uma amiga e ex-namorada. - os dois trocaram olhares ela de medo e ele de impassividade, o suor dela chegava até a escorrer pelo os cantos dos olhos de tanta tensão e sendo pega de surpresa o rapaz estendeu a mão para cumprimentá-la que de forma automática retribuiu o cumprimento fingindo não conhecer seu próprio filho.


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