No dia seguinte, Dalton vai para as últimas aulas da faculdade. Assim que ele chega, Lily vem correndo em sua direção:

– Você tá chegando agora?

– Sim, o que foi? Aconteceu alguma coisa? Parece nervosa. - ele diz

– A Lanna sofreu um acidente ontem no clube da natação, ela... Sei lá, caiu e bateu com a cabeça na borda da piscina. - responde Lily. - Ela morreu na hora.

– O quê? Como assim, de repente? - indaga Dalton.

– Ela tava treinando salto e quando ia pular parece que a prancha se partiu e ela caiu de mau jeito e bateu com a cabeça.

– Espera aí, você disse que ela tava treinando em um pátio de natação? - pergunta Dalton.

– Foi, ela ia saltar na piscina.

– Uma piscina? - ele pergunta lembrando imediatamente da piscina da foto no computador.

– Sim, por quê?

– Lily, que horas mais ou menos isso aconteceu?

– Bem, o treino dela era as duas da tarde, então... Por que? O que foi?

– Não, nada. - ele responde. Foi pouco antes desse horário que ele viu a foto no computador.

– Vamos, o funeral tá acontecendo nesse momento. - diz Lily puxando Dalton. Na hora em que eles chegam o diretor discursava:

– Nada poderia compensar o que essa garota já viveu. Ela foi uma enorme perda para a nossa universidade e em como ela seria uma das vítimas daquele desabamento e viveu tão pouco depois disso, nós não podemos fazer nada a não ser lamentar. Mas nós vamos lembrar do nome dela: Lanna Blayer, assim como vamos lembrar o nome de todos os alunos que morreram naquele desabamento. A morte chega para todos um dia e não tem como evitar. - o diretor termina. Mais alguns professores falam inclusive sua treinadora e o funeral termina em seguida.

Dois dias se passam e Dalton se sente inquieto, se sentia mal, era uma sensação muito ruim. Ele sabia que não estava só, desde aquele dia do desabamento que essa sensação, essa presença não lhe deixava em paz.

Ele lembra novamente da premonição, da morte de Lanna e da foto da piscina. Dalton para um pouco e pensa: " E se aquilo não foi um sinal?". Ele liga o computador e tenta abrir a mesma página, mas a propaganda não aparece, tenta procurar na internet, mas não encontra. Era como se aquela propaganda nunca tivesse existido.

– Droga! - ele resmunga. Então decide pesquisar sobre premonições, ele digita a palavra premonição e aperta enter.

Leo chegava ao estúdio para ensaiar algumas músicas da banda e se possível fazer algumas gravações.

– E aí, vamos começar? - pergunta o vocalista de sua banda.

– Claro, eu tô pronto. - ele responde pegando sua guitarra afinando - a. Pega seu fone e o ajusta nos ouvidos. A banda começa a tocar.