Academia de Vampiros- Sonhos Negros ????HIATUS???? escrita por DivaBelle


Capítulo 21
As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar.


Notas iniciais do capítulo

Oi oi pessoal, primeiramente Feliz Dia dos Pais se tiver algum por aqui! Estou de volta com mais um capitulo que eu diria ser um dos meus prediletos pois é um crossover com uma outra história que estou escrevendo e que em breve postarei aqui pra vcs tbm!!! ♥♥♥♥♥♥

Já peço desculpas por eventuais erros ortográficos, de concordância nominal ou verbal; estou sem beta por tempo indeterminado e erros podem aparecer, então please relevem!

Amo vcs... Enjoy the historie! ;)



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A viagem já se estendia por uma hora e o tédio me dominava. Pensando bem, essa não tinha sido uma boa ideia. Não gosto de ler, raramente ouço música e estar em silencio não estava ajudando em nada para aliviar minha mente.

Serena o dominava por completo. Ficava repassando tudo o que foi dito, feito, pelo menos o pouco que me lembrava, e nada me vinha à cabeça. Isso era tão frustrante quanto saber que não consigo dominar os efeitos do Espírito.

—Com licença...

O jovem moreno, baixo e com uma cabeça levemente avantajada, que antes estava sentado á minha esquerda está parado ao meu lado, me olhando envergonhado.

— Posso me sentar? – olho para onde antes ele estava e percebo que sua parceira está dormindo escorada na janela. Meus guardiões me olham prontos para levantar e o impedir, mas faço um sinal com a cabeça para que fiquem tranquilos. Com um suspiro, aponto o assento á minha frente.

—Desculpa incomodar cara, mas eu não estava mais aguentando ficar sentado ali.

— E decidiu então que seria melhor sentar aqui?- pergunto com um sorriso irônico. Ele ri balançando a cabeça e roda a xicara de café em suas mãos.

— Mais ou menos isso. Muito prazer, meu nome é Nanehr!- ele estende a mão e faço o mesmo.

—Adrian!

— Na verdade é Ricardo, mas ninguém me chama assim. – ele dá de ombros e beberica de seu café de cheiro bom. — Pra onde está indo?

— Munique.

— Legal. Não passei por lá, mas pretendo ainda nesta viagem. Você é americano?

— É...

— Vou para lá também, talvez próximo ano. Minha amiga é fascinada por Nova York e a Broadway, então pretendemos ir ano que vem. – ele sorri.

— Vocês vão gostar!

— Você não é de falar muito né?!- ele ri cruzando as mãos sobre a mesa.

— Depende a ocasião. — dou de ombros— Já você...

— É, eu sei. Alguns dizem que é o jeito brasileiro de ser, outros que apenas é o jeito Nanehr. Fazer o que... — ele sorri erguendo os ombros e bebe mais um pouco de seu café. Assinto e pela milésima vez olho para Serena. Ela continua na mesma e aos poucos desisto de tentar entender. Ricardo me olha sério, analisando cada expressão.

— Frustrado?- ele pergunta, chamando minha atenção.

— Mais ou menos. É complicado!- levanto as sobrancelhas e sinto minhas mãos formigarem levemente. —Mas não veio aqui me contar sobre suas possíveis aventuras ou saber se estou frustrado não é? Por que trocar a companhia de uma garota bonita para ficar perto de um cara não é muito normal ou menos frustrante. — aponto para ela com o queixo e ele ri não de forma humorada, apenas tentando formular uma desculpa.

— Não, não vim falar sobre minhas aventuras ou frustações, apesar de entender o que é isso há mais ou menos sete anos.—com a cabeça ele aponta para a garota também morena que dorme tranquila. Minha expressão confusa deve tê-lo instigado a explicar, por que logo em seguida ele começa a tagarelar:

—Somos melhores amigos. Conhecemos-nos quando fomos trabalhar em uma grande empresa da nossa cidade. No começo não nos falávamos, estávamos no mesmo grupo de amizades, mas não era como se fossemos próximos sabe, só que através de colegas a cada dia fomos percebendo o quão parecido somos e então ficamos amigos. – ele sorri sonhador e olho para a garota de novo, que se mexe brevemente e faz com que uma parte de seus longos cabelos castanhos caiam sobre o rosto.

— Ela sempre foi muito parceira, topava tudo, topa na verdade. Viagens, cinema, fazer nada em casa apenas para poder estar lá. Cheguei á pensar que ela gostasse de mim certa época, mas nunca falamos disso.

— E qual o motivo da frustação?

— Eu me apaixonei!- ele suspira longamente e meus olhos procuram o de Serena.

—Mas ela não é sua amiga? Já não foi apaixonada por você antes? Por que isso é difícil?

— Porque é difícil?- ele ri- Cara, ela é minha amiga! Não estou disposto á arriscar isso. E se ela não sentir o mesmo? Se rir da minha cara? Vou parecer um tolo e tudo o que eu fizer vai soar diferente daqui para frente. Cada toque, abraço, cada chocolate que eu á der. – Novamente ele suspira, mas não tão feliz desta vez. — Pior ainda, e se ela se afastar de vez?  ­Não estou disposto a perder ela, por mais que seja pouco o que eu possua, ainda assim é suficiente.

— Ah... –me limito a dizer.  Não posso dizer que entendi o que ele disse, mas já aprendi que relacionamentos são mais complicados do que deveriam ser e me meter em outra furada é a ultima coisa que quero fazer.

— E além do mais ela está apaixonada por outro.

—Sinto muito.

— É uma droga, eu sei. – ele ri sem humor — Principalmente por que o cara é boa pinta, inteligente, quase médico. No entanto o que é ser tudo isso e não a fazer rir ate doer a barriga? Ou realizar seus sonhos de viagem pelo mundo? Ou mesmo dançar com ela de forma completamente estúpida enquanto ouve suas musicas favoritas, mesmo você não sabendo o que é direita e esquerda? Assistir sua série favorita, sabendo que é uma exigência dela em troca de sua amizade, mesmo que não seja do seu gosto? — ele mexe as sobrancelhas tentando me convencer de que ele se convenceu disso—Ter isso é muita coisa... Mais do que eu mereça pelo menos!

— Mas você vai ficar nessa a vida toda? Vendo-a ser feliz com outro enquanto você está ai esperando por algo que nunca pode vir? —falo por experiência própria. Esperar que a sua felicidade dependa de outra pessoa nunca dá certo.

— O que você quer que eu faça? Perca ela de vez?- frustrado ele coloca de lado seu copo de café, sem parar de olhar para a garota dorminhoca.

— Você já pensou alguma vez em contar para ela como se sente?

— Pff, claro que não. Não vou me prestar á esse papel! Amo ela e por isso quero sua felicidade e se sua felicidade for o outro cara, então por mim tudo bem.

A garota acorda devagar e olhando ao redor passa as mãos no cabelo bagunçado. Quando seus olhos encontram com o de Nanehr um brilho diferente aparece, certo alívio por o ver. Recíproco ele a olha com um sorriso e ela volta a se virar para frente, o celular em suas mãos.

— Eu acho que há mais nessa história do que vocês dois sabem. Tenta conversar com ela, aos poucos vai demonstrando que a ama, que quer ela por perto, que ela te faz sentir seguro, te traz de volta á realidade e não só te instiga a realizar sonhos, mas o faz contigo. Faça com que ela se sinta especial da maneira como ela faz com você, e quem sabe o amor que talvez ela tivesse por você não refloresça. E se não existe, que você o plante ali. — Levanto as sobrancelhas­.—  Tentar não mata ninguém!

Ele absorve cada palavra com vontade. Seu olhar ainda é confuso, mas posso dizer que ele quer fazer isso. Acho que ele não sabe mais o que fazer para demonstrar que a ama sem propriamente dizer as palavras.

— Eu me sentei aqui por que estava prestes á beijá-la. Estou sonhando com isso tem muito tempo!

Com um suspiro ele se levanta e segue até ela. Ouço o pequeno “oi” que ele dá ao se sentar e lhe entregar um chocolate que tinha no bolso. Ela sorri agradecida e lhe oferece um pedaço. Eles entram em uma conversa animada em sua língua natal enquanto ele a puxa para mais perto de maneira gentil, mas significativa. Se ela prestar atenção aos detalhes vai perceber.

Já eu não estou mais concentrado nisto, no entanto. Serena finalmente está sentada sozinha, olhando longe. Provavelmente Baruel e Isaac foram fazer algum tipo de ronda ou precisaram do banheiro. Não importa.

Levantando devagar e pego uma xicara de café e um donut que a atendente trazia e me sento ao seu lado, prendendo-a em seu assento.

— Senhor?- Serena me olha surpresa. — Está tudo bem? Precisa de algo?

Inquieta ela se mexe tentando ficar longe de mim, mas é em vão. Á sua frente há uma mesa que não a deixa sair, de um lado a janela com a bela paisagem dos campos verdes e frios desta época e do outro lado meu corpo bloqueiam sua passagem. Ela tem a plena noção disto já que tensão emana de seu pequeno e não tão frágil corpo.

— Sim, preciso. Preciso que me diga o que foi que eu te fiz para que você esteja fugindo assim!

Encaro-a sério. Dessa ela não tem como escapar.


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Notas finais do capítulo

Acho que é isso... não esqueçam de comentar, votar e indicar!
Beijocas :*



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