Save me escrita por Bella


Capítulo 7
Você vai ficar bem


Notas iniciais do capítulo

Oi florzinhas. Demorei um pouquinho néh?
Primeiramente, Giovanna Lu sua linda, seja bem-vinda! Segundamente, decidi postar o capítulo pelos comentários lindos de vocês, não vou poder responder hoje, mas amanhã sem falta eu respondo!
Obrigada pelo carinho de todas vocês!
Boa leitura!



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Pov Austin

Acordei com o barulho dos carros passando na rua.

Eu ainda estava abraçado junto a Allycia, e admito que era muito bom e relaxante, chorar e ser acolhido traz uma paz convidativa.

Ela tinha os braços em volta de mim e uma expressão serena ocupava seu rosto pálido, Allycia foi realmente muito atenciosa, eu devia agradecimentos.

Senti meu celular vibrar dentro do meu bolso, com cuidado para que Allycia não acordasse, peguei o celular e olhei a mensagem. Gostaria de não ter feito isso.

Esteja no beco amanhã de manhã, ou as consequências serão trágicas.

Ian

As emoções desagradáveis se apoderaram de mim novamente, infelizmente nada e nem ninguém pode me ajudar.

Me desvencilhei dos braços de Allycia, eu não podia deixar que ela se envolvesse mais. Eu não quero ajuda ou pessoas dizendo que a culpa não foi minha, eu sei que foi e gente na minha cola falando o contrário não ajuda.

A olhei uma última vez e saí de sua casa rapidamente. Os machucados estavam bem melhores e as dores passaram quase que por completo. Ela realmente entende disso.

Fui dirigindo pelas ruas quase escurecidas de final de tarde, e eu não faço a menor ideia do que os aqueles... criminosos querem. Claro que faço, dinheiro.

Ian matou meu irmão, eu não acredito nisso! Eu queria espanca-lo até que ele perdesse o rumo!

A raiva misturada com tristeza fez a paz que senti pouco antes desaparecer por completo, e os sentimentos desagradáveis voltaram. Eu odeio isso.

Estacionei na frente de casa, entrei e como de costume estava vazia. Uma das coisas que sinto mais falta é de quando eu chegava em casa e Jason me esperava.

Flashback on.

─ Jason cheguei da aula de violão! – gritei entrando em casa.

Ninguém respondeu.

─ Jason?! – gritei novamente.

Andei hesitante pela sala, fui até a cozinha e nada. Estranho, meus pais nunca estavam em casa ás 15:00 da tarde, mas Jason sempre estava.

Fui até a área da piscina, estava tudo muito calmo e quieto...

Senti algo gelado cair sobre minha cabeça, virei assustado e lá estava meu irmão rindo com uma arma de água em mãos.

─ Devia ter visto a sua cara Austin. – ele ria sem parar.

─ Há é assim Jasinho? – falei pegando uma arma de água do lado da piscina. – Então é guerra!

Começamos uma guerrinha de água até ficarmos encharcados, e apesar da água estar fria, nem nos importávamos. A alegria anulava qualquer coisa infeliz.

Flashback off.

Lágrimas vieram junto com as lembranças, será assim que irei passar o resto da vida? Pais ausentes, uma culpa e tristeza imensa, me drogando e apanhando de traficantes.

─ Como eu queria sentir aquela alegria de novo. – sussurrei chorando.

Me tranquei no quarto pelo resto do final de tarde. Meus pais tentaram falar comigo várias vezes, mas eu ignorava.

Eu não quero mais ajuda ou a pena de ninguém. É tarde demais.

Pov Ally

─ Filha acorda. – ouvi minha mãe me chamando.

Eu estava deitada no sofá, mas sozinha, Austin não estava comigo. Essa não!

─ Droga! – exclamei me sentando.

─ Calma, acordar é tão ruim assim? Já são 20:00 horas. – disse se sentando ao meu lado.

─ Não é que... onde está o papai? – perguntei tentando fugir do assunto.

─ Ele vai ficar até mais tarde na loja, hoje está bem movimentado. Mas não fuja do assunto mocinha, qual o motivo da sua raiva? – ela me olhou com os olhos exalando curiosidade.

Me chamem de louca, mas eu contei tudo a minha mãe, menos a parte do meu sequestro. Disse que conheci Trish e os meninos, e eles me contaram sobre Austin. Falei que o ajudei com os machucados e sobre seu surto repentino e inexplicável.

─ Mãe, eu quero muito ajudá-lo, mas como eu posso fazer isso se ele não me escuta?! – perguntei na esperança de que ela me ajudasse. Eu estou muito preocupada com ele.

Minha, mãe franziu o cenho e ficou pensativa por uns dois minutos.

─ Ele é bonito sem camisa? – perguntou.

─ PENNY! – exclamei. Ela riu.

─ Estou brincando. Ally, ele sente culpa pela morte do irmão, você me disse que ele não conversa muito e evita as pessoas. Ele tem a certeza que ninguém pode ajuda-lo, mas isso não e verdade, tente mostrar isso a ele. E sobre ele não te escutar, ás vezes o melhor que se pode fazer, não é falar e sim ouvir e estender a mão. – falou calma.

Pensei sobre aquilo, Austin precisa muito de ajuda, e eu estou disposta a ajudar de um jeito ou de outro.

Eu vou te ajudar Austin.

...........

Acordei no horário de sempre, fiz minhas higienes, vesti uma roupa qualquer e desci as escadas correndo. Mal falei bom dia para os meus pais, mandei o leite goela abaixo e engoli uma bolacha.

Saí de casa ás pressas, eu queria conversar com Austin o mais rápido possível. Quero que ele saiba que eu posso ser sua amiga, que não é tarde demais.

Sentei em um banco meio afastado dos outros alunos e fiquei procurando ele em todo lugar, mas eu não o encontrava ou o avistava em lugar nenhum.

Quando faltava 5 minutos para o sinal bater comecei a ficar preocupada, um sentimento ruim surgiu em meu peito. Onde ele estava?

Me levantei do banco e rondei o lado de fora da escola. Perguntei a vários alunos e todos negavam tê-lo visto. Eu não estou gostando disso.

O sinal tocou.

Droga!

─ Oi Ally! Vamos entrar? – Trish apareceu junto com Dez e John.

─ Err... – hesitei um pouco.

─ Você está bem? – Dez perguntou me analisando.

─ Estou... – e agora? – Gente, pergunta rápida. O Austin não costuma ficar com o restante dos alunos antes do sinal bater? – perguntei.

─ Bem, ele costuma ficar em um beco com uns caras estranhos todos de preto. – bingo! – Por quê a pergunta? – perguntou John.

─ Nada não... e onde fica esse beco? – tentei agir da forma mais natural possível. Funcionou? Não.

─ Fica do lado de um prédio abandonado no final da rua. Mas por quê está nos perguntando isso? – disse Trish.

Eu não podia responder nada agora. Algo me diz que tenho de ir pra esse tal beco o mais rápido possível.

─ Sinto muito gente, tenho de ir agora. Mas eu prometo explicar tudo depois ok?

Deixei os três com caras confusas e saí correndo.

Cheguei no final da rua e depois de procurar um pouco, achei o prédio e um lugar meio escuro mais pra trás dele.

Andei devagar até esse lugar escuro, admito que com um pouquinho de medo.

Até que escutei vozes, me escondi atrás de uma parede, e lá estava Austin pressionado na parede por um homem alto e encapuzado.

Há não!

─ Você quer ver seus paizinhos mortos também? – o homem agarrava o pescoço de Austin, que tentava se soltar porém sem sucesso. Dava pra ver a dor que ele estava sentindo.

Ele balançou a cabeça negativamente.

─ Então acho bom nos dar logo o dinheiro! – de repente os três homens avançaram para cima de Austin e começaram a soca-lo.

O que eu faço?!

Eu tentava pensar em algo, eles vão matar o garoto!

Uma ideia tosca e boba, mas em minha situação desesperada pareceu ser a mais acessível, passou pela minha cabeça.

Eu tinha um aplicativo de toques em meu celular, um deles é de carro de polícia.

Um tiro foi disparado, me assustei e vi Austin se contorcendo de dor e sua perna sangrado muito.

Desesperada,coloquei o toque não muito alto.

Os três caras encapuzados se olharam meio surpresos, e para meu alívio saíram correndo.

Austin estava deitado chorando muito, ai meu Deus!

Corri até ele.

─ Austin! – me ajoelhei ao seu lado. Tirei meu sinto para estancar o sangue em sua perna. – Fica calmo tá, você vai ficar bem! – eu comecei a chorar preocupada com ele, e por terem lhe dado um tiro.

Ele me olhava meio espantado, mas a dor era maior do que as perguntas que ele provavelmente queria fazer.

Amarrei o sinto em sua perna e peguei meu celular para chamar a ambulância. Segurei em sua mão.

─ Você vai ficar bem, eu estou aqui.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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