A Peregrina escrita por Bleumer


Capítulo 15
Éramos Um Só Por Alguns Instantes


Notas iniciais do capítulo

Olá, amigo leitor, venha e deixe-me continuar a história...

(Um SUPER obrigada a Lediane pela recomendação A Peregrina. Quando li suas palavras fiquei tão feliz que quase dei pulinhos pela casa! Capítulo dedicado a você, espero que goste.)



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*Narrativa em Primeira Pessoa*

Podia sentir que meu corpo estava deitado sobre algo macio, talvez grama, e que minha cabeça repousava em algo igualmente confortável. Senti algo úmido sendo passado pelo meu rosto e abri os olhos de súbito.

_Shiii... Calma, sou eu. -Legolas falava comigo com a voz tranquila enquanto limpava meu rosto com uma espécie de lenço. Então percebi que minha cabeça estava deitada em seu colo, na mesma hora tentei me levantar, mas o elfo apenas me empurrou gentilmente de volta para seu colo. _Descanse mais um pouco, Bleumer.

_Quanto tempo fiquei desmaiada? -Voltei a fechar meus olhos, não queria olhar para Legolas. Não tinha coragem. Não depois de tudo o que ele viu...

_Uns dez minutos. Pronto, acabei de limpar. -Percebi que Legolas tinha limpado meu rosto sujo de sangue por causa da tortura de Nabeel e fiquei com mais vergonha.

Como ele podia ser tão gentil e delicado comigo depois do que viu? Depois de ver como sou fraca? Depois de me ver humilhada? Não consigo entender as ações de Legolas.

_Obrigada... -Minha voz saiu baixa e cruzei os braços na frente do rosto, me escondendo do olhar de Legolas.

_Você ainda sente dor em algum lugar? -Como eu poderia responder isso? Como eu poderia responder que o que mais doía era meu coração... ? Optei por mentir e balançar a cabeça negativamente.

_Certeza, Bleumer? -Legolas continuava preocupado e gentil comigo. Minha voz esta presa na minha garganta, não conseguia falar nada, se eu abrisse a boca acabaria chorando. Já podia sentir as lágrimas teimosas se formando nos meus olhos.

Senti a mão de Legolas fazendo carinho na minha cabeça, alisando meus cabelos enquanto esperava uma resposta minha. Aquilo foi demais para mim. Seu toque era tão bom e caloroso, tão diferente de toda a dor que eu senti e estava sentindo no meu coração. Ele me tocava como se eu de fato fosse uma pessoa... Como se eu fosse importante... Ele não me via como um Anjo do Destino, como um objeto...

Acabei deixando sair um pequeno soluço.

_Bleumer? Tire os braços do rosto e olhe para mim... -Balancei a cabeça negativamente de novo. Não podia deixar ele me ver assim. Não queria que ele me visse chorar. Já foram muitas humilhações para um dia. _Por favor, me deixe te ver... Deixe-me estar perto de você. Me veja pelo menos como um amigo. -A voz de Legolas era carregada de carinho. Não aguentei. Não sabia o que fazer com tanto carinho. Ninguém me tratava assim há décadas. Deixe outro soluço sair, então mais outro e outro, logo eu estava chorando abertamente.

_Legolas... ! -Ergui meu tronco e me lancei sobre ele, o abraçando com toda a minha força e jogando nós dois na grama. Enterrei meu rosto em seu peito e me permiti chorar livremente. Eu chorava pela morte de Gandalf, por Molly ter se machucado, pelo que Nabeel tinha feito, pelos problemas em Pandora e principalmente por Legolas ter presenciado tudo isso.

Senti seus longos e fortes braços envolvendo meu corpo e me trazendo para mais perto. Ele não disse nada, como se soubesse que palavras não eram necessárias naquela hora, apenas me abraçou mais forte e me deixou chorar em seu peito.

Não sei por quanto tempo chorei, talvez por minutos, dias ou anos. O tempo não parecia fazer muito sentido.

Meu choro foi diminuindo e se acalmando até cessar totalmente. Durante todo o tempo Legolas ficou me abraçando e fazendo carinho nas minhas costas.

_Está melhor? -Ele me perguntou por fim e eu ergui minha cabeça, limpando o rosto com a mão e olhando para Legolas.

_Estou... Obrigada. -Nossos olhos se encontraram e fiquei presa admirando o infinito azul que era os olhos de Legolas. Até que tomei noção da posição que nos encontrávamos. Nós dois estávamos deitados na grama, Legolas por baixo e eu completamente em cima dele, minhas pernas estavam entre as pernas dele, meu corpo comprimido ao seu, meus dedos agarrados a sua camisa na qual eu tinha chorado e os braços dele me envolvendo. Senti meu rosto pegar fogo de vergonha e tentei me levantar, mas Legolas me puxou para mais perto.

_Não saia... Fique mais um pouco comigo. -Seus braços não me prendiam, ele claramente estava me dando a escolha de sair ou de permanecer com ele, o abraçando também. Por algum motivo eu quis ficar mais tempo perto desse idiota.

_Não queria que você tivesse visto nada daquilo, elfo... – Olhei para baixo, fiquei fitando seu peitoral ao invés de encarar seus olhos.

_Não queria que isso tivesse acontecido com você. Eu quase enlouqueci por não poder fazer nada. –Ergui o olhar e vi como seus olhos azuis estavam tomados de dor. Dor por mim. Na mesma hora me levantei um pouco e subi pelo seu corpo, agora meu rosto estava na altura do rosto dele. Tomei seu rosto em minhas mãos e olhei diretamente em seus olhos.

_Não fique assim por minha causa. Eu ficaria mais triste com isso. Apenas esqueça o que aconteceu aqui. Esqueça Nabeel. Ele não vai machuca-lo nunca. Eu não vou permitir. -Legolas parecia um pouco surpreso com meu gesto e com minha súbita aproximação.

_Não, Bleumer. É impossível eu esquecer o que aquele monstro te fez. Eu vou mata-lo com minhas próprias mãos. E quem não vai permitir que ele a machuque de novo sou eu.

_Você não pode mata-lo! Ninguém pode. E não se preocupe com o que ele fez comigo, já estou acostumada a isso. Esta tudo bem, elfo. -Minhas mãos ainda estavam em seu rosto, e eu me permiti que por somente aquele momento, eu não iria me afastar dele. Não iria recusar o carinho de Legolas. Me permitiria chorar, rir, toca-lo ou ser tocada. Mesmo com tudo de terrível que tinha acontecido para nos levar àquela posição, eu ainda tentaria tirar algo de bom dali, algo puro.

_Aquela não foi a primeira vez que ele a machucou? -Os olhos de Legolas faiscavam de fúria e eu temi dizer a verdade para ele. Não queria vê-lo nervoso, mas também não queria mentir sobre algo tão sério na cara dele, então optei por uma meia-verdade.

_Não foi a primeira vez, mas isso não acontece com frequência. -Rezei que ele não percebesse a mentira nos meus olhos e ele não percebeu. Mas pude ver Legolas trincar o maxilar e sua face ferver de ódio, embora eu não quisesse admitir, Legolas sabia ser assustador quando queria.

__Legolas, não fique assim. Por favor... Eu só quero esquecer o que houve. -Passei as pontas dos dedos suavemente pelo rosto dele, seguindo da têmpora até o queixo e isso apareceu dissipar um pouco da raiva dele.

_Bleumer, não posso esquecer que aquele monst... -Não queria que ele continuasse com aquela conversa, então me inclinei um pouco para frente e depositei um leve beijo no queixo dele, logo abaixo da boca, depois olhei em seus brilhantes olhos azuis.

Legolas me olhou totalmente surpreso, era como se eu tivesse dado um choque nele.

_Não vamos mais falar sobre isso, certo? -Não sei o que ele viu no meu rosto, mas finalmente Legolas concordou em encerrar o assunto, por enquanto, pelo menos. O elfo segurou a minha mão que ainda estava no seu rosto, entrelaçou nossos dedos e depois a levou aos seus lábios, me dando um cálido beijo na mão. Sempre olhando em meus olhos.

Senti meu coração falhar e disparar. Eu queria toca-lo de volta... Queria me livrar da sensação ruim que Nabeel sempre me deixava no corpo e alma. Não queria deixar a vergonha e medo me impedissem de chegar perto de Legolas. Como tinha impedido até agora...

_Bleumer... -Legolas sussurrou enquanto me olhava com admiração e... Amor?

_Posso toca-lo? -minha voz também saiu em um sussurro, não sabia direito o que estava acontecendo comigo.

_Sim... -Ele apenas sorriu e ficou imóvel embaixo de mim. Como se tivesse medo de fazer algum movimento e me assustar.

Soltei sua mão e olhei de verdade para Legolas. Ele era mais do que lindo... Tudo no seu rosto era belo, todos os seus traços eram perfeitos. Não sei como nunca tinha percebido isso de fato. Acho que estava muito ocupada o odiando e o afastando...

Passei as pontas dos dedos pelos seus lábios levemente rosados, o contornando, e ele os entreabriu. Segui com a carícia pela linha do seu maxilar, maçã do rosto... Até que subi a mão para suas orelhas, acariciei elas e vi Legolas fechar os olhos, como se gostasse. Sempre tive vontade de tocar em suas lindas orelhas.

_Gosto das suas orelhas...

_Você disse que elas eram pontudas e enormes.

_Eu menti. –Respondi com simplicidade e nós dois rimos suavemente por causa daquilo.

Agora minhas mãos passavam pelos seus longos cabelos, eles eram tão macios e cheirosos. Tão diferente dos meus cabelos brancos e sem graça, o cabelo de Legolas tinha um dourado tão lindo que parecia que o Sol estava ali. Senti até inveja, depois sorri por causa desse pensamento bobo. Quando voltei a olhar para o rosto dele, vi que seus olhos estavam abertos e me fitavam com... Desejo?

Aquele olhar percorreu meu corpo como uma descarga elétrica e de repente eu estava muito consciente do meu corpo sobre o dele. Eu queria mais, queria toca-lo mais... Lentamente me inclinei e beijei sua testa, depois a lateral do seu rosto, fui deixando uma trilha de pequenos beijos por toda sua face até perto da sua boca... Não sabia muito bem o que estava fazendo. Nem o que estava acontecendo comigo.

Olhei de novo para sua orelha levemente pontuda e senti uma vontade enorme de beija-lo ali. Deixei que um instinto que eu nem sabia que existia, tomasse conta de mim. Lentamente passei a ponta da minha língua pelo nódulo da sua orelha e depois o beijei, pude ouvir Legolas ofegar baixinho.

Na mesma hora parei e olhei para seus olhos, tentando entender se tinha feito algo errado, mas ele apenas me olhava com mais desejo. Senti um arrepio tomar conta de mim e um leve formigamento começar no meu baixo ventre. Era como se eu tivesse fome de algo... Fome de... Legolas. Eu queria mais dele.

Como tinha percebido que ele tinha gostado, então voltei a beijar e mordiscar suavemente sua orelha, cada vez ouvindo Legolas ofegar mais.

Até que desci para seu pescoço, afastei um pouco para os lados a gola alta da sua camisa, queria sentir melhor o seu gosto... Encostei meus lábios em sua pele e beijei, depois passei a língua pela lateral do seu pescoço e senti Legolas se contorcer um pouco embaixo de mim e a gemer. Sua pele estava muito arrepiada. Voltei a olhar para ele, não sabia se o que eu estava fazendo era o certo.

_Bleumer, você esta acabando com meu autocontrole. -Senti as mãos firmes de Legolas na minha cintura, pressionando mais nossos corpos.

_O que isso quer dizer?

_Quer dizer que estou louco de vontade para toca-la também. -Legolas subia suas mãos pelas minhas costas, acariciando minha pele exposta e me causando arrepios.

_Você pode me tocar... Só por esse momento. -Uma parte de mim queria ser tocada por Legolas. Não adiantava mais negar, eu estava me apaixonando por ele... Mas ainda não estava pronta para admitir isso para ele. E a outra parte de mim sentia medo do que estava acontecendo tão rápido, era inevitável.

Legolas sorriu diante da minha permissão e calmamente foi girando nossos corpos até inverter a posição. Agora eu estava deitada na grama, por baixo, e ele estava deitado por cima de mim, mas sem soltar todo o peso do seu corpo. Nossas pernas de algum modo que não entendo estavam entrelaçadas umas nas outras, com isso deixando nossos quadris colados. Meus braços estavam juntos a lateral do meu corpo. Legolas se apoiava em um cotovelo e com o outro braço livre fazia carinho no meu rosto.

_Você é a mulher mais linda que já vi. -Ele murmurava enquanto seus dedos roçavam minha face. Na mesma hora fechei a cara.

_Pare de dizer isso, sei que não sou linda. Pare de brincar comigo. -Virei o rosto para o lado, não queria fita-lo.

Ouvi Legolas suspirar pesadamente, eu já estava esperando uma nova briga entre nós, quando surpreendente ele me deu um beijo no pescoço. Senti meu corpo inteiro se acender e tremer de leve com seu toque.

_Vou continuar falando até você acreditar. Sua pele é mais suave que a melhor seda élfica que se possa encontrar. -Dito isso ele percorreu do pescoço até o começo do meu colo com os dedos... Acabei gemendo baixinho, não tinha ideia do que estava sentindo, mas sabia que era algo bom... Muito bom.

_Seu perfume me enlouquece... Nem um mar de flores seria capaz de surtir esse feito em mim. -Ele passou a ponta do nariz pela minha clavícula, depois desceu até o inicio do vão entre meus seios, inspirando profundamente. Cada vez eu ficava mais louca de desejo...

_Seu rosto é a mais bela obra de arte que já vi. -Agora Legolas me olhava intensamente nos olhos, depois se aproximou até ficar a centímetros do meu rosto e calmamente começou a beijar minha face, ele distribuía beijos pelas minhas bochechas, queixo, testa, pálpebras, ponta do nariz até chegar ao canto da minha boca, onde roçou muito de leve seus lábios nos meus. Eu explodi de desejo. Queria que ele me beijasse. Agora. Podia sentir cada terminação nervosa do meu corpo implorando por mais. Não só isso, agora eu podia sentir de novo uma umidade desconhecida entre as minhas pernas e ela só parecia aumentar à medida que Legolas me provocava.

_Seu corpo é a encarnação da perfeição e beleza. -A mão de Legolas desceu livre pelo meu corpo, passeando por ele, sua mão passou pela lateral do meu seio, arrancando um longo suspiro de prazer de mim, depois continuou descendo... Ele afastou minimamente nossos corpos e sua mão encontrou minha barriga exposta, ficou acariciando ela e cada vez minha respiração saia mais falha. Então muito lentamente os dedos de Legolas ficaram roçando onde começava o tecido que cobria meu quadril... Depois seus dedos desceram avançando alguns centímetros na direção do centro do meu corpo, no lugar que estava úmido e que parecia gritar para ser tocado. Gemi um pouco alto.

_Sua voz é a melodia mais doce que existe. -Ele sussurrou no meu ouvido e com a mão desceu mais alguns centímetros na direção do meu centro úmido. Deixei escapar um gemido alto dos meus lábios e pelo olhar que Legolas me lançava parecia que de fato minha voz era a melodia mais doce do mundo.

Eu não conseguia pensar em mais nada. Nada existia além de Legolas. Cada toque seu me despertava sensações que eu não sabia que existiam. Eu sentia um fogo lento e intenso percorrendo meu corpo em ondas cada vez mais forte. Eu respirava fundo e tinha certeza que minha face estava corada. Mas nada disso importava de verdade, só queria Legolas mais perto de mim...

Então com decepção o senti afastando sua mão do meu centro, que ele não tocou, mas logo depois vi que ele reaproximava seu corpo do meu, então voltei a ficar satisfeita. Não sei se foi sem querer ou de propósito, mas enquanto Legolas se reposicionava em cima de mim, sua perna pressionou levemente minha entrada úmida, causando uma suave fricção e eu senti um prazer explodir por todo meu corpo com apenas esse gesto. Não resisti e levei minhas mãos aos seus cabelos, o puxando para mais perto.

Eu dava pequenos gemidos entrecortados e aquilo só parecia deixar Legolas mais louco. Sua face também estava um pouco corada e sua respiração era rápida e superficial. Ao que me parecia ele estava sentindo tanto prazer quanto eu... Até que senti de novo o quadril de Legolas junto do meu, mas mesmo com todas as nossas roupas eu podia sentir algo rígido sendo pressionado contra minha virilha. Aquilo significava que Legolas estava... Excitado? Excitado... Por mim?

Sem nem perceber meu quadril pareceu ganhar vida própria e se mexeu lentamente contra o membro rígido de Legolas. Agora eu já sabia o que aquela rigidez significava para um homem.

Na mesma hora Legolas gemeu alto e se fosse possível diria que me olhou com mais desejo. Mas quando eu mexi meu quadril também deixei escapar um gemido, nunca imaginei que podia existir um prazer tão incrível como aquele. Mais uma vez um instinto desconhecido tomou conta de mim e eu soube que precisava sentir Legolas de uma forma mais intima e pelo visto ele também pensava assim.

_Bleumer... -O rosto de Legolas sentindo prazer por minha causa era a coisa mais linda que eu já tinha visto. Eu me sentia poderosa e amada pela primeira vez na vida... Me senti bela.

Ele foi aproximando mais uma vez seu rosto do meu, meus lábios só tinham um desejo... Beijar Legolas. Nossos corpos pareciam querer se fundir de tão próximos que estavam. Sua rigidez me pressionava cada vez mais e eu sentia minha entrada cada vez mais úmida. Nossas respirações pesadas se misturavam em uma só. Era como se não existisse mais Bleumer ou Legolas. Éramos um só. Nosso prazer era um só. Nossos olhares eram apenas um. Nossa paixão queimava nossos corpos como um, nos mantendo unidos.

Legolas fechou os olhos e eu também, nossos lábios se roçaram e senti uma eletricidade percorrer meu corpo...

_Legolas! Peregrina! Onde vocês estão?! -Gimli gritou de trás de um arbusto. Ele estava assustadoramente perto de nós. Perto de nos ver!

Congelei no lugar e Legolas fez o mesmo. Ambos estávamos sem reação. Ficamos muito distraídos um com o outro e não ouvimos a aproximação de Gimli até ele gritar bem perto de nós.

Não não não! Ele não pode nos ver assim! Meu único pensamento era esse e para ajudar Legolas ainda se encontrava com sua cara de idiota que não sabe o que fazer. Ouvi os passos de Gimli cada vez mais próximos...

_Ar! -Gritei pelo elemento, que imediatamente respondeu ao meu chamado, olhei para Legolas como se pedisse desculpas e o lancei com a força do Ar para trás, o jogando com tudo no meio do rio no qual eu tinha tomando banho.

Gimli surgiu bem a tempo de ver Legolas voando para trás e caindo na água. Essa foi por pouco!

_Legolas?! -O mestre anão correu para o leito do rio e foi ver se Legolas estava vivo. Eles podiam não admitir, mas eu sabia que no fundo os dois já começavam a serem amigos. Até que Gimli explodiu em risadas por causa da cena do elfo todo molhado no meio do rio. _O que aconteceu aqui?

Antes que o elfo pudesse responder qualquer coisa, seja lá o que ele fosse responder, tomei a palavra e me levantei da grama.

_Eu ouvi você se aproximando e joguei o elfo na água para você ver. Lembra que tinha me pedido para ver isso? Então, resolvi atender seu pedido, Gimli. -Dei um sorriso amarelo rezando ao Viajante que Gimli acreditasse naquela minha desculpa esfarrapada.

_Bleumer? É você? -Oook... Agora o mestre anão me olhava como se nunca tivesse me visto e... Ah! Era a primeira vez que ele me via sem a ExoArmadura!

_Sou eu. -Tentei sorrir, mas não sabia o que fazer. Gimli só olhava embasbacado para mim. Tentei fugir do seu olhar voltando ao assunto anterior. _Então, gostou de ver Legolas brincando na água igual a uma garotinha?

Aquilo pareceu despertar o anão e ele parou de me olhar, voltou seu olhar para Legolas e começou a rir de novo. Pronto, consegui. Gimli tinha engolido minha desculpa!

_Foi ótimo! Agora vou contar isso para todos os anões quando eu voltar para minha casa! -Gimli apenas ria mais e mais.

_Você não vai falar nada, Gimli. -Legolas ainda estava no meio do rio, seu rosto era uma mistura de incredulidade e raiva, depois ele olhou para mim e me fuzilou com os olhos... É, ele pareceria bastante irritado.

_Ah, vou sim! -Mais risadas de Gimli. _Vou dizer que você brinca igual uma garotinha enquanto toma banho!

_Um banho bem frio era tudo o que eu precisava agora. -A voz de Legolas era totalmente irônica enquanto falava olhando para mim. Aquilo foi uma indireta para mim? Se foi não entendi o sentido das palavras.

_Vamos! Voltem para o acampamento, todos já estavam preocupados com a demora de vocês. -O anão foi dizendo e andando na frente, vez ou outra ainda dava uma risada as custas do elfo.

Legolas saiu do lago e nem tentou se secar, não adiantaria mesmo. Mas eu podia ajuda-lo. Ergui minha mão na direção dele e quando fui abrir a boca, Legolas deu um pulo para longe de mim. O olhei sem entender.

_Não. Você não vai chamar o Ar e me jogar na água de novo. Chega disso.

_Não seja idiota. Não vou fazer isso. Vou usar o Ar para secar sua roupa. Fique parado. -Acho que traumatizei Legolas com essa história de joga-lo em lagos ou rios, mas por fim ele ficou parado e eu usei o Ar.

Agora Legolas estava seco e nos andávamos atrás de Gimli. Nenhum dos dois disse nenhuma palavra sobre o que aconteceu perto do rio. Do que fizemos. Do que tivemos vontade de fazer. Na verdade, não trocamos nenhuma palavra durante a volta... Legolas nem olhava na minha direção e eu por teimosia, também não o olhei.


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Notas finais do capítulo

Olá. tudo bem?

Então, gostaram do capítulo?
Sinto que vocês vão querer matar o Gimli! HUAHUAHAUAHU
Legolas e Bleumer são dois danadinhos. u.u
Chegamos a 15 capítulos! E ainda tem muita coisa para acontecer! Vocês estão gostando do ritmo da história? Tá muito lento ou rápido? Me digam! :D

Eu não ia postar o capítulo hoje porque estou doente, mas como não queria demorar mais, resolvi fazer um esforço e postei. Tá vendo como sou legal? u.u -q
Então mandem comentários do que estão achando com elogios ou críticas! Se alguém quiser mandar uma recomendação, pode também, tá? :3 HAUAHUAHUHUA

Até logo e beijo!