The Impossible Daughter escrita por Vity Wood Valdez
Notas iniciais do capítulo
I'm really sorry pela demora, pessoal. Logo depois de ter postado o cap. 4 eu desloquei o pulso direito caindo de bicicleta, então...
Esse cap não foi de revelações, foi só pra saberem um pouco sobre como a Tia Emily entrou nessa história.
Enjoy :3
Kaya vagava pela inconsciência, achou que estava sonhando, mas não tinha certeza. Sempre teve sonhos estranhos, porém o estranho se tornou normal, mas este sonho foi totalmente diferente.
A imagem estava sem foco. Ela apertou os olhos para enxergar melhor e viu um homem estranhamente familiar. Ele tinha olhos negros, cabelo castanho e rosto anguloso; estava de calça jeans escura, tênis, camisa branca e suéter preto. Parecia jovem mas era difícil saber qual era sua idade, poderia se passar por adolescente ou um pós-graduado. Andava de um lado ao outro segurando o queixo e parecia preocupado.
A imagem ficou nítida e Kaya pode ver que estavam em um quarto de hotel 3 estrelas. Havia duas camas de solteiro brancas com almofadas em tons diferentes de azul em cima. Em frente às camas havia uma mesa de madeira clara com duas cadeiras, e na parede tinha um espelho e uma televisão antiga que passava algo que ela conseguiu identificar como um homem do tempo com rosto cheio de plástica e terno azul claro estampado de nuvens que se moviam.
À direita das camas havia uma grande janela. A cortina transparente estava fechada, mas a garota conseguiu ver que estavam no quarto andar e estava nevando. Kaya olhou pra trás e arregalou os olhos.
Havia uma sala de estar pequena, com um sofá de dois lugares e duas poltronas azuis, e em uma das poltronas, totalmente à vontade, estava Tia Emily.
– Tia Emily? Como...?
Kaya reconheceu imediatamente aquele rosto sapeca, os olhos chocolate e os cachos castanhos. O incomum é que ela estava bem mais nova, parecia ter uns 18 anos e usava roupas hippie chic de inverno.
Emily então olhou, fez uma careta e foi na direção dela, que pensou que fosse para um abraço ou algo assim. Mas a “Emily nova” passou direto por ela, como se a semideusa fosse um espectro.
– Pare de andar homem, ou vai fazer um buraco no chão e cair no andar de baixo – disse Emily se jogando na cama à esquerda, nem mesmo notando Kaya, que começou a prestar mais atenção o rosto do homem – está me deixando nervosa!
– Ah, eu estou te deixando nervosa? Você que está me deixando nervoso com esse comportamento de criança. Em, me faça um favor? Vá brincar no playground enquanto eu espero – Kaya gelou.
Espere um pouco, pai? Ela se pôs de frente a ele, que havia parado de andar Você está tão diferente... Sem o cabelo grisalho e as rugas de preocupação. Era muito bonito, e ainda é. Ela sorriu, seu pai tinha 42 anos e era considerado um homem bonito e bem conservado. Nos seminários sobre mitologia as mulheres sempre suspiravam por ele. Porém em momentos de muita tensão ele parecia envelhecer cerca de 10 anos.
– Não fale assim comigo, Steve Rupert Mulligan. Eu larguei a faculdade apenas para ficar com você nesse momento crítico. Sem contar que esta nevando e não tem playground aqui – ela disse sentando-se na cama e fazendo beicinho.
– Você não largou a faculdade, você foi expulsa dela – ele disse rindo e recostando-se na janela do quarto. Kaya sentou em uma das cadeiras e apenas assistiu a conversa, percebendo que devia ser um sonho.
– Tá, só por que eu fiz uma brincadeira. Mas isso não vem ao caso agora. A questão é que eu te amo e estou aqui pra te apoiar. – Emily levantou e o abraçou – Tenho que agradecê-lo de novo por ter cuidado de mim por tanto tempo depois que o papai morreu.
– Você tinha 6 anos e eu 13, tinha que te proteger, é o que irmãos mais velhos fazem. E naquela época, minha mãe não gostava de você e se negou a cuidar daquela garotinha brincalhona.
– É, a senhora Rosalie era má. Ela odiou quando papai se apaixonou pela minha mãe e odiou mais ainda o fato de nós parecermos gêmeos. Ela ainda não superou tudo isso.
De repente uma luz cegante surgiu na sala de estar. A luz era tão intensa que, mesmo sonhando, Kaya sentiu a onda de poder irradiar da luz precisou cobrir os olhos. Steve e Emily foram rapidamente para a sala e se ajoelharam, com a cabeça baixa e olhos fechados. Quando a luz perdeu a intensidade e foi possível descobrir os olhos, ela a viu. Era uma deusa.
Usava uma túnica creme presa no ombro esquerdo com um broche de ouro e na barra da túnica havia uma tira vermelha. Estava de capa também creme com tiras vermelhas na borda e usava braceletes, pulseiras, colar e uma coroa alta cilíndrica de ouro acima do cabelo castanho escuro trançado.
Ostentava um ar solene e majestoso, porém havia um problema: ela não conseguia ver seu rosto. Mesmo que ela se concentrasse, ele parecia miragem.
– É um prazer estar em sua presença, majestade – Steve disse levantando e puxando Emily junto - Esta é minha irmã, Emily Mulligan, filha...
– Filha de Hécate. Fico satisfeita que você esteja aqui. Você já está a par da situação, certo?
Como assim Tia Emily era uma semideusa? Ainda mais filha de Hécate? Kaya abriu a boca para perguntar, mas não saiu um som sequer.
– Sim, senhora. Ninguém saberá sobre isso e eu me esforçarei ao máximo na questão da Névoa, consigo manipulá-la muito bem. – ela disse confiante.
– Sei que sim. Eu os escolhi porque precisava de um semideus e um mortal que compartilhassem laços familiares e que dessem estremo valor a família. O fato de vocês terem passado por tantas coisas, e tão novinhos, apenas para ficarem juntos foi muito importante na minha decisão de dar-lhes essa missão. Pedi para que viessem ao Alasca porque é fora dos domínios de Zeus. Se ele descobrir sobre ela, todos nós seremos severamente punidos. Eu por ter feito o proibido – ela pareceu querer dizer “de novo” - e vocês por terem sido meus cúmplices.
– Nós estamos cientes das consequências. E sinceramente, não ligamos – Emily disse sorrindo para Steve, que sorriu de volta. Kaya realmente não sabia o que espera do final de bate-papo.
– Estou feliz por isso. Não posso demorar. Ela deverá levar o nome de Kaya Teleia – Emily pareceu torcer o nariz para o sobrenome – Vocês sabem o motivo para Teleia. Quero que possam dar a ela a vida mais normal possível, pois ela será poderosa e o seu cheiro atrairá muitas criaturas, e é aí que você entra Emily. Steve, eu lhe dou uma pequena benção de Ares, vai precisar lutar bastante. Ela saberá de tudo na hora certa e sua existência virá à tona quando eu der um sinal. Por ora é isso.
A deusa desapareceu em uma névoa vermelha com cheiro de rosas, deixando em seu lugar um cesto grande e branco. Os três se aproximaram do cesto para ver o que havia dentro deste. O cesto acolchoado era forrado por um lençol de linho dourado, e dentro havia um bebê com rosto angelical sorrindo pra eles.
Uma menininha linda com olhos de uma cor rara, azul-mediterrâneo, que é uma mistura de vermelho e azul, causando uma coloração violeta na íris. Kaya não conseguia acreditar que estava vendo a si mesma, quando foi entregue a seu pai e sua tia. Steve pegou a pequena Kaya no colo e disse:
– Está é a melhor benção que poderíamos receber, Lady H...
Ela pode sentir que ele diria o nome de sua mãe, mas a imagem começou a se transformar em névoa branca. Não, por favor. Eu só quero saber o nome dela. Kaya sentiu que estava sendo puxada a força para a realidade.
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(de novo) Espero que tenham gostado.
O próximo cap tá quase pronto, então entre terça e quinta-feira eu posto.
Bjo, bjo, bjo, bjão :3
Link da imagem do cap:
http://uploads.socialspirit.com.br/fanfics/capitulos/fanfiction-percy-jackson-os-olimpianos-the-impossible-daughter-3207395,270220152225.jpg