Reviravoltas escrita por Judy


Capítulo 7
Explicações


Notas iniciais do capítulo

Desculpe não ter postado sexta, mas eu esqueci! Sério, foi mal, mas não foi nada mesmo, eu esqueci! Galera, preciso dos comentários de vocês! Como vou saber como anda a fic? Por favor, comentem! Como não postei na sexta e esse capítulo tá curtinho, vou postar dois hoje, o de sexta e o de hoje!

Boa leitura :3



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Todo mundo ficou quieto e um silêncio constrangedor tomou conta do lugar, só se ouvia o barulho do tintilar dos talheres no prato.

— Bruna… Eu tinha dezesseis anos, a sua idade, eu e Oscar namorávamos e éramos muito pobres, os dois. Seu pai tinha acabado de entrar na faculdade e não conseguia nem se sustentar direito porque a mãe dele tinha falecido naquele mesmo ano e ele nunca conheceu o pai. Mesmo não tendo irmãos era difícil pra ele. Minha mãe e meu pai não aceitavam que eu te tivesse e queriam que eu abortasse. – Uou! Fiquei chocada! Não sabia dessa história toda… E Helena já estava emocionada. - Fiquei morando com Oscar até você nascer, percebemos que ia ser impossível nos sustentarmos e depois de muitas lágrimas e dúvidas… Te colocamos em um orfanato, preenchemos toda a papelada e perguntamos se poderia deixar o nome que colocamos em você e eles responderam que sim. Voltei para casa de meus pais e fiquei o resto do ano sem ir para o colégio, já que você nasceu em agosto. Não passaram nem três meses e eu estava cada vez mais arrependida. Resolvi ir ao orfanato e quando cheguei lá você já havia sido adotada, fiquei arrasada e um mês em depressão pesada. Fiz um supletivo para compensar o ano da gravidez e entrei direto na faculdade de direito com 18 anos, quando fiz vinte anos eu e Oscar nos casamos e ficamos tentando achar um meio de te encontrar, enquanto não te achávamos adotamos Mitchel e ele já tinha cinco anos. Ele sempre foi malandrinho e era uma graça. Depois de cinco anos viemos morar na Califórnia e descobri que estava grávida. Foi maravilhoso! Mas nada me fazia te esquecer. Então ano passado encontramos seu paradeiro. Acho que você sabe o resto da história…

— É, sei… - Respondi.

Por que não cai um meteoro agora? Ou então um buraco abre debaixo da minha cadeira?

— Acho melhor pedirmos a conta, não? – Perguntou Oscar percebendo o clima tenso.

— Vai pagando enquanto vou ao toalete. – Disse Helena com uma voz um pouco chorosa.

Como eu sou burra! Pelo menos vamos pra casa. No carro o clima tenso continuou, porém um pouco mais descontraído em função da música que tocava (Hey Jude – The Beatles).

Chegando em casa fui direto pro quarto. Tomei um banho rápido e sequei meu cabelo. Que saco! Não tenho nada pra fazer em pleno sábado de noite! E ainda são dez e meia… Se eu tivesse no Rio o Lucas ia ficar insistindo pra sair com ele até me convencer… Que saudades… Resolvi mandar mensagem no whatsapp, mas ninguém me respondeu, todos deviam estar se arrumando pra sair e eu aqui sem NADA pra fazer.

Saí do quarto e antes de descer as escadas passei em frente ao quarto do Mitchel (óbvio, por que é do lado da escada) e ouvi ele falando com alguém “Tá, Mathew eu vou! Daqui a meia hora tô saindo daqui e passo aí pra te pegar. Já disse que não vou furar! Ô, seu gay! Deixa eu me arrumar e quando a gente chegar lá na boate tu pega quem tu quiser, só não entre em detalhes por favor!”

Opa! Saidinha? Eu topo! Desci rápido as escadas e vi Oscar lendo jornal no sofá.

— Humm, Oscar?

— Pode falar, filha. Posso te chamar de filha ou é melhor Bruna?

— Pode me chamar de filha… Pai… é que o Mitchel me chamou pra sair com ele e uns amigos e amigas, pra poder me enturmar, sabe?

— Sei, pode ir sim filha. Mas é pra ficar com o Mitchel, viu?

Fiquei tão feliz de ter alguma coisa pra fazer que dei um abraço e tasquei-lhe um beijo na bochecha.

— Obrigada, pai!

Agora eu tinha que me arrumar super rápido, senão o Mitchel iria embora e realmente não me deixaria ir. Já de banho tomado, fiz uma maquiagem bem escura e forte, porém rápida, passei um batom vinho. Passei o secador no cabelo pra dá uma arrumadinha, coloquei o vestido (branco com preto, com um decote pequeno e brilhos dourados), calcei outro salto alto preto e peguei uma bolsinha preta em que só cabia meu celular. Sentei no chão do lado da porta e deixei-a entre aberta, onde que conseguia ver todo o corredor até o início da escada. São dez pras onze e eu ainda estou esperando o Mitchel sair do quarto, passei um esmalte preto por cima do rosinha e spray pra secar rápido.

— Mitchel! – Gritei quando o vi sair do quarto. Os cabelos secos e bagunçados, calça jeans e uma blusa de manga dobrada até o cotovelo.


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Notas finais do capítulo

Foi isso! Aviso importante nas notas iniciais do próximo, não deixem de ler! COMENTEM!



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