H:Então?

E:N deu p conversar

H:Hã?

E:Ela ficou estranha e atendeu

uma ligação da mãe

H:...

E: A mãe dela a chamou p alguma

coisa, p ajudar em algo, sla

H:Ok

E: Algum plano?

H:P sair?

E: Não, sua loira burra xD

plano ... o q vais fazer?

H:Hm...N faço ideia, amiga

E: Hm...

Hanna pensou em pedir ajuda à Spencer, mas ela tinha ido com Melissa passar o fim de semana na capital da Pensilvânia. Spencer estava ansiosa por conhecer a cidade onde pretender fazer faculdade. Hanna divagou por um momento, no que faria da vida... Artista, designer, arquiteta... pensou em seus desenhos...pensou nos poemas de Aria, quando...

–Já sei!

Tinha recebido uma mensagem pelo Telegram. Olhou rapidamente para verificar. Era Emily. Abaixo, na terceira linha do histórico de mensagens, viu o perfil de Aria. Lembrou que não recebia mensagens dela há alguns dias. Não resistiu a olhar perto a imagem. Olhos vivos, uma expressão. Dizia algo estes olhos, mais que o coração.

E: Eiii!!

H:Foi?

E: Passei perto da casa de Aria, parece não haver alguém, ah...

Tem a Sra. Montgomery

Hanna pensou por uns instantes, Algo veio:

H:Pergunte para Dona Montgomery, se pode entrar no quarto

De Aria

E: Tá – disse Emily, depois de hesitar.

H:...pra disfarçar, diga que veio pegar o caderno emprestado

para o dever de casa

E: Hm...tá certo...vou tentar.

Vinte minutos após isso, Emily estava na casa de Hanna.

–Legal – disse, arrancando o caderno da garota atlética.

Emily franziu a testa a olhar para Hanna, um olhar de estranhar o comportamento da loira. Esta, ao virar, permitiu que Emily risse. Hanna verteu as páginas, nada achou. Lançou o rosto para cima, apertando os olhos, deixando escapar um sopro de decepção.

– O que é isso?

–Hã?

–É um poema, sei lá...

Hanna, afoitamente, arrancou o pedaço de papel das mãos da morena. O papel era bonitinho, delicado, cheio de ornamentos femininos. Perfumado, mas não como a poesia da garota de olhos avelã.

Leu-a rapidamente, entendeu pacas. Emily riu da expressão de esforço e testa franzida da loira ao tentar entender os versos. Emily os pegou. Leu-os e achou fofo. Hanna num olhar inocente, de ombros um pouco caídos olhou para Emily. Emily deu-lhe o papel.

–Guarde.

Emily tinha em mente o mesmo que Hanna havia tido há pouco. Os olhos desta brilharam, um pincel de luz se pairava sobre seus olhos azul cobalto. Emily se retirou. Hanna ficou sentada no chão à parede do quarto, diante da cama.

“Uma mecha, uma curva, um sorriso

Não sei o que sinto

Escrevo o que olha meu coração

Quem dera que em vez deste corpo

Eu fosse um espectro a vaguear pelas ruas

Junto ao vento de outono de Rosewood

Olho de cima e vejo o que faz uma mulher

Uma curva, a pele, um beijo.”